Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 18


Queria te dizer tanto..Mas o que dizer?
Quando te olho, as palavras fogem de mim.
Meu sorriso somente ele fica, não para te encarar
Mas para aproveitar cada momento contigo...

Queria te dizer tanto, mas qual a palavra certa a ser usada?
Queria te dizer tanto, tanto que me repito;
como se repetir, fosse afirmar...
de Tanto querer dizer-te,
nada te digo...

Vinícius Queiroz

Nick

A noite anterior foi cheia de adrenalina e estressante, cheguei ao apartamento muito cansado, só tive tempo de tomar um banho e cai na cama. Acordei na manhã seguinte com meu celular que tocava sem parar, não queria atender, pois precisava dormir mais um pouco, mas o barulho era insistente e não queria parar de jeito nenhum.

— Alô, fale logo o que você quer? —Atendo estressado por ser acordado essa hora da manhã.

— Oi, para você também Nick. — Responde o meu amigo do outro lado da linha.

—Ramirez o que você quer comigo essa hora? —Digo emburrado.

— Já são 10 horas da manhã e preciso de você aqui na delegacia há exatamente 15 minutos.

— Não fala isso, acabei de dormir, estou destruído todos os meus ossos doem.

— Pare de reclamar, quem mandou se tornar uma celebridade, a imprensa e os jornais do Rio estão de plantão na delegacia desde cedo, todos querendo uma coletiva com o policial herói que salvou o menino Eduardo.

— Não fale bobagens, Ramirez, não acredito no que você está falando?

— Pois acredite e agora tire esse seu traseiro folgado desta cama e venha logo para a delegacia.

— Tudo bem, eu já estou saindo daqui me espere.

—Estou te esperando desde que cheguei aqui de manhã.

— Pare de conversa fiada, eu já estou indo. —Digo encerrando a ligação.

Levantei correndo da cama, tomei um banho gelado e rápido, peguei as chaves da viatura que trouxe para o apartamento na noite anterior e sai para a delegacia, quando cheguei percebi que o Ramirez não estava exagerando, aquele lugar estava um verdadeiro inferno de repórteres, ignorei a multidão e estacionei em frente à delegacia, mas quando sai do carro fui bombardeado com perguntas e flashes que quase me cegaram, se não fosse pelo Ramirez e outros policiais eu seria engolido vivo por aqueles abutres.

Entrei escoltado por outros policiais e o Ramirez me explicou que eu precisaria dar uma coletiva de imprensa, por essa razão todos os repórteres foram encaminhados para a sala de reuniões e eu segui a multidão sem saber ao certo o que falaria, afinal não fiz mais do que a minha obrigação e não entendia aquele alvoroço todo.

A coletiva foi mais tranquila do que eu imaginava o Ramirez ficou o tempo todo do meu lado, respondeu perguntas sobre o que estávamos fazendo na favela e deu alguns detalhes da operação, depois revelou os nomes dos traficantes presos no local, eu só contei como socorri o garoto e levei-o ao hospital, a perícia constatou que a bala que atingiu o pequeno Eduardo veio das armas dos traficantes e assim encerramos o assunto, era isso que eu esperava.

Quando terminaram as perguntas eu me retirei da sala e resolvi voltar para casa, precisava dormir mais um pouco, mas fui chamado pelo Ramirez e o diretor da PF no Rio, que estavam presentes na entrevista, saímos juntos e entramos na sala do Ramirez a porta foi fechada e o diretor começou a falar:

— Parabéns! Nick, você é um exemplo de policial, estamos orgulhosos de você, por isso estou aqui para anunciar a sua promoção, agora você é o mais novo delegado da policial federal, já tinha passado no concurso só estamos formalizando o seu novo cargo e parabéns novamente, você merece.

— Obrigado, nem sei o que dizer eu estou muito feliz. — Digo apertando a sua mão.

— Agora, Nick você não precisa ficar somente em São Paulo, pois como delegado sua jurisdição é nacional, portanto pode ficar aqui no Rio mais tempo meu amigo.

