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Capítulo 123

CAPÍTULO 123

Mikhael fora covardemente traído por sua maior aliada e, como consequência, jazia numa jaula com uma cicatriz horrenda em sua testa. Não, ele não odiava Diana. Até chorou bastante, inclusive, por sua morte. Mas, naquele momento, tudo o que ele queria era que Simonetta fosse condenada em seu julgamento e que entendesse, da pior forma possível,  os sentimentos excêntricos do leonino. Ela veria que Gareth só lhe fizera mal e que Mikhael seria a única pessoa capaz de lhe estender os braços. Mikhael conquistaria a guarda de seus filhos e viveriam os dois e as cinco crianças, à espera de uma sexta que simbolizaria a vitória de Mikhael sobre os hipócritas Garuzzi.

– Uma amiga sua, Yves, quer falar contigo. Ela disse que é sobre Simonetta. – Anunciou o guarda carcerário.

Será que Simonetta tinha percebido que Mikhael era o melhor para ela? Talvez ela tenha despertado seus poderes mágicos, fugido da prisão e se tornado a sucessora da sua tia Edwirgens. Yves poderia ser sua discípula...

– Oi, Mikho. Lamento te ver nessa situação... – Começou a contar a bruxa portuguesa. – Eu vim do julgamento de Gareth e... Estão julgando só Gareth. A Mona, a Mona se matou ontem à noite.

– O quê? Ela tinha acabado de fazer 22 anos. – Acreditou o vilão. – Como nenhuma daquelas bruxas não fizerem nada por ela?

– Não sei. Só sei que o próprio Gareth estava pedindo para ser condenado... E dias antes ela fez Asia prometer que tomaria conta das crianças. Sinto muito. – Mentiu a fã de kpop. – Por isso eu fiz uma poção que abre o terceiro olho para ti. Você conseguirá ver a Mona no mundo dos mortos com ela.

– Eu quero, claro que eu quero. Se eu e Simonetta não ficamos juntos nessa vida, então ficaremos juntos no além. – Aceitou o leonino, caindo como um patinho.

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Cabia à Nathalia ajudar a fazer a justiça. Sim, ela fora rival de Simonetta por muito tempo, mas tinha que admitir que sua raiva era mais fruto de competição do que falta de caráter da neta de Simão Garuzzo. Sim, ela ameaçou Simonetta em seu aniversário de quinze anos e sentiu nojo desta quando descobriu o seu vínculo sanguíneo com o então namorado. Não, Mona não tivera culpa do que seu pai fizera com ela e não dos dois abortos que Nathalia teve, um provocado e outro espontâneo. Por outro lado, a neta de João Muniz sabia o que era ser julgada injustamente... E lá esteve Simonetta para lhe estender a mão.

– Eu sei que o convite da acusação para que eu participasse como testemunha nesse julgamento não foi feito por acaso. Eles tinham certeza que eu explicaria para vocês o quão imoral esse casal é. Eles tinham a certeza, mas estavam absolutamente errados. – Contou Nathalia para a surpresa da sua antiga inimiga, que se encontrava de mãos dadas com Gareth. – Eu conheço Simonetta desde que tínhamos uns dez, onze anos. Menos que isso, na verdade. Meu avô costumava ter encontros periódicos com o avô dela, o pai de Gareth, quando tínhamos três, quatro anos. Eu não era amiga de Simonetta de jeito nenhum, muito pelo contrário. Entrávamos em atrito, constantemente. Inclusive, ela usou o meu nome levianamente para justificar seus encontros secretos com Gareth. Então foi por isso que a acusação me escalou.

– Nathy, obrigada por aceitar esse convite. – Disse Simonetta, chorando. – Eu sei que você falará a verdade.

– Eu, mesmo sendo catolicíssima, fiz questão de estudar a carta de tarô, O Julgamento. Eu já passei por um, sabe?  E fui considerada culpada, lógico. Tudo isso porque atirei no homem que me estuprava e que me fez perder meus dois filhos. Sim, um aborto foi causado, mas eu não teria feito ele se o pai do meu filho fosse um cara legal, que tivesse transado com o meu consentimento. – Explicou-se a geminiana. – Lembro que Simona lutou arduamente para que seu pai não conseguisse o direito na justiça de que seu bebê fosse tirado contra sua vontade. Agora eu sei por que você fez isso, Simona. Agora eu estou no terceiro mês de gestação de um filho do homem que eu amo, o meu bebê Vasco. – Revelou. – Bem, eu estudei a carta 20 do tarô e tirei minhas próprias conclusões. A carta não remete bem a um julgamento como este... Simboliza apenas o final de um ciclo e o autoexame da consciência. Garanto que, se Gareth e Simonetta, tiverem algum peso na consciência esse peso não se refere a nenhum mal feito a qualquer de seus três filhos. Eles são bons pais, isso é tão óbvio para mim. Se eles estão juntos e isto é visto algo socialmente imoral, eles tiveram respaldo da justiça. A mesma que, após permitir o casamento, tenta condená-los por atos que notadamente foram armações ou frutos da imaginação falso moralista de muitas pessoas. Gareth e Simonetta são inocentes. Eles merecem um recomeço. Eles não são pessoas imorais.

