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Capítulo 6

20 anos atrás, dia da divisão.

Era para ser somente mais um belo dia de grande proveito para todos. Única dúvida que possuíam todos os dias era qual roupa vestir ou o que assistir em seus aparelhos televisores. Porém, aquele dia foi diferente.

O sol começava a nascer, nenhuma pessoa acordava naquele horário, pois não possuíam obrigações nem trabalho; em suas vidas tudo era ganho sem o mínimo esforço.

Uma sirene com um som ensurdecedor ecoou por todo local. Todos despertaram confusos e desesperados. Em pouco tempo todos estavam do lado de fora de suas casas em busca de respostas para o que acontecia.

— Olá, cidadãos. Venho lhes dar um comunicado: todos os que não possuem parentescos com cientistas, soldados ou que não façam parte de famílias que têm posse de grandes riquezas, — uma voz autoritária ecoava por toda os cantos — serão designados para outra área hoje pela tarde. Vocês terão até o meio-dia para arrumar suas malas e irem para o grande portão. Levem somente o necessário e não tentem nos enganar, sabemos quem deverá sair. Caso encontremos tentativas de ficar sem estar enquadrado nos quesitos não iremos medir nossas atitudes.

Todos escutavam atentamente o anúncio. A surpresa era notável na expressão de todos; não sabiam o que esperar do lugar para onde seriam designados, mas sonhavam que seria um lugar melhor.

Algumas famílias arrumavam suas malas animadamente, idealizavam um novo lugar dos sonhos. Algumas pessoas desconfiavam do acontecimento repentino mas ninguém ousaria ir contra aquela ordem.

Viviane arrumava suas malas juntamente de seu marido Yarique.

—Essa história é estranha. Acho que não virá boa coisa pela frente. — ele resmungo.

—Seja positivo, meu amor. — Viviane disse docilmente pegando a mão dele que logo a puxou para um abraço.

Estavam casados há somente dois meses. Diferentes de muitos casais que eram constituídos somente pela pressão do governo para todos terem filhos rapidamente, eles tiveram sorte e se casaram por amor.

— Eu estou tentando meu bem, estou tentando.— ele sussurrou enquanto acariciava os longos cabelos negros dela.

Quando terminaram de arrumar as malas faltava pouco tempo para meio-dia. Demoraram mais do que pretendiam.

Quando chegaram fora de casa viram inúmeras famílias caminharem felizes em direção ao portão. Um sentimento estranho de medo invadiu ambos.

—Vai ficar tudo bem.— ela falou tentando o tranquilizar, Yarique mantinha uma expressão perturbada.

Apesar de ter tido uma vida boa, ele nunca gostou do governo. Sempre teve desconfianças. Lia livros antigos de como era a vida antes do declínio, criava teorias, mas nada o fez deixar de duvidar que atrás da enorme bondade do governo havia algo errado.

—Eu te amo. — disse ele dando um sorriso para ela.

Apesar de também estranhar tudo, Viviane sempre foi extremamente positiva. Preferia acreditar que tudo ficaria bem mesmo quando a situação mostrava o contrário.

—Eu também lhe amo! — ela exclamou sorrindo, quando estava ao lado dele sempre estava feliz.

Quando chegaram ao grande portão, uma multidão se encontrava aglomerada. Menos da metade da população possuía riquezas ou parentescos com os cientistas. Inúmeras pessoas esperavam seu novo destino.

Um caminhão recolhia a mala de todos para serem levadas para as novas moradias.

O tempo parecia se arrastar lentamente até um novo anúncio ser emitido pelo local:

— O portão será aberto nesse momento e alguns soldados levarão vocês até seu novo lar. Porém antes disso irei dizer algumas novas regras: para todos que já possuem filhos será proibido gerar outras crianças, caso contrário vocês serão exilados; e para os que não possuem é somente permitido uma criança por casal. Segunda e última regra: é proibido tentar voltar para Potissimum. A área para qual vocês serão designados se denomina Inferius. Espero que tenha uma boa vida.— falou novamente a mesma voz que provavelmente pertencia ao presidente ou seu vice.

A maioria das famílias ali possuíam mais de dez filhos. Pouquíssimos eram novos casais como Viviane e Yarique.

Todos sabiam o que era o exílio e naquele momento muitos sentiram medo. Quando se é condenado ao exílio a pessoa e toda sua família é transportada até uma área totalmente desabitada onde esperarão a morte. Nunca viram acontecer com ninguém, muitos até achavam que era só história para assustar a população, porém ninguém iria querer pagar para ver.

Yarique e Viviane se encaravam sem saber o que pensar sobre o que tinham acabado de escutar.

Em pouco tempo, guardas abriram o grande portão.

Quando a população saiu para o lado de fora, um grande calor atingiu todos. Através de um teto de vidro que cobria toda a cidade nem o calor nem o frio eram sentidos. O clima sempre era agradável. Porém, ali fora tudo fazia contraste. O calor enorme se tornava quase insuportável para todos pois nunca haviam o sentido antes.

