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🐺 Final | Capítulo 19

Oi, oi, oi, tesudinheeeeeeeees!!

Oiiiiii, como vocês estão? Chorandinho com a música do Ji? Pq eu sim. Aqui continuo também trabalhando muito, não tenho conseguido muito tempo pra escrever ou aparecer nas redes sociais :( mas acho que faz parte!

Esse já é o último capítulo!!! Nem tô acreditando, sério!! Sou muito triste aaaaaaaaa

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!

#VampiroTristeComT

»🐺«

Depois de Taehyung ter se aproximado de Jungkook, tê-lo tratado como amigo de muitos anos, feito um interrogatório sem dar espaço pra respostas e ser capturado pelo Seokjin que lhe murmurou um "larga de ser sem noção" antes de anunciar que "estavam com fome demais, depois a gente se encontrava no refeitório", todos se afastaram de nós dois: os amigos de infância. Até mesmo Yoongi, que soltou um chiado de desagrado antes.

Jungkook caminhou em minha direção a passos lentos (tinha que soar tão dramático? De repente, eu sentia uma síncope vindo. Ou era exagero? Talvez exagero, mas meu coração martelava pra porra no peito). Na mão direita, carregava a bolsa esportiva de sempre, quase explodindo. Se vestia com uma blusa leve de corrida e shorts curtos, ambos pretos. O cabelo tava ainda mais longo, ainda mais cheio. Assim como sua mãe, parecia ter assumido de vez a monocelha. Ao contrário de em Busan, o Sol europeu não resplandecia na sua pele, e o dourado de sempre me fez falta.

Tomei coragem pra encarar seu rosto. Eu não sabia nem o que eu mesmo sentia sobre aquele encontro, imagine entender o que se passava pela cabeça de Jungkook! Era tudo um grande mistério pra mim. Ele carregava um pequeno sorriso, gentil. Mas chegava aos olhos? Sei lá. Senti como se eu não conhecesse nada sobre Jungkook. Logo ele.

A apenas dois passos de mim, ele apoiou a bolsa no gramado e estendeu os braços em minha direção. Como não recuei, me puxou em um abraço. Firme, mas cuidadoso. Quente, como sempre tinha sido. Continuava sendo. Eu o apertei com força de volta e, ao fungar pra impedir que meu nariz escorresse, percebi que tinha começado a chorar. Simplesmente patético.

— Senti sua falta, Ji.

Por Belzebu, por mais que parte de mim se contorcesse pra duvidar de suas palavras, porque sempre tive a impressão de que passei toda minha vida antes do Valahia sendo ruim demais com Jungkook pra que ele sentisse saudades de mim, eu entendia. Eu acreditava, porque...

— Eu também, Kook...

Nos apertamos mais no abraço. O cheiro de sândalo era o mesmo; o calor e o jeito de falar comigo, também. Me perguntava se Jungkook ainda era o mesmo depois de dois anos. Eu tinha medo.

Nós nos afastamos do abraço, mas ele manteve as mãos firmes em meus ombros. Me ofereceu mais um sorriso, doce.

— Eram seus amigos ali? — perguntou, com a voz baixa e mansa.

— Uhum.

— Eles parecem legais.

— São ótimos pra mim.

Jungkook sorriu mais. Não era um sorriso expansivo e alegre, típico dele. Era um sorriso meigo. De repente, relaxei um pouco, mesmo ainda sentindo tudo dentro de mim agitado.

— Por que você tá aqui, Kook? É uma visita?

— Não, eu vim ficar.

— Aconteceu alguma coisa no mundo humano?! — De repente, preocupação. Achava que a vida no meio de vampiros de verdade tivesse me ensinado a ser mais blasé com as coisas. Mas, pelo visto, Jungkook era a kryptonita da minha cara de cu e do meu dar de ombros. Em minha defesa, tinha como muitas coisas darem errado no mundo humano: amigos morrendo porque humanos são muito morríveis, gangues de caça-sobrenaturais apontando os fuzis na sua cara, crises geopolíticas. — Você tá bem?

— Tô bem, sim. Na verdade, tô aqui justo porque não rolou nada no mundo humano.

