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Capítulo 7 - Mulher

Lavínia, Camila e Isabel eram amigas desde o segundo ano do Ensino Fundamental. Agora estavam juntas no segundo ano do Ensino Médio e nenhuma das três sabia como ainda aguentavam olhar uma para a cara da outra.

As três tinham praticamente a mesma idade e cresceram juntas, mas cresceram de jeitos completamente diferentes. Cada uma delas era madura à sua maneira: Cami era responsável, Lavínia desde cedo se envolvia em relacionamentos com o sexo oposto e Isabel... Bem, Isabel não era lá muito madura em nada. Era o tipo de garota em quem as pessoas pensavam quando ouviam a palavra "adolescente". Eles só se esqueciam de que os jovens nessa fase da vida não resumiam a estereótipos.

É claro que, como quaisquer garotas adolescentes na segunda metade da segunda década do século XXI, as três se divertiam com os memes da internet, eram viciadas em Snapchat e preferiam mil vezes assistir a vlogs no YouTube do que à programação normal da televisão.

Mas Cami sempre se sentia profundamente irritada quando não era levada a sério apenas por ser uma "garotinha de dezesseis anos". E Lavínia também não entendia porque todo mundo a recriminava tanto por gostar de rapazes. Além de ser nova, ela ainda era mulher - uma combinação nada bem vista pela sociedade se você quisesse ter o controle sobre si mesma.

Não que ela ligasse muito para a opinião alheia.

De modo que beijou Paulo durante todo o filme que eles foram assistir naquela sexta-feira - qual era o nome mesmo? - e teria beijado mais se ele não durasse apenas uma hora e cinquenta e cinco minutos.

Paulo era um cara legal. E o melhor de tudo: ele queria de Lavínia exatamente o que Lavínia queria dele - dar uns amassos por aí, quando desse vontade. Ele não era tão bonito quanto Lucas Santiago - um garoto do terceiro ano - ou como o vizinho Bonitão, mas sabia exatamente o que estava fazendo com aqueles lábios.

E era o que tinha para hoje.

Não que Lavínia estivesse reclamando, longe dela. Gostava do Paulo e as conversas dos dois entre beijos não eram tediosas nem estranhas, eles haviam virado amigos. Com benefícios, mas ainda assim amigos.

Ele era gentil o suficiente para acompanhar Lavínia até seu prédio antes de ir pegar o metrô pra casa, o que não era algo que se podia dizer de todos os garotos hoje em dia. Eles pararam em frente à grade de metal preto um pouco antes das dez e meia, o horário limite que os pais de Lavínia geralmente davam a ela. Os dois sorriram um para o outro e Paulo segurou o rosto dela para lhe dar um beijo de despedida.

― A gente devia repetir isso mais vezes - ele disse. - Dar um perdido nos nossos amigos inconvenientes.

― Você gostou mesmo foi de ficar no escuro comigo que eu sei - ela se gabou, passando os braços pelo pescoço dele e fazendo-o rir.

Talvez isso seja verdade.

― Eu sei que é verdade. Aliás, se você fizer o meu trabalho de português eu posso te pagar com beijos - ela brincou, mas Paulo estava considerando de verdade a possibilidade.

― Eu acho que não sou a pessoa certa pra fazer o trabalho de português de ninguém. Mas aceito o pagamento adiantado.

Lavínia riu e abriu a boca para responder alguma coisa, mas sua visão periférica captou duas pessoas se aproximando do portão do prédio pela calçada. Nos dias de hoje era sempre bom estar alerta na rua, mas não foi preciso nem mais um segundo para ela perceber que a pessoa em questão era Eduardo. Na companhia de uma garota morena. O que fez o coração de Lavínia parar na mesma hora.

Eles estavam rindo juntos. A garota claramente flertava com ele sem nem hesitar e ele... Bem, ele aparentava estar correspondendo. Quer dizer, ele estava todo alegrinho e dando risada de alguma coisa que ela estava dizendo. E não pareceu nem um pouco incomodado quando ela tocou o seu braço enquanto falava, sem nenhum motivo aparente para isso além de querer tocá-lo.

Desde quando Eduardo tinha uma namorada? Em quatro anos de vizinhança ele nunca, jamais, trouxe uma garota para o apartamento, pelo menos não que Lavínia já tenha visto. Quem será que era ela?

