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🐺 Capítulo 5

Oi, oi, oi, tesudinheeeeeeeees!! 

Como vocês estão? Espero que bem 🥺 animada em postar de novo procês 💜 

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!

#VampiroTristeComT

»»🐺««

 Jungkook não tinha mentido quando disse que não pretendia colaborar. E fazia sentido, porque eu não conseguia descobrir de jeito nenhum o que me deixava tão inseguro na proposta tentadora da gente se pegar. Ficava difícil colocar limites ou tentar argumentar algo quando eu mesmo não tinha nada pra rebater.

E, puta merda, fazia muito sentido mesmo a gente se pegar. Primeiro que anulava o meu maior problema: a ereção durante meu almoço no pescoço dele. Era ainda mais gostoso beber no colo de Jungkook, com o caralho gostoso dele latejando contra minha bunda e... Foco, Park Jimin.

Segundo que, como Jungkook bem tinha dito, era uma das nossas poucas possibilidades de fazer sexo sem ter medo de, sei lá... rasgar a outra pessoa ao meio. Eu tava certo de que as chances de eu matar uma pessoa normal, sem querer, se eu transasse com ela era de uns 99%. Taí um argumento interessante pra minha virgindade.

Terceiro que a gente sentia tesão um no outro de verdade. Por mais que minha cabeça tentasse, eu não podia negar; até porque Jungkook era a única pessoa por quem me senti atraído na vida inteira. E meu corpo fazia questão de não me deixar esquecer da minha fraqueza vergonhosa por ele. Como se não fosse o suficiente; depois da conversa, toda vez que eu me encontrava com Jungkook, sabia que ele farejava meus feromônios chorando por uma sentada no pau dele.

Sim, ainda era difícil pra mim aceitar que todo o tesão era correspondido, porque a gente era aquele típico clichê de popular da escola mostrando interesse por uma pessoa estranha e sem graça, e eu tinha que me prestar ao papel de não fazer a mínima ideia de como eu o interessava. Mas, ao contrário dessas histórias, minha falta de charme não era pra fazer quem quer que estivesse lendo ter empatia e acreditar que um dia poderia chamar a atenção do popular sarado e, depois, fazer sexo selvagem em algum canto inesperado. Minha falta de charme era simplesmente intrínseca.

Mas melhor voltar ao Jungkook me provocando. Ele não fazia nada demais, claro, pra não se aproveitar da minha confusão. Não me beijou de novo depois daquele dia e não me tocava a não ser que a situação não tivesse nenhuma chance de ir pro lado sexual. Por fim, não me pedia respostas.

Não pedia respostas, mas sempre era muito claro sobre o que sentia. Toda vez que eu ia almoçar em seu pescoço, falava que meu cheiro o deixava doido e avisava quando ficava duro. E era óbvio que ele sabia que eu tava duro também, nem tinha mais como eu esconder — ou melhor, nunca teve. Feliz ou infelizmente, sempre nos masturbávamos pra nos aliviar depois, mas não na frente um do outro como daquela vez.

Ele sempre ficava sozinho no vestiário após os treinos de vôlei por ter que ouvir orientações do técnico enquanto os outros caras do time tomavam banho. E, obviamente, sempre me chamava pra "fazer companhia", mas eu sabia que era mais uma provocação. Ele adorava tomar banho na minha frente.

Quase todo dia depois do treino de vôlei dele, voltávamos juntos pra casa e íamos até meu quintal pra treinar kendo. Ele me ajudava a testar a espada de madeira, conferindo pelos vídeos no YouTube se minha postura tava certa e tudo mais. Quase sempre ele comentava que ficava com vontade de me beijar, ou que eu ficava muito bonito concentrado. Eu quase morria, porque não sabia como responder. Tinha, pelo menos, a esperança de que ele sentisse o cheiro dos meus hormônios entrando em pânico e entendesse aquilo como resposta o suficiente.

Falando em espada de madeira, ela me lembrava "aniversário" e, consequentemente, me lembrava "problema": Jungkook fazia aniversário antes de mim, e eu não o tinha parabenizado nem nada do tipo, por causa da minha imbecilidade em ter fugido dele e achado que ele não queria mais falar comigo. Enfim, como sempre, Jungkook sendo o melhor amigo do mundo, e eu, o pior.

Bem, quando a gente tinha voltado a se falar, comecei a pensar o que poderia dar de presente pra ele, mas não sabia muito bem. Meus vastos conhecimentos sobre Jungkook eram: ele gostava de vôlei, de usar samba-canção e só... Lamentável o quão pouco eu sabia sobre Jungkook apesar de uma vida inteira de amizade.

