🐺 Capítulo 11
Oi, oi, oi, tesudinheeeeeeeees!!
PRIMEIRA VEZ UTILIZANDO O PROGRAMADOR DE POSTAGEM, ESPERO QUE ELE DÊ CERTO!
Aliás, vocês viram que a Bienal RJ tá rolando??? A Editora Violeta já tá por lá, e dias 9 e 10 estarei lá para assinar Croack!, dar abraços e ver a carinha de vocês 🥺 se puderem me visitar, vou ficar muito muito feliz! Vai ter mais info no meu instagram callmeikus 💜
Achei engraçado vocês tensos no capítulo passado achando que o JK faria algo ruim de verdade hsuahsauhsau póbi totó
Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!
#VampiroTristeComT
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Meu drama não durou muito.
Nunca durava, na verdade (eu tinha que ter o mínimo de autoconhecimento), mas daquela vez durou ainda menos.
A noite chegou e ficar deitado em posição fetal no meu quarto se tornava cada vez mais péssimo porque, bem... meus pais tavam organizando uma orgia ainda maior do que a que eu flagrei (e que já foi o suficiente pra me deixar doido de raiva). A audição de vampiro não ajudava nem um pouco. E eu sabia que não importava o que eu tentasse fazer pra impedir aquilo de acontecer, não daria certo. Nem seria certo.
Pior, o anúncio do sexo em grupo me lembrava daquela noite. Daquele dia. Da sensação horrível que me tomou no evento de livros; do jeito cortante que Jungkook tinha falado que não me entendia mais fazia tempos, mesmo que aquele Jungkook de gelo não tivesse dado o ar de sua graça de novo.
Então, pulei minha janela pra atravessar o quintal do Jungkook e ir a algum lugar distante. Mas ele já tava lá, me esperando, com um sorriso meio compreensivo e meio sacana no rosto.
— Eu sabia que cê ia sair do quarto uma hora ou outra — justificou quando cheguei mais perto.
— E não passou pela sua cabeça que eu não quisesse te ver?
— Claro que não.
— Eu terminei com você, Kook.
— Sim. E cê vai se arrepender, ué. — Riu. Olhou pra cima e torceu o nariz. A Lua tava na fase gibosa crescente. Ou seja, uma grande chance do Jungkook tar muito enérgico.
— Você é convencido demais.
— Cê que fica de pau duro demais por mim.
Fiquei quieto, porque não tinha como negar; mas o olhar metido de vitória dele me tirava do sério. Abri a boca pra demonstrar minha intenção de retrucar qualquer besteira que fosse, mas meus ouvidos captaram a mudança da conversa dentro de casa de vinho pra sex toys. Fui pros fundos do quintal, buscando a rua de trás. Não sabia onde ir, só sei que precisava ser longe.
Jungkook seguiu meu encalço. Pude ouvir o som macio das peças de roupa caindo no chão e respirei fundo. Se tudo desse certo, ele só queria usar sua versão de lobo.
Deu tudo certo.
O som de garras amassando a terra fofa anunciou o grande lobo preto que começou a caminhar ao meu lado. Apesar de sempre reclamar que sua forma de lobo era muito suspeita no mundo humano, eu não dava piti com ela. Pelo mesmo motivo, era confuso demais Jungkook tê-la usado, com tantas intenções de me provocar.
— Eu não sei qual sua intenção me seguindo, porque tô sem objetivo nenhum além de fugir de casa — confessei, com um pouco de raiva, mas uma raiva confusa, por motivos demais. — Não sei pra onde tô indo.
Jungkook nada respondeu. Não ganiu, não rosnou, nem roçou os pelos em mim. Só continuou me seguindo. E eu continuei seguindo a rua.
Não segui por muito tempo, porém: era sexta-feira. E tinha muitas pessoas na rua. A última coisa que eu queria era ter que lidar com pessoas também. Então, me enfiei na primeira trilha que achei.
