CAPÍTULO 7 - LÁ ESTÁ ELA!
Dias se passaram e Leon sentia um vazio dentro de si. Anteriormente ele já sentiu isso diversas vezes, talvez pelo fato de quase nunca sair de casa e não ser chamado para passeios com seus amigos, mas isso era tão recorrente que já havia se tornado comum para ele. Outra coisa o incomodava, e ele queria saber a resposta pra isso, mesmo que no fundo ele já soubesse do que se tratava.
Ele tentou esquecer a menina do metrô, mas todas suas tentativas eram em vão. Uma semana depois ele tinha uma consulta no oftalmologista, mesmo sabendo que era quase impossível de acontecer, ele desejava loucamente que a menina estivesse no metrô novamente, ele ficou tão ansioso que nem dormiu na noite anterior.
Ao entrar no vagão, ele percebeu o óbvio, a menina não estava lá. Ficou bravo consigo mesmo, isso não acontece na vida real, quais seriam as chances dele encontrar a mesma menina no mesmo metrô, no mesmo vagão do primeiro e único encontro?
Nesse dia o metrô estava lotado, então ele seguiu sua viagem em pé. As estações iam passando enquanto ele ouvia música, foi quando em uma casual olhada pela janela ele viu a menina do lado de fora do metrô, sentada em um banco e mexendo no celular. Mas como nada é tão simples, no momento em que o garoto a viu, as portas do metrô se fecharam e o meio de transporte seguiu viagem. Leon ficou desesperado, Helena percebeu a inquietação de seu filho, perguntou o que estava acontecendo, mas ele não respondeu e apenas foi caminhando em direção à porta, com muita dificuldade já que havia muitas pessoas na frente. No momento em que o metrô parou na estação seguinte e abriu as portas, o garoto desembarcou rapidamente e empurrando pessoas ele correu para o metrô do outro lado, que ia na direção oposta, com objetivo de voltar à estação anterior. Helena ficou perplexa e nem teve voz para gritar o nome de seu filho, ficou apenas observando. Ela também desceu do vagão, mas foi tarde demais, Leon já havia entrado no outro metrô e o mesmo já estava partindo.
- Eu não acredito nisso! – gritou Helena. A mulher ficou sem entender o motivo daquilo, até que pensando um pouco ela se lembrou de uma coisa. Quando Leon recebeu as lentes, o oftalmologista disse que o garoto ficaria uns dias usando-a e depois seriam feitos novos exames, se a lente não estivesse tratando a doença, ela teria de ser retirada de Leon. O garoto havia dito que estava muito feliz, que não enxergava nada sem essas lentes, logo Helena concluiu que seu filho estava com medo de que lhe tirassem as lentes por seu olho não ter se adaptado. Era um medo normal, ela não podia o culpar por sentir medo... Mas podia lhe castigar por sair e deixá-la sozinha, se ele não queria ir por que não avisou antes ao invés de sair correndo daquele jeito? Leon estava em maus lençóis com sua mãe, e ele sabia disso.
Cinco longos minutos se passaram e o garoto voltou para a estação onde viu a sua amada. Será que ela ainda estava lá? Ele se arriscou em vão? Será que ele vai ter algo bom para se lembrar quando estiver sendo castigado pela sua mãe?
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