Capítulo 4
À DESCOBERTA DO AMOR
Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
Nick
Depois de acordar na cama com a Mila, resolvi sair mais cedo para o treino com o Fernando, já tinha perdido o horário para a minha corrida, então fui para a academia do meu prédio e corri 10 quilômetros na esteira, foi só um aquecimento, até meu treinador chegar.
— E aí cara! Ele toca na minha mão.
— Estou bem Fernando. Já aqueci e estou pronto para o treino. —Falo empolgado.
— Então vamos lá garoto, pois não é sempre que você tem todo esse tempo para mim.
Começamos devagar até pegarmos um ritmo frenético e treinamos duro sem perceber que tínhamos uma pequena plateia, composta em sua maioria por mulheres que nos observavam de longe.
O Fernando que é um paquerador nato e não pode ver uma mulher que começa a se exibir, finge que está com calor e tira a camisa.
— Eu não estou a fim de entrar nesse joguinho hoje. — Murmuro sem paciência para suas brincadeiras. Continuamos a lutar e resolvo manter a minha camisa, mas num golpe certeiro e eu diria premeditado Fernando rasga ela, não me deixando alternativa a não ser tirá-la de uma vez, nesse momento ouço alguns suspiros e dou um sorriso como se tivesse ciente do efeito que tenho nas mulheres. Não acredito que ele fez isso só para conseguir uma garota. Depois de alguns golpes, chutes e muito suor, paramos no tatame esgotados, me levanto para ir tomar banho e quando volto Fernando está me aguardando com duas mulheres a tira colo.
— Olá, Nick deixa eu te apresentar minhas amigas. Essa é a Bia e a Melissa. —Ele aponta para as duas garotas na minha frente, usando roupas curtíssimas de ginástica.
— Oi, meninas é um prazer conhecer vocês. — Elas me olham de cima a baixo e no final abrem um sorriso como se tivessem gostado do que viram.
Conversamos e decidimos ir almoçar num restaurante aqui perto, descemos até a garagem e resolvemos ir com o meu carro, já que o Fernando foi de moto. As meninas entraram no banco de trás da Land Rover, enquanto eu e Fernando fomos na frente, ele ligou o rádio e foi cantando o caminho todo, junto com as garotas, que estavam muito animadas. Minutos depois chegamos ao restaurante, entreguei a chave para o manobrista e entramos juntos. A recepcionista seguiu-nos até uma mesa no canto do restaurante. A comida estava deliciosa e a companhia era muito agradável, por isso as horas passaram depressa.
— Vamos dar uma esticadinha até a minha casa? — Pergunta o Fernando.
Na verdade, estou totalmente ciente que tem segundas intenções por trás dessa saidinha e seus olhos comprovam exatamente isso.
— Eu acho que vou recusar, mano. Eu preciso passar na delegacia ainda hoje. —Murmuro desapontado, mas na verdade não estou com vontade de sair com essas garotas hoje.
— Pare com isso, cara. Vamos lá, se preferir podemos ir ao seu apartamento.
Quando ele menciona meu apartamento as garotas sorriem animadas.
— Não podemos ir até o meu apartamento, tem alguém lá. —Falo a última sentença mais baixo para as garotas não ouvirem.
— Já sei, a Francesca está lá. É fácil cara. Liga e pede para ela ir embora mais cedo. —Ele pede convicto.
— Não é a Francesca, na verdade é outra garota. — Digo, apenas para o Fernando, no entanto as garotas escutam e me olham decepcionadas.
— Ah, você está escondendo o ouro, agora entendi porque você está querendo ficar livre da gente. — O Fernando diz num tom de malícia.
— Não é bem assim e definitivamente não é o que você está pensando. — Argumento irritado com seu comentário, tomo um pouco de água enquanto observo o olhar de descrença presente em cada um na mesa.
Consigo escapar do restaurante depois de muita insistência do Fernando para ficar, mas no final eu disse que tinha um compromisso agora à tarde e sai do restaurante sozinho pela primeira vez em muitos anos que usamos essa técnica, meu parceiro me olhou desconfiado e demonstrou que não estava entendendo a situação, mas não falou nada e provavelmente foram embora de táxi.