—Andem logo e em silêncio! — gritou um dos soldados quando percebeu que todos estavam parados, tentando se acostumar com aquela sensação.

Caminhavam por uma área deserta; não existia nada ali além de areia. Em poucos minutos os soldados ordenaram que todos parassem.

— Iremos dividir vocês em dois grupos! — um soldado gritou.

Começaram a chamar  pelo sobrenome de suas famílias, porém mesmo assim era uma lista quase interminável. O nome de Viviane e seu marido não foram citados. Ela se sentia aflita. Aquele calor estava lhe fazendo mal. Sentia como se fosse desmaiar a qualquer momento.

— Amor, você está bem? — Yarique perguntou vendo o estado de sua esposa.

— Está muito quente. — ela sussurrou. Odiava o deixar preocupado ou reclamar, mas já não estava suportando.

—Calma meu amor, você vai ficar bem, todos vamos ficar. — ele disse tentando a acalmar, porém ele também estava se sentindo mal por causa do clima.

Em poucos segundos a caminhada recomeçou até que alguns gritos começaram a ser feitos. Uma criança havia desmaiado e sua família tentava a acudir. Yarique olhava aquela cena desesperado.

—Meu Deus! — sussurrou Viviane. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, aquela criança não merecia aquilo.

Um soldado caminhou em direção à criança, o pegando no colo.

— Voltem a andar! — o mesmo soldado que carregava o menino ordenou.

Quando começaram a caminhar novamente Yarique sentiu a mão de sua esposa afrouxar o aperto na dele. Quando a olhou, percebeu que ela estava extremamente pálida.

— Amor, o que você está sentindo? — ele perguntou aflito, ver a sua mulher daquela forma só aumentava seu ódio pelo governo.

Ela não respondeu, seu corpo ficou completamente sem força.Yarique pegou ela no colo antes do corpo da mesma ir de encontro ao chão.

— Minha esposa desmaiou! — ele gritou para os soldados, a dor e desespero eram nítidos em sua voz.

Um soldado olhou para ele com indiferença, a ordem era para não ajudar caso algo acontecesse a eles no caminho, porém ele não conseguiria ficar parado assistindo aquela cena.

— Iremos parar logo à frente. Lá cuidaremos de sua esposa. — o soldado disse quando se abaixou ao lado dele. —Consegue carregar ela?

Yarique assentiu, mesmo se não suportasse o peso de Viviane, a carregaria. Não confiava neles, sentia que todos eram comprados pelo governo, não deixaria sua esposa nas mãos deles.

O soldado logo se afastou deles voltando ao seu posto à frente de todos.

Em pouco tempo pararam em uma lugar cheio de tendas. Algumas outras crianças e idosos haviam desmaiado no pouco tempo causando desespero ao povo.

— Coloque os desmaiados nas macas e o restante forme uma fila única. — ordenou o mesmo guarda que havia falado com Yarique há pouco tempo.

Ele colocou Viviane deitada em uma das macas improvisadas mas se negava a sair do seu lado. Ela estava extremamente pálida, sua respiração se encontrava irregular, suor ainda escorria em seu rosto. O coração de Yarique se apertava ao ver sua amada assim. Limpava seu rosto com um simples lenço enquanto desejava que ela ficasse bem logo.

O soldado que havia conversado com ele olhou a cena com tristeza. Ele sabia que o povo sofreria por coisas piores pela frente. Outro guarda estava indo em direção à eles para obrigar Yarique a entrar na fila, porém o soldado que assistia a cena o impediu e o mesmo foi em direção ao casal com duas seringas em mãos.

— Olha, sei que não confia em nenhum de nós, porém vocês precisam tomar essa vacina: ela irá diminuir os efeitos contra o calor. Logo vocês conseguirão se habituar ao clima. — ele disse com extrema calma para não chamar atenção para eles.

—Não! Eu não sei o que tem dentro dessa seringa! Vai que você só quer nos matar. — retrucou Yarique se colocando na frente de sua amada.

— Olha como os outros soldados estão tratando as pessoas. — o homem apontou.

Então Yarique percebeu: os que estavam na fila estavam sendo maltratados, os soldados gritavam e empurravam todos sem se importar se eram mulheres, homens, idosos ou crianças.

— Preste atenção caso você não queira que você e sua mulher passe por isso. Melhor aceitar logo. — o soldado falou novamente ao ver a expressão de desespero de Yarique.

—Quem é você? — Yarique perguntou. Era estranho aquele homem ser bom com eles.

— Esteban. — foi a única resposta do soldado: um nome. Isso não dizia quem ele era.

Yarique, mesmo com medo, aceitou ser aplicada a vacina nele e sua esposa. Sabia que não poderia fugir daquilo, mas desejava que fosse realmente algo para amenizar a sensação de calor. Sabia o quanto a tecnologia e ciência de Potissimum era avançada.

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