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Capítulo 13


"Pôr nossos corações em risco é nossa razão para viver.
E a última coisa que você vai querer é olhar para trás e se arrepender."

Emily Thorne - Revenge

Mila

Alguns dias depois acordei e senti as mãos de Nick me segurando, nossas pernas estavam entrelaçadas, não sabia onde começava um e terminava o outro é maravilhoso, se sentir assim protegida e amada, nunca senti isso na minha vida e acho que é um sentimento único, pois a pessoa só sente isso uma vez. Levantei com cuidado para não o acordar, fui ao banheiro escovar os dentes e quando estava tomando banho, fui acompanhada por ele, que me abraçou e sentou comigo na banheira, devo dizer que o banho demorou um pouco mais que o normal, eu não posso reclamar nunca me canso de abraçá-lo, beijá-lo e senti seu corpo maravilhoso ao meu lado, quando saímos, coloquei a camiseta de Nick e ele colocou sua calça de pijama e estamos prontos para tomar nosso café da manhã. Preparamos tudo juntos: ovos, bacon, panquecas, torradas e suco de laranja.

Depois de tudo pronto nos sentamos no balcão da cozinha para comer o banquete que cozinhamos. Dou uma mordida nos ovos junto com o bacon e gemo de satisfação.

— Está uma delícia, Nick. Já podemos nos casar.

— É impressão minha ou você acabou de me pedir em casamento? — Ele fala sério, me deixando totalmente nervosa.

— Eu estava brincando, eu só queria... — tentei me explicar, mas o Nick não deixou, ele se aproximou de mim, beijando meu pescoço e depois subindo para os meus lábios e disse:

— Eu também estou brincando, relaxa Mila, ainda é cedo para pensar em casamento, você não acha? — Ele pergunta se afastando de mim e voltando para sua panqueca.

— Eu concordo.

No entanto eu gostaria de me casar com o Nick, não agora talvez daqui alguns anos, porém para um cara que não namora o Nick definitivamente não pensa em casamento. Por isso resolvo mudar de assunto, escolhendo algo mais tranquilo para falar.

—Nick eu preciso visitar minha amiga Carol e pegar algumas coisas no apartamento que moro com ela. Você poderia me levar até lá?

— Claro! Sem problemas eu preciso resolver algumas coisas na delegacia e depois conversar com o Jonas e em seguida posso ir te buscar.

— Não precisa, a Carol pode me trazer aqui, fique à vontade resolva os seus assuntos, sem se preocupar comigo e nos encontramos aqui à noite, você não precisa ficar colado em mim o tempo todo. — Falo querendo dizer exatamente o contrário, porém sabemos que precisamos resolver coisas separados no momento.

— Tudo bem, entretanto se precisar pode me ligar a qualquer hora. — Ele parece preocupado.

— Não se preocupe eu estou bem. — Respondo sorrindo, enquanto ele saia do quarto já arrumado, eu peguei sua mão, ele segurou a minha cintura me beijou e antes que esquentasse mais e poderíamos não sair de casa hoje, como eu realmente preciso conversar com a Carol e pegar minhas coisas, resolvo parar o beijo e pedir a atenção de Nick.

— Nick! Precisamos sair agora, prometo te recompensar quando voltar. — Eu chamo a sua atenção me soltando dos seus braços contra a minha vontade, mas não podemos ficar trancados no apartamento o dia todo, como fizemos nos dias anteriores, nem roupas nós vestíamos mais.

— Não se esqueça de que eu vou cobrar sua promessa, quando você chegar eu não vou deixá-la dormir à noite toda. Se prepare mocinha. — Ele fala beijando o meu pescoço.

— Pare com isso Nick e vamos logo, já estamos atrasados a Carol deve estar me esperando, usei o seu celular e enviei uma mensagem dizendo que já estava saindo daqui.

— Você precisa de um celular urgente. —Diz parando de me agarrar e olhando para mim.

— Sim eu preciso, não encontrei o meu desde que sai do hospital, não sei o que aconteceu com ele, simplesmente sumiu.

— Pode deixar que eu vou comprar um para você.

— Você não precisa me dar um celular, quando eu tiver dinheiro eu compro um. —Resmungo, irritada.

— Tudo bem! Não vamos discutir agora, já estamos de saída e você é muito teimosa e orgulhosa.

Saímos do apartamento e meia hora depois eu já estava na frente do meu antigo prédio. Desci do carro, me despedi do Nick e subi até meu antigo apartamento, ainda tinha as minhas chaves na bolsa, mas resolvi tocar a campainha, depois de dois toques a Carol abriu a porta e veio logo me abraçando. — Ela estava linda usando uma saia rodada preta e um top branco.