Parecia menos catastrófico do que as possibilidades na minha cabeça. Mas sei lá, Jungkook era exagerado de menos. Então, tive que perguntar:

— Como assim?

— É uma longa história...

— Bem, a gente tem tempo! — respondi, e parte de mim riu quando consegui enxergar Yoongi nas minhas palavras. — Vampiro e lobisomem, lembra?

— Verdade! — Sua risada era mansa.

Peguei a bolsa esportiva e o empurrei em direção aos dormitórios (das criaturas do nosso tamanho). Ele me acompanhou sem reclamar, parecia curioso.

— Imagino que não tenha achado seu dormitório ainda.

— Só tenho a chave, mas não sei o que fazer com ela — contou, e prendi uma gargalhada. Seria divertido assistir a um novato descobrir como a chave funcionava. — Tava tentando descobrir, mas aí senti teu cheiro e te segui até aqui.

— Boa decisão — falei, com firmeza e uma risada. Até que eu tinha melhorado muito na habilidade "ser minimamente controlado", nem tive uma síncope por Jungkook lembrar do meu cheiro depois de dois anos. — Vou apadrinhar suas boas-vindas ao Valahia Voievoda, é uma tradição. Taehyung, o semideus que tentou virar seu melhor amigo também, foi o meu. Tem um boato de que colocaram as moiras na secretaria pra promover a integração dos alunos, acredita?

— É, tendi neca de pitibiribas. Achei que eu que tava sendo mó lerdão.

— É um ritual de passagem questionável. Vou te mostrar como chegar ao dormitório, aí você deixa suas coisas lá, dá um oi pro seu colega de quarto se tiver e podemos ir atrás de algo pra você comer, que tal? Enquanto janta, você pode me contar o que aconteceu no mundo humano.

— E tu? Vai ficar só assistindo?

— Sim.

— Não tá com fome?

— Não, tomei sangue logo antes da final do Interespécies, tô de boa.

— Ah, cê ganhou, né? Parabéns! Tá praticando muito esporte?

— Passei por quase todos que tem aqui já, mas sempre pratico kendo com os seres da mitologia japonesa — contei, animado. Eu amava kendo, cada dia mais. Em um tom mais baixo, completei: — Com a espada que você me deu.

Virei o rosto pra Jungkook a tempo de ver seu olhar se iluminar. O sorriso lhe chegou aos olhos redondos primeiro. Alguns segundos depois, os lábios finos se retorceram um pouco pra cima. Fofo.

Ele não falou nada depois, ou talvez falaria se eu não tivesse continuado:

— Tem uma rokurokubi chamada Kagura que é uma das criadoras do kendo, acredita? Aí ela me dá umas aulas de vez em quando.

— Daora! Então cê largou de ser cupim de livro pra virar atleta?

— Tá louco?! Você tem que ver a biblioteca daqui, é incrível! Fiquei chegado do bibliotecário, o Datu. As recomendações de livros dele são as melhores que já vi.

Jungkook não respondeu nada, apenas sorriu de novo pra mim. Meu coração saltou no peito. A cada passo, eu me sentia ainda mais normal. E era bom. Apesar do Jungkook ter uma grande influência em mim, por tudo que a gente já tinha passado, lá, na Valahia Voievoda, essa influência não era amedrontadora como antes. Eu sabia por que: porque, naquele momento, eu tinha meus amigos, minha escola, meus hobbies, meu passado, minha história e minha personalidade. Antes, eu só tinha Jungkook.

A caminhada até o dormitório seguiu em silêncio, não um silêncio ruim. Assim como eu tinha feito há dois anos, Jungkook tomou um susto com a chave tomando vida própria (eu a ajeitei em seu pescoço com outro cordão de Apolo. Taehyung o deu pro Yoongi, o maior hater de Sol, e eu o peguei pra mim, porque poderia ser útil. Foi útil. E Apolo continuava repetindo os brindes. Aprendi a detestar todos os deuses gregos, apesar de adorar os semideuses; teve uma festa nas férias em que Dionísio tinha bebido demais e tentado passar a mão nas filhas. Eu o mordi com tanta força e chupei tanto sangue que dava pra preencher todos os barris de vinho que ele tinha bebido. Levei uma advertência, mas o cretino nunca mais voltou). Jungkook também ficou maravilhado com os corredores quase infinitos do dormitório, que parecia ter um tamanho normal por fora.

