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Capítulo 51


Mirabela não sabia ao certo se havia pegado no sono de forma natural ou se haviam injetado mais algum sedativo no fim do dia anterior. O sol que entrava pela cortina semiaberta do quartinho em que fora instalada a acordou ao atingir seu rosto.

Ela não pensou antes de tentar se levantar, e notou com um sorriso no rosto que estava livre. Não havia nenhum sinal de algema no quarto. Porém ela notou o porquê disso: havia uma pulseira de ferro entorno do seu braço. Mirabela poderia ter ficado com raiva, mas isso era melhor do que algemas que não deixavam se mover.

Caminhando pelo quarto ela encontrou algumas roupas de ginástica do seu tamanho e uma folha com um cronograma em cima delas. Aparentemente ela precisava estar pronta até às 10 horas, quando alguém apareceria para leva-la até o treinamento.

Mirabela olhou novamente para a pulseira: não era uma pulseira qualquer, era um relógio de ferro e marcava 8:30 da manhã. A menina largou as roupas e o papel em cima da cama e caminhou até a porta. Não ficou surpresa ao constatar que estava fechada.

Olhando para a outra extremidade do quarto há outra porta, a qual se abre facilmente mostrando um pequeno banheiro. Sem nada mais interessante para fazer, a menina decide tomar um banho antes que suas atividades comecem.

Mirabela estava olhando para o teto e pensando em como poderia se aproveitar do seu cronograma diário para fugir quando uma batia soa à porta.

-Pode entrar!

A maçaneta gira e então a porta se abre para revelar Rodrigo, novamente vestido com seu jaleco branco e um pequeno rabo de cavalo. Ele sorri ao vê-la já pronta e com as roupas oferecidas pelo Centro.

-Pronta para começar o dia?

-Diego não tem mais ninguém para me acompanhar? –A garota falou enquanto se levantava e caminhava até a porta. Se ela tentasse sair correndo, será que conseguiria passar sem ser pega?

-Ah, ele tem sim, mas como eu já acompanhei o caso da sua irmã por dois anos, achamos melhor eu ficar com você também. –Rodrigo saiu andando pelo longo corredor, o passo lento e confiante.

Mirabela se apressou atrás dele. Apesar de tudo, algo dentro de si sentia que podia confiar naquele homem.

-O que quer dizer com acompanhou minha irmã?

-Exatamente o que eu disse. Acredito que saiba que ela passou dois anos aqui no Brasil com Diego, não é? –Ele agora tinha parado de caminhar e encarava a menina, os braços cruzados sobre o peito.

-Sim, mas até então achei que ela estava observando vocês- Mirabela se arrependeu do que falara no segundo seguinte. –Quer dizer...

-Ah, não precisa se justificar. Nós sabíamos exatamente o que Sunny pensava estar fazendo. Sabe, poder manipular mentes também a torna suscetível à manipulação. Ela nunca desconfiou de nada. Diria que fiz um ótimo trabalho.

-Convencido –Murmurou ela.

-Vamos, diga que quando ela encontrou sua família falou de alguma desconfiança?

Mirabela não respondeu. Sunny realmente não duvidara de nada, ou quase nada. Sophia achava que o que dera errado em seu plano fora por conta da fraqueza do seu poder, mas agora a menina sabia que não passava de mais um plano de Diego.

-Vocês também dera à minha irmã um relógio desses? –Mirabela ergueu o pulso e apontou para a pulseira de ferro.

-Acho que Diego deu a ela um anel de ferro quando "casaram". Não inibia completamente as habilidades dela, mas os tornava muito fraco para que seu uso fosse viável. 

Os corredores pareciam ainda mais infinitos conforme ela seguia Rodrigo por eles e os dois não trocaram mais muitas palavras, o homem sempre cantarolando a mesma parte de uma música em português, ao que ela conseguia identificar.

Depois do que parecia meia hora, Rodrigo finalmente para de caminhar e estende a mão para uma porta. Assim que ele abre, um espaço amplo, com cerca de cinco mesas longas e algumas pessoas, em pequenos grupos ou sozinhas, apareceram.

-Este é o refeitório, entre, por favor. Aqui serão servidas todas as refeições que você viu no seu cronograma assim como pode vir aqui para fazer atividades que restarem das aulas, ou apenas conversar.

