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XXV - Assuntos inacabados


     Olivia ainda encarava o papel em suas mãos quando o barulho de batidas no vidro a fizeram assustar. A pouca claridade permitiu que ela reconhecesse Oscar do lado de fora. Ela se apressou em esconder o envelope dentro da bolsa e abriu a janela com um sorriso que não era preciso conhecê-la tão bem para saber que era forçado.


– O que você tá fazendo aqui? – ela perguntou.

– Eu é que te pergunto. Onde você tá indo essa hora sozinha? Isso tem cara de fuga.

– Eu nem sei que horas são – deu de ombros.

– Tarde o bastante pra ser uma fuga.

– Como você sempre sabe onde eu estou? – perguntou contrariada.

– Eu estava fumando na janela e vi alguém sair da sua casa. O Adam não sairia hoje depois de tudo o que aconteceu com ele, aí percebi que a pessoa estava mancando. Te chamei, mas você não me ouviu.

– Eu estava com pressa – bufou – Aliás, estava não, estou.

– Onde você quer ir?

– Eu vou pra Whitby.

– Desce do carro – Oscar bufou.

– Eu não vou descer! – Olivia reclamou – Eu disse que eu vou pra Whitby!

– Você vai, mas não dirigindo.

– Eu sou plenamente capaz de dirigir, Oscar.

– Eu sei que é, mas é uma viagem de cinco horas e você não tem condições. Pelo menos não do jeito que você está mancando hoje, na escuridão que está e nesse seu mau humor – abriu a porta de Olivia – Vai, passa pro banco do passageiro. Eu te levo.

– Você não vai desistir, não é?

– Não – deu de ombros – E quanto mais você demorar, mais a gente vai demorar pra chegar lá.


     Olivia tinha a certeza de que não adiantaria negar – e no fundo sabia que a companhia de alguém tornaria a viagem menos estressante do que já estava sendo mesmo antes de começar – então mesmo contra a vontade deu a volta no automóvel até o banco do passageiro. Oscar sentou ao seu lado e ligou o carro. Não demorou a deixarem o terreno do circo e iluminarem a estrada apenas com os faróis.

     Por mais que a relação entre os dois não fosse mais estranha como antes e naquela altura eles já tivessem um vínculo maior, ambos escolheram se manter em silêncio por alguns quilômetros. Da mesma maneira que Oscar escolheu omitir que era filho de Hector, Olivia decidiu não mencionar o que estava indo fazer em Whitby. O rapaz ouviu alguma discussão ininteligível no trailer vizinho naquela tarde, mas em respeito à sua companheira de viagem, decidiu não fazer perguntas.


– Obrigada – Olivia decidiu acabar com o silêncio.

– Não estou fazendo nada demais – Oscar deu de ombros sem desviar os olhos da estrada.

– Você está privando uma noite de sono só pra me fazer companhia, mesmo eu sendo grossa com você – desviou os olhos para ele.

– Eu não sou alguém que tenha moral pra reclamar de grosseria – esboçou um sorriso – E outra, eu já disse que não te deixaria se arriscar com esse seu tornozelo fodido nessa embreagem dura.

– Ei! Mais respeito com o meu tornozelo!

– Falei alguma mentira? – riu – Faz muito tempo que não te vejo mancando como hoje.

– Eu machuquei ele de novo – voltou a encarar a vegetação através do vidro – Me aventurei no tecido hoje.

– Mesmo sabendo que era arriscado?

– Eu precisava me distrair em algo que não fosse o trapézio. Não dessa vez.

– Quando você se sentir à vontade pra conversar sobre o que te deixou assim, eu estarei sentado aqui do seu lado... Bom, estarei aqui por algumas horas.

– Obrigada.


     Mesmo sabendo que poderia confiar no rapaz, Olivia ainda não se sentia pronta para contar sobre a carta e que estava indo atrás de sua mãe. Talvez porque lembrá-la das palavras de Rosie faria com que seu estômago que já estava vazio há algumas horas se revirasse ainda mais e também surgissem lágrimas que ela tentaria esconder a todo custo. Cansada de tanto pensar, tombou a cabeça no vidro e ficou observando a estrada em silêncio. Oscar também preferiu não falar mais nada, apenas tamborilar os dedos sobre o volante no ritmo da música que tocava em sua mente.

     O céu já não estava tão escuro quando Oscar acordou Olivia, que dormia no banco do passageiro há pelo menos duas horas. O carro estacionado a fez sentir um frio na espinha, pensando já terem chegado em seu destino. Com os olhos cansados, ela olhou ao redor e se deu conta que estavam em uma conveniência que funcionava 24 horas por dia.

     Seu cérebro estava funcionando de maneira tão automática que só percebeu que estava dentro da loja de conveniência quando já estavam sentados em uma mesa ao lado da janela e Oscar perguntou pela terceira vez o que ela gostaria de comer. O lugar estava vazio e os funcionários pareciam tão desligados quanto Olivia.


– Qualquer coisa está de bom tamanho – falou em meio a um bocejo – Onde estamos?

– Sheffield. Decidi parar pra poder carregar nossos celulares, caso precise usar o GPS.

– Vai ser bom saber as horas depois de tanto tempo.


     Olivia esboçou um sorriso e se levantou, precisava ir ao banheiro ao menos para jogar uma água no rosto e despertar, já que estava andando feito um zumbi. Quando voltou para a mesa, dois pratos de torradas e ovos acompanhados de duas xícaras de café os aguardavam.


– Não precisava me esperar pra comer – Olivia falou ao tomar um gole do café – Quanto tempo até Whitby?

– Cerca de duas horas e chegaremos lá. Aproveitei que paramos e abasteci.

– Deu tempo até de pegar a carteira quando me viu sair?