Paulo fez menção de virar na direção em que Lavínia pregou o seu olhar, mas ela foi mais rápida e segurou o queixo dele. Tascou outro beijo, correspondido muito prontamente, mas os olhos dela ficaram abertos enquanto bisbilhotava Eduardo se engraçando com uma garota.

Uma garota bonita e aparentemente da idade dele.

Eduardo e Helô repararam no casal se beijando em frente à grade do prédio e ele também reconheceu Lavínia depois de alguns segundos. Se não fosse pelos tênis vermelhos, teria sido pelo olhar azul dela que ele interceptou sem querer. Era estranho olhar nos olhos de alguém que estava beijando outra pessoa, mas foi exatamente isso o que aconteceu. E o jeito intenso como ela o encarava fez parecer que aquele olhar dizia mais do que os lábios em movimento.

Eduardo, constrangido com a situação, desviou sua atenção de volta para a garota ao seu lado e Lavínia ouviu quando ele perguntou se ela não tinha certeza de que não gostaria de subir. Ela disse que não, que sua carona já estava chegando e não faria sentido subir para descer dois minutos depois.

Lavínia apertou os dedos nos cabelos de Paulo e ele sugou o lábio inferior dela na mesma hora.

― Isso é que é um beijo de despedida - ele disse todo satisfeito. A garota abriu um sorrisinho, mas sua atenção estava na conversa ao lado. Ela não sabia exatamente o que estava sentindo, era um misto de ansiedade e ciúme. É óbvio que ela não devia sentir ciúme de Eduardo, ele não era nada dela. Ele mal falava com ela, para ser sincera.

Mas não é a pessoa que escolhe o crush. É o crush que escolhe a pessoa.

― Eu preciso subir agora, meus pais daqui a pouco começam a me ligar. Você sabe como é.

― Aham. - Paulo tirou as mãos da cintura dela e Lavínia recolheu seus braços. Ele deu uma piscadela para ela, charmoso como sempre. - A gente se vê então, Lavs. Depois te mando por mensagem o nome do ator do filme de hoje.

Os dois se despediram com mais um selinho e Paulo foi embora. Lavínia tentou se segurar, mas, antes que ela percebesse, seu olhar já estava em Eduardo de novo e, mais uma vez, o dele se encontrou com o dela naquela noite. Aquela seria uma situação constrangedora se a garota não estivesse curiosa demais sobre a companhia do rapaz. Ela o stalkeava regularmente no Facebook e não se lembrava de ninguém com a cara daquela menina em nenhum dos seus posts recentes.

Foi Eduardo quem quebrou o contato visual, uma vez que Lavínia e sua falta de vergonha jamais seriam capazes. Ele estava corando? Parecia que estava - talvez ele estivesse constrangido por encontra-la aos beijos no portão do prédio. Ultimamente ele só andava esbarrando com Lavínia em situações embaraçosas, mas, dessa vez, ela não se sentia por baixo como na anterior.

A garota inflou o peito e apertou o botão do interfone, para que o porteiro abrisse a porta pra ela. Um segundo depois e o portão fez o barulho de quando destrancava e Lavínia passou por ele e o bateu de volta como se não estivesse nem aí para o fato de Eduardo estar ali na frente com uma garota.

A verdade oculta, é claro, é que ela estava com o coração a mil por hora.

Ela deu boa noite ao porteiro e apertou o botão do elevador - a essa hora só o de serviço estava funcionando e, aparentemente, empacado no nono andar. A garota suspirou, irritada, tentando não pensar no que Eduardo e sua acompanhante estavam conversando, tentando não se lembrar dos olhos castanhos claros dele e como eles fizeram seu corpo todo se arrepiar quando se encontraram com os dela. Tentando não pensar no calor que ela sentia toda vez que dava de cara com o rosto maravilhoso que ele tinha - como era possível ter uma genética tão abençoada?

Se o irmão fosse parecido então aquela família deveria ser preservada como patrimônio cultural do Brasil.

Ela ouviu passos no piso frio do hall e virou pra trás a tempo de vê-lo se aproximando em toda sua altura, óculos e roupas alinhadas. O elevador chegou na mesma hora e Lavínia puxou a porta, abrindo passagem para ele. Eduardo hesitou por um momento, encarando-a com curiosidade por um segundo que pareceu infinito, mas entrou logo em seguida.

Lavínia fez o mesmo, tirando seu peso da porta e deixando-a bater. Quando foi apertar o botão do seu andar, percebeu que ele já tinha feito isso, então simplesmente se apoiou na parede do elevador e cruzou seus braços. Ele estava encostado na parede oposta, com as mãos dentro dos bolsos da calça jeans.