Quando a chave destravou a porta, a voz alta de um locutor gritou "gooooooooooooooooooool", fazendo eu e Jungkook pularmos (nem dez mil anos de jumpscare das fadas me treinaria pra não levar susto). Em seguida, o hino de algum time de futebol começou a tocar.

— Ei, zé! — chamou uma voz amigável na parte de dentro.

Eu e Jungkook espiamos o quarto e encontramos um lobisomem deitado na cama, lendo uma HQ. Como esperado da espécie, quase nenhuma roupa o cobria; apenas uma regata esportiva e uma bermuda de tactel. Havia um chinelo aos pés da cama. A pele era de uma cor sépia vistosa, e o cabelo raspado e descolorido até o branco (fiquei me perguntando como ele fazia pra deixá-lo assim. Lobisomens eram reis do crescimento capilar, então pra manter daquele jeito, ele teria que cortar e descolorir com uma frequência absurda. Talvez fosse uma poção mágica).

Jungkook se apresentou ao seu colega de quarto, vulgo Benhê (o nome era Timóteo, mas como a mãe só o chamava de "bem, bemzinho e benhê", acabou pegando) e nós dois acabamos sabendo quase toda a história de vida do lobisomem, mesmo sem perguntar nem pedir. Ele era simpático e enérgico, parecia combinar com Jungkook (ou melhor, Jujubis, como havia sido nomeado por Benhê). Se responsabilizou por dar uma olhada nas disciplinas ofertadas e fazer a matrícula com Jungkook, já que as moiras não ajudavam.

Benhê nos contou que tinha acabado de almoçar (apesar de ser hora do café da tarde). E, logo depois, sua energia se esvaiu em um segundo e ele cochilou antes mesmo de dar tchau. Parecia que ele não queria nos acompanhar até o refeitório, mas poderia ter recusado de uma forma normal. Enfim, o que seria considerado normal pra um lobisomem?

Jungkook não pareceu se incomodar em ir acompanhado só de mim ao refeitório. E ficou maravilhado com o tamanho do cômodo e com a fartura da comida. Por hospedar seres de quase todas (se não todas) as culturas, o menu era, de fato, muito variado, pra abarcar todos os paladares. Jungkook caiu de boca no banquete de comida peruana.

— Então... Como foram seus dois anos com os humanos? — perguntei, após vários minutos acomodado na frente dele na longa mesa de madeira.

— Ah, normais, na verdade. Nada grave. Comecei uma faculdade até.

— De quê?

— Fiz um semestre de educação física e larguei. Caí na real de que não fazia sentido estudar só anatomia humana.

— É, complicado. Aí depois você fez o quê?

— Comecei a fazer fotografia!

— Você parece animado. — Sorri. — Por que largou?

— Cabei descobrindo que adoro fotografia, então não foi o curso. — Fez uma pausa pra gemer de satisfação com o sabor do ceviche. Me deu até vontade de comer, mas meu corpo não daria conta de metabolizar. — Mas as fotos que eu mais gosto de tirar são de lugares inexplorados, ou de animais raros. E meio que... é mó difícil explicar pros humanos como eu consigo elas...

— De fato, ser um lobisomem sem medo nenhum de morrer é uma coisa inexplicável. — Acabei rindo. Por um momento, me senti meio cruel de rir, mas Jungkook me acompanhou e dei uma relaxada.

— Total! Juro, tirei uma foto em queda livre de uma gruta de gelo lá na Áustria... Aí me metralharam de perguntas de como é que fui parar lá e como tirei a foto. Teve uma hora até que desisti de inventar uma boa desculpa, só falei a verdade: "fui caminhando e pulei". Riram pacas, mas voltavam a me perguntar como eu tinha tirado "de verdade".

— Caminhando e pulando.

