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Capítulo 24: Se Arrepender.


Capítulo 24: Se Arrepender.

Já fazia um mês desde que Joaquim e eu chegamos à casa de Cristiane, e as coisas finalmente pareciam entrar em um ritmo. Ela tinha voltado para sua rotina como professora em uma escola municipal, Joaquim arranjou um emprego em uma loja de artigos para agronegócio, e eu... bem, eu passei a ocupar meu tempo da melhor forma que pude.
Nos primeiros dias, me sentia inútil. Enquanto os dois saíam para trabalhar, eu ficava em casa sozinho, lidando com o eco dos meus pensamentos. Foi Joaquim quem sugeriu que eu encontrasse alguma forma de ajudar na casa, nem que fosse com coisas pequenas. Aos poucos, comecei a contribuir com as tarefas domésticas. Lavar a louça, arrumar as camas, varrer o chão. Não era muito, mas me dava um senso de propósito.
Com o tempo, também descobri algo novo: o crochê. Joaquim sabia o básico e, em um fim de semana, trouxe agulhas e fios coloridos de uma lojinha perto do trabalho. Se tornou rotina para ele me presentear com mais barbante sempre que encontrava novidades lá.
- É tranquilo, Gabriel, até relaxa. - Ele disse, me entregando os materiais.
No começo, era difícil. Meus dedos não obedeciam, e eu não conseguia acertar os pontos. Mas Joaquim tinha paciência. Sentava comigo no sofá, mostrava os movimentos com calma, corrigia minha postura. Era estranho pensar em Joaquim, sempre tão prático e sério, se dedicando a algo tão delicado. Mas ele tinha um jeito natural para isso, e me surpreendeu como sempre.
Agora, um mês depois, eu já tinha feito minha primeira peça - um pequeno cachecol - que Cristiane fez questão de elogiar.
- Você está ficando bom nisso, hein? - Ela comentou uma noite, enquanto dobrava a roupa que eu havia lavado e estendido.
Mas não foi só o crochê que me ajudou. As consultas com o psicólogo estavam funcionando, e a medicação começou a fazer efeito. Minhas crises de ansiedade eram menos frequentes, e a tristeza, embora ainda presente, parecia um pouco mais distante. Comecei a me sentir como uma versão melhor de mim mesmo, alguém que conseguia respirar sem o peso constante no peito.
Mesmo assim, às vezes eu pensava na fazenda. No que deixamos para trás. Roberto nunca tentou entrar em contato comigo, e isso, de certa forma, era um alívio. Mas também me fazia pensar em tudo o que poderia ter sido diferente.
- Tá pensando em quê? - Joaquim perguntou, quando chegou do trabalho um dia, eu tava sentado no sofá com um tapete pela metade no colo.
- Na fazenda. Em como tudo terminou.
Ele suspirou e se sentou ao meu lado. - Não se tortura, menino. Ocê sabe que a culpa num foi sua.
- Eu sei... mas não consigo evitar.
Joaquim me olhou, e por um momento parecia que ele também estava pensando naquilo tudo. Na dor, no abandono, nos laços que se romperam.
- Ele se arrependeu.
Aquela frase me pegou de surpresa.
- Quem?
- Roberto. - Joaquim respondeu, com um tom sério. - Cristiane me contou que ele foi atrás dela antes de ontem, na internet. Queria saber como a gente tava, se ocê tava bem. Fiquei com medo de contá e te fazer mal...
Eu fiquei em silêncio, processando aquilo. Roberto, arrependido? Era difícil acreditar.
- E o que ela disse?
- Que ocê tá melhor. Que a gente tá recomeçando. - Joaquim fez uma pausa. - Mas ela também deixou claro que ele perdeu o direito de sabê mais do que isso.
Eu não sabia como me sentir. Parte de mim queria odiá-lo para sempre. A outra parte... bom, queria respostas. Mas, naquele momento, a única coisa que importava era que estávamos longe de tudo aquilo.
Joaquim segurou minha mão, me trazendo de volta ao presente.
- A gente tá onde devia estar agora, Gabriel. Não deixa esse passado roubar o que a gente tem hoje.
Eu assenti, apertando a mão dele de volta. Joaquim tinha razão. Tínhamos uma nova vida, e era nela que eu precisava focar. O passado podia esperar.

