Capítulo 26
"Para os erros: um perdão
Para os fracassos: uma nova chance
Para os amores impossíveis: tempo.
Não existe amor impossível, só existe amores difíceis de conquistar."
Mila
Mila
O beijo. Eu nunca esqueci o gosto daqueles lábios urgentes que me devoravam com tanta intensidade. Eu estava no paraíso outra vez, restava saber até quando. Depois que o beijo acabou eu estava sem fôlego e mesmo assim queria mais, o seu gosto era viciante, no início eu achei que era deslumbre diante de tanta beleza, mas agora sei que não é só paixão de um momento apenas, eu realmente amava o Nick e dessa vez eu iria lutar por esse amor e nada me faria desistir dele.
Sai dos seus braços e fiquei com gostinho de quero mais, Nick segurou na minha mão e me levou até o seu quarto. Era bem ao lado e antes de sair, eu liguei o abajur e a babá eletrônica.
Quando eu entrei fiquei encantada, era tudo perfeito, a cama tinha até um dossel, o quarto era enorme, acho que do tamanho da minha antiga casa. Tinha uma decoração em tons claros que davam uma sensação de glamour e elegância, acho que foi a mãe de Nick que escolheu os móveis e eu aprovei cada detalhe, tinha um ar romântico e moderno, enfim ela caprichou.
— Por que sua mãe tem uma casa tão grande e bonita num lugar onde ela nem mora? — Ele parou de procurar alguma coisa no closet e me olhou.
— Você ainda não conhece minha mãe, ela é exagerada ao extremo e seu hobbie preferido é decorar, por isso essa casa foi só uma desculpa para ela brincar de decoradora.
— Pode ser uma brincadeira, mas ela tem talento. A casa é linda.
— Claro, ela fez faculdade de designer de interiores, porém nunca exerceu a profissão. — O Nick conta sobre a mãe e depois ele me dá um selinho e vai até o banheiro, eu fico sentada na cama esperando ele sair, alguns minutos depois ele aparece só de toalha e o corpo ainda molhado do banho recente, eu ainda não posso ter relações sexuais por 40 dias, mas olhar para o Nick desse jeito é uma tortura, e preciso sair daqui caso contrário não sei se conseguiria resistir muito tempo. Ele percebe o meu olhar e se aproxima.
— Não se preocupe eu sei que não podemos, mas eu espero ansiosamente por esse dia chegar. — Ele sussurra no meu ouvido e beija meu pescoço.
Disfarço e saio em direção a minha mala, pego um pijama e vou tomar o meu banho, porém quando estou terminando escuto o choro da Emanuelle e desligo o chuveiro, seco meu corpo rapidamente, coloco meu pijama e estou pronta. Abro a porta e vejo Nick segurando a Manu, mas ela não para de chorar, está até vermelha. Quando me aproximo dos dois, pego minha menina nos braços e ela já se vira procurando o meu seio. Enquanto amamento a pequena Manu o Nick sai do quarto e aparece depois com um pequeno berço.
— Minha mãe pediu para comprar esse berço pequeno, ela disse que no começo eles podem dormir aqui com a gente, o que você acha?
— Sim, o berço pequeno é ótimo, será que cabe o Joseph aqui também? Eu não quero deixá-lo sozinho no quarto quando ele voltar para casa. — Comento colocando meu bebê para dormir.
— Não se preocupe com isso eu comprei um para cada, assim podemos deixar os dois juntos no nosso quarto. — Ele diz deitando na cama, depois me chama para dormir ao seu lado.
Deito e ele me abraça forte, mas antes de dormir eu preciso perguntar uma coisa, então suspiro fundo, solto antes que eu me arrependa ou alguém nos atrapalhe novamente.
— Nick quando eu fui ao seu apartamento no Rio eu vi a Patrícia lá e ela estava bem à vontade e deu a entender que estava namorando com você. É verdade? — Pergunto e fico apreensiva esperando a resposta.