— Exato! Depois, teve um cara da minha sala que veio me pedir equipamentos de andar e escalar na neve emprestado...

— O equipamento: seus pés. — Tentei prender uma risada, mas ela se arrastou na minha garganta e fez um barulho esquisito.

— Né?! — ele gargalhou. — Mas aqui! Me fofocaram que tem gente boa de fotografia no Valahia Voieda.

— Ah, não conheço, mas com certeza tem. — Dei de ombros, era óbvio que teria. — Tem de tudo nesse lugar. É meio bizarro, porque parece pequeno, né? Instituto, com dormitórios, etc., estereótipo de internato de crianças ricas e brancas. Mas é todo mundo de espécies, países e idades tão diferentes que parece muito grande.

— Você parece gostar daqui — observou, meio sério.

Pausei um pouco pra pensar, só porque não tinha pensado de fato no assunto. Jungkook também parou de mastigar o monte de milho tostado em seu prato pra me olhar.

— Sim, gosto. Tenho liberdade pra ser quem eu sou aqui.

— Eu... — Jungkook escondeu as mãos atrás da mesa e olhou pra baixo. Parecia meio tímido. Logo ele. — Eu não entendia antes. Acho que agora entendo um pouquinho melhor teu sentimento.

— E o Hoseok e o Namjoon? — Desviei o olhar.

— A gente já não se falava tanto assim depois que eu fui pra faculdade. Namjoon foi pra capital seguir a carreira de músico, e Hoseok foi fazer engenharia na cidade vizinha. Ele não tem cara nenhuma de engenheiro, acho que foi pressão dos pais. Tipo, eu continuo gostando demais deles, e a gente ainda se fala às vezes por mensagem, mas não acho que a gente se encontrar agora que eu vim pra cá vai ser mais difícil do que quando eu tava fazendo faculdade em Busan.

— Justo...

— E também... Sem ti, eu só podia falar com meus pais as coisas sobre ser lobisomem e talz. É meio bosta.

— Desculpa...

— Não é pra pedir, Ji!

Meu apelido soou tão bem em sua boca, em seu tom de voz. Meu coração acelerou.

— Seria muito egoísta da minha parte querer que cê ficasse comigo só pra eu poder falar dessas coisas... Eu poderia ter te enviado uma mensagem, também.

Ficamos alguns segundos em silêncio. Olhares baixo.

— Você nunca me mandou nenhuma desde que eu fui embora...

— Não. Uma parte de mim achava que o motivo de cê ter ido embora era eu. — Sua voz era baixa. Ele levantou o rosto quando eu o fiz, e mordeu o lábio inferior enquanto me encarava nos olhos. Tinha pesar ali. — Tipo, cê explicou que não era isso, eu sei. Me desculpa por ter enxergado de um jeito tão egoísta, de verdade. Eu sempre me senti culpado: pelo passado e, depois, por saber que não tava acreditando nas tuas palavras. É que só entendi de verdade te vendo aqui. Agora caí na real.

— Tudo bem... Mas você tá sentindo culpa ainda? Pelo passado?

— Menos do que antes. — Ele meneou a cabeça e deu um gole longo no suco roxo. — Tipo, se eu pensar direitinho, sei que não tinha como a gente prever e controlar nada daquilo. A gente era mó filhote... Mas às vezes tenho uma recaída. Não muito.

— É, acho que é normal. Eu tenho às vezes também. Não muito.

Tivemos um novo silêncio, mas com os olhares presos um ao outro daquela vez. Até que eu gostava daquela sinceridade. Não pensei que Jungkook iria, alguma vez sequer na vida, admitir a culpa e que ela não era sua responsabilidade. Mas enfim, o Jimin de dois anos atrás também não o faria.

— Mas cê também nunca me mandou mensagem.

— Achei que eu tinha passado anos demais te decepcionando...

— Não sei como cê ser meu melhor amigo me decepcionaria...