XXX

Enquanto o aroma do jantar começava a tomar conta da pequena cozinha, Joaquim e eu nos movíamos em perfeita harmonia, dividindo o espaço como se tivéssemos feito isso a vida toda. Eu estava cortando a salada, algo que tinha aprendido a fazer com mais capricho nas últimas semanas, enquanto Joaquim mexia uma panela no fogão, o som suave do chiado dos ingredientes preenchendo o ambiente.
No rádio, a melodia de "Por Um Minuto" do Bruno e Marrone tocava baixinho. A letra da música parecia falar direto para o meu coração, como se narrasse cada momento da nossa história. Eu não consegui evitar sorrir, mesmo com uma pontinha de melancolia. Era estranho pensar no quanto a gente já tinha passado junto em tão pouco tempo, e o quanto tudo poderia ter sido diferente.
Enquanto eu me perdia nesses pensamentos, senti os braços de Joaquim me envolverem por trás. Ele encostou o rosto no meu ombro, a respiração quente contra minha pele.
- Tá distraído de novo, hein? - Ele comentou com aquele tom carinhoso que eu já tinha aprendido a reconhecer.
- Tava pensando... nessa música. - Respondi, ainda cortando a salada.
- É bonita. Parece com a gente. - Ele disse, e a sinceridade na voz dele me fez parar o que estava fazendo.
Antes que eu pudesse responder, Joaquim segurou minha mão e tirou a faca com cuidado, colocando-a de lado.
- Vem cá.
- Mas o jantar... - Tentei protestar, mas ele apenas balançou a cabeça, com um sorriso de canto.
- A gente pode esperar um pouquinho.
Ele me puxou para o meio da cozinha e começou a se balançar suavemente ao som da música. Fiquei meio sem jeito no começo, mas Joaquim apenas riu e segurou minha mão, colocando a outra na minha cintura.
- Relaxa, Gabriel. Só segue o ritmo.
E eu segui. Deixei que ele me guiasse, os movimentos lentos e desajeitados no começo, mas logo mais naturais, eu nunca tinha dançado assim com um homem. A música continuava, e parecia embalar não só nossos corpos, mas também nossos corações.
- Cê tá melhorando nas dança também. - Joaquim brincou, os olhos brilhando de leveza.
- E quem disse que eu não sabia dançar? - Respondi, rindo baixo.
Ele apenas sorriu e me puxou mais para perto, até que nossas testas encostassem. Por um momento, foi como se o mundo lá fora não existisse, como se só nós dois estivéssemos ali.
- Eu acho que nunca imaginei que seria tão feliz assim. - Ele disse baixinho, quase num sussurro.
- Nem eu. - Respondi, sentindo uma onda de emoção me tomar.
A música terminou, mas nós continuamos ali, balançando em um ritmo nosso. Joaquim beijou minha testa, e por um instante, tudo parecia perfeito.
Enquanto a música se dissolvia no ar, Joaquim manteve a testa colada na minha, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que me fazia perder o fôlego. Ele sorriu de leve antes de inclinar o rosto e beijar meu nariz com tanta delicadeza que quase parecia uma carícia.
- Ocê é tão bonito. - Ele murmurou, e eu senti meu rosto esquentar.
- Para com isso... - Respondi, mas o sorriso que escapou dos meus lábios denunciava que eu não queria que ele parasse.
Joaquim riu baixinho e continuou, beijando minhas bochechas, primeiro uma, depois a outra, demorando-se um pouco mais do que o necessário. Seus lábios eram quentes, firmes e tão gentis que meu coração disparou no peito. Quando ele voltou a me olhar, os olhos dele tinham aquele brilho especial que eu já conhecia - uma mistura de carinho, desejo e amor que sempre me deixava vulnerável.
Ele se aproximou mais, como se pedisse permissão silenciosa, e eu inclinei a cabeça em resposta. O beijo começou lento, um roçar suave de lábios, carregado de ternura. Joaquim segurou meu rosto com as mãos calejadas, o polegar acariciando minha pele enquanto o beijo se aprofundava, ganhando intensidade.
Meu corpo reagiu como sempre reagia a ele, meu coração acelerado, as mãos subindo instintivamente para segurá-lo pelos ombros. O calor que começou na base da minha coluna subiu rápido, espalhando-se por cada parte de mim, enquanto nossos movimentos se tornavam mais firmes, mais urgentes.
O aroma da comida no fogão se misturava ao cheiro dele, uma combinação que me deixava zonzo. Quando Joaquim segurou minha cintura, me puxando para mais perto, senti que não havia mais espaço entre nós, como se nossos corpos fossem feitos para se encaixar assim.