— Por que você achou que eu estava namorando a Patrícia? — Ele se levanta e senta na cama, olhando exclusivamente para mim.
— Ela estava bem à vontade usando uma camiseta sua. — Sento na cama, mas sem olhar para ele, pois ainda tenho medo da sua resposta, mesmo sabendo que estávamos separados na época e ele tinha todo direito de sair com quem quisesse, já que fui eu quem terminou.
— Em primeiro lugar aquele era o apartamento do meu pai e ele pode convidar quem quiser, por isso a Patrícia ficou uns dias lá, ela veio ao Rio fazer algumas provas de um concurso e se sentiu à vontade para usar minhas roupas enquanto eu estava trabalhando, durante esses dias quase não ia para casa, trabalhava dia e noite, algumas vezes para tirar você dos meus pensamentos e outras para correr da Patrícia, que me perseguia o tempo todo, mas eu nunca fiquei com ela e não sei de onde você tirou isso.
— Não! Eu pensei que — falo surpresa. — Tudo bem acho que me precipitei, mas agora não tem importância, já que estamos juntos novamente. — Digo, beijando o nos lábios e depois em cada centímetro do seu rosto.
— Sim, nunca tive nada com a Patrícia, mas já que estamos conversando sobre isso, também gostaria de perguntar uma coisa?
— Claro, pode perguntar. — Digo, feliz que ele nunca teve nada com a Patrícia.
— Você tinha um namorado aqui em Curitiba? — Ele pergunta e fica um pouco nervoso esperando a minha resposta.
— Não, claro que não. Eu estava grávida de gêmeos e apesar de negar eu sofria por estar longe de você. Mas porque você está me perguntando isso? — Eu o questiono confusa.
— Eu fui até a casa da Laura um dia, pois precisava falar com você, mas fiquei com medo da sua reação e por isso esperei na praça em frente à casa, porém tive uma grande surpresa ao te ver chegar abraçada com um cara e vocês estavam sorrindo. Então eu fiquei tão furioso que fui embora sem falar com você. — O Nick comenta um pouco desconfortável, como se só a lembrança, causasse algum tipo de tristeza.
—Não acredito nisso, você foi até a casa da Laura, mas não entrou para falar comigo. Todo esse tempo que passamos separados eu não tive ninguém, eu não tinha cabeça para ficar paquerando grávida de outro homem. — Respondo indignada com a sua pergunta.
— Quem era aquele cara então? —Pergunta irritado, querendo uma resposta para o que acha que viu naquele dia e depois deita na cama novamente frustrado.
— Eu não sei, não tinha nenhum homem na minha vida nesse momento, espera aí o Caio, ele me levou em casa uma vez porque eu estava passando mal por causa da gravidez.
— Eu não acredito que ficamos separados todo esse tempo por uma sequência de enganos e mal-entendidos. — Ele me puxa para os seus braços e nos beijamos novamente.
Antes, eu nunca pensei que precisasse de uma pessoa como eu preciso do Nick, ele é o meu tudo e juntos somos completos só falta o pequeno Joseph para tornar a minha felicidade completa. Durante a noite acordei duas vezes para amamentar a Manu e quando amanheceu eu estava um caco e não tinha forças para nada, além do mais ainda tinha que receber a mãe do Nick. Ele acordou cedo e foi buscá-la no aeroporto e eu fui tomar banho. Depois sequei meu cabelo, amamentei novamente a Manu, a coloquei no bercinho, peguei a babá eletrônica e desci até a cozinha.
A Laura estava lá preparando um enorme café da manhã.
— O que você faz aqui há essa hora? — Pergunto, preocupada com a minha amiga.
— Eu vim te ajudar com as crianças. — Ela respondi e sorri colocando seu maravilhoso bolo de laranja na mesa.
— Primeiro você não precisa vir aqui tão cedo e eu posso cuidar da Manu sozinha.