Enfim, enrolei horrores pra decidir o que dar pra ele — além da minha bunda; em meus sonhos, claro — e fiquei com medo de ser considerado um presente adiantado pro próximo ano. Pior: mesmo depois de muita ruminação pra escolher, continuei achando um presente merda.

Eu devia ter entregado assim que a gente se encontrou de manhã pra ir à escola, mas quem disse que eu fiz? Tremi na base e não consegui. Jungkook provavelmente farejou meu nervosismo, porque me deu um abraço, apesar de não parecer ter pistas de qual era o problema.

Disposto a não deixá-lo preocupado, eu o procurei no intervalo das aulas. Daquela vez, os presentes tavam em uma sacola na minha mão em vez da mochila, como um incentivo a mais pra eu entregar logo.

Querendo morrer de tanto nervosismo e timidez, atravessei a cantina e o chamei. O pessoal da sala dele me olhou confuso, provavelmente sem saber quem era o cara esquisito incomodando o popular como se tivesse algum direito pra tal. Bem, pelas fofocas captadas pelos meus ouvidos de vampiro, todo mundo sabia que a gente era vizinho, porque sempre chegávamos e saíamos juntos. Só imaginavam que não fôssemos próximos porque eu evitava Jungkook de forma muito eficaz.

Ou seja, Jungkook também ficou muito espantado em me ver tomar algum tipo de iniciativa no colégio — e na vida. Pareceu até feliz. Envolveu meus ombros em um abraço enquanto a gente caminhava pra um local mais vazio e, por um momento, me senti protegido dos olhares curiosos com os quais não tava acostumado.

— Não sei por que cê veio falar comigo no colégio, Ji — comentou enquanto se sentava em um degrau das escadas de emergência. Seu sorriso iluminava tudo. — Mas tô muito feliz!

— Não sei por quê... — resmunguei e me sentei ao seu lado, nervoso.

— Claro que não sabe, cê se coloca pra baixo demais pra enxergar isso. — Seu sorriso ficou meio melancólico. Ele me encarava tanto com aqueles calorosos olhos castanhos que... tremi na base demais. De novo. — Sei que cê vai enfiar a informação no cu, mas eu tô feliz pra porra! Achei muito legal cê enfrentar tua timidez, e isso é bom porque seria daora passar mais tempo contigo no colégio também.

— Não sei por quê... — murmurei, afastando meus olhos dele e encarando meus pés. Eu deveria dar um jeito de desviar o assunto; não era pro momento ser sobre mim, era pra ser sobre ele.

— Porque eu gosto de quem cê é, ué.

Fiquei em silêncio, porque não queria continuar a discussão. Mas mantive o olhar baixo, sem saber como começar a outra. Jungkook suspirou ao meu lado.

— Cê tá com cara de "não sei por que" de novo! — reclamou, cruzando os braços. Levantei meu olhar, espantado, porque era exatamente o que se passava pela minha cabeça. Ele devolveu a encarada, intenso, e completou: — Eu não preciso de motivos claros pra gostar de quem cê é, Ji. Isso te reduziria a adjetivos bobos e cê é muito mais que isso.

Continuei em silêncio, sem coragem. Jungkook suspirou mais uma vez.

— Cê precisa de alguns adjetivos? Hm... Acho que o top 3 pra mim é que cê é engraçado, gentil e inteligente. Mas, de novo, isso não é suficiente pra explicar por que eu gosto de você.

— Mas eu sou fechado, introvertido, confuso, ruim em me expressar e mais um tanto de coisa pior...

— Gosto de ti desse jeito — respondeu e me enlaçou em um abraço firme que parecia capaz de me derreter. Meu coração batia tão forte, pensei que fosse explodir.

Respirei fundo e ofereci a sacola a ele, que a encarou espantado por alguns segundos antes de pegá-la solenemente. Eu tremia tanto só pra dar um presente pro meu melhor amigo; era ridículo.

— É... feliz aniversário, tipo... super atrasado porque ele rolou quando eu tava sendo idiota e fugindo de você... — gaguejei. Morto de vergonha e arrependimento. Faria de tudo pra ter nascido menos burro. — E não é um presente muito bom também porque sou um lixo e não sabia o que comprar...

Jungkook torceu o nariz com minha fala, mas deixou passar, focado na sacola de papel craft. Ele a abriu com cuidado e puxou o primeiro presente.

— Um manguito? — perguntou, alegre, enquanto abria o plástico da embalagem e o experimentava nos braços fortes.