- Joaquim... - Murmurei entre um beijo e outro, minha voz rouca e baixa.
Ele parou por um instante, encostando a testa na minha enquanto nossas respirações descompassadas se misturavam.
- Eu te amo, Gabriel. - Ele disse, sem rodeios, direto como sempre era.
Meu peito apertou, e por um momento, as palavras não saíram. Então, finalmente, consegui:
- Eu também te amo... Muito.
Joaquim sorriu, aquele sorriso que fazia tudo valer a pena, antes de me dar mais um beijo, dessa vez curto, como uma promessa silenciosa.
O desejo me atingiu de uma vez, como se algo adormecido em mim tivesse finalmente despertado. Fazia tanto tempo que eu não sentia vontade de me entregar assim, de verdade, que a sensação quase me assustou. Mas o medo de que aquilo desaparecesse tão rápido quanto veio me fez agir antes de pensar.
- Joaquim... - Chamei, minha voz um pouco trêmula. Ele se virou para mim, confuso no início, mas quando viu meu olhar, algo nos olhos dele mudou.
Eu me aproximei rápido, puxando-o pela camisa e colando nossos lábios. Não era um beijo tímido ou hesitante como os outros; era cheio de urgência, de vontade, e isso pareceu acender algo nele também. Minhas mãos deslizaram pelo peito dele, pelo abdômen forte, e eu soltei um suspiro quando Joaquim respondeu com igual intensidade, suas mãos segurando minha cintura com firmeza.
- Cê tem certeza? - Ele murmurou contra meus lábios, a voz rouca, mas carregada de cuidado.
Eu assenti com a cabeça, um pouco afobado. - Por favor...
Meu tom quase implorando pareceu desfazer qualquer resistência que ele ainda tinha. Joaquim segurou minha cintura com mais força e, num movimento firme, me levantou, me colocando sentado no balcão da cozinha.
- Cê não sabe o que faz comigo quando pede assim, Gabriel... - Ele sussurrou, a voz baixa e carregada de desejo.
Antes que eu pudesse responder, seus lábios estavam de volta nos meus, intensos, famintos. Suas mãos começaram a explorar meu corpo com mais liberdade, subindo pela barra da minha camiseta, e eu tremi quando senti os dedos dele tocarem minha pele. Era como se cada toque incendiasse algo em mim, e a sensação era ao mesmo tempo assustadora e maravilhosa.
Eu me deixei levar, segurando o rosto dele com as mãos, meus dedos se perdendo nos fios escuros do cabelo bagunçado. Quando Joaquim desceu os lábios para o meu pescoço, eu arfei, fechando os olhos e inclinando a cabeça para dar mais espaço.
- Joaquim... - Murmurei novamente, mas dessa vez o nome dele saiu como um suspiro.
- Shh... - Ele respondeu, os lábios roçando minha pele enquanto suas mãos continuavam a me tocar, cada gesto cheio de cuidado e intensidade.
Eu sabia que não estava apenas cedendo à vontade do momento; estava me entregando a ele, a tudo o que tínhamos construído juntos. E fazia muito tempo que eu não me sentia tão bem, estava sempre assustado com o toque dele, um remorso inconsciente por causa daquele vídeo, mas hoje eu me sentia mais livre.
Joaquim não parava de me beijar, seus lábios e mãos explorando cada pedaço de mim como se fosse a primeira vez, mas com uma urgência que fazia meu coração bater tão forte que quase doía. Eu estava ficando cada vez mais entregue, mais excitado, e o calor que se espalhava pelo meu corpo era impossível de ignorar.
Senti meu rosto corar ao perceber o volume evidente em minha calça. Tentei me controlar, morder os lábios para abafar qualquer som que quisesse escapar, mas foi difícil. Muito difícil. Cristiane estava no quarto, a poucos metros de distância, e só de pensar nisso meu nervosismo aumentava, mas, ao mesmo tempo, parecia tornar tudo ainda mais intenso.
- Joaquim... - Chamei baixo, minha voz saindo quase como um gemido engasgado.
Ele parou o beijo por um momento, me olhando com aquele brilho intenso nos olhos, como se soubesse exatamente o que eu estava sentindo. Suas mãos desceram para a minha cintura, e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele pressionou o quadril contra o meu, seu volume se encaixando no meu por cima das calças.