— Mila não acredito que você está aqui! Que saudades amiga, quanto tempo? Nem parece que passou apenas dois meses. Espere um pouco, você sumiu sem me dar notícias eu estava muito preocupada com você, nem no enterro da sua família você apareceu, eu já iria procurar a polícia quando recebi a sua mensagem dizendo que estava bem. Agora me conta tudo e não esconda nada o que está acontecendo com você? E quem é esse tal de Nick? — Ela nem parou para respirar entre uma pergunta e outra.

A Carol como sempre me bombardeou com perguntas e eu nem tive tempo de responder e já vinha outra, por isso preciso acalmá-la primeiro para depois tentar responder algumas de suas perguntas por que todas serão impossíveis, até por que ela nunca para de fazer novas.

— Calma Carol, me deixe entrar primeiro e ir até o meu quarto.

O apartamento era pequeno, mas tinha dois quartos com suíte, uma cozinha moderna e uma sala espaçosa, na qual ensaiamos nossas coreografias quando era preciso, já que a Carol fez questão de não encher de móveis nela, era apenas um grande e felpudo tapete, uma televisão na parede e alguns pufes espalhados pelos cantos.

— Está bem! Você sempre está me enrolando, mas dessa vez você não me escapa. —Ela diz decidida.

—Ah, amiga! Não estou correndo das suas perguntas, na verdade vou respondê-las, mas antes quero respirar um pouco. Sente aqui e me conte sobre o enterro da minha família.

Nesse momento a Carol que até agora era só sorrisos, ficou séria e me olhou apreensiva. O que será que ela tem para me contar?

— Minha nossa Mila! Foi um dos momentos mais tristes da minha vida, eu não tinha notícias suas há dois dias e estava muito preocupada por isso fui até a casa da sua mãe, chegando lá encontrei a casa lacrada e uma vizinha me contou o que havia acontecido e até me indicou o local do velório e enterro. Fui para lá correndo, tinha tanto medo de te encontrar lá no caixão também. Quando cheguei ao local, tinham poucas pessoas e dois caixões, me aproximei e vi a sua mãe e a sua irmã, parecia que estavam dormindo, comecei a chorar e logo alguém se aproximou e me pediu para sentar, depois que me acalmei eu perguntei por você, mas ninguém sabia nada, você tinha desaparecido na noite que sua família foi morta e as poucas pessoas que estavam presentes eram vizinhos que não sabiam sobre o seu paradeiro nem se você estava viva.

As lágrimas escorreram pelo meu rosto, sinto tanto a falta da minha mãe e da minha pequena Laura que chega a doer meu peito, é uma angústia que me acompanhará a vida inteira, eu não tenho nada, nem ninguém da minha família, estou completamente sozinha. Quando começo a chorar copiosamente, a minha amiga me abraça e diz que vai estar sempre ao meu lado para o que precisar, e apesar dos seus afagos continuo num choro desesperado até que as lágrimas cessam depois de muitos minutos e um chá de camomila que ela trouxe para mim.

— Você não pode ficar assim Mila, vai dar tudo certo. Não se preocupe com nada eu vou cuidar de você. —Ela está me abraçando novamente.

A Carol é uma amiga valiosa, nos conhecemos nos teste para entrar na companhia de dança, estávamos nervosas e com medo de não ser aprovadas nos teste, mas ficamos amigas ali e não desgrudamos mais, não tem nem um ano, mas parece que a conheço a vida toda, ela é companheira, verdadeira e por estar numa situação financeira melhor que a minha, pois os pais dela moram em Curitiba e sempre a ajudaram financeiramente, até compraram este apartamento para ela, eu moro aqui porque ela me ajuda, já que fica perto da companhia podemos ir a pé. Sou interrompida dos meus devaneios pela nova pergunta da Carol.

— Agora me conte tudo sobre o policial? — Ela fala curiosa, pois nunca me viu com ninguém até hoje.

— Que policial Carol? —Pergunto tentando desviar desse assunto, mas não tem jeito ela continua perguntando:

— O Nick, quem mais poderia ser? Não me diga que tem outro policial? — Ela me questiona surpresa.

— Não! Claro que não, Carol. —Digo desanimada, sabendo que vou ter que contar tudo até os detalhes mais íntimos, caso contrário ela nunca me deixaria em paz.

