capitulo um
Bruna
A vida me ensinou que as vezes chorar é bom, não importa o motivo.
As vezes a gente chora de felicidade, mas na minha vida isso nunca aconteceu.
Moro no complexo da penha desde que eu nasci. Moro com a minha irmã, Bárbara e com meu tio.
Minha irmã e eu só começamos a nós dar bem depois que nossos pais foram embora. Aprendemos que sempre será eu por ela e ela por mim.
Meu tio, Carlos nunca foi bom pra gente. Fomos obrigadas a trabalhar desde que começamos a morar com ele. Se não trabalhávamos na rua trabalhávamos em casa.
Minha irmã é apenas dois anos mas nova que eu porém sempre pensei em proteger ela. Me sinto triste muitas vezes por não conseguir.
Eu já tentei sair daqui mas seriam duas bocas e apenas um trabalho não dá conta. Não é apenas alugar uma casa é muito mas do que isso.
Eu até poderia falar com os traficantes que comandam o Morro. No caso o dono é o sub do Morro. Porém quem cuida dessas coisas de casa pra alugar e vender é o sub do Morro, Menor e confesso que tenho um pouco de medo dele.
Maior, dono do Morro, não me põe medo. Tá um pouquinho.
Mas Sinceramente eu já estou acostumada que tudo seja difícil na minha vida.
Eu consegui terminar meus estudos e agora faço um cursinho pra me preparar para ganhar uma bolsa em alguma faculdade. O curso é muito barato mas consigo pagar por conta do meu serviço na lanchonete.
Minha irmã não trabalha porém faz tudo em casa eu ajudo porque sei que é um pouco pesado pra ela apesar da casa ser pequena.
Sinto algo nas minhas costas e dou um gemido de dor.
-Acorda sua Vagabunda. -Carlos me dá outro chute e é mas uma vez gemo de dor. -Preciso que vá até a boca nove e pague as drogas que eu tô devendo. -Eu olho pra baixo e respiro. Olho pro lado e vejo a Bárbara dormindo.
Me levanto rapidamente pois não quero que ele grite e acorde ela. Pois hoje é sábado e não tem aula pra ela.
Tomo meu banho e vou até o armário. Não tem nada pra comer. Respiro fundo novamente e pego a minha bolsa saindo de casa.
De longe vejo dois homens vindo um do lado do outro, Com armas. Eu abaixo a cabeça sabendo quem são as duas pessoas. Maior e Menor.
Meu celular quebrado toca e eu atendo.
-Já pagou oque eu tô devendo na boca nove? Eu quero fumar. -Carlos falou.
-A dívida é sua então porque você não paga?
-Faz oque eu tô mandando vadia.
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