O movimento foi lento quando ele se esfregou em mim, mas tão firme que me fez tremer. A fricção me arrancou um suspiro profundo, e não consegui evitar apertar o corpo dele entre as minhas pernas, puxando-o ainda mais para perto.
- Ocê vai me deixar louco... - Ele murmurou, a voz rouca e baixa, cheia de desejo.
A forma como ele esfregava o quadril contra o meu, cada movimento calculado, me fazia perder a cabeça. Minhas mãos agarraram seus ombros, tentando me ancorar, enquanto sentia meu corpo inteiro responder a ele. Era como se eu não conseguisse pensar em mais nada além do toque dele, do jeito que ele me fazia sentir.
Eu enterrei o rosto no ombro dele, tentando conter os sons que ameaçavam escapar. - Joaquim... a gente... - Comecei, mas minha frase morreu no meio, um arrepio me percorrendo quando ele repetiu o movimento, ainda mais lento dessa vez.
- Eu sei... - Ele sussurrou contra o meu ouvido, sua respiração quente me deixando arrepiado. - Eu sei.
Era uma tortura deliciosa, e o pior de tudo é que eu não queria que ele parasse. Não agora, não quando estávamos tão perto, tão conectados.
Joaquim começou a se mover com mais intensidade, o atrito entre nós ficando ainda mais evidente, mais quente, mais urgente. Eu me agarrava a ele, enterrando os dedos em seus ombros, enquanto meu corpo parecia pegar fogo. O som das nossas respirações pesadas preenchia a cozinha, misturando-se à música que ainda tocava no rádio, mas a sensação era de que o mundo inteiro tinha desaparecido.
Cada vez que ele se movia, o tecido do meu short ficava mais úmido, e era impossível não notar o mesmo acontecendo com ele. Joaquim, com aquele sorriso torto que sempre me fazia perder a cabeça, olhou para baixo rapidamente antes de me encarar de novo, os olhos brilhando com um humor malicioso.
- Cê tá pingando, Gabriel. - Ele brincou, sua voz rouca e provocante, o tom carregado de desejo.
Eu senti meu rosto esquentar imediatamente, a vergonha me atingindo como uma onda. - Cala a boca, Joaquim! - Respondi, a voz saindo mais embaraçada do que eu gostaria.
Ele apenas riu, o som baixo e grave, e isso só me fez corar ainda mais. Sem pensar muito, decidi me "vingar" pela provocação. Me inclinei para frente e mordi um de seus mamilos por cima da camiseta, com força suficiente para ser sentido, mas não para machucar.
O efeito foi instantâneo. Joaquim soltou um som entre um gemido e um suspiro, seu corpo inteiro tremendo contra o meu. Ele parecia pego de surpresa, e pela forma como a respiração dele ficou ainda mais descompassada, dava para perceber que o gesto tinha surtido mais efeito do que eu imaginava.
- Que diacho, Gabriel... - Ele murmurou, a voz tão grave que parecia um trovão baixo. Suas mãos apertaram minha bunda com força, e o movimento de seus quadris ficou ainda mais intenso, como se ele não pudesse mais controlar o próprio desejo.
Eu sorri de lado, ainda sentindo o calor em meu rosto, mas satisfeito por tê-lo deixado tão afetado. - Quem tá... Ah... pingando agora? - Provoquei, a voz carregada de malícia, embora meu próprio corpo estivesse tão fora de controle quanto o dele.
Joaquim me lançou um olhar intenso, como se eu tivesse acabado de acender um fogo ainda maior dentro dele. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, ele se inclinou para me beijar de novo, suas mãos segurando meu rosto com uma intensidade que me fez derreter.
Eu não consegui evitar; deslizei as mãos para o peitoral do Joaquim por baixo da camiseta, sentindo a firmeza da pele dele sob meus dedos. Comecei a acariciar com intensidade ambos os seus mamilos, prestando atenção a cada reação. Quando pressionei os dedos com um pouco mais de força, ele soltou um gemido trêmulo, quase manhoso, que me fez parar por um instante. Olhei para ele, surpreso e, ao mesmo tempo, satisfeito.
Aquele som foi suficiente para me fazer continuar. Eu explorei cada centímetro daquela área, alternando entre toques suaves e apertos firmes, aproveitando o jeito como ele se entregava, cada vez mais vulnerável. Quando me inclinei para beijá-lo de novo, minha língua encontrou a dele, e o jeito como ele respondeu foi puro instinto, desesperado e intenso.