O elevador começou a subir.

― Obrigada - ela disse, por fim. Referindo-se ao botão apertado.

Eduardo deu ombros.

― Não foi nada.

Silêncio. Ela o analisava e ele fazia o mesmo. Não fazia nem ideia de qual imagem ele tinha dela, mas, a julgar pela sua expressão curiosa, algo a dizia que o rapaz estava intrigado.

E Lavínia gostou dessa percepção.

― Você já teve tempo suficiente pra pensar? - ela perguntou, recuperando sua confiança natural que parecia ir para o espaço quando ele estava por perto. Ela perdia totalmente o equilíbrio e precisava sempre de um minuto ou dois para se reorganizar.

Eduardo esquivou uma sobrancelha e a ponta esquerda dos seus lábios.

Aquilo era um sorriso?

― Eu disse que você saberia, não disse?

Lavínia bufou e descruzou os braços para poder pousar as mãos na cintura. Agora definitivamente ele estava sorrindo, encarando-a como se ela fosse uma peça de comédia shakespeariana.

― Olha só, eu não sei o que você geralmente faz no carnaval, mas eu tenho planos. E eles dependem de você ser uma boa pessoa e não me delatar pros meus pais.

― Boa pessoa? - ele repetiu, não crendo no que estava ouvindo. - Eu acho que acobertar uma menina de dezesseis anos que mata aula pra ficar bebendo no meio da manhã é o contrário de ser bom, não? - continuou, implicando.

Lavínia trincou os dentes e a chama da irritação ardeu em seus olhos azuis. Eduardo notou e mais uma vez ficou impressionado com a força que aquele olhar dela tinha. Como uma tempestade que não pode ser parada.

― Eu não sou uma menina - ela esclareceu taxativa.

― O que você é, então? - ele perguntou, desafiando-a.

― Uma mulher - foi a resposta direta de Lavínia.

O que fez Eduardo soltar uma risada que, não, não foi na intenção de ofendê-la, mas feriu o seu ego profundamente.

―Você não acredita em mim? Eu posso provar.

A provocação das suas palavras e, principalmente, do seu olhar decidido, fizeram a risada do rapaz parar na mesma hora. Ele a encarou em silêncio, tentando entender o que se passava na sua mente, mas Lavínia era uma criatura tão fluida quanto a água - impossível de se agarrar com as mãos.

Embora seus olhos fossem fogo.

Uma mulher, ela disse. Bem, ela parecia mesmo uma. Ele nunca havia se permitido olhar para ela por tempo suficiente para reparar nas suas curvas ou nas pernas grossas - muito menos nos seios fartos. Como ele poderia? Ela era tão nova.

Mas agora que ela chamava atenção para o fato...

Uma mulher. Seus olhos o penetravam de um jeito tão provocativo e intenso que, por um momento, ele quase se permitiu acreditar naquelas palavras. Ao invés disso, Eduardo engoliu em seco e afastou o pensamento tão rápido quanto ele chegou.

Seu pomo de adão se mexendo fez a estabilidade de Lavínia se abalar e o jogo virou mais uma vez.

― Eu não conto aos seus pais com uma condição - ele disse.

Mas Lavínia nem chegou a perguntar qual era, porque a luz do elevador piscou e se apagou antes disso. Na mesma hora, o elevador freou bruscamente, soltando um guincho alto e fazendo tanto Lavínia, quanto Eduardo se desequilibrarem. Ele se apoiou com a mão na parede e o susto estava presente em seu rosto.

― O que foi isso? - ele perguntou; um leve tom de desespero em sua voz geralmente tão comedida.

― Acho que deve ter faltado luz.

Se faltou mesmo luz e eles estavam ali dentro então... Ai meu Deus.

Os dois estavam noescuro. Presos dentro do elevador.

HEY FOLKS! Mais uma quinta-feira, mais uma #MadrugsBoladona entrando no ar no meu, no seu, no nosso BatCanal hahahah To muito feliz com o capítulo de hoje e, como ao meu ver é a partir daqui que o ship começa a se formar, bora decidir um nome pro ship de uma vez? Eu vi váááários diferente nos comentários, mas os que mais gostei foram #Ladu e #Edunia. E aí, quais vocês preferem pra gente tornar ~oficial~?

Espero que vocês gostem do capítulo e não me matem por causa do final *risada maléfica*

Beijos e queijos, câmbio desligo.


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