Passei no meu escritório na Polícia Federal, chequei algumas informações sobre o caso da Mila, depois liguei para Jonas para saber se ele tinha alguma novidade.
— Fala parceiro, como vão as coisas aí no Rio? — Pergunto sentando na cadeira do meu escritório.
— Está tudo bem, mas você saiu correndo e nem conseguimos sair para conversar.
—Tivemos alguns imprevistos, como você sabe, eu precisei voltar antes do previsto.
—Eu entendo Nick, talvez numa outra oportunidade. — Comenta o Jonas do outro lado da linha.
— Na verdade estou ligando porque quero saber, se você tem alguma informação sobre aquele caso da garota do Morro do Alemão?
— Ela já se lembrou do que aconteceu naquela noite? — Ele pergunta com receio.
— Não, a garota ainda não se lembra de nada.
— Bom, então também não temos novidades, talvez quando ela se lembrar podemos ter algumas pistas, mas até agora nada de novo.
—Tudo bem, eu entro em contato se ela lembrar de algo.
—Você pode ficar tranquilo eu aviso se tiver mudanças. — Disse o Jonas.
Depois de desligar o telefone, ainda coloco em ordem alguns casos e requisições que deixei em aberto, esse trabalho burocrático é muito chato e cansativo. Quando percebo já é bem tarde, por isso me despeço dos caras que ainda estão trabalhando e volto para casa.
Chego na garagem do meu prédio, desço do carro e o tranco em seguida. Ando alguns passos em direção ao elevador e instantes depois abro a porta do meu apartamento e me deparo com a cena mais sexy que já vi, a Mila está dançando na sala, com uma blusa apertada nos lugares certos e um short tão curto que parece uma calcinha, se antes eu negava que estava atraído por ela, agora não tenho escapatória, estou totalmente rendido e sem palavras. Ela não percebe minha aproximação e continua dançando. Eu não sabia que ela dançava tão bem, parece uma dançarina profissional e a mais sexy que já vi na vida, não sei se é a música ou a falta de luz na sala, mas estou cada vez mais atraído por ela.
Porém quando a música acaba ela olha para mim, ofegante com os olhos verdes brilhando e os fios do cabelo loiro no rosto, sinto tanta vontade de beijá-la que me seguro na borda da porta para não correr até ela e tomá-la em meus braços. Ela me observa de longe e diz:
— Desculpe por mexer no seu som, estava sem sono e pensei em dançar. — Ela fala um pouco desconfiada.
— Não tem problema. Você pode ficar à vontade a casa é sua. —Digo simpático e abro um sorriso.
— Eu agradeço a sua gentileza. — Respondi encabulada.
— Se você não está com sono podemos assistir a um filme? —Dou uma sugestão, na esperança de ficar mais um tempo com ela.
— Claro! Que tipo de filme você gosta?
— Gosto de filmes de Ação e alguns desenhos animados.
— Legal mais eu gosto de comédias românticas e romances de época. —Comenta surpresa, olhando para a televisão.
— Está bem vou procurar algo interessante aqui na tv. — Escolho alguns canais e observo a sequência dos filmes e encontro um que ela grita para que eu pare, o título é Orgulho e Preconceito, nunca assisti mas parece que ela adora. Depois de escolher o filme que vamos assistir, levanto do sofá, faço uma pipoca no micro-ondas e volto para a sala. Sentamos juntos e começamos a assistir, devo confessar que não é meu estilo de filme, mas para ficar do lado dela, assistiria a qualquer coisa. Quando o filme está na metade, adormeço no sofá, resisti o máximo que pude, mas assistir uma garota suspirando pelos cantos apaixonada por um cara que não pode ter, ou sei lá, cada um num canto sem dizer que estão apaixonados um pelo outro é muito cansativo e me deu muito sono.
Acordo com uma leve sacudida que recebo da Mila, quando já está passando os créditos do filme.