Joaquim não escondia nada. O jeito que seu corpo reagia, a respiração ofegante, os pequenos sons que escapavam dele - tudo entregava que eu havia encontrado um ponto fraco. E, sinceramente, isso me fazia querer explorar ainda mais.
Cada pequena descoberta fazia meu coração bater mais rápido. Era impossível não querer provocar Joaquim ainda mais, testar cada reação, explorar o que o deixava assim tão entregue. Minhas mãos passeavam pelo peitoral dele, apertando, esfregando os bicos pequenos, e a cada toque mais ousado, ele soltava aqueles sons roucos e intensos que me faziam sentir no controle, mesmo que eu mesmo já estivesse perdendo o fôlego.
Eu o beijei novamente, sugando sua língua com vontade, enquanto deixava minhas unhas arranharem levemente sua pele por baixo da camiseta. Joaquim respondeu como sempre fazia, mas, dessa vez, não se segurou. Ele voltou a esfregar nossos corpos juntos, os volumes nitidamente pressionados um contra o outro com uma intensidade que fez minha cabeça girar.
Mesmo com todas as roupas ainda no lugar, aquilo estava nos levando ao limite. O movimento era simples, mas tão direto, tão urgente, que eu mal conseguia pensar. Joaquim não fazia questão de esconder o quanto estava perto, e eu sentia o mesmo. Minha respiração estava entrecortada, meu corpo tremia, e cada nova investida dele me fazia segurar mais forte em seus ombros, tentando não me perder completamente naquele momento.
Meus braços apertaram Joaquim com força, meu rosto enterrado em seu ombro enquanto minhas unhas deslizavam pelas suas costas. Não queria, nem conseguia, me segurar mais. Ele se movia com tanta intensidade, os corpos tão colados que nossas respirações se misturavam, os sons escapando sem controle. O tom dos gemidos ficou mais alto, mais urgente, e eu sabia que estávamos à beira de algo inevitável.
Quando meu corpo finalmente cedeu, um tremor forte tomou conta de mim. Agarrei Joaquim com tudo, a cabeça afundada em seu pescoço. Ele ainda precisava de um pouco mais, seus movimentos mais frenéticos, e sem pensar, mordi a pele quente do pescoço dele, arrancando um gemido rouco que ecoou pelo espaço.
Foi o suficiente. Ele também chegou ao limite, e por um instante, ficamos imóveis, tentando recuperar o fôlego. Tudo terminou em uma bagunça úmida nas nossas roupas, o calor do momento ainda pairando no ar. Joaquim apoiou a testa na minha, respirando fundo, e eu apenas fechei os olhos, tentando me recompor e aproveitar aquele instante em que só existíamos nós dois.
Ainda tentando recuperar o fôlego e a compostura, Joaquim deu um sorrisinho malicioso enquanto me puxava pela mão.
- Vem, Gabriel, vâmo tomá banho antes de ocê sujar o chão da cozinha - brincou, olhando para mim com aquele jeito zombeteiro de sempre.
Rolei os olhos, mas não consegui esconder o calor nas bochechas. O comentário dele tinha um fundo de verdade, e eu podia sentir... bom, muita coisa escorrendo.
Fomos até o banheiro rindo baixo, tentando disfarçar qualquer som que pudesse escapar. Joaquim, claro, continuava implicando enquanto tirávamos as roupas.
- Eita, Gabriel, parece que ocê tomou banho foi em outra coisa antes de vim pra cá - disse ele, examinando a pele.
Eu revirei os olhos, joguei uma toalha na cara dele e entrei debaixo do chuveiro, rindo nervoso. Ele entrou logo depois, e o banho acabou sendo rápido, mas cheio de implicâncias. Joaquim insistia em esfregar as minhas costas com força exagerada, só para me irritar, e eu revidava jogando água na cara dele.
No final, saímos do banheiro limpos, renovados e ainda com sorrisos bobos nos rostos. Voltamos para a cozinha, terminamos de preparar o jantar juntos, e Joaquim insistiu em roubar alguns pedaços de salada antes de colocá-los na tigela, só para me ver revirar os olhos de novo.
Quando chamamos Cristiane para a mesa, ela apareceu com um sorriso discreto, quase... suspeito. Sentei-me ao lado de Joaquim, tentando não parecer tão sem jeito, mas ela soltou uma risada baixa do nada enquanto pegava o prato.
