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03_ Montgomery.

De repente, como num relâmpago, tudo sumiu. Tudo. Acho que até a realidade, porque agora eu estava num lugar branco sem absolutamente nada.

ㅡ To velha demais para isso. ㅡ Toquei minha coluna enquanto meu rosto fazia uma careta. Parecia até que eu tinha levado um empurrão.

ㅡ EU já tive a ideia perfeita! ㅡ Molly saiu de trás de mim, de repente, me fazendo dar um pequeno pulinho. Soltei um suspiro logo depois tocando o meu peito para sentir minha respiração.

ㅡ Por que você faz isso? ㅡ A questionei.

ㅡ Você disse que é de onde mesmo? ㅡ Ela apertou os olhos olhando para mim, ignorando totalmente a minha pergunta.

ㅡ Atlanta. ㅡ Observei sua expressão pensativa.

ㅡ Já foi à Nova Iorque? ㅡ Meus olhos provavelmente brilharam com sua pergunta. Uma pessoa que me conhece sabe que eu nunca nem saí da minha cidade...

ㅡ Não, nunca. Quem me dera... ㅡ Deixei um sorriso sonhador escapar.

ㅡ Opa... Isso ㅡ Ela se achegou um pouco mais para perto apontando para o meu sorriso, sorriso que eu rapidamente desfiz, assustada com a aproximação repentina. ㅡ Isso foi um sorriso diferente. O que tem em Nova Iorque que te interessa?

ㅡ Ah... Nada de mais. ㅡ Abracei meus braços agarrando a ponta dos cotovelos. ㅡ É só um sonho bobo que eu já deixei de lado há muito tempo.

ㅡ Sonho? Me conta desse sonho! ㅡ Ela parecia muito interessada. As vezes eu me esquecia que ela era minha... Minha autora. Coisa estranha de se dizer. Ela certamente só estava, como ela mesmo disse: traçando a minha personalidade de protagonista.

ㅡ É que eu amo atuar. ㅡ Disse após relutar. ㅡ As peças da Broadway sempre pareceram incríveis na televisão. Seria o meu sonho poder assisti-las com frequência e... Quem sabe... Até participar.

ㅡ Ah... ㅡ Ela assentiu. ㅡ Atuar... Entendi. ㅡ Sorriu e começou a andar de um lado para o outro. ㅡ Antes de você encontrar o Montgomery, o que fez exatamente?

ㅡ Mont o que?

ㅡ Montgomery. É o nome do meu livro. Não é possível que até o nome dele foi arrancado da capa?? ㅡ O desespero era nítido em sua voz. Senti que ela passaria mal quando eu assenti concordando. ㅡ Urg... ㅡ Seu pequeno grunhido durou apenas uns segundos, logo depois ela começou a respirar fundo. ㅡ Não surta, Molly. Tá tudo bem. ㅡ A mesma se recompôs e voltou a me encarar. ㅡ Então, me diga o que fez durante o seu dia?

ㅡ Por que quer saber? ㅡ OK, ela era minha autora e provavelmente queria saber mais sobre mim, mas eu não tinha muito costume de conversar com pessoas, entende? As vezes eu costumava ser um pouco desconfiada. Porém, o olhar de tédio dela, já que me explicou o motivo um monte de vezes, me fez entender. ㅡ Ah, ta. Desculpa. Eu... Eu acordei, fiquei um tempinho na janela vendo as crianças brincarem, depois desci para tomar café e percebi que o Senhor Jofrey, nosso zelador, estava um pouco para baixo, então voltei ao quarto e escrevi uma cartinha anônima para ele para tentar anima-lo um pouco, falando do quanto ele era especial para todo mundo ali.

ㅡ Carta anônima? Você costuma fazer isso? ㅡ Ela me interrompeu.