Quis me jogar de algum lugar ao perceber que ele ficava um tesão cobrindo os braços também... Que tristeza, como pode um (lobis)homem ser tão gostoso?

— Uhum... não que você precise... — sussurrei, apesar de querer muito ser capaz de falar qualquer palavra sem ser em murmúrios, lamentos e qualquer outro inferno assim.

Jungkook me olhou feio, de novo.

— Por que não?

— Ah, pelo que eu vi, é pra pancada da bola doer menos, algo assim. Não é como se uma bola fraca de humano te machucasse, nem que você não conseguisse se recuperar rápido se fosse o caso.

Notei que eu era extremamente eloquente em justificar o quão ruins eram minhas escolhas, o discurso parecia vir pronto. Fiquei com mais ódio de mim.

— Esse que cê comprou aperta bem o braço — pontuou, enquanto testava a mobilidade. — É ótimo pra musculatura. E eu fico sexy usando, né?

— Você sempre é sexy, Kook — suspirei, derrotado e nervoso. Não era como se ele não soubesse. Fitei melhor o desenho de seus braços musculosos por baixo do tecido preto. — Confesso que quase comprei um meio dourado pra você, mas achei que ficaria horroroso com o uniforme dos Felinos.

— Por que cê pensou no dourado? — Ele apoiou a cabeça na mão e me deu um daqueles sorrisos bonitos típicos dele, os olhos queimavam de curiosidade. Aquele era o maior problema de falar com o Jungkook: ele era capaz de perceber os menores detalhes. Afastei o olhar, tímido.

— Porque às vezes você me lembra o Sol.

— Que engraçado... Pensei que só associavam lobisomens com a Lua.

— Bem... A luz que a gente vê na Lua é um reflexo do Sol então... me lembra o Sol e a Lua? — Tentei racionalizar e fugir do cerne da minha confissão.

Jungkook percebeu e riu.

— Por que o Sol?

— Porque você é quentinho... — respondi a contragosto, ainda olhando pro outro lado, e ele se deu por vencido. A sacola de papel voltou a fazer barulho ao ser vasculhada por ele.

— Mistborn? O que é isso?

— Um livro que pensei que você gostaria... Tem pancadaria e teoria da conspiração. Mas também é uma escolha ruim, porque é um livro muito grosso pra alguém que não tem o hábito de leitura e, assim... você nem gosta de ler, é mais um presente pra mim do que pra você. Desculpa. Enquanto eu tava escolhendo os presentes, percebi que sei muito pouco sobre você.

Ele suspirou e se levantou. Talvez tivesse cansado de me ouvir lamentar sobre os presentes ruins dele. Não bastavam ser presentes merda e atrasados, eu também era um amigo merda e atrasado. Eu detestava ser tão estranho socialmente que nem o meu amigo de infância conseguia se safar do desconforto. Tudo que eu queria era ser diferente.

Tomei um susto quando ele se agachou na minha frente, apoiando os braços nas minhas pernas sustentadas pelo degrau abaixo e, em seguida, acomodando a cabeça neles. Com o susto, acabei olhando pra ele e dei de cara com os olhos sinceros fixos em mim.

Apesar da vontade de desviar o olhar, algo nele me prendia. Jungkook sorriu.

— Nessas horas, fico doido de vontade de te beijar, mas é pra cê ficar quietinho com a boca ocupada mesmo. É cada abobrinha que tenho que ouvir! — Fez um biquinho manhoso no final que atraiu minha atenção de um jeito criminoso pra boca dele. Foi delicioso beijá-lo e, desde a primeira e única vez, eu sonhava com mais. — Obrigado pelos presentes e pelo parabéns atrasado, Ji. Eu gostei de verdade de tudo, e se cê não acredita nisso, é problema teu.

— Mas...

— Tô ansioso pra ler o livro, ainda mais um que cê mesmo escolheu pra mim. Cê já leu ele, né?

Assenti. Seu sorriso abriu ainda mais.

— Então é o melhor presente possível! Vou poder ler e ter alguém pra conversar sobre depois. Ficar mais próximo de ti também é um presente, Ji. — Ele deixou um carinho nas minhas pernas, mas o olhar continuava sério. — Eu mesmo dei sorte na hora do presente porque cê tinha comentado pouco tempo antes do kendo... Não saberia o que te dar se não fosse isso, mas se a gente ficar mais amigo, próximo ano vai ser fácil escolher os presentes. Não é uma boa proposta?