Sobre isso, não poderia reclamar da cidade. Os meus pais e os do Jungkook escolheram uma com bastante reserva florestal por causa das "caçadas". Dado que não eram caçadas de verdade, deve ter sido por ter menos humanos nas áreas menos urbanas. Era sempre uma boa ideia manter humanos longe de mim.
Se havia algum privilégio em ser vampiro, era aquele: entrar em florestas inóspitas e aleatórias sem temer qualquer animal ou tráfico de órgãos disfarçado de seita religiosa.
Meu objetivo era o silêncio. Não queria ouvir nenhum barulho. Nem dos meus pais, nem dos de Jungkook, nem de humano nenhum. Quanto mais íngreme, pedregoso e suicida o caminho da trilha, mais interesse eu demonstrava. Jungkook me acompanhava com facilidade. E em silêncio. Apenas ouvia o resfolegar característico e as patas macias contra a terra.
Só percebi ter entrado no parque ecológico da cidade quando começaram a aparecer trilhas mais bem feitas e sinalizadas. Tomei um susto, porque ficava bem longe de casa. Pelo menos, tava vazio; não ouvia nem um mísero guardinha.
Ao notar que andei tanto, sentei em um banquinho. Jungkook deitou sobre meus pés. O que ele queria era uma incógnita.
Apesar dos pesares — e quantos pesares, e a maior parte inventada pela minha cabeça —, dava pra dizer que a noite tava agradável. O parque era bonito e bem cuidado; preenchido pelos sons de pequenos animais noturnos, do vento na vegetação e do ondular tranquilo de um lago ao longe. O calor de Jungkook, nos meus pés, era confortável.
Passei um bom tempo parado ali, em silêncio. Tanto tempo que imaginei que Jungkook tinha dormido, mas foi só impressão. Quando ajeitei meu corpo, ele levantou a cabeçorra e me observou por bons minutos. Se eu já não entendia o que Jungkook queria na forma humana, imagine na de lobo.
Incomodado, me levantei pra caminhar pelos caminhos de pedras cintilantes, na parte central do parque. Jungkook me seguiu. Caminhei o suficiente pra me convencer de que, não importasse pra onde eu fosse, Jungkook taria atrás de mim. Era óbvio desde o começo, mas sei lá. Tava me sentindo tão estranho.
Como cheguei até o lago, decidi caminhar pelo píer vazio. Os barquinhos oferecidos aos visitantes já haviam sido puxados até a grama fofa ao redor.
Tirei os sapatos e me acomodei na ponta do píer, com a água escura aos meus pés. Era um cenário bonito mesmo; a Lua brilhava muito e refletia no espelho formado pelo lago, emoldurada por árvores, pedras e grama. O barulho da água batendo na madeira abaixo era baixinho, assim como o dos animais da floresta. Era quase um silêncio, exatamente do jeito que eu queria.
Mesmo assim, o silêncio tava incomodando.
Olhei pra Jungkook, que terminava de se deitar ao meu lado, com a cabeça entre as patas. Ele me olhou de volta.
— Prefiro quando você avança em mim. Esse silêncio é tão estranho — confessei. Não só pra ele, mas talvez pra mim.
— Não seja por isso.
E lá tava ele: Jungkook peladão. Prendi o ar, sem saber como reagir. De novo. Olhei pro lago, mas minha visão periférica fazia questão de notar o contorno do corpo dele, deitado como uma das garotas francesas do Jake de Titanic.
— Ji, tá impossível te entender — murmurou depois de alguns minutos.
— Eu sei. Você falou aquela hora que não me entende mais.
Engolimos em seco, em puro desconforto.
Depois de um suspiro, Jungkook se deitou de barriga pra cima, e a movimentação atraiu meus olhos ao seu corpo. Não lembrava da última vez que eu vi sua pele reluzir à luz da Lua. Era diferente do dourado característico, mas muito bonito também.
Passei um tempo o observando, aproveitando o fato dele tar com o olhar distante pro céu. Talvez pra Lua. Faltava pouco até ela virar cheia.