— Claro Ramirez eu adoraria trabalhar com você mais tempo, não se preocupe não vou sair daqui correndo, agora que sou delegado.

A conversa se estendeu por mais um tempo, depois ajudei o Ramirez no interrogatório dos traficantes presos na noite anterior e quando já estava anoitecendo, pensei que iria embora descansar um pouco, mas o Ramirez e outros policiais do departamento tinham outros planos para mim. Fui levado para um bar para comemorar a minha promoção, todos estavam lá, bebendo muito inclusive eu, até o Júlio e o Fernando apareceram, realmente não sei os detalhes do que aconteceu naquela noite, tenho apenas flashes de lembranças, muitos copos de tequila, cervejas e outras bebidas que nem lembro o nome, além de dançar algumas músicas com algumas garotas o resto eu não faço ideia.

Acordei só de cueca na manhã seguinte deitado na minha cama no apartamento, com uma puta dor de cabeça e uma garota seminua do meu lado.

— O que eu fiz? Caralho, onde eu estava com a cabeça? E quem é essa garota?

Levanto devagar e vou até o banheiro antes que essa mulher acorde, pois não faço ideia de quem ela seja, estou com amnésia ou perda de memória recente, só pode ser isso.

Entro e tranco a porta atrás de mim, já que não espero companhia, tomo um banho gelado e demorado dessa vez, preciso tirar essa ressaca do meu sistema, quando saio a garota já está acordada olhando para mim.

— E aí garotão, eu estou vendo que você está bem agora? Será que podemos terminar o que nós começamos ontem? Eu não sou a garota que você chamava, a Mila certo? Mas eu posso te ajudar a esquecê-la o que você acha?

— Você quer dizer que não transamos ontem à noite? — Pergunto sem acreditar no quanto bebi na noite passada.

— Você estava tão bêbado, que quando chegamos na cama você apagou e eu fiquei aqui sozinha. — Ela conta toda animada, me observando enrolado em uma toalha na esperança de que possamos terminar o que começamos na noite passada.

Começo a dar risada da situação, eu devia estar muito bêbado para desmaiar na cama dessa maneira, a garota não é de se jogar fora, mas não chega nem aos pés da Mila.

— Eu vou correr e não tenho interesse nenhum em terminar o que fizemos ontem à noite, mas fique à vontade, quando voltar posso te levar para casa.

Saio do quarto e nem espero a sua resposta, mas percebo que ela não gostou muito do que eu disse, mas não quero nem saber, preciso sair daqui agora.

Vou para o calçadão e corro uns 10 quilômetros, o sol está escaldante por isso, tiro a regata e fico só de short, paro numa barraquinha na beira da praia e bebo uma garrafa de água, olho para o mar que está calmo e tranquilo nesse momento, tiro o short e dou um mergulho, espantando de vez a ressaca do meu corpo, não sei por que bebi tanto ontem à noite, mas pretendo nunca mais fazer isso, saio do mar e coloco minhas roupas molhado mesmo, depois vou para o apartamento. Quando chego ouço vozes na cozinha, olho para lá e encontro o Júlio e o Fernando preparando uma vitamina.

— E aí Nick, como vai campeão? Passou bem à noite?

Eles estão tirando uma da minha cara, certamente aquela garota falou que eu neguei fogo na noite passada e eles não vão perdoar esse meu deslize.

— Eu já sei o que vocês querem e não vou entrar nessa brincadeira pode parar de me zoar.

— Imagina Nick, nós não vamos zoar um amigo com um problema tão grave, deve ser difícil na sua idade já negando fogo assim, se você precisar tem alguns remedinhos azuis que podem ajudar o seu amigo a cumprir o seu papel. — Eles comentam rindo da minha situação.

— Eu desisto, eu me rendo, vou tomar meu banho e pelo que vi vocês estão sozinhos também.

— Não, não, espere aí. Nós vamos encontrar nossas garotas na praia daqui a pouco, talvez a Natália possa te dar uma segunda chance, ela é amiga das meninas e deve estar lá com elas. Você pode vir com a gente?

— Obrigado, mas tenho que recusar, porque eu preciso resolver um assunto. Vocês não deveriam estar trabalhando?