Não consegui responder porque minha garganta tava estrangulada por um nó de melancolia. Eu queria muito chorar, apesar de não saber muito bem por quê. Jungkook notou e voltou a sentar ao meu lado pra me acomodar naquele abraço caloroso de Sol e de Lua dele. Todo o esforço que eu fazia pra conter minhas lágrimas foi por água abaixo. E, puta merda, era pra ser sobre ele. Por que eu tava chorando?

— Ji, por que cê se odeia tanto?

— Eu não... — funguei e desisti da frase. — Por que você acha isso?

— Cê sempre se diminui. Cê mesmo, tuas ações, as coisas que gosta, até mesmo os presentes que escolheu... Ji, cê precisa ter mais carinho por ti. Cê merece carinho, ainda mais o teu. — Sua voz era suave, mas cada palavra parecia uma facada em meu coração. Cada ação pontuada por Jungkook era tão automática pra mim que eu nem percebia. — Desculpa não ter notado isso antes, Ji, mas obrigado por ter me deixado chegar um pouquinho mais perto. Cê fica chateado se pergunto essas coisas pra ti?

— Acho que só chateado comigo mesmo por ser desse jeito — choraminguei. Jungkook me acomodou ainda melhor no abraço e acariciou minhas costas. — Me desculpa, Kook... Era pra isso ser sobre você.

— Sobre mim?

— É... seu presente de aniversário atrasado... Seu aniversário. E virou sobre mim, me desculpa — pedi, tentando conter as lágrimas. Queria poder parar de chorar logo. Era tão patético. Belzebu me odiava!

— Ji, não tem como isso ser só sobre mim, ou só sobre ti. Sempre que a gente se fala, é sobre a gente. Só seria só sobre mim se, sei lá... o presente aparecesse magicamente no ar e caísse no meu colo? Acho que nem isso, porque eu ia ficar doido pensando da onde é que esse troço apareceu, porque não dá pra aparecer do nada!

Parte de mim quis rir da viajada, mas eu tava chorando demais pra tal. De fato, uma pena. Eu tinha um amigo de infância que literalmente me ajudava a sobreviver, tentava me fazer rir e tinha o melhor abraço do mundo, mas tudo que eu fazia era chorar. Se existisse uma prova de ser chatonildo, eu gabaritaria.

— Mas eu pesei o rolê... — solucei, de novo. — Não era pra ser assim...

— Ué, quem disse?! — Jungkook afastou o abraço pra segurar meu rosto com cuidado, mesmo que qualquer toque bruto não fosse capaz de machucar. Ele me fez encarar aqueles seus olhos redondos, sinceros e de um castanho afável. Mesmo morrendo de chorar, a vontade de beijar aquele rosto todo não foi pouca. Jungkook me atraía tanto, de tantas formas, que era apelação. — Não tem nenhuma força sobrenatural decidindo como um momento deveria ser ou não, Ji. As coisas só são. Se cê tinha uma expectativa diferente, tudo bem se sentir um pouco frustrado, mas não precisa culpar o momento por ter ficado diferente. Se ele ficou diferente, teve um motivo, não concorda?

— Mas...

— Ji, eu não quero que cê julgue se o motivo é válido ou não! — resmungou. Fazia sentido, eu nunca acharia meus motivos válidos. — Só quero que cê reconheça que teve um motivo. Se não tivesse, teria acontecido outra coisa, não concorda?

— Uhum... — respondi a contragosto, engolindo meu choro. Jungkook pausou pra enxugar minhas lágrimas de vampiro perdedor e deu um sorriso pequeno ao me ver concordar.

— Tá tudo bem, Ji... Quando a gente tá junto, é sempre sobre nós, nunca só eu ou só você, tá bom? Se cê tá triste, ou passando por problemas, minha parte vai ser te acolher e te ajudar. E não quero que cê sinta que isso é ruim. Ou que é um trabalho pra mim, que nem cê tava achando deu deixar cê beber meu sangue. Não é. Diz, se eu tivesse triste e cê me ajudasse, cê acharia ruim? Ou que é um trabalho?

— Claro que não, Kook...

— Então é isso, sabe? Assim como eu tô te acolhendo agora, porque cê precisa, quando eu tiver triste ou passando por problemas, confio que cê vai me acolher e me ajudar. Sem me sentir mal.

— Mas Kook... — Parei no meio da frase pra conter um soluço, Jungkook esperou eu me recuperar com paciência, os olhos ainda fixos em mim. Respirei fundo. — Você sempre tem que me acolher e sempre faz isso tão bem... Eu sou muito ruim nisso. Acho que nunca te faço bem...

