
Doce amiga
— Está melhor, Naruto? - ouvi a voz doce da Hinata e abri um sorriso instantâneamente.
Foi verdade, afinal. Nós nos beijamos mesmo e depois eu apaguei novamente.
Sério que apaguei?
— Hina, o que aconteceu? - questionei sentindo um pouco de tontura.
— Bem, você perdeu os sentidos de novo. Quase nos matou de susto! - Hinata me repreendeu e eu sorri ainda mais abertamente.
Ela brava parecia um ursinho carinhoso, impossível não achá-la extremamente fofa. Hinata era tão doce e sem dúvidas adoçava minha vida.
— Desculpe, foi a emoção, eu acho. - tentei descontrair, mas senti um soquinho leve em meu ombro. - Vai seguir os passos da Sakura? - questionei erguendo uma sobrancelha. - Ela que agride o Sasuke assim.
— No fundo todas nós mulheres somos violentas. - brincou me acompanhando no riso.
Ótimo, achei que fosse chateá-la ao mencioná-la, melhor assim, não tem porque Hinata ficar com ciúmes mesmo. Sakura foi um lapso momentâneo, eu nem sei porque pensei gostar dela. Agora sim, era real. Eu e Hinata juntos, isso era de verdade.
— Hina, está tudo bem comigo? - lembrei do meu segundo desmaio e por um momento fiquei preocupado.
— Está sim, você só precisa repor algumas vitaminas e nutrientes, também tem que parar de comer só lámen instantâneo! - exclamou parecendo minha mãe.
— Tudo bem, mamãe. Você vai cuidar de mim pra sempre? - perguntei fazendo manha.
— Eu vou cuidar sim, Naruto. - Hinata afirmou, fofa como sempre.
— Agora vem cá, quero repetir o que fizemos no aeroporto.
Aproveitei que ela estava próxima à minha cama e a puxei para mais perto, fazendo Hinata tombar por cima de mim.
— Naruto! - exclamou envergonhada e tentou se esquivar.
— Não vai fugir de novo, vai?
— Bem, eu não vou... - sussurrou aquietando-se nos meus braços.
Diante disso, eu a beijei novamente, precisava sentir o gosto da boca dela outra vez, tinha que saber se realmente foi real o que aconteceu. Hinata se declarando para mim, depois nós dois nos beijando no aeroporto, com várias pessoas nos olhando, inclusive minha família. Bem, ela aqui nos meus braços, enquanto eu acariciava seu rosto e a beijava lenta e apaixonadamente, sem dúvidas, só podia ser real.
— Seus pais já estão voltando, Naruto. - Hinata interrompeu o beijo, tentando sair do meu abraço.
— Eu não me importo, Hina. Só fica aqui, comigo. - respondi me aproximando dela de novo.
Hinata era imã e eu metal, não podiámos mais ficar separados. Eu não queria e não podia mais ficar longe dela.
Era assim que devia ser de agora em diante.
A menos que minha mãe me matasse, por ter desmaiado duas vezes e estar com anemia por comer apenas lámen. Sendo que ela sempre ordenava para eu me alimentar direito.
Por falar no furacão Kushina:
— Naruto! - ouvi quase como um berro. - Me explica essa história direito, então quer dizer que desmaiou e eu nem fiquei sabendo?
Crispei os lábios e pedi ajuda ao meu pai e meu padrinho, com o olhar. Mas eles não poderiam me socorrer da minha mãe.
— Desculpe, eu deveria ter falado para a senhora. Mas o Naruto pediu para guardar segredo. - Hinata desculpou-se. - Eu também não gosto que ele só coma lámen... - concluiu com a cabeça baixa.
— Tudo bem, querida. Não pegue toda a responsabilidade de cuidar do Naruto para si, por enquanto. - sorriu para ela amorosamente, depois virou-se para mim e pude ver a tempestade se formando. - Eu irei supervisionar todas as suas refeições, mocinho. E nada de almoçar no Ichiraku todo dia! - apenas fiz que sim com a cabeça, enquanto minha mãe continuava vindo em minha direção.
— Pai... - supliquei saltando da cama. - Padrinho?