Jungkook era bonito. Jungkook era divertido. Jungkook era gentil. Jungkook era, acima de tudo, terrivelmente familiar, o que deveria ser ótimo, mas me deixava um gosto ainda mais amargo de culpa no fundo da língua. Quem fugia do melhor amigo? Do melhor namorado? Tudo bem que, no instante, era ex, por causa da minha própria bagunça. Mas como Jungkook não me odiava? Até eu já tinha perdido a paciência comigo mesmo.
— Apreciando a vista? — A voz dele me deu um susto. Voltei a olhar pra frente.
— É bem bonito o lago, né?
— Só o lago?
Nossos olhares se cruzaram. Ele enfim vestia aquele sorriso sacana no rosto, o que não ajudava. Não mesmo. Ele era tão...
Quando Jungkook levou o olhar dele pro próprio corpo, me incentivando a fazer o mesmo, acompanhei. Acompanhei por uns bons centímetros, mas Belzebu me iluminou por um instante e desviei o olhar. Jungkook riu.
Mais alguns minutos de silêncio. Jungkook se mexeu. Pelo canto do olho, eu sabia que ele se movia. Pelo barulho de sua mão deslizando na pele.
— Ji?
— Hm?
— Cê manja de masturbação anal, né?
— Manjar é uma palavra forte...
— Hm... É que eu tentei, mas deu mó errado.
— Ah, sim... — O coração na garganta não ajudava com as palavras.
— Cê não pode me ajudar? — Riu. Deve ter me visto retesar ainda mais. Então, completou: — Pode ser com dicas.
— O que deu errado?
— Me machuquei. Não tem problema porque curo rápido, né? Mas não foi gostoso.
— Em qual posição você fez?
— Hm... Talvez de quatro?
Respirei fundo. Jungkook me provocava, era óbvio; mas ainda sobrava a dúvida se ele realmente tinha se masturbado de quatro ou apenas inventou pra chamar a atenção. Qualquer fosse a opção, a estratégia deu certo. Eu trouxe as pernas pro peito pra poder enterrar o rosto entre elas. Eu precisava ser forte. Eu não podia olhar pra Jungkook, ainda mais respondendo:
— Pras primeiras vezes, acho que você devia pegar umas posições mais confortáveis, sabe? Com você mais relaxado. Ou que seja mais fácil de alcançar.
— Tipo quais?
Eu sabia que aquela pergunta viria, mas não ficava mais fácil de responder. Respirei fundo e virei a cara pro lado oposto de Jungkook. A mata escura do parque ecológico tava tão pacífica. Pena que Jungkook não tava. Ou tava, mas eu fui lá e o cutuquei.
Pensei nas posições com cuidado, tentando não trazer lembranças do prazer junto. Ainda mais porque o protagonista dos meus pensamentos na maior parte das masturbações tava ali, ao lado.
— Deitado de lado e encolhido... — sugeri. — Deitado de barriga pra cima com as pernas dobradas e abertas... A que eu mais gosto é sentado com uma das pernas dobradas contra o peito.
— Ah, que nem cê fez no banheiro?
— Que nem no banheiro...
Meu rosto queimou com a lembrança. Meu corpo, na verdade, já produzia aquela pequena chama, bem em seu âmago. E eu tentava abafá-la. Da última vez, eu tinha até gozado junto; meu histórico gritava pra que eu não desse atenção.
— Assim, Ji? — chamou.
Ignorei. Taria ferrado se olhasse pra ele.
— Ji, me ajuda — murmurou, todo manhoso. — Se não, eu vou acabar me machucando, cê quer isso?
— Não.
— Então... O que cê acha? É assim, Ji?
Rendido — e já repleto de tesão —, desenterrei o rosto dos braços e me virei pra direção de Jungkook. Porra.
E lá tava ele: deitado de costas contra a madeira, entregue. Uma das mãos apoiava a parte de trás da cabeça e a outra deslizava pelo corpo nu até... lá. As pernas abertas e dobradas abriam caminho pros seus dedos.
