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Capítulo 25

CAPÍTULO 25

Gareth estava acostumado a se meter em encrencas e muitas delas envolvia Leônidas. Mas, nenhuma delas, se compararia à possível encrenca de seu chefe perguntando quais são suas intenções com sua neta. Se isso realmente viesse a acontecer, Gareth desceria alguns degraus na luta de se tornar uma pessoa digna. Fora uma sorte tremenda que o empresário ítalo-brasileiro não tivesse analisado seu currículo detalhadamente. Certamente ele não teria aceitado nenhum dos dois capixabas se tivesse feito uma análise mais cuidadosa em seus respectivos históricos.

– Boa tarde, senhor Simão. – Disse Gareth, com a cara mais deslavada possível.

– Meu querido patrão, o que manda as ordens? – Continuou Leônidas que, como sempre, puxava o saco das pessoas em benefício próprio.

– Eu queria perguntar aos jovens se sabem o que é feito numa empresa de telecomunicações. – Respondeu o empresário. – Vocês podem me responder isso?

– Além de atender as frustrações dos clientes e oferecer serviços que eles não querem? – Perguntou Gareth.

– Mais especificamente eu queria saber o que a nossa empresa faz. – Defendeu-se o patrão. – Mesmo assim, obrigado pela sinceridade, Gareth.

– Pelo que eu sei seu Simão, aqui disponibilizamos serviços de internet e telefonia celular, além de financiar alguns programas televisivos. – Respondeu Leônidas.

– Fizemos algo de errado e o senhor vai nos demitir? – Apressou-se Gareth.

– Não, eu vou promover vocês. – Disse Simão, para surpresa dos capixabas. – Eu já fui universitário como vocês. Nesta época tudo que eu queria era abrir uma empresa como essa. Eu estava fazendo faculdade de Comunicação Social lá em Roma quando conheci Lúcio e Maytê, que na época eram noivos. Eu ia partir sozinho para o Brasil. Eu sabia falar bem português. Os meus bisavós pater-paternos cresceram no Brasil e depois voltaram para a Itália. Como eu tinha uma boa herança, Lúcio também e eu tinha as ideias e ele os contatos fechamos a parceria. Eu decidi casar com Ginevra e deixá-la na Itália, mas poucos dias depois do casamento eu descobri que ela estava grávida do Luís Cláudio.  – Gareth sentiu arrepios só de ouvir o nome do sogro. – Daí vim para cá e, na esperança de ficar aqui para sempre, troquei meu nome para a variante brasileira. Eu era Simone até os 24 anos. 

 – O senhor se chamava Simone? – Quis saber Gareth.

– Embaraçoso, não? – Concordou o chefe. – Bem, eu já falei abobrinhas demais. Não querem saber para o  que vão ser promovidos?

– Vamos ser promovidos para o olho da rua? – Indagou Leônidas.

Simão não iria promover a dupla capixaba somente por causa do bom trabalho deles ou por alguma identificação maluca que lhe houvesse passado na cabeça nas noites de insônia. O italiano gostava, apenas, de acatar as recomendações de seu genro.

– Não, meus caros jovens. Eu quero que vocês façam pesquisas de campo sobre as principais reclamações dos nossos clientes do SAC, principalmente em relação aos serviços de telefonia e internet. O Marcelo vai trabalhar... – Dizia Simão, sendo interrompido por um telefonema de Marcelo. – Falando no benfeitor, ele está me ligando. Licença, garotos.

Gareth, por poucos instantes, ficou com medo que o genro tivesse somado A+B e descoberto o romance secreto entre ele e Simonetta. Isso era provável: a própria implorou para o tio que Gare e Leo estivessem na festa de aniversário de Samantha.

– Ih, será que Marcelo descobriu meu caso com a Mona Linda e está me denunciando? – Perguntou Gareth a Leônidas em voz quase inaudível.

Não era o que Gareth esperava, mas também não era algo a se comemorar: más notícias eram trazidas sobre o primo favorito de Simonetta.

– O quê? O Eden teve convulsões? Para qual hospital vocês foram? – Gritou Simão no telefone com o genro.

Enquanto isso, Leônidas fazia questão que Gareth fosse um namorado atencioso com a família da amada. Sim, ele tinha o número de Simonetta. Sim, eles precisavam planejar como tirariam Gareth da seca.

– Você tem o telefone dela? – Continuou Leônidas aos sussurros, após saber o motivo da ligação de Marcelo. A troca de segredos fora interrompida por Simão.

– Meninos, me perdoem, meu neto está passando mal. Depois nos falamos. – Disse Simão Garuzzo aos empregados, enquanto corria de encontro ao neto.