Ambos levantaram as mãos em sinal de rendição e permaneceram silenciosos, ninguém viria a meu favor. Eu estava sozinho naquela guerra.
— Não fuja de mim! - Kushina bradou e pegou-me pela orelha. - Da próxima vez que me esconder algo assim, não me importa se estiver casado ou não, eu te bato, viu.
— Aí, aí. - resmunguei e vi Hinata agoniada.
— Eu cuido dele, dona Kushina. Prometo. - afirmou firme.
Minha mãe soltou minha orelha e sorriu para Hinata, como um cachorro que larga o osso diante de algo melhor.
— Você é a nora que eu pedi a Deus. - respondeu com a voz embargada. - Cuide bem dessa menina, se não vai se ver comigo. - eu balancei a cabeça freneticamente, enquanto alisava a orelha que devia estar totalmente vermelha.
Vislumbrei minha mãe abraçando Hinata e sorri ao presenciar aquela cena. As duas mulheres da minha vida se davam muito bem, era um sonho realizado.
— Acalme-se amor, é só uma anemia branda. - meu pai aproveitou a deixa para intervir. - Naruto ficará bem.
— Você é muito condescendente com esse menino, Minato. - ela revidou, ainda abraçada ao meu anjo. - Por isso ele é assim!
— Minha vida, Naruto não é mais criança. Ele precisa de espaço. - meu pai contrapôs, mantendo uma distância segura da esposa.
Já meu padrinho só ria baixo, sem nada dizer. Não era bobo.
Bem, afinal de contas aquela era minha família...
(...)
— Ei, dobe. Finalmente desencalhou heim! - ouvi Sasuke murmurar, vindo com Sakura ao nosso encontro.
— É, né. Finalmente consegui, aparentemente precisarei fazer várias viagens, já que Hina é areia demais para o meu caminhãzinho. - provoquei lembrando de suas palavras.
— Naruto, para com isso. - Hinata resmungou envergonhada.
— Você é uma fofa, Hinata. Agora nós seremos ainda mais amigas, podemos sair de casal! - Sakura disse e sorri ao vê-las juntas.
Porque, bem, Hinata e ela não eram melhores amigas antes.
Tudo acabou bem, tô certo!
— Será que você vai aguentar a chatice do Naruto como namorado? - Sasuke me pirraçou mais uma vez e Hinata sorriu ao ouvir isso.
— Vou sim, com certeza.
— Ei, então você me acha chato? Como assim? Eu sou tão legal! - fingi estar emburrado por um momento, mas logo Hinata depositou um beijo no meu rosto.
— Você é o melhor namorado de todos, Naruto-kun! - ela respondeu em tom de ironia, enfatizando o sufixo.
— Acho que criei um monstro. - brinquei.
Dito isso, nós quatro caímos na risada e logo vimos Neji, Tenten e a nossa trupe aproximar-se para o jogo de basquete. O time seria misto e eu não me importava mais se os garotos ficassem babando por Hinata. Ela era minha namorada, isso que importava!
Aliás, descobri que meu ciúmes era completamente diferente do de Neji. Ele quase me matou quando soube que estávamos namorando. Precisou o pai deles intervir, se não eu levaria a pior, tinha certeza.
Por fim, ouvi de Neji:
— Melhor você do que outro, fazer o que.
Ah, Hinata também me explicou tudo o que aconteceu nas duas vezes que vi ela e Kiba juntos, como eu fui tão idiota? Achei que Hinata gostava dele, quando na verdade, ela começou a gostar de mim bem antes de eu perceber meu próprio sentimento. Só não tinha coragem de dizer, por temer estragar nossa amizade. O que também era um receio meu, enfim. Realmente, eu era um dobe mesmo, como diria o Sasuke. Se tivesse ouvido os conselhos do meu pai, teria evitado tanta coisa.
O que importava era que tudo estava entrando nos eixos, Kiba finalmente entendeu o que sentimos e até viramos amigos, coisa que não éramos antes. Visto que eu odiava ele se jogando pra cima da minha Hina.
E, pelo que parecia ele e Shion estavam começando a se entender. Bom, mas quem imaginaria que eu e Hinata ficaríamos juntos e felizes, afinal?
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