—Hoje é sábado Nick, dá um tempo. — Eles resmungam irritados com a minha brincadeira.

Desta vez sou eu quem pisa no calo deles e a resposta é curta e grossa. Esses caras não dão trégua, por isso resolvo não discutir mais e vou tomar meu banho, já que estou suado da corrida.

Quando saio do banheiro minutos depois, vou para a cozinha procurar alguma coisa para comer, mas quando chego lá não tem mais ninguém, acho que já foram para a praia, porém deixaram uma bagunça, a empregada vai me matar. Procuro algo para comer e encontro a vitamina na geladeira, experimento um pouco, mas está horrível por isso deixaram aqui.

Sem ter muitas alternativas eu pego um suco de laranja, algumas torradas, faço ovos mexidos e bacon, depois de tudo pronto, sento no balcão da cozinha, como tudo e saio antes da empregada chegar, pois agora a cozinha ficou um verdadeiro caos.

Desço até a garagem e aciono o alarme do Porsche, entro no carro e vou até o apartamento da Carol, ela deve saber onde a Mila está, e eu acho que ela teve tempo suficiente para pensar, agora eu a quero de volta e não vou desistir até encontrá-la. O trânsito está tranquilo por isso estaciono em frente ao prédio, mais rápido do que eu imaginava, subo até o seu apartamento sem ser anunciado, pois o porteiro me deixa subir, toco a campainha e espero que ela tenha notícias da Mila.

— Oi, Carol preciso falar com você. Será que eu poderia entrar?

— Não sei se é uma boa ideia, Nick.

— É só um minuto e não vou sair daqui sem uma resposta.

— Tudo bem, pode entrar e diga logo o que você quer. — Ela fala visivelmente nervosa agora.

— Quero saber onde a Mila está? —Pergunto aumentando meu tom de voz.

— Eu não sei, ela foi viajar e não me disse para onde. — Ela responde sem olhar nos meus olhos e isso só pode ser uma coisa.

— Você está mentindo, conheço um mentiroso de longe e você é uma delas. — Falo e observo a sala, tentando ver se por acaso, ela está escondendo a Mila de mim.

— Eu não sei de nada, a Mila entrou para o programa de proteção à testemunha e desapareceu. Você não é policial pode procurá-la sozinho? — Ela diz tentando fechar a porta na minha cara.

— É você tem razão e sei exatamente aonde eu vou, a Délia não poderá negar a informação para o seu superior.

— Como assim do que você está falando? —Ela pergunta surpresa.

— Eu fui promovido, agora sou delegado e posso conseguir essa informação com um simples telefonema, até mais.

Desço as escadas correndo, entro no carro dou a partida rumo ao escritório da Polícia Federal no Rio, alguns minutos depois eu já estou estacionando na frente da PF, entro no prédio e vou direto ao setor de proteção à testemunha. A primeira pessoa que encontro é a Délia, sei que ela ficou responsável pelo caso da Mila, pois a encontrei no hospital.

— Oi, Délia preciso falar com você sobre um caso. —Sento na cadeira na sua frente.

— Primeiro parabéns, delegado! E o que o senhor deseja? — Ela diz brincando comigo.

— Preciso da localização de uma testemunha. —Falo nervoso.

— E qual seria? — Ela pergunta procurando no seu computador.

— A Ludmila Mendonça Guimarães. — Respondo olhando para os lados como se essa informação não fosse tão importante para mim.

— Sei, e qual seria o seu interesse nessa testemunha. — Ela diz arqueando as sobrancelhas.

— Não veem ao caso, nesse momento eu preciso falar com ela e ponto. — Falo remexendo na cadeira, mostrando todo o meu desconforto diante dessa situação.

— Sabe que não posso dar essa informação. A Adélia completa decidida.

— Sei, mas você sabe que eu seria a última pessoa na face da terra a fazer mal a ela. — Digo nervoso me levantando da cadeira.

— Entendo e por isso não quero me envolver neste assunto.