— É, mas eu achava, aí não te mandei mensagem. — Cocei a nuca e respirei fundo. Depois, relaxei. Tava tudo bem, há tempos. — Eu entendo um pouco melhor as coisas agora, sabe? Falando com meu terapeuta notei que, na verdade, eu me sentia tão deslocado sobre tudo que isso refletia em qualquer parte da minha vida, até na minha relação com você. Ainda mais depois do acidente da excursão, porque além de me sentir deslocado, eu comecei a ter medo de ser um monstro. E, mesmo que com você eu pudesse evitar de me sentir assim, eu sentia uma dependência tão grande, em tantos aspectos, que me paralisava. Mas depois de entender, não tive coragem de te mandar uma mensagem. Talvez um tempo te fizesse bem também.

— E agora, Ji?

— Agora o quê?

— Cê se sente paralisado de tá perto de mim?

— Não, não sinto.

— É... Tô te perguntando porque não é só porque eu vim pra cá que cê tem que fazer sala. Se quiser, cê toca a vida que nem tava antes, vou conseguir me ajustar de boa aqui.

— Relaxa, Kook. Eu sei que você vai conseguir se ajustar, não dou um dia pra você entrar na equipe de vôlei e virar amigo de todo mundo. — Uma risada escapou de meus lábios; só de pensar nas enrascadas que aquele sociável do Jungkook iria se meter eu ficava com vontade de rir. Ele parecia o parceiro de crime perfeito pra Taehyung, comigo e Seokjin os julgando de longe, conferindo se precisamos salvá-los de gárgulas revoltadas. Sentia ainda mais confiança pra dizer: — Mas também tô bem melhor, de verdade. Belzebu tá ouvindo e sabe que não posso mentir: tô parecendo até gente. Consigo responder os outros sem parar pra refletir por três séculos sobre o sentido da minha existência. Até que sou pouco dramático em comparação com os outros vampiros, você tem que ver como o Yoongi fala!

— É? É uma parada de espécie então? — Ele riu, e eu acompanhei a risada.

— Pelo jeito... Um dia Yoongi não queria ir na aula e quando fui chamar o preguiçoso pra tomar sangue, ele falou "deixe-me só. Preciso de solitude para me banhar com a infortunidade que é o desprazer da minha existência. Uma existência supostamente libertada da eternidade com a erudição. Será que de fato esta falácia faz sentido, ou só suplicamos que faça?". Demorei horrores pra entender que ele só queria dormir mais.

— O povo aqui realmente parece diferenciado. — Jungkook gargalhou tanto que precisou tomar mais um gole de suco.

— Você não viu nada... Mas enfim, o ponto é que se você quiser continuar nossa amizade aqui, eu topo e tô bem. Mas só se você tiver bem.

— A amizade? — ele repetiu, de repente sem risadinhas.

— Sim, a amizade — confirmei, engolindo em seco. Meu coração e minha pele vibravam.

— E se eu ainda tiver interesse romântico em ti? — Sua voz baixou mais um tom, e ele desviou o olhar.

— Você não teve interesse em mais ninguém nesse tempo todo?!

Jungkook voltou a me encarar. Piscou os olhos algumas vezes e depois os arregalou enquanto dizia:

— Cê já tem namorado, Ji?! Por Belzebu, desculpa! Eu sou um cachorro!

— Não, Kook! — Sem querer, caí no riso. Eu ainda gostava do jeito sincero dele. Pelo visto, eu ainda gostava de tudo sobre ele. Gostava dele, talvez. — Perguntei só porque achei estranho você passar todo esse tempo sem ter interesse em ninguém. Foram uns dois anos.

— Ah, saí com uma galera da faculdade, mas meio que não conseguia explicar muitas das coisas que aconteciam... Também tinha que ficar me... hm... reprimindo? É, me reprimia com algumas coisas. E tu?

— Fiquei com uns vampiros por aqui no primeiro ano. Nada romântico, acho que curiosidade só. Vampiros são todos um saco, tipo um monte de pedra ambulante.

— Ué! Então eu posso ter interesse romântico em ti, Ji!

