Capítulo 25
Ninguém quer nos ver juntos
Mas não importa não
Porque eu tenho você, garota
Ninguém quer nos ver juntos
Mas não importa não
Porque eu tenho você, garota
Porque iremos lutar
Oh sim, iremos lutar
Acredite, iremos lutar
Nós iremos lutar
Lutar pelo nosso direito de amar, yeah
Ninguém quer nos ver juntos
Mas não importa não
Porque eu tenho você
Akon
Nick
Despedi-me da Mila e da minha garotinha, depois subi até a UTI Neonatal e fui olhar o meu garoto, quando cheguei tive uma surpresa ao encontrar ele respirando sem ajuda dos aparelhos, meu garoto estava melhorando e segundo o doutor Renato em breve poderíamos levá-lo para casa. Eu estava muito feliz e precisava compartilhar a minha felicidade com alguém por isso liguei para a minha mãe e ela atendeu no primeiro toque.
— Oi mãe, como você está?
— Oi, filho lembrou que eu existo, estou morrendo de saudades, o que achou da casa?
— É linda mãe e achei muito grande no início, mas agora ela é perfeita já que a família aumentou. — Falo sorrindo.
— Como assim Nick, você transformou a minha casa numa república para seus colegas de trabalho?
— Não mãe, mas eu tenho novidades.
— Vamos desembucha logo que eu estou ficando nervosa diante de tanto mistério. — Diz ansiosa do outro lado da linha.
— Você é avó.
— AVÓ, explique melhor isso, quer dizer que você enfim tem uma namorada e ela está grávida.
— Não mãe, você já é avó, eles já nasceram.
— Por que você disse eles? Eu não acredito que você engravidou duas mulheres ao mesmo tempo? Nicholas Ferguson Ferraz eu vou pegar o primeiro avião até o Brasil e te matar. — Ela grita no meu ouvido.
— Não mãe, pare de fazer suposições absurdas e me escuta que eu vou te contar a história toda. A Mila, a garota daquele dia no hospital você se lembra?
— Sim, a que partiu seu coração?
— Sim mãe, ela mesma. Ela descobriu que estava grávida naquele dia, mas meu pai e a Andressa falaram um monte de bobagens para ela, depois disso a Mila sumiu e eu descobri só agora que sou pai de gêmeos, um menino que se chama Joseph e uma menina que se chama Emanuelle.
— Meu Deus, Nick quanta informação ao mesmo tempo, estou em êxtase e preciso me sentar agora, senão vou cair dura no chão, o nome que você escolheu é lindo, seu avô ficaria honrado, obrigada meu filho.
— Eu sei que sim mãe, eu adorava o meu avô e colocar o seu nome no meu filho é uma maneira de recordar um pouco a grande pessoa que ele foi. Agora eu preciso da sua ajuda, os bebês nasceram prematuros, mas pode ficar tranquila, porque agora eles estão bem, o pequeno Joseph ainda vai ficar uns dias no hospital, mas logo estará em casa. No entanto a Mila e a Emanuelle saem amanhã do hospital e precisam de um quarto, o que eu faço?
— Não se preocupe eu vou pegar o primeiro avião e amanhã à tarde estarei aí, estou ansiosa para conhecer os meus netos. Enquanto isso eu vou ligar para a decoradora que organizou a casa e pedir uns favorzinhos, vou passar o endereço dela por mensagem, pois você precisa escolher os móveis, os brinquedos e as roupas pode deixar que eu levo tudo, estarei aí assim que puder, agora corre para lá que temos muitas coisas para fazer.
— Tudo certo, mãe você é maravilhosa, e vai amar os seus netinhos eles são lindos.
— Se são seus filhos eu já amo, agora preciso comprar uma passagem aérea, até amanhã filho.
Instantes depois de desligar o telefone o endereço já estava no meu celular, subi na moto, acelerei o máximo que podia para trafegar pelas avenidas movimentadas de Curitiba e quando percebi já estava parando na loja e uma senhora muito simpática veio me atender:
— Olá, você deve ser o Nick, eu sou a Fabiana e sua mãe já me ligou e estou ciente do seu prazo curto, por isso já enviei pessoas para organizar o quarto e colocar o papel de parede que a sua mãe escolheu, o quarto também já foi escolhido, optamos pelo primeiro no corredor, ao lado da suíte máster, agora você precisa escolher os móveis.
