Ofélia
Tua Ofélia fui
e não me ofendo
por ter-te ofertado
fado e fertilidade.
Fartamente
despejei em ti tudo que é flor —
do amor fiel à falsidade.
Cabia-te escolher
e tecer
afinal grinalda
— destinada a fenecer.
Pois, meu senhor,
tu me fizeste crer...
E então ao convento me enviaste,
num falatório de que nada tu valias...
Como feriram
tuas palavras fugidias!
Mas meu senhor,
que devia eu fazer?
Afogar-me?
Não me quis o afluente...
Tranquilamente
o cruzei a flutuar.
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