Saímos do meu quarto e vamos para a cozinha, onde a Carol estava preparando um empadão de frango. Nos sentamos à mesa comendo a maravilha que minha amiga preparou e apesar do meu cansaço e tristeza pela minha família, conto tudo para ela, inclusive a minha primeira noite com o Nick. No final a garota que fala pelos cotovelos está calada e de boca aberta.

— Muda essa cara Carol e me fala logo o que você acha de tudo isso? — Eu estou apreensiva, afinal é a primeira vez que conto sobre a minha relação com o Nick para alguém que me conhece, por isso sua opinião é tudo que preciso nesse momento.

— Eeu... acho maravilhoso amiga você merece isso e muito mais, depois de tanto sofrimento, você merece ser feliz, por isso agarre a sua felicidade com unhas e dentes, ou melhor, agarre o Nick com unhas e dentes e pelo que você acabou de me contar, ele vai adorar. —Ela gagueja no começo, mas o que diz depois me deixa muito feliz.

—Obrigada amiga, eu não sei até quando essa relação vai durar, pois acho que ele é bom demais para mim, mas eu prometo aproveitar cada segundo.

— Pare de ser pessimista, Mila! Você já sofreu muito e agora é a sua vez de ser feliz um pouco. Você merece, pois é uma garota, linda, inteligente e não mereceu todos os tombos que a vida te deu, agora está na hora de aproveitar.

— É acho que você tem razão, o problema é que nunca tive ninguém do meu lado, que cuidasse de mim, acho que estou num sonho e vou acordar a qualquer momento. Depois do que aconteceu com a minha família, apesar de não se lembrar de nada ainda, estava destruída e se não fosse pelo Nick, juntar os pedaços não estaria conversando com você nesse momento, poderia estar internada numa clínica ou coisa pior.

— Não fale besteira Mila e vamos mudar de assunto e arrumar suas coisas. Quando você pretende voltar para casa?

— Não sei ainda. Acho que vou ficar com o Nick até o Jonas prender o assassino, depois disso poderei retomar a minha vida normalmente.

— Entendo, sendo assim você pode pegar pouca coisa, pois logo, logo você vai estar de volta. Pelo menos é isso que eu espero minha amiga. — Ela fala a última frase tão baixo que tenho que fazer um esforço para escutar, pois sei que ela sentiu a minha falta, pois odeia ficar sozinha.

—Tudo bem! Vamos arrumar tudo então.

Estou muito animada, as horas passam e conversamos sobre outros assuntos e até sobre a companhia de dança, todos estão sentindo a minha falta e não veem a hora do meu retorno, também sinto falta de dançar, pois é a minha terapia, me sinto livre e nos palcos posso ser quem eu quiser, não apenas a Mila, uma simples moradora do Morro do Alemão.

Quando já está anoitecendo, pego minha bolsa e saímos para o apartamento de Nick, a Carol estaciona na frente do maravilhoso edifício, eu a convido para entrar mais ela precisa ir fazer um ensaio extra esta noite e já está atrasada.

Subo direto para o apartamento, o porteiro já me conhece e por isso libera a minha entrada, quando chego lá à porta já está aberta, pode ser que o Nick já tenha chegado e esqueceu-se de fechá-la. Mas está tudo escuro, resolvo chamar pelo Nick, mas ninguém responde e quando vou acender a luz da sala sinto alguém me puxando e caio no chão, tento me levantar, mas alguém puxa as minhas pernas e me arrasta pelo corredor, não faço ideia do que está acontecendo, mas começo a gritar por socorro, quando ouço essa voz e com a luz que entra pela janela posso ver a tatuagem de uma cobra no seu braço e nesse momento me lembro de tudo daquela maldita noite e sei exatamente quem está me puxando pelas pernas.

— Você achou que eu tinha me esquecido de você? Sua vadiazinha, estúpida eu só estava te dando tempo para descobrir o que você sabia e depois daquele dia na cozinha em Angra, eu sabia que era uma questão de tempo até você se lembrar de mim, mas depois daquele dia, quando me chamou para conversar na delegacia e se lembrou da tatuagem de cobra, eu não tive escolha, pois em qualquer momento você se lembraria e contaria tudo para o Nick e aquele imbecil, filhinho de papai, metido a herói iria atrapalhar tudo, se não fosse por ele você já estaria morta, se ele não estivesse presente quando te encontramos atrás dos arbustos eu te mataria ali mesmo junto com a sua família. Mas agora eu vou ter a minha oportunidade e ela vai ser lenta e dolorosa, pelo trabalho que você me deu. — Ele para de falar, mas continua me arrastando pelas pernas para onde eu nem faço ideia.