— Sim, vamos escolher, quero os móveis todos brancos e as decorações rosa e verde.
Ela foi anotando as minhas ideias e eu fui escolhendo alguns animais de pelúcia para colocar no quarto, quando eu era criança meu lugar preferido era o zoológico, adorava passear com a minha mãe e meu avô, por isso o tema do quarto dos meus filhos era o zoológico tinha até uma girafa gigante e eu tinha certeza que eles iriam adorar.
Fiquei o dia todo arrumando o quarto com os funcionários da loja, eles poderiam fazer sozinhos, mas eu queria deixar tudo do meu jeito, por isso fui eu quem escolheu os lugares dos móveis e organizou os brinquedos e os animais de pelúcia. Terminamos já era noite e eu precisava voltar para o hospital, por isso deixei alguém organizando as roupas dos bebês que eu tinha trazido da casa da Laura, porém era pouca coisa para duas crianças, mas a dona Rebecca estava chegando com milhares de roupas e todo o resto necessário para os bebês.
Cheguei ao Hospital e fui direto para a UTI, pois precisava saber notícias do Joseph, chegando lá descobri que ele estava bem e ainda respirando sozinho. Portanto segundo o doutor Renato dentro de alguns dias poderíamos levá-lo para casa também. Cheguei perto da incubadora e falei:
— Oi, meu garotão você está ficando forte e daqui a pouco eu e a mamãe vamos te levar para casa, você vai conhecer o seu quarto e a sua irmãzinha já está lá te esperando. — Ele me olha e em seguida sorri e eu sou o cara mais feliz desse mundo.
Quando falei com meu filho tive certeza que ele estava bem e logo estaria em casa. Depois de me despedir do meu pequeno Joseph e fui para o quarto da Mila, ver como as minhas garotas estavam, abri a porta e vi a Mila amamentando a pequena Emanuelle que estava dormindo nos seus braços, fico um minuto observando aquela cena.
— Quer ajuda para colocá-la no bercinho? — Ela fica surpresa com a minha presença, mas abre um sorriso e diz:
— Claro, você pode colocá-la no berço.
Eu pego minha filha nos braços e coloco-a no berço, é apenas um gesto simples e leva alguns minutos, mas sou uma pessoa bem feliz por fazê-lo. Depois que a Emanuelle está dormindo no bercinho do hospital, olho para a Mila e pergunto:
— Você está com fome? Eu trouxe sopa e torradas, o que acha? — Pergunto e aponto para o saco pardo que eu trouxe comigo.
— Você preparou uma sopa? — Questiona tirando sarro da minha cara.
— Não, Mila perto da minha casa tem uma lanchonete que segundo a minha mãe tem os melhores caldos e sopas, por isso peguei um pouco de cada e trouxe para você experimentar.
— Ah, pensei que você tinha ficado a tarde toda na cozinha preparando essa sopa e os caldos para mim. Ela fala e coloca a mão na boca para disfarçar um sorriso.
— Você está abusada dona Ludmila, agora vamos comer antes que esfrie ou a pequena esfomeada da Emanuelle acorde.
−Tudo bem, vamos comer. — A Mila concorda se ajeitando na cama.
Ainda bem que trouxe sopas e caldos de dois sabores diferentes, pois a Mila estava morrendo de fome e comeu quase tudo, apesar de não gostar de sopa devo confessar que estava uma delícia e eu também comi toda a minha parte. No final estávamos saciados e depois de amamentar a Manu outra vez a Mila dormiu e eu fiquei na poltrona velando o sono das duas.
A vida tinha me dado uma nova oportunidade para ser feliz e eu iria aproveitar e não deixar escapar dessa vez.
Amanheceu e eu fui até a lanchonete buscar o café da manhã da Mila e depois enquanto ela dormia eu peguei nossas coisas e levei até o carro, só faltava o doutor Renato liberar a Manu e nós poderíamos ir para casa.
O que será que a Mila vai achar do quarto dos bebês? Era o que eu pensava enquanto levava as nossas coisas para o carro.
Ao meio dia estava tudo pronto, mas antes de ir, nós visitamos o Joseph na UTI, ficamos lá por um tempo e depois muito contrariados saímos em direção à minha casa, colocamos a Manu no bebê conforto que já estava instalado na Range Rover e a Laura foi conosco para ajudar a Mila, mas disse que não poderia dormir lá, por isso tínhamos que passar a primeira noite como pais de primeira viagem sozinhos, já que a minha mãe chegaria só no dia seguinte, porque seu voo atrasou. Enfim depois de muitas despedidas e choros da Mila, por deixar o pequeno Joseph no hospital conseguimos chegar em casa.