Os olhos âmbar se encontraram com os meus. E ele sorriu, satisfeito. O filho da puta sabia que era um gostoso.
— É assim, Ji? — repetiu, a voz cheia de satisfação.
— É...
Ele sorriu mais. A mão que tinha descido voltou a subir, esfregando um pouco a ereção desperta, mas negligenciada, se arrastando pelo peito e repousando lá.
— E agora? — perguntou. Apesar de ainda sacana, parecia curioso de verdade.
— Tem lubrificante?
— Não.
— Então acho que você não deveria se penetrar.
— Mas cê fez só com saliva aquele dia!
— Mas eu... tinha feito mais vezes antes — expliquei, com as bochechas ardendo. Por Belzebu, eu não conseguia desgrudar meu olhar de Jungkook, do jeito que ele acarinhava o próprio peito despretensiosamente. — O melhor antes é se acostumar a tocar por fora, sabe? Contrair e relaxar algumas vezes. Ver como você se sente.
— Hm... — Seu tom era pensativo. Já era claro que eu tava completamente fodido, e vê-lo deslizar a mão de volta pra baixo apenas confirmou tal fato ridículo e previsível. O som das carícias de Jungkook no próprio corpo era delicado como o vento na copa das árvores. — Cê pode ver se tô fazendo certinho, Ji?
— Não tem jeito certo, é o jeito que cê gosta.
— O jeito que eu gosto tá se fazendo de tímido.
— Escroto.
— Cê que é. Negando conhecimento ao seu melhor amigo!
Rimos, mas isso não fez nem minha ereção — e nem a de Jungkook, eu garantia — aliviar. Depois, o silêncio voltou.
Jungkook continuou se massageando. E eu, já afundado na merda, continuei o observando. Como era fraca a carne. Ele parecia aproveitar, sim, os toques, mas depois de alguns minutos, se sentou.
Achei que enfim teria paz, mas era óbvio que tava errado.
Jungkook engatinhou até a mim de quatro. Enterrou o rosto no meu pescoço e seu cheiro delicioso de sândalo me invadiu. Deixou um beijo antes de subir até meu ouvido pra murmurar:
— Fazer em mim mesmo não tem tanta graça... E é muito seco.
— O que você quer dizer com isso?
— Cê sabe, Ji. Para de se fazer de inocente, eu sei que cê já tá duro.
Como pra provar seu ponto, se sentou em meu colo e se esfregou em mim.
De fato, não consegui segurar um gemido. Nem Jungkook. Ponto provado.
Feliz — ou infelizmente —, aquilo não durou muito. Depois de rebolar o suficiente pra terminar de me tirar o pouco controle, ele se levantou. E se pôs de quatro na minha frente.
— Gosto dessa posição — contou. — Cuida de mim, pra eu não me machucar.
Respirei fundo. Como se a respiração fosse me salvar, claro. Não salvou nenhuma das vezes. Não ia mentir, era gostoso ver Jungkook, tão grande e esculpido, ficar de quatro pra mim. Ele era lindo. E ele era gostoso. E tava tão perto de mim, do meu rosto. Queria tocá-lo.
Mais uma vez, aceitei que tinha metido o pé na jaca. Que se fodesse tudo. Espalmei minha mão em uma das nádegas de Jungkook. Era quente e forte, sentia cada músculo e cada pelo. Ele arfou, manhoso, e se empinou mais.
Tentado, segurei a outra nádega e afastei ambas, pra dar uma visão melhor dele. Jungkook rebolou, impaciente.
— Porra, Ji, não aguento mais. Por favor.
Eu, querendo me agarrar a algum pedaço da minha lógica ridícula, pensava em apenas massageá-lo com os dedos. Só um ensinamento, pra que ele pudesse fazer sozinho depois. Mas, antes que eu notasse racionalmente minhas ações, deixava beijos do fim de sua coluna até suas bolas. Jungkook arfava.
— Porra, Ji!