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Yves não conseguia conter seu sorriso diabólico. O melhor de tudo é que a portuguesa nem precisara se esforçar para que Mikhael caísse em seu conto muito mal contado. Vejam bem: abrir o terceiro olho poderia ser deveras perigoso para quem estava desequilibrado espiritualmente (e era óbvio que o bandido era bem desajustado nessa parte). Agora, Yves sentia que Mikhael estava tendo pesadelos vívidos com Diana e o criminoso de seu pai e com a morte que tivera na última encarnação. "Nossa! Quem foi o gênio que matou esse lixo carbonizado?", indagou a bruxa para si mesma.

A parte boa disso tudo é Simonetta estava vivíssima e seria novamente feliz com Gareth. Mas não, Yves não teria dó dos delírios de Mikhael. Fora ele quem apresentara o caminho da maldade para Mirella e só a Deusa sabia aonde ela iria parar com a obsessão de redespertar Lilith... No fim, só restava à portuguesa confiar na inteligência e sabedoria de Alasca. Ela impediria que o plano de Lilith se concretizasse.

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Luís Cláudio esperava se redimir das grosserias que falara para Simonetta. Por sua lógica, se Gareth ficasse feliz com o perdão excêntrico que seria dado por Marcos Lins, Simonetta também ficaria. Além disso, seria impossível o juiz não inocentar o casal após aquela testemunha depor a favor de seu algoz. Qual não foi a surpresa de Gareth e do público em geral ao ver que Marcos era testemunha de defesa? Era indiscritível.

– Confesso que tive que me preparar para dar o meu testemunho e julgar se o casal em questão tem ou não moralidade.– Iniciou o sócio de João Muniz. Luís Cláudio notara naquele instante o espanto de Gareth ao ver sua antiga vítima. – Primeiramente, procurei e refleti sobre uma notícia que li em novembro passado. Era sobre um casal capixaba que tinha sete filhos autistas. Vocês podem me perguntar: como eles conseguem dá conta? Eles deram e ainda estão dando conta. Bem, vocês podem me dizer que o auxílio do governo e as cestas básicas de amigos é o que mantém a família. Mas não. É o entendimento e a concórdia dos dois. Assim, se um casal pobre consegue cuidar de sete filhos autistas, outro casal com condição econômica invejável também consegue cuidar de dois ou três no espectro. – Comparou Marcos. – Ah, também não há indícios que o casal que agora vejo praticou algum tipo de abuso contra os filhos mais velhos. As próprias crianças, que são muito tagarelas, estão ao lado dos pais. Logo, sou obrigado a concluir que o que leva a esse júri popular são achismos e não evidências. Achismos esses que me fazem voltar ao tema do meu trabalho de conclusão de curso. Posso dizer que, depois de ver a morte de perto, criei coragem em relação aos meus sonhos. Assim, fazem quase de sete a oito anos que apresentei o meu trabalho de conclusão de curso em Direito e ele era uma suposição de defesa se Édipo e Jocasta decidissem ficar juntos. É, não estou brincando. – Revelou o advogado.– Eu sei que vocês não sabiam que eu tinha uma formação... Aliás, eu nunca tinha usada ela para nada até hoje. Defendi que Édipo e Jocasta foram vítimas de uma tragédia que já estava traçada. Não adiantava fugir dela. Ela já estava concretizada. Além disso, eles tinham quatro filhos para criar. Em uma sociedade moderna, eles poderiam lidar melhor com tudo e decidirem se separariam ou não. Foi essa a realidade ao casal aqui julgado e eles decidiram ficar juntos. Mal-intencionados? Não sei. Eu não estou no lugar deles para saber o que faria. E Laio, que abandonou o filho à própria sorte, não merece ser julgado? E os meios-irmãos, gerados por inseminação artificial, que se encontrarão no futuro e se apaixonarão devem ser apedrejados em praça pública? – Concluía Marcos. – Em setembro do ano passado, Gareth me pediu uma coisa e eu neguei. Hoje tenho outra resposta: eu te perdoo, Gareth, não porque eu ache que você mereça o meu perdão. Eu só acho que você merece seguir em frente. Além disso, ódio e rancor não leva ninguém a nada nesse mundo.  Gareth e Simonetta não são imorais e não colocaram o DVD com imagens impróprias para seus filhos mais velhos assistirem. Os rapazes já confessaram o que fizeram, mas o senhor juiz não quer dar ouvidos. Eles estão sendo julgados por outro motivo, eles estão sendo julgados por terem escolhido ficar juntos. E eles também são inocentes nesse caso.