— Poder, pode, Kook... — Respirei fundo, tentando pensar. Meu coração dando cambalhotas e piruetas não ajudava, e eu sabia que Jungkook tava muitíssimo ciente da minha reação. O puto ainda conseguia cheirar tudo. — Mas, assim, aqui, você pode encontrar outros sobrenaturais. Aqui, você não precisa se reprimir, talvez teja se precipitando em... Bem, me querer. Não tô falando de um jeito autodepreciativo, juro! É sincero. E... é meio parecido com a última vez, sabe? Eu não sou mais o Jimin de antes. Nem aquele criança, nem o que você namorou por um tempo.

Jungkook terminou o prato e se levantou, dando a volta na mesa pra se sentar ao meu lado no banco. Deixou um beijo quente na minha bochecha, apoiou as mãos nos meus ombros e me direcionou os olhos doces e o sorriso meigo. Como se tivesse sempre pronto praquele momento, com uma confiança de quem tinha ensaiado. A confiança e espontaneidade de Jungkook sempre me deixavam abismado. Outra pirueta do coração.

— Então eu quero me apaixonar de novo, Ji.

Minha respiração falhou um compasso.

— Eu sei que cê tá diferente. E gosto muito de te ver diferente. Aqui... aqui parece que a vida tá funcionando pra ti. Quero te conhecer desse jeito também. Posso?

— Ah, claro... Você também parece diferente...

— Eu tô! — Ele riu.

— Então... Acho que também vou ter que me apaixonar de novo por você — falei, despretensiosamente. Como se meu coração já não gritasse pra mim que eu continuava apaixonado por Jungkook. Eu daria um jeito de fazer aquele teatro, nem que fosse me apaixonar duas vezes mais.

— É isso, Ji! Do zero, pode ser?

— Do zero — confirmei, mesmo começando muito além do zero.

Olhei no fundo dos olhos de Jungkook. Ele segurou minhas mãos. O brilho no olhar e a quentura da pele me fizeram notar que eu não tava só: nós dois mentíamos. Ele também não tava nem um pouco próximo da estaca zero. Teríamos os dois que nos apaixonar duas vezes mais.

— Queria te fazer uma proposta então... — ele sussurrou, com a voz leve e brincalhona.

— Qual?

— Coça meu rabo hoje de noite? Não aguento mais me esfregar nos móveis, na moral!

Uma gargalhada alta saiu da minha garganta, por mais que eu tivesse mais feliz do que achando graça. Gargalhei porque, enfim, eu sentia leveza e alívio. Sentia que poderíamos viver uma comédia romântica, uma na qual Jungkook usava só uma coçadinha de pretexto pra gente se encontrar. E eu aguardaria com ansiedade o pretexto toda vez, porque queria: queria dar a ele várias e várias coçadinhas.

»🐺«

AGORA É SÓ UMA COÇADINHA DE VERDADE AAAAAAAAAAAAAA 😭😭😭mds acabou tão rápido, como que isso aconteceu??? Ah, não esquece de deixar seu votinho! 💜

Qual foi a parte favorita do capítulo para vocês? Gosto muito de que apesar deles terem mudado muito, a conversa ainda é como sempre 🥺 eu os amoooo

E, já que foi o último capítulo, qual foi o detalhe/parte favorita da fanfic pra você?

Ahhhh! Lembrando que a rede social na qual sou mais ativa é o instagram (sou a callmeikus lá também) e, além do dia a dia escrevendo fanfics, estou pensando em projetinhos pessoais (ou melhor, dando mais atenção a eles, porque ter eu tenho há anos), caso queiram me acompanhar por lá! Vou ter que pensar qual vai ser minha próxima fanfic porque não tenho nada muito pronto, mas aí se eu for avisar em algum lugar, vai ser por lá!

Muuuuuuuuuito obrigada mesmo por ter chegado até aqui! Espero que os jikook de SUC tenham sido importantes para vocês como foram para mim! Confesso que quando comecei a escrever era só uma comédia sem propósito, e fiquei muito feliz com o desenrolar da mensagem que agora carrega!

Caso tenha interesse, tenho váaaaaaaarias outras fanfics concluídas no meu perfil! Depois dá uma passadinha e vê se tem alguma outra que te interesse!

Enfim, feliz natal e boas festas para você e suas pessoas queridas! Obrigada demais por ter feito parte do meu 2023!!

Com amor,

mel ikus

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