— Não é tão cedo assim, já são 9 horas e eu gosto de te ajudar. — Ela senta-se à mesa e me espera para tomarmos café juntas.
— Tudo bem, vamos tomar café. Mas eu estou um pouco nervosa com a chegada da mãe do Nick e se ela me odiar como a Andressa. O que eu faço? — Pergunto e esfrego as duas mãos de tanto nervoso.
— Não se preocupe Mila o Nick te ama e é isso que importa realmente. A Laura fala tomando um gole do seu suco.
— É você tem razão, dessa vez não importa o que aconteça eu não vou sair correndo. — Comentei decidida e peguei uma xícara de chá, porém fui surpreendida pela chegada de Nick e sua mãe.
Ela era linda e muito parecida com o Nick, tinha os mesmos olhos azuis e os cabelos pretos cortados na altura dos ombros, nem parecia ter um filho da idade dele, nos cumprimentamos e sentamo-nos à mesa de café da manhã, conversamos muito sobre tudo, ela era simpática e em nenhum momento demonstrou que não gostou de mim, até que a Manu começou a chorar e Nick foi buscá-la, sua mãe e ele sentaram no sofá e ficaram horas brincando com ela que se divertiu muito com a avó.
Subimos até o quarto dos bebês e a Rebecca abriu quatro malas enormes com roupas e brinquedos infantis, meus filhos já tinham tudo, mas o closet do quarto era enorme e agora estava completo. Eu fiquei de queixo caído com tanta roupa, será que eles poderiam usar tudo isso algum dia, não faço ideia.
Estava tão feliz, até que me lembrei do meu filho que ainda estava no hospital e comecei a chorar, Nick aproxima-se segurando a Manu nos braços.
— Por que você está chorando? O que aconteceu? — Ele pergunta preocupado e me abraça para tentar me consolar.
— O Joseph, eu não posso ficar completa sem ele, eu preciso vê-lo Nick. — Digo, ainda chorando abraçada ao Nick.
— Ah, entendi então você pode segurar a Manu que eu e a minha mãe vamos buscar o Joseph para você. — Ele fala e me entrega a Manu.
—Como assim o que você está falando, ele está doente e não pode sair do hospital nesse momento. — Comento aflita com a insinuação de Nick.
— Eu recebi uma ligação do doutor Renato enquanto estava no aeroporto e ele disse que o nosso bebê está de alta podemos ir buscá-lo agora. — Explica sorrindo e me abraça novamente.
— Nick eu não acredito, estou tão feliz, vamos logo. — Puxei a mão dele em direção à porta.
— Calma aí garota, eu acho melhor você ficar com a Manu, eu posso ir com a minha mãe, é rapidinho e eu não quero levar a Manu no hospital.
— É você tem razão, também não quero levar a Manu ao hospital, por isso vai logo eu espero vocês aqui, mas não demora. — Peguei a Manu no colo e sentei no sofá.
Fiquei conversando com a Laura e organizando as roupas do Joseph, arrumando o seu berço. Algumas horas depois o Nick estava de volta com o meu anjinho nos braços. Cheguei perto e peguei meu bebê no colo e ele estava mais pesado que da primeira vez que o segurei, fiquei contente e levei-o até o seu quarto mostrei tudo, depois sentei na poltrona e amamentei meu bebê. Agora eu estava feliz e completa como nunca estive antes eu tinha uma família e estava feliz com ela.
Os dias que se passaram foram maravilhosos a mãe de Nick me ajudava sempre e contratou até uma babá para as crianças, mas antes de voltar para a Califórnia eu ganhei um banho de loja da minha sogra ela simplesmente encheu meu closet de roupas e eu adorei, pois, a Rebecca era maravilhosa e me fez sentir bem-vinda na família pela primeira vez.
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Boa Leitura e comentem a história está na reta final, já estou com saudades....
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