- Que risadagem é essa, muié? - Joaquim perguntou, arqueando uma sobrancelha.
Ela apenas deu de ombros, ainda rindo um pouco.
- Nada, não. Só... vocês dois são bem barulhentos quando estão juntos, né?
Eu quase engasguei na hora, sentindo o rosto esquentar mais rápido do que o fogão. Joaquim, claro, achou graça e deu um sorriso largo enquanto me olhava de soslaio.
- A gente tava... Dano uma discutida na receita, só isso - ele disse, piscando para mim.
Cristiane riu mais alto, balançando a cabeça.
- Claro, claro. Receita.
Afundei o rosto nas mãos, completamente vermelho, enquanto Joaquim parecia se divertir mais do que nunca. Se ela sabia ou não, nunca ia admitir, mas o sorriso dela deixava claro que a gente não estava enganando ninguém.
O jantar seguia tranquilo, com Cristiane contando animada sobre os acontecimentos do dia na escola. Ela se empolgava ao relatar a confusão entre dois meninos pequenos, que haviam brigado porque uma menina aceitou ser "namoradinha" dos dois ao mesmo tempo, mas não contou a nenhum deles. Joaquim ria alto, e até eu não consegui segurar um sorriso ao imaginar a cena.
- E aí, quando eles começaram a discutir, ela só levantou e disse: "Vocês que se entendam, eu vou brincar de boneca" - Cristiane completou, rindo.
O clima leve foi interrompido pelo toque insistente do telefone de Cristiane. Ela se levantou rapidamente, pegando o aparelho e estranhando o número desconhecido.
- Alô? - ela atendeu, enquanto Joaquim e eu trocávamos olhares curiosos.
A expressão dela mudou quase instantaneamente. O sorriso desapareceu, dando lugar a um semblante sério e preocupado. Ela respondeu algo baixo e olhou para mim, estendendo o telefone.
- Gabriel, é pra você.
Peguei o telefone com o coração acelerado, sem saber o que esperar.
- Alô?
- Gabriel... - A voz era grave, carregada de cansaço e algo como sofrimento, mas eu a reconheci na hora. Meu corpo ficou tenso.
- Roberto...? - perguntei, surpreso.
Ele suspirou do outro lado da linha.
- Sim, sou eu. Estou no hospital em Goiânia. Tenho pouco tempo, filho... É um tumor, os médicos disseram que são só mais alguns dias. Eu precisava... precisava te ver antes de ir.
As palavras dele pareciam ecoar na minha cabeça, enquanto uma onda de emoções me atingia com força. Era como se o ar tivesse sido arrancado do ambiente. Joaquim, percebendo minha reação, colocou a mão no meu ombro, tentando me dar suporte mesmo sem saber do que se tratava.
- Eu... não sei o que dizer - respondi, quase em um sussurro. Me sentia fraco, a beira de um desmaio.
- Não precisa dizer nada agora, só... pense. Estarei esperando - ele respondeu antes de desligar.
Baixei o telefone lentamente, sentindo meu estômago revirar. Cristiane e Joaquim me encaravam em silêncio, claramente preocupados.
- Era o Roberto - consegui dizer, ainda segurando o telefone, meus olhos ardendo. - Ele está no hospital, com um tumor... disse que tem só mais alguns dias e quer me ver.
A sala ficou em silêncio por alguns instantes. Cristiane foi a primeira a falar, com a voz suave:
- Gabriel, você quer ir?
Eu respirei fundo, tentando organizar os pensamentos. Roberto tinha sido uma figura tão complexa na minha vida, cheia de mágoas e arrependimentos. Parte de mim queria ignorar a ligação, mas outra parte sabia que, se eu não fosse, me arrependeria para sempre.
- Quero - respondi, com firmeza, apesar do aperto no peito.
Joaquim apertou meu ombro com mais força, os olhos transmitindo apoio absoluto.
- Então eu vou com ocê - disse ele, sem hesitar.
Olhei para ele, surpreso, mas aliviado. Eu sabia que enfrentaria muitas emoções em Goiânia, mas, com Joaquim ao meu lado, me sentia um pouco mais forte. Cristiane apenas assentiu, como se entendesse que era o melhor a se fazer.
- Vamos planejar tudo amanhã cedo - ela disse, com um sorriso encorajador. - E qualquer coisa que precisarem, estou aqui.
O resto da noite passou em silêncio. Apesar do medo do que me esperava, sentia que estava fazendo a escolha certa.

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