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Capítulo 21

CAPÍTULO 21

Helionora chamou Maria Marta para uma conversa particular, longe dos grandes empresários, amigos de seu pai e de seu irmão mais velho. Sua irmã do meio quase sempre parecia viver uma paranoia à parte, mais especificamente quando tinha relação com o estado de saúde mental dos três filhos. Para ela, tudo era apenas um carma dos pecados cometidos pelos pais.

– Eu queria saber se o Eden está dormindo direitinho, se ele tem ido à escola... – Manifestou-se Helionora. – Por favor, Marta. A insônia por si só já é um problema grave... Agora, várias noites de insônia podem tornar as coisas ainda piores.

– Não é você que tem levado ele todos os dias para aquele escritório  cheio de doentes mentais? Então pergunte a ele. – Respondeu a beata.

– Eu quero que você que entenda que Eden é um garoto incrível e não um doente mental, como você diz. O TDAH é apenas parte de quem ele é. Sim, eu sei que essa condição traz vários desafios. Sim, mas seu filho é e continuará sendo um garoto maravilhoso.

– Eu amo meus filhos, mas eles podiam ser menos problemáticos. – Confessou a esposa de Marcelo. – O Eden é um hiperativo sem sono. Abel e Caim são quase surdos e não falam um a com seis anos de idade.

– Maria Marta, seus três filhos são incríveis e em muitas famílias crianças nascem com deficiências piores. Você precisa de um psicólogo, na real. – Desabafou Liô.

– Eu devia ter mantido a minha castidade... Eu passei mais de quatro anos casada com o Marcelo sem tocar nele. Aí eu recebi a notícia que tinha me livrado da leucemia e faço o Eden. Eu preferia ter morrido. – Repetia Maria Marta como se os problemas de saúde de seus filhos fosse uma maldição causada por ela.

– Não fale isso. Não fale. Você sabe que precisa de ajuda, Maria Marta, não é? – Argumentou Helionora. – Você, que é tão fanática religiosa, deveria aceitar seus filhos como uma benção, independente de tudo.

– Só Deus e a Virgem de Fátima podem me ajudar. Eu não vou para psicólogos bisbilhoteiros como você, porque eles não entenderiam nunca o meu passado. Nunca. – Respondeu a beata, como sempre, desconfiada.

****

Simonetta finalmente havia se tornado mulher. E o melhor: nos braços do grande amor da sua vida. Agora, ela esperava que sua relação com Gareth não se desgastasse com o tempo, a exemplo do casamento de seus pais.

– Que horas são, meu amor? – Perguntou Simonetta.

– São 00h45 do dia 21 de maio. – Respondeu Gareth.

– A que horas a gente começou a transar? – Indagou a virginiana. – Só para eu anotar aqui.

– Não sei. Só sei que você chegou depois da meia-noite. – Respondeu o geminiano. – Foi uma transa relativamente longa para os meus padrões.

– Vou marcar no meu caderninho com três estrelinhas que no dia 21 de maio de 2013 eu me tornei sua mulher. – Justificou-se a adolescente. – Mulher do homem mais bonito que existe.

– Eu acho arriscado. E se tua mãe achar esse caderninho? – Alertou Gareth.

– Não. Ela não vai achar. – Respondeu a ex-virgem, confiante. – E sabe que eu achei lindo os seus órgãos genitais? Sem nenhum defeito. E ainda você tem duas espadas cruzadas na bunda. Eu tenho um tridente. Será que isso é mais um sinal que fomos feito um para o outro? – Observou a neta de Simão.

– Ou um sinal que eu sou um garoto amaldiçoado e você é um projeto de feiticeira malsucedida? – Sugeriu o filho de Asia.

– Vamos parar de falar de maldição, bruxaria e marcas. – Pediu Simonetta. –  Vamos fazer mais amor enquanto é tempo.

 – Doeu muito? – Questionou o estudante de Economia, preocupado.

– Só doeu mais na hora. O amor facilita a entrada de um pênis pela passagem secreta, sabe? Foi fácil, mesmo você sendo bem-dotado.

– Simona! – Exclamou Gareth, envergonhado.

– Psiu. Arrume isso logo que a banheira nos espera. – Concluiu Simonetta, com segundas intenções.

****

Era quase 01h00 da manhã quando Luís Cláudio, Ruthy e Samantha chegaram em casa, com o motorista que algum tempo depois descobririam ser altamente corruptível. Mais uma vez Luís Cláudio aparentou ter uma família perfeita para todos os convidados. Queria Ruthy que assim sua família fosse. Era dolorido, mas ela tinha que assumir isso, pelo menos internamente.

– Ruthy, eu vou passar no quarto da Simonetta para ver se ela melhorou da dor de cabeça. – Avisou o historiador, friamente.

– Cláudio, é melhor a gente aproveitar para tirar o atraso. – Sugeriu a libriana, com esperança que seu casamento ainda tivesse uma reviravolta. – E a Simona odiaria ser acordada.

– Tudo bem, não vou acordá-la. – Concordou o leonino. – Mas sobre o atraso, é melhor deixarmos para outro dia. Estou muito cansado para isso.

Ali, pela primeira vez, Ruthy estava inconscientemente contribuindo para a paixão fugitiva de Gareth e Simonetta.

****

Maria Marta amava Marcelo, a única coisa no mundo que não fizera ela ter se arrependido de desistir de ser freira. Ela prometera à Virgem de Fátima que se curasse-se da leucemia se tornaria uma freira, mas ao invés disso agarrara o marido, que até então era de fachada, e transa pela segunda vez. Não queria lembrar da primeira, do motivo que fez Marcelo se casar com ela, do motivo que a fez esquecer de ser freira, do ápice da ruína da família Garuzzo.

Helionora não compreendia seus medos e teimosias, mas ninguém jamais seria capaz de entender o inferno interno que Maria Marta deveria enfrentar sozinha até o fim de sua vida.

****

Às 03h00 da manhã  Simonetta deixou um bilhete para Gareth, que roncava lindamente. Tarcísio cumprira a sua parte no acordo e fora buscar a primogênita de Luís Cláudio. Antes de deitar, olhou-se nua para o espelho, tentando ver se havia alguma diferença em seu corpo após perder a virgindade. Dormiu sonhando com seu semideus grego, seu anjo do amor, rei de seu coração e sonhou o resto da noite com ele. Infelizmente, seu sonho era, na verdade, um pesadelo.

– Gareth, Gareth... Me responda, meu amor. – Gritava Simonetta vendo seu amado desmaiado ao redor de um círculo de fogo, que mais parecia a Visão do Inferno, tanto falada por sua tia Marta. Saía sangue dos olhos dele.

– Eu não tive culpa, mas devia ter avisado. – Dizia Stella, que repentinamente apareceu ao seu lado. – Ele perdeu a visão Simona, ele perdeu a visão.

Em um salto no espaço, Simonetta se viu sentada ao lado de seu avô Simão em um lugar que parecia um hospital. Ela falava de Gareth para o avô como se o amor deles não fosse mais  segredo.

– Eu vou amar o Gareth mesmo que ele nunca mais me veja. Eu vou amar ele mesmo que restem dois buracos no lugar dos olhos turquesa dele. Será que ele vai deixar de me amar, nonno, quando ele deixar de ver minha beleza?

– Ele poderá ver de novo através de seus olhos, Simonetta. Ele não vai deixar de te amar porque ficou cego, ele ficou cego porque te ama e sabe que levará essa maldição até a morte dele.

Simão desapareceu de seu pesadelo e Simonetta acordou assustada quando o despertador marcava 06h00 da manhã, a hora da Ave-Maria.

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