— Mas Ji, isso é uma percepção tua. Cê se menospreza tanto que acaba ignorando até quando me faz bem... — Ele fitou minha expressão e suspirou ao perceber que eu não acreditava nas suas palavras. — É sério. Cê lembra de quando a gente era moleque?

Ele me olhava significativamente. Até mordeu os lábios.

Tentei lembrar de algo da nossa infância, mas a maior parte das coisas era nebulosa. Bem... Era normal não se ter tanta clareza das memórias de infância. E eu esperava que o aperto no peito que eu sentia ao me aproximar daquele pedaço vago da minha cabeça fosse normal também.

Jungkook continuou me olhando por um tempo, mas notou que nada sairia de mim. Então, com um suspiro, completou:

— Ji, desde que a gente era moleque, cê vive me ajudando. Mas deixa eu pensar em um exemplo mais recente aqui...

Revirou os olhos, pensativo, e logo deu um sorriso. Voltou a me encarar, dessa vez de forma doce. Eu poderia mergulhar no olhar de Jungkook.

— Cê não sabe o quanto me senti melhor quando cê disse que meus pelos eram atraentes... Tava encucado fazia um mês com eles por causa de uma propaganda de barbeador e, do nada, tudo ficou melhor. Toda vez que começo a achar que é nojento, lembro que cê acha atraente e me acho atraente também.

— Mas não foi nada demais... — respondi no automático, e a expressão dele fechou.

— Foi pra mim... Ji, quando cê menospreza tuas ações, cê tá menosprezando meus sentimentos também. Dói em mim também...

Arregalei os olhos e mais lágrimas escorreram pelas minhas bochechas. De fato, pensando daquele ângulo, era como se eu colocasse todas minhas dores em um pedestal gigante e as opiniões do Jungkook debaixo do tapete. E eu não queria aquilo, minha intenção era só me sentir inútil. Não queria menosprezar Jungkook no caminho.

— Desculpa, Kook... Não foi a intenção...

— Sei que não, Ji. Mas me sinto triste do mesmo jeito...

Assenti com a cabeça, aceitando o lado dele, assim como ele aceitava o meu. Timidamente, busquei os fios longos de seus cabelos prum cafuné; tentando acolher tanto quanto eu era acolhido.

Apesar de Jungkook ter relaxado a expressão com o carinho, notei que eu só conseguiria acolhê-lo de verdade quando aceitasse, de coração aberto, que quando ele me acolhia era verdadeiro e que eu era merecedor. Eu deveria ser capaz de me acolher também e aquilo nunca tinha se passado pela minha cabeça. Ainda soava muito estranho, mas era o único jeito de eu não ficar diminuindo o que Jungkook sentia no processo de me diminuir.

Ter problemas mundanos era tão complicado. Queria tanto ser um vampiro milenar cuja única preocupação era caçar humanos, de verdade. Era muito mais simples do que tar na minha cabeça confusa.

A única compreensão que eu de fato tinha era que minha incapacidade de aceitar e de acreditar na genuinidade do apoio de Jungkook era o que criava aquela barreira meio estranha entre mim e ele. Porque se eu não podia aceitar, por que Jungkook deveria?

Enfim, entendi o receio do Jungkook, sempre em dúvida se cruzava ou não aquela linha que rabisquei entre nós. Enfim, eu conseguia colocar nome naquele impasse estranho. Na amizade próxima, mas igualmente distante.

E, se Jungkook já era incrível sendo que só tinha experienciado uma pequena parte dele, espiando por uma fenda tímida daquela parede enorme e grossa; não conseguia imaginar como seria do outro lado. Talvez eu mesmo estivesse por lá também, o eu que sempre senti falta, mas não percebi que estava perdido.

As lágrimas queimando minhas bochechas eram a prova de que eu precisava dar um jeito de demolir aquela muralha. De que eu queria muito experimentar o que tinha do outro lado dela.

»»🐺««

Acharam mesmo que a depressão não ia voltar? Nem só de tesão vive um vampirinho, mas de tristeza também

Ah, não esquece de deixar seu votinho! 💜

Qual é seu detalhe favorito do capítulo? Pessoalmente eu amo quando o JK fala que quando o Ji se menospreza, acaba menosprezando também os sentimentos dele. Quando o JK falou isso (eu não tenho controle dos personagens, vcs sabem) eu fiquei mto impactada pq nesse sentido eu sou bem Ji das ideias e comecei a ver as coisas por uma nova ótica.

Beijinhos de luz, amo vocês, e até dia 03/06 às 19:00!

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