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Gareth ainda não acreditava que estava livre. Melhor ainda: ele recebera o perdão que tanto esperava de forma pública. Agora, reunido aos seus três filhos e ao grande amor de sua vida, o economista refletira melhor sobre os conselhos de Maria Marta. "Se afastar dele não vai mudar a opinião ou o julgamento que as pessoas têm de você", disse a agora noviça. De fato, nada mudaria os olhares tortos que a maioria das pessoas dariam a Gareth. Então, por que ele relutava tanto em reconhecer que ele era seu pai?

– Não sei se conseguirei te encontrar de novo até o dia de seu aniversário. Então aproveitei a minha liberdade e os plenos poderes sobre minha biblioteca para te presentear. – Justificou-se. – A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir, de Rubem Alves. Não se preocupe, eu tenho outros exemplares para montar outra biblioteca em Gaeta.

– Realmente, acho que deixei meus gostos literários e culturais só para você. – Comentou Simão. – Os outros filhos são bem restritos em relação às suas preferências. Já eu sou eclético, quase ilimitado. – Gabou-se.

– Bom saber. Pensei que essa minha impaciência literária vinha só signo de Gêmeos. – Confessou. – Eu queria te dizer que sinto muito por tudo e agradecer por ter ajudado com as crianças. E eu queria pedir permissão... – Dizia gaguejando. – Permissão para lhe chamar de papai...

Antes que pudesse continuar ou receber a resposta, ele fora surpreendido por um abraço de Simão. Todos ali mereciam o seu perdão.

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Já era 11 de setembro de 2020 e tudo indicava que Gareth seria eleito o novo síndaco de Gaeta. Esses e outros acontecimentos animavam bastante a alma de Alasca. Inclusive Eden fora visitar Maytê a seu pedido. A situação da avó de seu amado havia piorado bastante quando soube que o filho caçula tinha sido internado em um manicômio judiciário. "Ele perdeu o juízo. Ela só fala que quer ver o espírito de Simonetta imediatamente", disse Maytê a Eden. Depois da visita à avó, Eden e Alasca partiram para Gaeta junto a Simonetta e família.

Naquele instante, o casal estava visitando a mais recente noviça do convento Delle Suore Crocifisse Adoratrici.

– Me senti bem melhor depois que Ruthy e Donatello se mudaram para cá. – Confessou Maria Marta. – Ele não pode ser vice-prefeito à distância, não é? E, também, graças a Deus eu posso fazer algumas visitinhas e amamentar Eva. Ela não crescerá achando que eu a abandonei.

Eva. Alasca recordou por que ela estava em Gaeta assim que Maria Marta falara o nome da filha. Será que a Katoptris Capixaba tinha algum recado lhe serviria de alguma coisa? Ou até mesmo os manuscritos lhes confiados por Donatello, nos quais a própria Alasca pouco trabalhava? Os pensamentos da pisciana foram interrompidos por uma ligação de Donatello.

Ciao, futuro vice-prefeito de nossa cidade! – Exclamou primeiramente Marta. – O quê? Não, nem eu e nem tia Cecilia fiquemos de pegar Eva. Ela não está aqui.

Enquanto isso, a Katoptris na mochila de Alasca brilhava de modo que a luz conseguira vencer o obstáculo do tecido. Uma bebê de feições ternas era carregada por uma mulher  no fim de gestação. A mulher era Mirella e o bebê era Eva. Elas estavam se dirigindo para a matriz da Arquidiocese de Gaeta.

– Marta, La Cattedrale é longe daqui? Podemos ir a pé ou precisamos de um transporte? – Questionou Alasca.

– Não, não é tão distante assim... Por quê? – Respondeu a noviça.

– Temos que ir para lá imediatamente. – Justificou. – Precisamos impedir que Mirella use Eva para despertar Lilith.

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