— Por favor! Jonas não me mate!! Eu prometo não contar a ninguém sobre você, eu posso sumir daqui e você nunca mais vai me ver. —Eu imploro desesperada.

Ele nem esperou eu terminar de falar, foi logo me batendo, eu caí no chão novamente, estava quase desmaiando, pois bati a cabeça na queda, mas pude ver um vulto que se aproximava em direção ao Jonas, ambos caíram no chão e uma sequência de socos e chutes começou, até que eu ouvi dois tiros serem disparados. Nesse momento não sei de mais nada, perdi a consciência e só me lembro de alguns sons, como a sirene da polícia, ou o barulho estridente da ambulância e até mesmo a voz de Nick dizendo que tudo vai ficar bem, que ele vai cuidar de mim.

Depois do que me parece uma eternidade, acordo assustada e quando eu tento abrir meus olhos, eles estão inchados e doloridos, faço força, mas eles não me obedecem, por isso chamo pelo Nick, quando ele se aproxima e toca a minha mão sei que não estou mais sozinha e adormeço em seguida.

Quando abro os olhos novamente, percebo a claridade e tudo branco a minha volta, conheço esse lugar, já estive aqui, e pensei que nunca mais iria voltar, mas aqui estou eu novamente. A enfermeira se aproxima da minha cama e diz:

— Olá Menina! Não pensei que iria te ver novamente aqui, você sempre querendo me visitar?

— Oi! Ana. Eu estou aqui novamente. — Murmuro toda dolorida, parece que fui atropelada por um caminhão.

— É, e dessa vez bem mais machucada. O que aconteceu com você? —Ela pergunta preocupada.

— É uma longa história e assim que conversar com Nick, eu te conto tudo. — Falo tentando me sentar na cama, mas meu corpo ainda não me obedece, tudo doí.

— Ah! Você está falando do policial bonitão que está arrancando suspiros das enfermeiras, se eu não tivesse certa idade também estava caindo de amores por ele, como já passei dessa fase pode se dizer que estou imune aos seus encantos.

— Esse mesmo Ana, e onde ele está agora? — Pergunto preocupada, será que ele está machucado.

— Ele ficou aqui a noite toda, mas de manhã saiu e não o vi mais. Agora você precisa descansar você está destruída e seu corpo precisa de descanso para se recuperar.

—Tudo bem! Não estou conseguindo ficar com os olhos abertos mesmo. — Falo conformada, pois ainda estou muito cansada.

Adormeço, pensando em Nick, meu anjo da guarda me salvou novamente, parece que essa é a sua missão, me proteger de tudo e de todos.

Eu durmo por algumas horas e quando acordo novamente sou surpreendida pela Ana com uma bandeja nas mãos dizendo que preciso comer alguma coisa, ela me ajuda, pois não tenho forças para comer sozinha. Enquanto eu como, pergunto pelo Nick e ela me responde que ele chegou assim que peguei no sono, ficou horas do meu lado, mas precisou voltar à delegacia, pois tinha muita coisa para resolver. Termino de comer e percebo que estou conseguindo ficar mais com os olhos abertos, olho em volta e observo uma poltrona inclinada, provavelmente foi ali que Nick passou a noite, pois não me pergunte como, mas consigo sentir o seu cheiro, me distraio pensando na bagunça que é a minha vida até que alguém bate na porta e eu digo que pode entrar. Sou surpreendida por um homem alto de cabelos pretos e lisos. Ele está usando terno e gravata, acompanhado por uma mulher loira, alta, com grandes olhos verdes, ela é linda, vestindo roupas elegantes, não sei quem são nem por que querem falar comigo?

— Oi, eu sou Alfredo, o pai de Nick e está é a Andressa a madrasta dele. — Ele entra no meu quarto e fica parado perto da cama na qual estou deitada.

— Oi! É um prazer... eu digo simpática.

No entanto sou interrompida quando iria cumprimentá-los, ambos me olham diferente e ainda não consegui identificar o que eles querem comigo.

— Não continue porque não é um prazer conhecer você, desde que meu filho te conheceu sua vida corre perigo, ele até levou um tiro por sua causa. —Ele diz irritado e preocupado ao mesmo tempo.

— Eu não sabia que o Nick tinha levado um tiro, ninguém me disse, mas eu o vi aqui no quarto comigo.

Meu Deus, o Nick está ferido, será que eu estava sonhando quando o vi no quarto?

— Como assim não sabia que Nick tinha levado um tiro? —Ele pergunta surpreso.

