"Together can never be close enough for me

Feel like I am close enough to you

You wear white and I'll wear out the words I love you

And you're beautiful

Now that the wait is over

And love has finally shown her my way

Marry me

Today and every day

Marry me

If I ever get the nerve to say hello in this cafe

Say you will

Mm-hmm

Say you will

Mm-hmm"

Marry Me — Train    

— Brian? — A voz de Ella chamou antes de ela aparecer na porta da cozinha. — O que você está fazendo?

Seu cabelo estava amarrado no alto da cabeça e usava minha blusa suja de tinta com um short. Sua cara de sono não deixava negar que tinha acabado de acordar.

— Estava tentando fazer o café, mas você não fica cinco minutos sozinha — falei e Ella sorriu, me abraçando.

— Eu acordei e você não estava lá, a culpa não é minha! ¬— Deu de ombros. — O cheiro está ótimo.

Minha namorada se sentou no banco da ilha enquanto eu voltava a preparar o café. Meus pais estavam trabalhando e Ashley tinha saído com Ben. O sol brilhava lá fora e o dia estava, realmente, perfeito para um passeio.

— Se você quiser, nós podemos sair depois, já que não temos nada para fazer hoje — comentei, entregando-lhe um prato e ela assentiu.

Ella comeu em silêncio por alguns instantes durante o tempo em que eu colocava meu prato e, ao me sentar ao seu lado, ela parou e olhou para mim.

— Você decidiu para qual faculdade vai? — perguntou. Eu havia passado a semana inteira pensando nisso. Tinha me inscrito para várias e recebido algumas respostas, contudo, até agora, não tinha escolhido.

— Estou analisando, ainda não sei — respondi com sinceridade, vendo-a desviar o olhar. — Por quê?

Ella arrumou o cabelo uma vez antes de voltar a me olhar, sinal de que estava nervosa. Eu estava perdido, sem entender o que acontecia, entretanto esperaria ela falar alguma coisa.

— Eu fui aceita em Juilliard.

— Meu Deus, Ella, isso é verdade?

A garota ao meu lado assentiu. Sem esperar por mais nada, me levantei e a abracei, tirando-a do banco e a girando pela cozinha. Ela ria com os braços envoltos no meu pescoço.

— Você não me contou que tinha feito a inscrição para Juilliard! — exclamei. Não conseguia parar de sorrir. Aquela, com certeza, era uma grande vitória.

— Eu não queria elevar as expectativas e, depois, me frustrar por não ter passado — justificou. — Mas eu passei!

— É claro que passou, você é incrível, violinista! Eu estou tão orgulhoso da minha namorada — eu disse, abraçando-a novamente. — Eu amo você, Ella. Você é maravilhosa e tenho certeza que vai arrasar em Juilliard.

— Acha mesmo que eu devo ir? — questionou, parecendo receosa e eu segurei em suas mãos enquanto estávamos parados no meio da cozinha. — Não quero ficar longe de você.

— Nem se eu fosse obrigado ficaria longe de você, meu amor. Ainda não escolhi a faculdade, porém fui aceito em algumas de Nova Iorque, posso ir com você — sugeri e ela sorriu.

— Moraríamos juntos?

— É claro que sim, afinal, quem faria o seu café da manhã sem queimar as torradas?

Ella sorriu, me abraçando forte. Abraços eram a única forma de expressar nossa felicidade naquela manhã. Nós iríamos para Nova Iorque, estudaríamos em faculdades diferentes, no entanto, moraríamos juntos e tudo daria certo. No meio de tanta alegria, notei que faltava apenas uma coisa e percebi que aquele seria o momento perfeito.

Desfiz o abraço com cautela, indo rapidamente na sala e pegando o que eu precisava no local onde havia guardado. Tinha certeza que, se estivesse no meu quarto, nunca iria encontrar, já que ele tinha virado uma bagunça de poemas e partituras. Voltei à cozinha e Ella ainda estava no mesmo lugar, apenas com um semblante confuso.

— O que foi? — perguntou quando eu parei a sua frente e olhei nos seus olhos antes de responder.

— Nós vamos para Nova Iorque, certo? — falei e ela assentiu. — Eu poderia ir para qualquer outra faculdade do país, porém quero ficar o mais próximo de você que eu puder, Ella. — Arrumei seus cabelos, colocando-os para trás da orelha. — Quero acompanhar cada passo e cada vitória sua, assim como quero te ajudar em cada derrota. Eu quero que tenhamos uma vida feliz e que seja o mais longa possível. Quero ver você fazendo sucesso e os seus cartazes espalhados pelo país. Quero ver o nome "Ella Anderton" espalhado por aí, referindo-se à uma grande violinista. Mas, acima de tudo isso, eu quero você.

"Te quero do meu lado hoje e sempre, meu amor, caminhando comigo por todos os lugares e realizando os sonhos sobre os quais conversamos todas as noites em que você reclamava que não conseguia dormir. Quero ver você comendo torradas ao ponto todos os dias no café da manhã e reclamando da minha bagunça de poesias, a qual sempre vou justificar como sendo a mesma bagunça em que elas estão na minha mente.

Quero ser seu marido, Ella. E quero saber se você aceita se casar comigo."

Me ajoelhei e abri a caixinha com a aliança. Minha namorada olhou de mim para o anel várias vezes, em silêncio, o que estava me deixando extremamente nervoso.

— Essa é a hora que você diz que sim — sussurrei.

Ella me abraçou, me pegando de surpresa, e nós caímos no chão. Em seguida, ela me beijou sem que eu tivesse tempo para pensar e segurei em sua cintura com a mão que não estava segurando a aliança. Quando consegui colocar o anel em seu dedo, após muitos beijos, minha, agora, noiva sorriu para mim, os olhos cheios de lágrimas.

— Eu amo você — anunciou ao mesmo tempo em que eu passava as mãos no seu rosto, enxugando as lágrimas que tinham escorrido. — Eu amo tanto que não sei explicar, Brian. É claro que eu aceito me casar com você.

Oi, pessoal.

Esse aviso é o último desse livro, antes dos agradecimentos, e eu só passei para avisar a vocês que a surpresa, o trailer do livro 2, já está disponível no meu perfil. 

Espero vocês lá!