-Não é como se eu lembrasse o caminho. –Mirabela ainda encarava o lugar atônita. Por que precisavam de um espaço tão grande assim um centro de pesquisa? –O que você quer dizer com aulas?

-Vou providenciar um mapa para a senhorita. Quanto às aulas, bem, você não terminou o colégio, não é? –A menina assente com a cabeça- Sendo assim, você precisa estudar. Também terá aulas de português, para ajudar na comunicação aqui no Centro.

-Sabe que não pretendo ficar por muito tempo- Mirabela olha para ele de soslaio e, apesar de desejar estar certa, no fundo não tem muita confiança de que sua estadia seria curta.

Seu pai não tentaria resgatá-la nunca? Já faziam ao menos três dias –segundo seus cálculos não muito confiáveis- que ela havia sido raptada e até agora não recebera sequer um sinal de que alguém percebera o ocorrido. De que alguém estava indo ajuda-la.

Até agora, a maior ajuda para sair dali tinham sido algumas promessas vagas de Gustavo, que ela descartara sem hesitação. Pensar em voltar atrás e aceitar seu apoio lhe davam calafrios.

Rodrigo parece ignorar sua fala e caminha tranquilamente entre as grandes mesas do refeitório, provavelmente preferindo não extinguir todas as esperanças da garota. Mirabela sairia dali quando Diego quisesse. Se quisesse.

Ele para apenas quando se aproxima de um garoto negro, provavelmente da mesma idade que ela, que encara decepcionado um livro a sua frente.

-Rafael, podemos conversar?

O menino se sobressalta ao ouvir seu nome e quase derruba o café próximo ao seu braço. Ele tenta se controlar e finalmente olha para Rodrigo e Mirabela, que assistem tudo em silêncio e em pé ao seu lado. Rafael arruma os óculos que estavam quase fora de seu nariz antes de falar:

-Oi, claro! –O menino se levanta e estende uma mão a Mirabela, falando um inglês quase perfeito- Prazer, me chamo Rafael. A senhorita deve ser Mirabela, certo? –A garota aperta sua mão e faz que sim com a cabeça- Provavelmente ainda não falaram nada a respeito, mas serei seu guia por essa semana, ou até você se acostumar com o Centro. Posso não ser o mais velho, mas estou a mais tempo aqui.

-A construção não parece tão antiga –Ela não consegue segurar as palavras que fogem de sua boca- Quero dizer, achei que o projeto maluco de Diego não tivesse mais que cinco anos.

-Ah, o projeto de Diego realmente não é velho, mas o Centro, não necessariamente a construção, já possui certa idade. A ideia de seu pai e do Gerente não é assim tão inédita.

Mirabela encara os olhos castanhos escuros por detrás dos óculos com confusão. Rodrigo pigarreia atrás dela.

-Crianças, vou deixar que conversem e se conheçam, ok? Tenho algumas coisas a fazer antes de buscar Mirabela para mais alguns testes.

Falando isso ele sorri para os dois e sai rapidamente, o jaleco branco esvoaçando atrás dele.

-Eu gosto desse cara. Sabe, ele é o médico mais legal daqui. –Rafael ainda está encarando a porta por onde Rodrigo acabou de passar quando complementa- Seja qual for a loucura que esteja planejando para dar o fora daqui, não machuque os médicos, ou os estudantes, eles não têm nada haver com as paranoias do Diego.

-Como sabe que tentarei fugir?

-Todos nós tentamos no início, nossas habilidades descontroladas e fracas não permitiram sucesso para nenhum de nós. Mas acho que você tem chances –Agora ele a encara, seu olhar perfurando e esmiuçando sua alma- Só aconselho para esperar alguns dias, ao menos até saber se controlar e usar suas habilidades da forma que deseja.

-Se você já sabe usar as suas, por que não tentou novamente?

-Sabe Mirabela, não são todos os que têm a sorte de ter uma família ou um lugar para ir se conseguirem sair daqui. Às vezes a melhor opção é permanecer, ao menos aqui temos comida, roupas, um quarto e aulas, além de treinamento. Pode não ser para algo muito bom, mas é o melhor que muitos têm. O melhor que eu tenho.

A garota fica em silêncio, encarando conforme Rafael pega um pão e uma xícara de café próxima e oferece a ela, ainda calado. Mirabela aceita e, sentando-se no banco de madeira ao lado do garoto, come o café da manhã, se preparando para o que viria a seguir e digerindo as palavras dele. 

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