— Eu não fazia ideia de que o Nick tinha se machucado.

— É, garota parece que você não sabe de muita coisa. —Ele comenta irônico. De repente a mulher que estava parada num canto do quarto se aproxima e diz:

— Quem você pensa que é para ficar com Nick? Ele é rico e tem todas as mulheres aos seus pés, acha mesmo que ele escolheria VOCÊ, uma garota simples e pobretona? Faça-me um favor some da vida dele, ele está com você por pena, ele adora ajudar as pessoas mais carentes e é isso que você significa para ele, uma ajuda, apenas isso. —Ela fala debochando o tempo todo da minha cara, como se eu não fosse uma pessoa com sentimentos iguais ou até melhor que os dela.

Eu tento segurar, mas as lágrimas brotam nos meus olhos e escorrem pelo meu rosto, eu nunca fui de revidar sempre permaneci calada diante das injustiças que sofri na minha vida e agora não era diferente, fiquei calada ouvindo todos os absurdos que aquela mulher me falava, quando ela para de dizer seus desaforos o pai de Nick começa:

— Podemos te dar um bom dinheiro se é isso que você quer para sair da vida do meu filho de uma vez por todas. Diga quanto você quer? Todo mundo tem um preço e qual é o seu? — Ele pergunta pegando a sua carteira na mão.

— Eu não quero seu dinheiro e nem o do Nick. — Digo entre lágrimas.

— Pare de fingir garota eu e o Alfredo sabemos que você está dando uma de sonsa para dar o golpe do baú, só falta a gravidez para seu plano se tornar perfeito, mas não vamos deixa-la chegar a esse ponto. Você vai sair da vida do Nick de qualquer maneira, nem que eu tenha que te arrancar a força do nosso apartamento.

A última frase ela diz aos gritos bem perto do meu rosto e meu corpo todo treme de tanta raiva e impotência.

— Não se preocupe em me arrancar a força, eu não pretendo voltar para aquele lugar. — Falo tentando me afastar daquela mulher.

— Bom pelo menos isso, agora você precisa se afastar da vida de Nick também. AGORA! SUA PIRANHA APROVEITADORA! — Ela grita para todo o hospital escutar.

Não tenho forças para revidar, estou perdida e sem chão, as palavras não saem da minha boca, eu só choro e soluço, enquanto eles me olham com nojo e desgosto, nunca fui tão humilhada na minha vida, eu me sinto um lixo, quando estou destroçada e perdida, vejo a Ana entrando no quarto:

— O horário de visita terminou, vocês podem se retirar, por favor? — Ela pergunta preocupada olhando para mim.

— Ainda não terminamos de conversar. —O pai de Nick responde.

— Eu não quero saber se já terminaram ou não. Se não saírem nesse momento eu vou chamar os seguranças do hospital e tirar vocês daqui a força. — Ela fala num tom de autoridade que eu sinto um alivio por ter alguém ali que pode me defender assim, apesar de nem me conhecer direito.

Eles não falam mais nada e se retiram do quarto ainda com a aquele olhar superior sobre mim, não paro de chorar enquanto a Ana gentilmente me abraça e tenta me consolar.

— Não chore mais Mila, isso pode te fazer mal, pare de chorar eles não merecem nem as suas lágrimas.

Sei que o que ela disse é verdade, mas dói muito ouvir tudo isso sobre você. Ficamos abraçadas por longos minutos até que somos interrompidas pelo médico que entra no quarto com alguns papéis na mão.

— Oi! Meu nome é Ricardo, sou o seu médico e preciso conversar sobre o resultado dos seus exames. — Ele fala e olha nos papéis que estão na sua mão.

Paro de chorar imediatamente e a Ana me solta, encarando o doutor que tem uma expressão séria no rosto.

— Pode falar doutor. O que é? —Pergunto enxugando as últimas lágrimas que estavam no meu rosto.

— Quando você chegou desmaiada no hospital fizemos uma série de exames para ver como estava o seu estado clínico. E para a sua sorte, as lesões que sofreu são apenas superficiais e amanhã mesmo você poderá ir para casa, mas, além disso, descobrimos que você está grávida, imagino que seja recente você ainda não sabia? Meus parabéns e te aconselho a procurar um obstetra assim que possível para iniciar o pré-natal.

— EU ESTOU GRÁVIDA! — Não acredito, meu Deus. O que faço agora?  

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Que capítulo doloroso, até chorei ao escrever! Muitas turbulências na vida da Mila.

Leiam deixem sua opinião e as estrelinhas..


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