O xingamento me deu mais combustível. Não consegui resistir à vontade de chupá-lo, de senti-lo se contrair enquanto eu deixava meus dedos afundarem na carne. Os quadris dele ou rebolavam pra se expôr mais, ou fugiam do meu toque quando um gemido mais manhoso soava. Jungkook parecia gostar de verdade. E o ver gostar tanto, tanto, me fez investir ainda mais.
Minha língua já era protagonista, e a pele de Jungkook já ficava salgada de suor, mesmo com tão pouco. Deslizei as mãos pela parte de trás de suas coxas em uma carícia, depois as subi até as costas, as contornando pela cintura em busca da ereção negligenciada.
— Não, Ji... — Cada palavra saía entre arfares. — Eu... Se cê fizer isso, vou gozar mó rápido. Pode continuar do outro jeito mais um pouco?
— Você gosta disso? — Deixei um dedo contorná-lo, facilitado pela saliva.
— Uhum, tanto, tanto... — Se apoiou nos antebraços, ainda mais empinado. Daquela posição, conseguiu conectar os olhos amarelos aos meus. — Até me preparei pra isso, mas na real não achei que seria tão bom. Cê faz bem demais, Ji...
Eu sabia qual seria a próxima frase. Ele perguntaria se poderia fazer comigo também. E eu já tinha gozado no colo dele, não poderia ter outra derrota. Então, voltei a chupá-lo, trocando suas palavras por gemidos.
Enfim ciente de que o filho da puta tinha se preparado pra putaria que eu, na minha doce ingenuidade, achei que tinha acontecido sem querer, penetrei a língua um pouco. E ele reagiu tão bem. As costas fortes arquearam e ele deixou um gemido meio rosnado fugir de sua boca. Delicioso.
Voltei a chupar e a deixar beijos, o que já causava uma ótima reação em Jungkook. Mas quando eu o penetrava um pouco com a língua... ele reagia ainda mais manhoso.
— Quer que eu tente colocar um dedo? — Como que pra ilustrar minha vontade, deixei a pontinha do meu indicador afundar um pouco, mas não entrar. Jungkook gemeu. — Acho que você já tá bem relaxado.
— Por favor...
Cheguei perto do rosto de Jungkook e ofereci meus dedos pra ele chupar. Os olhos resplandeceram em dourado e, antes de ir pros dedos, ele se sentou pra deixar um longo beijo no meu pescoço. Depois, na minha boca.
E eu correspondi.
Fiquei me perguntando por que caralhos correspondi quando ele puxou minha mão e começou a chupar meus dedos. Mas não demorou pra pergunta ser ejetada pra fora da minha cabeça, concentrada em outras coisas: Jungkook me lambendo de um jeito lento, sensual e muito satisfeito. Apesar de sentado, olhava pra mim de baixo, deixando claro que poderia fazer mais comigo. Meu pau doía demais na cueca. E a língua do Jungkook era mesmo muito quente e macia.
Não desviei o olhar do Jungkook um segundo sequer enquanto ele fazia o serviço. E, quando ele se afastou e voltou a ficar de quatro, quis puxá-lo pra um beijo, mas me resignei à tarefa anterior.
Eu o chupei e lambi bem a região uma última vez antes de começar a penetrar um dedo. Ele se contraiu. Parei o dedo, mas o mantive lá. Deixei minha outra mão acariciar a base das suas costas.
— Tá te machucando, Kook?
— Não. Foi sem querer, desculpa.
— Relaxa. É difícil mesmo. Posso parar a qualquer momento que você quiser.
— Ji, eu nunca quero que cê pare — arfou. Parecia se concentrar na penetração, mas, dado tudo que tinha acontecido, as palavras tomaram vários outros sentidos pra mim. E lá tava eu: com o coração coletando culpa e dor como se fossem conchinhas na praia enquanto meu pau tava duro pra caralho e eu dedava um lobisomem enorme e gostoso de quatro pra mim.
— Vou devagar...