ㅡ Na verdade, sim. Tenho uma caixa embaixo da cama com várias cartas brancas e adesivos de coração vermelho para fecha-las. Gosto de fazer isso quando vejo alguém para baixo. ㅡ Respondi de forma breve para continuar a contar a minha rotina daquele dia. Para mim, essa informação não parecia tão importante.

ㅡ Ah, isso é lindo! ㅡ Molly sorriu. ㅡ E muito útil também. ㅡ Assentiu parecendo pensativa.

ㅡ Você quer que eu continue a contar? ㅡ A segui com meus olhos enquanto ela não parava de andar de um lado para o outro.

ㅡ Não, não. Isso já é suficiente. ㅡ Ela parou bruscamente e sorriu unindo as mãos na frente do corpo. ㅡ Arizona, bem vinda ao seu romance. ㅡ Percebi que tudo mudaria de novo quando ela ergueu sua mão para estalar os dedos.

Apertei os olhos me preparando para o teletransporte, ou seja lá como se chama essa coisa que ela faz. Quando os abri, me vi numa sala de aula.

A turma estava uma bagunça, todos conversando animados entre si e notei que no quadro a frente estava escrito: Parabéns, formandos!

O negócio é que não estava escrito em inglês, mas mesmo assim eu entendi e consegui ler perfeitamente.

ㅡ Arizona... ㅡ Molly apareceu ao meu lado sussurrando perto do meu ouvido, coisa que me fez dar um pulo do banco, atraindo a atenção de duas garotas que conversavam perto de mim.

ㅡ Que isso, Arizona? Ta maluca? ㅡ Uma delas perguntou rindo.

ㅡ Ela ta triste porque não vamos nos ver mais. ㅡ A outra choramingou.

Aquele não era meu idioma, definitivamente. Mas, ainda assim, eu podia entende-las.

ㅡ Onde eu estou? ㅡ Sussurrei para que apenas Molly me escutasse. Eu estava sentada na última carteira, encostada na parede.

ㅡ Numa escola. ㅡ A encarei. ㅡ Ah, certo. É seu ultimo dia de aula. Você mora apenas com seu pai e sua mãe faleceu tem pouco tempo. Você é muito rica, mas preferiu estudar numa escola pública porque gosta de prestar serviços à caridade. Essas duas são suas amigas, mas você é bem popular na escola inteira.

ㅡ Ah... ㅡ Entendendo, voltei a olhar para a classe. Era fácil notar a diversidade ali, tanto de estilos, raças, corpos, tudo... Todo mundo ali era muitos diferente um do outro e mesmo assim, se tratavam como iguais. Não parecia haver descriminação ou preconceito de nenhuma parte. ㅡ Em que país estamos?

ㅡ Brasil. Não é demais? ㅡ Molly sorriu empolgada. ㅡ É a minha primeira história aqui. Bem... Ao menos parte dela, né?

ㅡ Do que está falando?

ㅡ Nada não. Olha, agora eu preciso dar uma desaparecida para que você aproveite sua história. Sempre que alguém que sua personagem já conhece aparecer, você automaticamente vai lembrar dessa pessoa, ok? Não se preocupe, não parecerá uma deslocada. Não precisa tentar se encaixar em nada, seja apenas você. E... Outra coisa. Você pode ficar nesse romance até quando quiser, até para sempre, obviamente. Mas, se desejar sair e acabar com tudo isso aqui, é só dizer: Montgomery, fim da história. ㅡ Disse tudo com muito cuidado.

ㅡ E aí, eu simplesmente saio do livro e volto para Atlanta?

ㅡ Sim, e ninguém daqui se lembrará mais de você. Para eles, será como se você nunca tivesse existido. ㅡ Engoli em seco só de ouvi-la falar.

ㅡ Tudo bem, eu acho que entendi tudo. ㅡ Molly sorriu para mim e se colocou de pé.

ㅡ Até breve, Arizona. Tenha uma boa história. ㅡ E assim ela desapareceu.

•••
Continua...

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