— Por favor Délia, preciso falar com ela senão eu vou ficar louco, me ajude eu estou implorando. — Estou impaciente andando de um lado para o outro na frente da mesa dela.

— Tudo bem Nick, estou vendo que você está desesperado e também acho que vocês precisam conversar, mas são teimosos e até agora não se acertaram, vou anotar o endereço nesse papel e vou deixar em cima da minha mesa e o resto é com você.

— Certo eu entendi. —Falo aliviado pela primeira vez desde que comecei essa conversa.

Peguei o endereço, coloquei no bolso e voltei para o meu carro, pois eu pretendia ver a Mila agora, mas tive uma surpresa quando abri o papel.

—Curitiba.

Não importa o lugar só vai demorar mais um pouco e eu não posso ir de carro, demoraria muito e no momento eu não tenho todo esse tempo. Então vou até o aeroporto do Galeão e deixo meu carro no estacionamento.

Quando chego no aeroporto procuro a companhia que tem o próximo voo para Curitiba e compro uma passagem só de ida, uma vez que não sei quanto tempo vou ficar lá. Aguardo meia hora até que eu possa embarcar para encontrar a minha garota.

A viagem foi tranquila e quase duas horas depois chegamos ao meu destino, não tenho nenhuma bagagem comigo já que vim somente com a roupa do corpo, portanto quando desço do avião passo direto pela esteira de bagagens e saio do aeroporto, chamando um táxi para o endereço que a Delia me deu. Curitiba é uma cidade linda e eu costumava passar as férias aqui com a minha mãe, quando era criança. Ela adora essa cidade e se eu não estou enganado ela tem uma casa aqui, se tudo correr como imagino eu posso ficar lá uns dias com a Mila. Ainda estou perdido nos meus pensamentos quando o taxista para ao lado de uma praça. Desço do táxi e pago o motorista, depois fico sentado num dos bancos em frente à casa dela.

Espero alguns minutos para criar coragem e bater na porta, porém os minutos passam, mas a coragem não aparece. E se ela não quiser falar comigo? Penso sentado aqui sozinho. Mas tenho uma surpresa, quando olho para os lados e vejo a Mila caminhando na calçada indo para sua casa, penso em aproximar-me, porém percebo que ela está acompanhada por um rapaz, ou melhor eles estão abraçados e sorrindo, provavelmente é o seu namorado, posso perceber a intimidade com que trocam olhares, não acredito no que eu estou vendo, eu aqui sofrendo, morrendo de saudades dela e ela já seguiu em frente e provavelmente nem lembra que eu existo.

Talvez eu devesse ir até lá e tirar satisfação com ela, mostrar que eu não sou nenhum palhaço, mas o pouco de orgulho que ainda me resta não deixa, já que preciso preservar a minha sanidade, por isso me afasto logo desse lugar e ando sem rumo por algumas ruas da cidade até que encontro um táxi, entro nele e sigo para o aeroporto, não posso acreditar que em algumas horas perdi o amor da minha vida, eu estava tão animado em reencontrá-la, por isso estou tão desolado, a cena que imaginei enquanto viajava não era essa, voltar sozinho e ainda com o coração partido.

Quando retorno ao aeroporto sento desolado numa lanchonete, penso em pedir uma bebida, mas lembro da ressaca da noite passada e desisto, fico ali observando as pessoas que andam felizes pelo saguão do aeroporto, alheias à minha desilusão amorosa, quando a garçonete se aproxima.

— Deseja alguma coisa? — Ela fala me entregando o cardápio.

— Gostaria de um café, por favor. Eu nem preciso olhar no cardápio para fazer o meu pedido, por isso entrego sem nem olhar para a garçonete.

Bebo o café o mais devagar que consigo, nem sei por que ainda estou parado nesse aeroporto, talvez por ser o mais perto que consigo estar da pessoa que um dia eu amei. Paro de lamber minhas feridas e pago a conta da lanchonete, minutos depois embarco no próximo voo para o Rio, pois agora tenho uma nova missão, esquecer a Mila de uma vez por todas. 

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Olá! pessoal mais um capítulo, comentem o que acharam?


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro