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Capítulo 17


Washington, 1990

Haviam dois anos desde o dia em que Robert pedira Eliza em namoro e duas semanas desde o dia mais feliz de sua vida: o nascimento de sua primeira filha, Sophia Blake. Tudo acontecera tão rápido e sua vida estava uma tremenda confusão, mas mesmo assim ele estava feliz. Faltavam poucos meses para que enfim pudesse terminar sua especialização em microbiologia e virologia, para que apresentasse sua Tese sobre quimeras virais. Ele vinha estudando desde o fim do Ensino Médio, quando, juntamente com Marcel, começara a faculdade de Biologia e se interessara pelos parasitas. Marcel Simons, seu melhor amigo desde a infância, tinha começado uma especialização em Imunologia e também, em breve, terminaria o curso.

Quando começara a estudar, Robert construíra um laboratório pessoal embaixo da casa de seus pais e, ao longo dos anos, fora aprimorando-o. O que ninguém sabia era o fato de que, através de seus estudos, ele começara a "fabricar" uma quimera viral. O jovem sabia dos riscos por isso tomava muito cuidado, além de manter o segredo apenas entre ele e seu diário, sendo que a única vez que falara sobre a ideia fora há alguns anos em uma conversa com Simons.

Robert tinha em mente que, em breve, teria que parar com esses experimentos, pois com uma criança haveria sempre um risco muito maior. Mas por enquanto ainda não desistiria, não quando faltava tão pouco para dar certo.

Outro fator de risco era que, se ele realmente conseguisse criar essa quimera, e alguém com más intenções descobrisse, ou se qualquer um se infectasse e começasse a transmitir, seria uma catástrofe, pois existiria o vírus, mas ele ainda não tinha pensado em criar uma possível vacina ou cura.  Talvezessa fosse a próxima coisa que faria se seu experimento desse certo.

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Washington, 1992

Quando Sunny completara seus dois anos, e Eliza começara a trabalhar em uma empresa onde passava a maior parte do tempo viajando, Robert decidiu se mudar para a velha fazenda onde seus pais moravam e onde, há muito tempo, construíra seu laboratório, que estava intocado desde que se mudara para a cidade, após o nascimento de Sophia.

Na época fora muito difícil largar tudo o que construíra e seus experimentos, mas como não eram essenciais para que finalizasse seu curso, e como Eliza não queria ficar morando afastado da cidade, ele cedera. Com a ajuda de Simons, conseguira um emprego no mesmo hospital que o amigo trabalhava, não era muito perto de casa, mas era o melhor que tinha e não poderia recusar, agora tinha que sustentar a família enquanto Eliza não encontrava um emprego.

            Quando teve a ideia de voltar a morar na fazenda, o menor de seus problemas fora deixar o hospital, sendo que a pior parte tinha sido conseguir convencer sua mulher de que era uma ótima ideia e de que sua mãe poderia dar grande apoio, agora que ela estaria viajando bastante. Depois de muitas discussões, Eliza finalmente cedeu –Robert tinha se esquecido do quão cabeça-dura ela poderia ser.

Agora, durante o tempo em que estaria no hospital, ele aproveitava para se deliciar em suas pesquisas e experimentos no laboratório abaixo da casa, sempre tendo muito cuidado para que sua filha não o seguisse. O homem não fazia ideia de que era possível sentir tanta saudade de alguma coisa, mas ao abrir a porta de ferro e varrer o local com o olhar, Robert sentiu um profundo desejo de nunca mais sair de lá.

-Enfim juntos novamente. Senti tanta falta de vocês –Qualquer um que ouvisse ficaria confuso, mas para ele, aqueles instrumentos e papéis, eram como amigos. Talvez fosse estranho alguém ser tão apegado àestudos, mas desde sua adolescência, Robert percebera que era muito mais fácile seguro fazer amizade com o conhecimento.

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Washington, 1995

-Sunny, Não!

Desespero. Sua mente era uma confusão de medo, aflição, arrependimento e desespero. O que acabara de acontecer? Não podia ser, tinha que ser um sonho, ou melhor, um pesadelo.

Sophia Blake entrara sorrateiramente em seu laboratório enquanto estava fazendo suas anotações dos resultados obtidos através dos ratinhos de laboratório. Robert finalmente conseguira criar a quimera e, nos últimos dias, vinha observando os efeitos que o novo vírus poderia causar. Até agora ele notara que, na maioria das vezes, quem sofria mais com a doença eram os ratos fêmeas, sendo que normalmente padeciam, enquanto os machos adoeciam, mas não se tornava muito grave.

Sendo assim, Robert começara a criar hipóteses e a fazer novos testes, para tentar descobrir o porquê desse efeito. Ele acabara de anotar em seu diário que seu último teste falhara, quando ouvira o som de vidro se quebrando.

Sunny estava a alguns metros dele, seus cabelos dourados –iguais aos da mãe- lhe caindo sobre o rosto e os olhos azuis arregalados de pavor. A seus pés, uma pequena poça de um líquido semitransparente se formara e, junto a ele, era possível ver cacos de vidro. Não demorou muito para que Robert percebesse do que tratava aquele frasco derramado: era uma das amostras que guardara do seu novo vírus.

O pânico o invadiu. O vírus era altamente contagioso, pois em sua quimera ele utilizara o vírus da gripe comum, que é de fácil transmissão e, se o efeito em humanos seguisse o padrão dos ratinhos, Sunny correria grande perigo.

Eliza saíra em viagem durante a madrugada e estaria fora por uma semana. Uma semana para descobrir se sua filha contraíra o vírus (mesmo que fosse quase certeza), se ele teria contraído; descobrir um modo de curar ou amenizar os efeitos e, ao mesmo tempo, evitar que a doença saísse do isolamento.

Para sua sorte, seus pais também haviam viajado e não voltariam tão cedo, sendo que seria mais fácil evitar a transmissão, porém ele teria que se virar com os materiais que tinha em casa, pois seria muito arriscado sair. Além disso, conseguir uma cura, ou uma vacina em uma semana era quase uma missão impossível, mas Robert não tinha outra opção senão torna-la possível.

Ele saiu correndo em direção de sua filha, que continuava a olhá-lo aterrorizada, provavelmente pelo medo estampado em seu rosto. Tentou limpar o melhor que pôde a bagunça causada pela criança, evitando entrar em contanto e usando todos os materiais de proteção que dispunha. Mandara a garotinha colocar roupas de proteção também, enquanto ele ainda tentava erradicar o vírus de seu laboratório. Sunny obedecera sem pensar duas vezes, até parecia que entendia a gravidade do que acontecera, ou talvez estivesse arrependida por mexericar nas coisas do pai.

Arrependimento. A palavra foi como um soco. Nunca se arrependera tanto de algo como naquele momento. Porque tive essa ideia estúpida de criar um vírus? Era óbvio que uma hora aconteceria algo. Merda, merda, merda. Nunca me perdoarei se acontecer algo a Sunny. Por que, por que, por quê?

O jeito agora era esperar. Esperar e pesquisar. Buscar uma cura e uma forma de diminuírem quaisquer sintomas que apareceriam. O tempo estava contra eles, mas Robert esperava que a sorte os ajudasse, e que não acontecesse o mesmo que com os ratos.

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Infelizmente a sorte também não ficara do lado deles e, assim como em suas observações, o vírus agiu mais rápido e de forma mais grave em sua filha. Nele, a doença não passou de um resfriado, um pouco mais forte, mas não o abalou, enquanto em Sunny, Ah, nela a quimera causou convulsões, bolhas, e, por fim, falta de ar.

O tempo fora curto demais e, a cada tic-tac, a vida de sua pequena era ceifada aos poucos. Robert não medira esforços tentando encontrar uma solução, não permitiu que a doença o parasse, mas mesmo assim, mesmo com tudo o que fizera, não fora possível salvá-la.