— Nossa me desculpe eu não queria dormir, mas estava muito cansado. Passei no escritório hoje para ver se tinha informações sobre o caso da sua família.
— Você descobriu alguma coisa? —Ela pergunta curiosa se ajeitando no sofá.
— Ainda estamos sem pistas, me desculpe. —Respondo olhando um pouco mais do que deveria para as suas pernas, que estão cruzadas em cima do sofá.
—Não tem problema você faz o que pode diante de uma situação como essa, eu é que deveria lembrar alguma coisa para ajudar. —Diz decepcionada.
—Não fique preocupada, no seu tempo você se lembrará de alguma coisa, agora vamos dormir que já está tarde. — Comento levantando do sofá e vou para o meu quarto.
— Boa noite, Nick. — Ela fala parada na porta.
—Durma bem, Mila. —Respondo entrando no meu quarto e fecho a porta em seguida. Tiro minhas roupas e tomo um banho frio para acalmar os nervos e meu amigo lá embaixo que insiste em ficar armado como uma haste de circo, talvez assim eu consiga dormir à noite toda. Porém acordo horas depois, com os gritos da Mila e corro para o seu quarto, ela está sentada na cama chorando sem parar, me aproximo e seguro sua mão puxando-a para o meu colo, abraço sua cintura e ela se acalma um pouco.
— Por favor, pare de chorar, está tudo bem e você está segura aqui comigo.
Continuo segurando-a em meu colo, porém ela ainda não consegue parar de chorar. Eu não sei por que estou aqui, mas essa proximidade não vai dar certo. Levanto a sua cabeça e peço que ela pare de chorar mais uma vez, estou tão próximo do seu rosto que posso sentir a sua respiração descompassada por causa do choro, seus olhos verdes estão vermelhos.
Ela está tão indefesa e inocente que perco totalmente o controle das minhas ações e começo a beijá-la no rosto, secando suas lágrimas com as minhas mãos, quando chego na sua boca não resisto e aproximo seus lábios com os meus, no início é um beijo terno de quem está experimentando o outro, mas na sequência se torna algo urgente e devastador, como se quiséssemos entrar um na alma do outro, minhas mãos que antes estavam segurando a sua cintura, agora correm desenfreadas por cada parte do seu corpo. No meio do frenesi e êxtase, percebo a loucura que estou fazendo e paro imediatamente, saindo sem dizer nenhuma palavra.
Chego no meu quarto e tranco a porta para não correr de volta para ela. Entro no banheiro, ligo o chuveiro e por um momento a água fria anestesia a minha mente para os pensamentos que eu estou tendo. Eu não deveria me aproveitar da Mila eu estou aqui para protegê-la.
— O que eu estou fazendo, porra! — Grito e minha voz ecoa no box de vidro.
Quando saio, ainda estou nervoso e não consigo organizar minhas ideias com clareza, já está amanhecendo e como não vou conseguir dormir mais, desço para a academia. Chegando lá corro 10 quilômetros na esteira, depois treino chutes e golpes, quase arrebentando o saco, mas a minha frustração não diminui nem um pouco, por isso continuo batendo até que as minhas mãos começam a sangrar e resolvo parar, pois não vou esquecer o que aconteceu socando um saco de areia.
— Eu não deveria beijá-la e o pior de tudo, ainda ter gostado disso. — Murmuro bem baixinho só para eu ouvir.
Depois vou para o vestiário tomar um banho, mas no caminho uma morena se aproxima e pergunta se pode ir comigo.
— Não! Querida, estou com pressa e não tenho tempo agora. —Respondo frustrado. Nem espero a sua resposta, vou sozinho para o banheiro, talvez eu devesse pegar uma dessas mulheres que se jogam na minha frente, mas não tenho interesse em nenhuma, depois que vi a Mila dançando na minha sala ontem à noite. Eu estou arruinado para as outras mulheres, e a única que eu quero não posso ter, que ironia do destino.
Troco minhas roupas e vou para o escritório da polícia, acho que eu sou o único que vai trabalhar quando está de férias, mas não tenho alternativa, preciso tirar a Mila da minha casa e consequentemente da minha vida.