Minha boca voltou à posição inicial, deixando vários beijos. Desci a mão apoiada nas costas até seu caralho — como sempre, deliciosamente duro e grosso — e comecei a distraí-lo com uma masturbação terrivelmente lenta. Jungkook relaxou um pouco com o contato; mas, assim que tentei penetrar mais um pouco o dedo, se retesou.
— Não, não, continua! — pediu quando afastei meus dedos. — Mesmo se me machucar, eu me curo rapidinho, cê sabe! Desculpa!
— Não é pra pedir desculpa, Kook... — suspirei. — Vai dar certo, relaxa. Deita de lado pra mim.
— Tá bom...
Apesar do tom de resignação, Jungkook tava claramente frustrado em ter que sair da posição anterior e se deitar de lado. A revolta dele era tanta que fiquei com pena e, antes que eu notasse, deixei um beijo na nuca emoldurada pelos fios negros e rebeldes.
— Aí dobra um pouquinho essa perna de cima... — orientei, manso, tocando a coxa pra guiá-la. Tinha medo de frustrá-lo mais.
— Isso não é muito sexy — resmungou, apesar de obedecer. Quase me arrancou um riso.
— Claro que é, Kook. Você é sempre muito sexy.
— Cê tá falando sério, Ji?
Do nada, voltei a ficar consciente até demais das minhas ações. Minha preocupação com Jungkook me distraiu da tarefa de "não me envolver demais" e tinha aberto a torneira da minha garganta. Então, pra também não ser escroto demais ficando em silêncio sem justificativa, me ajeitei atrás dele e levei os dedos entre suas nádegas depois de umedecê-los de novo, daquela vez com minha própria saliva.
Ele suspirou. Excitação ou decepção? Grande mistério.
— É complicado mesmo sem lubrificante — comentei, todo didático, enquanto forçava um dedo devagar. — Respira fundo e deixa seu corpo relaxar.
Jungkook respirou fundo, mas seu corpo não relaxou. Ao perceber, ficou mais revoltado e, em consequência, mais tenso. Afastei minha mão e a repousei em seu quadril.
— Kook... Para de pensar e de se preocupar com qualquer coisa. Eu cuido de tudo por aqui, você pode relaxar.
— Cê vai parar de pensar e de se preocupar com qualquer coisa também, Ji?
Sua voz já não era sensual. Na verdade, eu sentia que tava prestes a broxar Jungkook. Logo ele, o imbroxável. A pele antes recoberta pela fina camada de suor já tava seca e todo o ânimo sacana dele tinha desaparecido. Com isso, a única resposta possível era:
— Vou.
Fugindo ou não de Jungkook, ele sempre tinha prestado muita atenção no meu prazer. E, apesar de aquilo ter parecido satisfazê-lo até então, Jungkook merecia que seu prazer fosse protagonista.
— A minha única preocupação agora é cuidar de você, Kook — reforcei. Deixei uma das minhas mãos acariciar seus cabelos. — Pode relaxar. Eu prometo.
— Ji... É meu tornozelo de donzela vitoriana, sabe? — Seu tom era de chateação. Apoiou em um braço pra se virar pra mim e me encarar. — Eu não tenho mais nenhum trunfo.
— Kook... Você inteiro é o trunfo — Deixei meus dedos afundarem ainda mais em seu cabelo. — Desculpa ter feito parecer que não.
— Que depressão da porra. — Ele suspirou, mas riu no final. — Acho que a gente até broxou.
Fui reparar e, de fato, nós dois távamos meia bomba. Toquei seu rosto e, com uma vontade do caralho de dar prazer ao Jungkook — pelo menos uma vontade maior do que a estúpida de fugir, pouco convincente até pra mim porque eu não tinha justificativas praquela palhaçada —, beijei seus lábios devagar. Um por um. Jungkook deu um suspiro doce e satisfeito. Me senti muito bem.
— É só eu fazer direito desde o começo dessa vez — respondi. — Você quer tentar?