Quando estacionei na garagem abri a porta para a Mila sair junto com a Laura e depois peguei a Manu no bebê conforto e entramos na casa, mas as caras que a Mila e a Laura faziam eram de surpresa cada vez que atravessávamos um cômodo, até que a Mila não aguentou mais e perguntou:
— Nick essa casa não tem fim? — Ela parou de andar e ficou esperando a minha resposta.
— Claro que tem fim, a casa só é um pouco grande, mas depois vocês se acostumam. E aqui está o quarto dos bebês, podíamos fazer quartos separados, porém achei melhor deixar eles juntos agora no começo. O que você acha? — Perguntei segurando a maçaneta da porta.
— Um quarto só é perfeito Nick, eles nem tinha um berço para dormir até ontem.
Quando ela menciona a falta do berço, meu coração aperta, pois não deve ter sinto fácil ficar todo esse tempo grávida de gêmeos e sem dinheiro, mas ela tinha que ser orgulhosa e não me pedir ajuda.
Finalmente eu abri a porta do quarto, a Mila fica surpresa e com a mão na boca, demorou uns minutos até que teve coragem de falar:
— É lindo o quarto, eu adorei. Como você conseguiu fazer tudo isso em apenas um dia?
— Eu tive uma ajuda da minha mãe.
Enquanto a Mila e a Laura mostravam o quarto para a pequena Manu, eu desci as escadas e fui pedir comida já era tarde e precisávamos jantar, pois nem tivemos tempo de almoçar ainda, a comida chegou e comemos conversando na sala de jantar depois que a Laura nos ajudou com a louça, eu fui levá-la até a sua casa.
Voltei quase uma hora depois e encontrei a Mila sentada na poltrona observando a nossa filha dormir no seu berço, fiquei muito tempo só olhando até que resolvi entrar no quarto.
— Ela já dormiu? — Perguntei e sentei na outra poltrona ao seu lado.
— Sim, ela acabou de dormir e você já deixou a Laura na casa dela?
— Nesse momento ela está sã e salva na casa dela. —Ficamos em silêncio por um tempo, olhando juntos para a nossa filha dormindo no berço, até ela resolve perguntar:
— Onde eu vou dormir? Acho que posso ficar aqui no quarto dos bebês. — Ela fala e abaixa a cabeça, pois não tem coragem de olhar nos meus olhos.
— Mila olhe para mim, nós precisamos conversar. Você foi embora porque não queria ficar mais comigo? Ou por causa do que meu pai te falou?
— Eu tive medo de você me abandonar quando soubesse do bebê e depois do que seu pai e a sua madrasta falaram eu tive certeza que não podia ficar com você, mas apesar de tudo isso eu gosto muito de você, na verdade eu te amo como nunca amei ninguém.
Depois que ela desabafa, algumas lágrimas descem pelo seu rosto, eu me aproximo, secando as com os meus polegares.
—Eu nunca iria abandonar você, muito menos depois que eu soubesse que você estava esperando um filho meu. Por que você é tão insegura em relação ao que eu sinto por você?
— Eu não sei, acho que sempre soube que eu estava vivendo um sonho que um dia iria acabar, você era perfeito demais para mim. — Ela se levanta da poltrona e fica andando no quarto de um lado para o outro.
— Mila, eu me apaixonei por você a primeira vez que te vi, por que você acha que eu te trouxe para a minha casa? E depois você me conquistou aos poucos naquele dia no hospital eu fui até o seu quarto para te dizer que você é a mulher da minha vida e eu te amo. Você entende isso agora? EU TE AMO.
Eu me declaro para ela e seguro seu rosto com as duas mãos, aproximo-me dos seus lábios e sinto o seu sabor doce e suave que eu tanto senti falta, foi um beijo de saudade de quem se ama e sente a necessidade de estar com a pessoa amada, de senti-la na sua pele como se fosse apenas uma pessoa, nesse momento eu percebi que tinha encontrado o amor da minha vida e estava no meu lugar preferido no mundo, com ela nos meus braços.
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Oi galera obrigada pelos comentários e boa leitura!!
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