Verifico os formulários para encaminhá-la para o programa de proteção à testemunha, mas a burocracia e o fato da Mila não se lembrar de nada, dificultam o procedimento, que podem levar dias e até meses se nenhuma pista for descoberta.
Quando saio do escritório vou beber com uns amigos, pois estou evitando voltar para casa, não sei o que dizer para a Mila e tenho receio de encará-la, depois de me aproveitar dela dessa maneira. Talvez eu devesse levá-la para um hotel, essa convivência está me matando. Estou tão disperso que não ouço o Júlio me chamando:
— Ei Cara, você está no mundo da lua estou te chamando faz um tempo e nada. —Ele fala apontando seu copo de cerveja na minha direção.
—Desculpe Júlio! Estou estressado, a minha cabeça está cheia.
—Pega leve cara, você é tão novo, que motivos têm para ficar tão estressado assim? Só pode ser mulher? — O Júlio diz dando risada da minha situação.
— O pior de tudo, que é uma mulher que não posso ter.—Falo frustrado com a minha situação.
— Ah! Você se deu mal, não acredito que eu ouvi isso de você, o famoso pegador, está com dificuldades quem diria. — Ele diz, irônico.
— Espera aí Júlio, eu não disse que não consigo, disse que não posso é bem diferente. — Comento irritado.
Nesse momento os outros caras começam a prestar atenção na conversa, soltam gargalhadas e comentários a respeito da minha masculinidade que prefiro não comentar. Depois de jogar conversa fora, vamos todos embora, ainda enrolo um pouco dentro do carro, mas chego no apartamento bem tarde.
Entro na sala e está tudo escuro, fico aliviado de não encontrar a Mila acordada, vou tomar um banho e em seguida deito na cama, penso nas alternativas que tenho, mas não encontro solução nenhuma no momento e quando estou quase pegando no sono, ouço a Mila gritar no quarto ao lado, mas sei que é mais um pesadelo e resolvo não verificar, pois preciso ficar distante se quero ter algum controle em relação a essa mulher. Os gritos param e são seguidos por soluços, penso em ir até o seu quarto só para vê-la de longe, nem preciso entrar, mas me conheço e sei que não sou capaz de cumprir essa simples tarefa. Então resolvo ignorá-la mais uma vez e reviro na cama até conseguir dormir quando já está quase amanhecendo.
Na manhã seguinte a Mila está debruçada na bancada da cozinha tomando seu café.
— Bom dia! Dormiu bem à noite? — Pergunto só para puxar conversa.
— Sim, Obrigada. Você gostaria de um café acabei de fazer. —Ela diz, um pouco desanimada.
— Claro, mas pode deixar que eu pego. Você não é uma empregada aqui, é a minha hóspede.
— Ah! Sobre isso gostaria de conversar com você. Quanto tempo eu preciso ficar aqui, gostaria de voltar para o Rio.
— Não acho que seja uma boa ideia, você não recebeu nenhuma ameaça ainda, mas também não se lembra de nada daquela noite, pode ser que ao retornar o assassino esteja já te esperando. Por que você quer ir embora? — Pergunto me servindo um pouco de café.
— Não sei, acho que estou te atrapalhando, você não tem obrigação de cuidar de mim, ainda não entrei para o programa de proteção. —Ela está triste com a sua situação e mais alguma coisa que eu não consegui perceber.
— Minha nossa Mila, você está totalmente enganada eu não tenho trabalho algum com você, pare de pensar assim. — Comento preocupado que ela se sinta um empecilho na minha casa e consequentemente na minha vida.
— Eu estou chateada e frustrada sem nada para fazer e as horas não passam.
— Está bem! O que você gostaria de fazer?
— Não sei! Em primeiro lugar quero sair daqui, é um lindo apartamento e nunca sonhei em viver num lugar assim, mas já não aguento mais olhar para as paredes. Já bastam as paredes que fico olhando a noite quando não consigo dormir.
— Então o que podemos fazer? Deixe-me pensar um pouco. Você gosta de academia?
