Acordei e o sol ainda não tinha raiado, virei meu corpo e não tinha ninguém ao meu lado, me levantei com dificuldade e comecei a olhar em volta, o quarto era muito grande, comecei a andar e cada passo doía, ele tinha "magoado" muito mesmo, liguei a luz e andei sem direção em volta da enorme cama dura com lençóis de seda salmão embolados e travesseiros amaçados, ainda pude perceber a forma do corpo de Bruce no lençol de baixo ele deve ter levantado a pouco tempo, quando dei mais um passo o piso embaixo de mim estava com um barulho diferente do resto dos pisos do quarto, um barulho oco que parecia madeira, me abaixei e tirei o tapete de cima, era uma espécie de cofre , olhei em volta e tudo parecia calmo, usei minha boa audição de loba ( pelo menos isso eu tinha) e tentei ouvir se estava vindo alguém, a área estava sem movimentos, ainda era muito cedo, todos deviam estar dormindo, sem hesitar abri o cofre e me surpreendi, não tinha nada demais, apenas papéis velhos e amarelados feitos em rolos, estavam revirados, provavelmente Bruce tinha pegado algum, será que era importante? Comecei a pensar, mas se fossem apenas papéis por quê esconder em um cofre? Com esse pensamento abri um dos papéis e não era um documento e sim um mapa pouco detalhado com uma trajetória pontilhada, mas pude entender que era daquela região, reconheci pelo desenho mal feito de uma montanha cavada ao meio, era famosa naquela região pois no meio havia um grande vale com uma catarata , continuei acompanhando a trajetória e vi o desenho de uma floresta com árvores curvadas, também reconheci e era perto da minha antiga "alcatéia", continuei a trajetória quando ela acabou na grande pedra, também muito perto da minha antiga alcatéia, no final da trajetória tinha a palavra "Zukstęra" que significa adormecido.
       Ouvi um barulho e rapidamente coloquei o papel no lugar e fechei bem fechado o cofre, voltei para a cama e deitei para o outro lado da porta fingindo ainda dormir, se Bruce me visse vendo seus papéis me mataria. Ouço um bater na porta e ela abrir.
- Soberana? - uma voz familiar disse
Me virei de vagar e vi quem era, era a mesma menina que banhou-me no dia anterior.
- Entre.
- O supremo não gosta que ninguém entre nesse  quarto. - ela disse com a cabeça abaixada.
Me levantei de vagar e ainda me arrastando um pouco, ela me olhou como quem sabia como eu estava me sentindo.
- Vai ficar mais fácil -  disse como consolo.
- Qual o seu nome?
- Hänsï, suprema as suas ordens,sou sua serva. Quando quiser, seu banho e sua refeição estão prontos.
     Eu estava tão apreensiva com tudo isso que mal percebi que não comia faz três dias. Me lembrei o porquê.
           
                            ~ Flashback ~

- tirem a roupa dela - disse Morvek
Na mesma hora todos os criados foram em minha direção e tiraram minha roupa. Deixando-me nua. Morvek se aproximou  apreciando o que via.
- Saiam todos-  todos saíram na mesma hora me deixando com o monstro que se aproximava de mim.
Ele colocou suas mãos no meu corpo e começou a me alisar, me puxou unindo nossos corpos, pude sentir seu membro duro, que nojo.
- É uma pena ter que te presentear virgem, aah como eu queria fazer as honras - disse ele próximo ao meu ouvido- até que a sua beleza extraordinária serviu para algo - disse ele acariciando minhas partes íntimas - mas eu fico feliz, em menos de um mês estará morta - ele solta uma risada medonha e pega o meu queixo - do jeito que você é Bruce vai perder a calma em baixo se é que você me entende, só não fiz nada com você por respeito aos 6 anos de tratado que temos em te dar em casamento.
   Me subiu uma raiva, esse tratado feito a 6 anos atrás não permitia que ninguém me tocasse apenas Bruce com quem eu iria me casar, o pior é que desde que fizeram esse tratado Morvek sempre tem me trazido ao seu castelo para falar asneira o máximo que ele já fez comigo foi colocar seu membro pra fora e mandar eu chupa-lo mas então sua companheira chegou na hora e interviu.
- E sua companheira? - perguntei sonsa
- Está velha demais, mas sabe aquelas servas? Fazem uma festa na minha cama.
Que nojo. Sem consideração nenhuma com sua companheira.
- Podem vir - ele gritou chamando os servos e se afastando.
Os servos entraram.
- Deixem-na sem comer até Bruce vir buscá-la, está muito rechonchuda.
- Senhor ela está em perfeito estado. - disse uma serva com pena de mim.
- Não ela está obesa!  - disse derrubando o vinho no chão. - deixe essa vadia morrer de fome, ela tem que agradar o supremo! - ele gritou - retirem essa puta daqui agora! Essa mulher do diabo, pecadora suja, puta suja e inútil!
    Me retiraram e, eu já sabia, ia ficar sem comer até o tal soberano vir buscar seu troféu.

                        ~ fim do flashback ~