— Sempre quero, Ji... — murmurou entre meus lábios. Fechou os olhos e se entregou pra mais um beijo. Muito lindo, de verdade.
O toque quente da sua língua na minha me incendiava. Mesmo calmo, era intenso. Mesmo entregue, marcava presença. Eu sentia muita falta de beijar Jungkook daquele jeito. Então, o puxei pra que se sentasse direito e o beijei mais. Mais e mais.
Minhas mãos passearam pelos ombros largos e nus. A pele era calorosa e receptiva. Cuidar de Jungkook era uma bomba de prazeres; sua boca contra a minha era tão deliciosa quanto tocar seu corpo. Era até difícil não me perder no tanto de sensações.
Meus dedos desceram até o peitoral repleto de pelos. E, pela primeira vez, lembrei de algo muito importante: Jungkook sempre tocava os próprios mamilos. Contornei um deles com a ponta do dedo, só testando, e ele arfou manhoso entre meus lábios.
— Você gosta, né? — sussurrei, afastando o beijo. Eu já sabia, só queria ouvi-lo concordar. Jungkook ser tão sensível naquela área me aquecia.
— Uhum... — Suspirou e ofereceu o pescoço, que beijei. E lambi. — A punheta fica mais gostosa se toco eles.
Aproveitei pra descer ainda mais pelo corpo de Jungkook. Apoiei as mãos nas coxas nuas pra lamber com cuidado o outro mamilo; o contornei com a língua e depois chupei. A respiração pesada de Jungkook era uma delícia.
— Assim é bom?
— Muito, Ji... Cê pode fazer com mais força?
— Claro.
Eu me acomodei melhor no chão e puxei Jungkook pro meu colo, aumentando nossa diferença de altura e deixando seu o peitoral perto da minha boca. Ele aproveitou pra se esfregar em mim; seu peso sobre mim e sua ereção contra minha barriga me fez gemer. Mas ele não parecia satisfeito o suficiente.
— Ji... Tira a camisa?
— Você quer?
— É claro, né? Ou não taria te pedindo. — Ele riu e afundou as mãos por baixo da minha camisa. O toque quente na minha cintura me fez estremecer. — Se cê quiser me ouvir falando putaria, pode pedir direto.
— Ah... — Engasguei, o que arrancou mais uma risada de Jungkook.
— Tô doido pra te ver sem essa camisa... — sussurrou, passeando a mão grande pelo meu corpo. — Quero esfregar meu pau na sua barriga e gozar no teu peito. E aí?
— Eu...
— Mas quero ver tu tirando a camisa sozinho, porque tá doido pra me mostrar. Então, Ji? Cê tá doido pra me mostrar?
Apenas acenei com a cabeça pra cima e pra baixo, enfaticamente, hipnotizado pelo olhar âmbar. A minha tentativa de agradá-lo acabou se virando contra mim, mas não havia reclamações. Minhas mãos encontraram as de Jungkook antes que eu arrancasse minha camisa. E ele sorriu pra mim. E lambeu os lábios.
Aproximei seu corpo do meu e, de fato, sua ereção se esfregava perfeitamente na minha barriga. Dura e meio úmida. Jungkook começou a rebolar e acompanhei o ritmo por baixo. Pela primeira vez, adorei ter minha força de vampiro, porque eu conseguia estocá-lo através da bermuda na mesma velocidade com que ele rebolava.
Continuamos e continuamos, com os olhos fixos um no outro. Jungkook era um absurdo de bonito. Era complicado ele ser tão bonito assim. Os fios longos voltaram a se encharcar de suor e... Puta merda. Eu poderia gozar só de vê-lo ali, nu e delicioso, cavalgando em mim.
Seus dedos pressionaram meus ombros com mais força. Ele aproximou nossos corpos e aumentou a velocidade. Não só os gemidos de Jungkook como os meus ficaram mais frequentes, até chegarem num arfar seco.