— Na verdade descobri recentemente, que gosto sim, nunca tinha ido a uma academia antes de entrar para a companhia de dança, sempre fazia exercícios funcionais na ONG mesmo, mas com a companhia tive que fortalecer os músculos para fazer as coreografias corretamente. Porém temos um problema, eu não tenho roupas para ir à academia.
— Não tem problema, tem uma loja aqui perto. Qual é o seu número? Vou comprar suas roupas e já volto. — Falo pegando as chaves do carro no balcão.
— Eu calço 36, mas você não precisa comprar nada para mim. —Diz preocupada em gastar meu dinheiro, mal sabe ela que tenho dinheiro até para os filhos dos meus filhos e isso nunca foi problema para mim.
—Espere só um minuto. — Digo já saindo pela porta.
Não espero que ela comece a protestar, entro no elevador em direção a garagem e depois saio para à loja de artigos esportivos aqui perto, chegando lá, a vendedora que sempre me atende, vem sorrindo me cumprimentar.
— Olá! Nick em que posso te ajudar hoje? —Ela fala entusiasmada com a venda, pois sempre compro as coisas mais caras da loja e com a minha presença, pois conheço perfeitamente o efeito que causo nas mulheres.
— Oi, Amanda eu preciso de roupas de ginástica para uma amiga. —Falo apressado.
— Nossa Nick! Eu nunca vi você comprar presentes antes, essa garota deve ser especial.
— Não é nenhum presente Amanda só estou fazendo um favor para uma amiga.
— Ah, sei! Vamos lá então, qual tamanho sua amiga usa?
— Não sei, esqueci-me de perguntar. Só sei o número do tênis.
— Como ela é? — Ela pergunta empolgada.
— Alta e magra. —Digo pensando no corpo da Mila, um pouco mais do que deveria.
— Bem magrinha? — Ela questiona curiosa. Não acredito que estou aqui comprando roupas para a Mila, eu poderia ter dado meu cartão e ela comprava como fui estúpido e agora sou obrigado a ficar aqui imaginando seu corpo.
— Que porra eu fui fazer? —Penso um pouco alto demais.
—Você falou comigo? — Pergunta a vendedora sem entender direito o que eu falei.
— Não é nada, só estava pensando alto. — Digo olhando para os lados, tentando disfarçar o meu mico.
—Tudo bem, olhe essas roupas e escolha a que você gostar. —Ela fala e aponta para as roupas numa arara na minha frente.
— Ela não é bem magrinha, mas talvez use tamanho pequeno. — Falo olhando para as roupas na minha frente sem saber o que escolher.
—Tudo Bem, me deixa ver o que encontro. — Diz a vendedora procurando escolher alguma roupa no meio de tantas disponíveis.
Ela sai por um tempo e depois retorna trazendo vários conjuntos de ginástica, escolho três dos que estão na minha frente e em seguida pego um tênis lilás, agradeço a vendedora pela ajuda, vou até o caixa e pago tudo.
Em seguida eu volto para o meu apartamento. Quando chego a Mila ainda está na cozinha, entrego as bolsas com suas roupas e ela fica surpresa com a quantidade de sacolas, mas resolve não comentar nada a respeito disso.
— Obrigada, vou me trocar e já volto. —Ela fala olhando as sacolas na sua mão.
Aproveito para trocar de roupa também, coloco uma camiseta e um short e fico na sala esperando, alguns minutos depois ela aparece e fico de queixo caído, diante do que estou vendo, agora entendi porque ela não vai tanto à academia, pois devia ser proibido ela andar assim na rua. Acho que comprei um tamanho muito pequeno, não que tenha ficado apertado, ficou perfeito até demais acho que muito curto para o meu gosto e o top de cima não cobre nada, como vou andar com ela assim e ainda me segurar para não tocar em cada parte do seu corpo totalmente descoberto. Resolvo disfarçar minha fraqueza e pergunto:
— Já está pronta? — E me levanto do sofá.
—Sim, podemos ir. —Ela responde me acompanhando.
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