O pior dos espíritos
Há cada passo pensante, ciente fico de que um fantasma me segue
A cada detalhe feliz ele nasce
Quando um sorriso morre infeliz, então aparece
Gira em torno de mim como um peão
Em minha preta sombra vejo sua intenção
Em meus rubros sonhos ele se aquece
Espírito obsessivo, morto, porém vivo, fez de sua moradia meu castelo
Reina em meu trono, possessivo, e eu titubeante passivo
Do fantasma em mim mesmo sou cativo
Aos poucos tentando sair do alto da torre no deserto
É dono de um circo proibido em mim, e nele se exibe sem meu consenso
O circo onde palhaços suspiram sorrisos falsos e isolamento
Uma vez, em meditação, resolvemos então conversar
Disse meu nome a ele, contudo, ele se recusou a falar
Insisti neste dever onde buscava entendimento
E o fantasma por fim afrouxou seu nó de encabulamento
– Prazer em vê-lo – Disse ele a mim – Meu nome é ressentimento.
Autor: CelioAmaral20
Livro: Devaneios Decadentes
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