Após a saída do patrão, os amigos ex-delinquentes puderam conversar com mais calma. Vejam bem, Gareth não tinha ficado feliz com o acontecido com o pequeno Eden, mas não poderia deixar de ficar aliviado ao notar que ninguém da família Garuzzo sabia sobre seu caso com Simonetta.

– Não, eu não tenho. – Respondeu Gareth à pergunta do amigo e saindo do escritório do patrão.

– Pois eu tenho. – Revelou Leônidas.

– Como você conseguiu o telefone da minha Mona? – Perguntou o jovem ainda menor de idade, esbravecido.

– Depois a gente conversa... – Respondeu-lhe o amigo.

****

Helionora andava desesperada de um lado para o outro enquanto esperava a sobrinha sair da consulta com a ginecologista. Quando recebeu o telefonema do seu pai, ela suspeitou que a notícia da perda da virgindade de Simonetta havia chegado aos ouvidos de Simão. Infelizmente, os esforços de Helionora como psicóloga e, principalmente, tia não surtiram efeitos. Era Eden, que semanas atrás pedira por sua ajuda, que sucumbira diante os nervosismos dos Garuzzi.

– O que houve, tia? – Perguntou Simonetta, recuperando-se do estrago que o Papanicolau lhe fizera.

– O Eden teve uma crise epiléptica. – Respondeu a psicóloga, em choque.

****

Marcelo mal conseguia olhar para o rosto de Maria Marta, pois sabia que ela lhe escondia algo sério. Neste instante, a esposa aproximou-se dele com uma oração de São Expedito, o santo das causas urgentes. O que seria mais urgente do que perceber que Eden não era uma criança comum e precisaria de mais compreensão que os demais meninos na mesma faixa etária?

– O Eden acabou de sair do eletroencefalograma. O médico disse que ia ficar tudo bem. – Contou Maria Marta.

– Não adianta você vir com santinhos na mão e se fingir de mãe preocupada. Eu sei que você aprontou alguma com o nosso filho. – Respondeu Marcelo, dominado pela raiva.

– Eu apenas castiguei ele por ter feito me passar vergonha na frente das beatas. Eu escondi os livros dele em outro canto e tranquei ele no quarto. – Justificou-se a católica. – Foi só isso.

– Eu quero ouvir da boca do nosso filho se "foi só isso" como você diz. – Duvidou Marcelo, tentando entender o drama que estava passando.

****

Eram quase cinco da tarde quando Simonetta viu em seu celular uma mensagem de um número estranho. Estava tão preocupada com Eden, que a única coisa que tinha feito foi tentar receber notícias de seus pais. "Como vai seu primo? Espero que  ele esteja  bem. Ouvi dizer que ele passou mal no escritório do seu avô. Eu e Leônidas fomos promovidos. Espero que você não tenha nada a ver com essas promoções. De seu amor secreto, GGJ", estava escrito.

Simonetta respondeu ao namorado, escrevendo o seguinte: "Se o pior não acontecer com o Eden, irei te procurar na sua kitnet amanhã à tarde. Eu te amo. Não tenho culpa se o vovô finalmente percebeu o seu talento. Abraços, sua Mona".

****

Por volta das seis horas da noite, a hora das ave-marias, Eden acordou, para felicidade de Marcelo. Eden era a primeira prova do amor que Marcelo sentia por Maria Marta, um amor intenso, arrebatador e enlouquecedor. Ele esperava que esse amor não diminuísse e muitos menos acabasse, mas as manias e atitudes de Maria Marta eram suas principais inimigas nessa batalha.

– Pai, o que eu estou fazendo aqui? – Questionou Eden olhando em volta para as paredes brancas. – Eu não estou num manicômio por ter falado que a Bíblia é um livro de fantasia, não é?

– Eden, você teve uma crise epiléptica e de agora em diante vai ter que tomar anticonvulsivantes. – Revelou o pai do garoto. – Eu quero saber por que você falou isso, que a Bíblia é um livro de fantasia, na frente da sua mãe e das amigas dela, que são muito católicas? Não foi apropriado, Eden.

– Eu achava que a verdade faz bem, não é, papai? – Justificou-se o fã de Einstein.

– Não sabemos ao certo o quanto da Bíblia é mentira e o quanto é verdade. Mas para sua mãe tudo lá realmente aconteceu. Você deve saber em que situações falar certas coisas. Você já fez isso outras vezes. Por que meu filho? Por quê?

– Toda vez que eu falava coisas desse tipo, eu achava que todos iam interpretar como uma brincadeira ou como a minha opinião. Eu fiz isso porque eu nasci assim, pai. Eu sou assim, se isso lhe basta. – Desabafou o garoto.

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