Não, ele nunca iria se perdoar, assim como sabia que Eliza também não o perdoaria se soubesse o que acontecera. Por que deixara sua curiosidade o levar a criar algo tão perigoso? Por quê? Como contar para sua família que ele fora o culpado pela morte de sua tão amada filha? Como viver com o peso dessa culpa?

Pensando melhor, não seria seguro contar sobre a quimera, talvez colocasse a culpa em outra doença mais tarde. Se alguém descobrisse o novo vírus e seus efeitos, seria extremamente perigoso, uma arma contra a humanidade.

Talvez a melhor opção fosse se livrar logo de tudo o que fizera e descobrira, evitando uma catástrofe. Mas era tão difícil dizer adeus para todos aqueles anos de sua vida em que passara pesquisando... Talvez trancar o laboratório e nunca mais o abrir fosse suficiente.

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Washington, 2005

Ele cumprira com o prometido: não abrira aquela porta de ferro durante todos os anos que se passaram desde o desastre, assim como não falara sobre a quimera.

No início Robert realmente pensara que não poderia voltar a viver novamente, não com aquela culpa corroendo todos os seus sentidos e pensamentos, o destruindo a cada dia. Pensou que chegaria um momento em que isso o teria corroído tanto, que morreria. No princípio ele realmente permitiu-se afundar nas mágoas, deixou que a frustração e a tristeza o dominassem, mas percebeu que não poderia ficar daquele jeito para sempre e que não era o único sofrendo com a morte de Sunny. Não, ele tinha que ajudar e permanecer firme, não permitiria perder mais alguém por causa de seus descuidos.

Eliza adoecera durante meses após o falecimento da filha e, diferentemente da criança, estava viva e poderia ser salva. Foi então que Robert percebera a necessidade de erguer a cabeça e tentar ajudar a ela e a si mesmo. Mesmo depois de dois anos, ele sabia que Eliza ainda tinha uma enorme ferida em seu peito, e talvez nunca fosse cicatrizar totalmente, mas já não a abalava tanto. Ela voltara a trabalhar, conseguindo de volta seu emprego na empresa que trabalhara, com o pensamento de que as viagens a ajudariam a esquecer.

Como eles haviam voltado a morar na cidade depois do incidente, Robert pedira ajuda de Marcel para arrumar um emprego e, como estavam necessitando de pessoas no hospital, conseguira facilmente voltar a trabalhar lá. Ele não sabia o que faria sem o amigo.

Mas então, em 1998, eles tiveram uma notícia capaz de livrá-los um pouco da dor da perda: estavam esperando por gêmeos. Pela primeira vez em anos, Robert vira sua mulher sorrir, aquele sorriso que o fez se apaixonar na primeira vez que a vira, o sorriso capaz de iluminar o dia dele, por pior que estivesse. Ele sentia falta daquele sorriso, de ser o motivo dele. 

As crianças nasceram fortes, bonitas, encantadoras. Cresceram curiosas e questionadoras, admiradas pelo mundo. Eram sua alegria, eram sua motivação para seguir em frente e acordar todos os dias, para continuar trabalhando naquele hospital, que a cada ano ficava pior.

Quando se mudaram para a cidade, Robert não deixou de viajar durantes os finais de semana para a casa dos pais e, nas férias, costumava passar uma semana com as crianças lá. Mas durante todo esse tempo, mesmo com a tentação, ele não se permitira abrir aquela porta de ferro.

Porém naquelas férias, isso teve que mudar. E o seu velho amigo, o medo, voltou a assombrá-lo.

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Gente vou parar esse capítulo por aqui para que não fique muito extenso e cansativo (não sei vocês, mas prefiro mais capítulos e curtos, do que poucos e longos), então se quiserem ver a continuação é só conferir o próximo capítulo ;)

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