– Não é todo lugar que dá pra sair correndo sem pagar a conta – Oscar sorriu.


     No curto espaço de tempo em que ele sorria, Olivia admirava os dentes brancos e alinhados emoldurados pelos lábios macios e a barba espessa, com o piercing no meio do lábio inferior o deixando ainda mais desejável. Oscar não era uma pessoa de riso frouxo, mas os sorrisos se tornaram cada vez mais constantes desde que a trapezista entrou em sua vida. Desde o primeiro sorriso que recebeu, Olivia pensou que ele deveria fazer isso com mais frequência. Mas a frequência deles dependia única e exclusivamente de sua companhia.


– Está me ouvindo Olivia?


     Não, ela não estava. Sua concentração encontrava-se somente em seus lábios. Sequer se lembrava do que estavam falando antes. Algumas piscadas como quem volta de um transe e Oscar percebeu que ela não ouviu uma só palavra.


– Eu perguntei se a Megan sabe que você queria ir pra Whitby.

– Não. Ninguém deveria saber.

– Eu prometi a mim mesmo que não iria perguntar, mas... Você está abandonando o circo? Está fugindo? – um breve descompasso atingiu o peito de Oscar ao pensar que talvez estivesse ajudando na fuga da única pessoa que ele não gostaria que abandonasse o Taurus.

– Não! Eu só... – suspirou – Eu tenho assuntos inacabados. Só preciso resolver uma coisa e voltar pra Windenburg.


     O brilho que o olhar de Olivia ostentava ao observar o rapaz à sua frente se apagou assim que ela lembrou do motivo que a fez seguir até Whitby. Oscar percebeu que seu comportamento mudou e decidiu não falar mais nada. A refeição terminou em silêncio e os dois voltaram para o carro sem trocarem muitas palavras.

     A viagem seguiu em silêncio, mas não era incômodo. Assim que saíram da loja de conveniência, Oscar colocou o endereço dado por Olivia no GPS do celular parcialmente carregado e torceu para que a bateria não acabasse até que chegassem ao seu destino. Destino este que ele ainda não sabia qual era, mas a levaria até onde ela quisesse.

     Olivia passou as duas horas e meia restantes pensando no que falaria no momento em que visse sua mãe. Nada do que passava por sua mente parecia apropriado. Queria acusá-la, abraçá-la, dizer que se tornou uma trapezista tão boa quanto ela foi um dia, julgá-la pelo abandono, contar como foi sua vida sem uma mãe. Queria ouvi-la mais uma vez. Sem palavras ensaiadas, sem um roteiro, sem possíveis papeis amassados porque não estavam dramáticos o suficiente para um pedido de perdão. Olivia só queria sentir verdade ao vê-la se desculpar.


– Chegamos.


     No momento em que ouviu a voz de Oscar e o viu puxar o freio de mão, Olivia começou a suar frio e sentir os batimentos cardíacos acelerarem como nunca. A sensação de frio na barriga parecia infinita e um gosto amargo subiu em sua garganta. Assim que olhou o sobrado de tijolinhos muito maior e aparentemente muito mais aconchegante que seu trailer, sentiu vontade de chorar. E dessa vez não conseguiu segurar. Enterrou o rosto entre as mãos e deixou as lágrimas fluírem.


– Olivia... – Oscar murmurou e soltou o cinto de segurança para abraçá-la – O que aconteceu?

– É aqui – Olivia falou em meio a soluços – Foi pelo conforto de uma casa dessas que ela me trocou – se permitiu ser abraçada por Oscar.

– Sua mãe? – afagou seus cabelos – Ela mora aqui?

– Sim...

– Você tem certeza?

– Tenho! Foi daqui que ela mandou a carta! – puxou a carta de dentro da bolsa – Esse é o endereço!


     Agora tudo fazia sentido para Oscar. Bastou uma olhada para o envelope para entender qual foi a discussão que ouviu mais cedo. Naquela altura ele não poderia fazer mais nada além de abraçá-la até que ela se acalmasse. Olivia pediu para que ele lesse a carta e assim ele o fez, compreendendo ainda mais o choro descontrolado da moça naquele momento.


– Eu quero ir embora – Olivia sussurrou.

– Tem certeza? Você parecia decidida a confrontar quem quer que fosse quando te abordei na saída do circo.

– Eu não sou capaz, Oscar. Eu vou bater na porta dela e dizer o quê? "Oi, eu sou a Olivia, a filha que você abandonou"?

– Se dizer isso vai te fazer bem, então sim.

– Eu não tenho a coragem.

– Se quiser eu vou com você, mas só se você quiser.

– Você faria isso por mim?

– Um dia eu te disse que te seguraria quando você caísse. Mesmo não sendo no sentido literal como da primeira vez, eu estou aqui e não vou te deixar cair.


     Olivia respirou fundo e assentiu. Os dois desceram do carro e caminharam até a porta. Algumas batidas e o arrependimento surgiu. Ainda era cedo e talvez sua mãe estivesse dormindo. Ou talvez a reconhecesse através do vidro da porta e não a atenderia porque pedir perdão pelo papel era fácil demais. Oscar apoiou a mão em suas costas e a acariciou com o polegar, deixando claro que estava ali por ela. Estavam quase desistindo quando a porta se abriu.


– Olivia...

Olá meus amores! Como estão?!

Sei que estou sumida, mas isso não é uma novidade. Continuo em um bloqueio imenso com esse livro, já li e reli ele inteiro várias vezes, mas não tá saindo nada. Eu juro que vou tentar mais ainda, mas me desculpem por estar falhando com vocês.

Voltando ao capítulo, qual vocês acham que será esse reencontro depois de 13 anos?!

Nos vemos em breve - assim eu espero!
Beijinhos ♥

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