A porra de Jungkook pintava meu peito e parte do meu queixo. E a minha... bem. Mais uma bermuda gozada pra conta. Jungkook se manteve agarrado a mim por um tempo, a cabeça apoiada no meu ombro. Mas quando se afastou, olhou sua obra de cima a baixo e sorriu. Acabei sorrindo também.
— Acho que cê vai ter que tirar tua bermuda e tua cueca pra deixar elas secarem... — disse ele, todo despretensioso. Até deu os ombros, o maldito.
Senti o sangue chegar ainda mais às bochechas, como se eu não tivesse esbaforido o suficiente depois de gozar. Jungkook me observou por alguns minutos, saiu do meu colo e pulou na água. Não era muito coreano da parte dele nadar em um lago. Mas acho que, acima de nacionalidade, ele era um lobisomem.
Passei uns minutos pensando na ideia. Minutos o suficiente pra porra começar a secar de um jeito muito desconfortável e eu aceitar dar um fim ao meu cu doce extremamente seletivo. Pra tentar dedar Jungkook não fiquei com aquela vergonha toda.
Me despi de costas pra ele, não pra mostrar a bunda, mas pra não mostrar outras coisas. Não ouvi Jungkook esboçar nenhuma reação, o que, àquela altura do campeonato, eu não sabia dizer se era um bom ou mal sinal. Pulei no lago correndo, pra exibir pele pelo mínimo de tempo possível, sentindo seu abraço frio me engolir.
Voltei à superfície. Jungkook tava quieto. Enxuguei meu rosto e joguei os cabelos pra trás. Quieto. Mordi os lábios, apreensivo, e então ele falou:
— Cê vai falar que é estranho me ver quieto e quando eu interagir contigo quase sair correndo?
— Desculpa... — pedi. Do nada, várias toneladas de culpa esmagaram meus ombros.
Era óbvio que Jungkook ia se chatear em algum momento. Eu sabia da possibilidade desde o começo. Não aguentava tanta idiotice vindo de mim.
Ele respirou fundo, e não me atrevi a falar nada. Depois, eu o observei esfregar o rosto, grunhindo. Com a voz baixa, ele disse:
— Não, cê que me desculpa, Ji. Tava tudo de boa até, eu que fui grosso do nada.
— Não... Eu consigo entender completamente. — Até ali, minha voz era firme. Por algum motivo que não sabia explicar, ela embargou quando completei: — Obrigado por ainda ser próximo de mim mesmo depois de eu ter pedido pra gente terminar porque... Não sei. Não sei se eu saberia o que fazer. Eu sei que sou confuso e que você não me entende.
— Quando eu falei que não te entendia naquele dia... Eu te machuquei, né, Ji?
— Bem... Doeu. Mas eu mereci. Não te culpo, de verdade. Eu mesmo já não me entendo mais. Faz tempo que não entendo. Nada. Não sei se faz sentido eu tá aqui.
— Cê faz muito sentido pra mim, Ji. Sua existência é importante pra mim...
— Valeu — respondi, mas não me senti muito feliz com aquilo. E não havia nada que Jungkook pudesse fazer.
Ele não podia fazer nada desde o começo. E já sabíamos daquilo. Eu só não esperava que aquele sentimento de confusão e incoerência fosse piorar tanto.
Jungkook avançou pela água até me puxar prum abraço. E eu deixei. Eu me deixei acomodar naquele raro calor numa existência tão cinza e apática como a minha. Ele me apertou mais firme entre os braços e sua respiração ficou mais curta.
— Desculpa, Ji...
— Pelo quê?
Eu não tive nenhuma resposta.
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E vai se criando um clima terrível. Ai ai, falo nada desses jikook... só não são mais problemáticos do que os de empresário
Ah, não esquece de deixar seu votinho! 💜
O que você mais gostou no capítulo? Eu acho esse capítulo meio triste, pra falar verdade. Nem o tesão salvou muito dessa vez. Mas acho que vocês vão gostar do próximo 👀 Mas tô ansiosa mesmo é pelo capítulo 13, o pau vai torar!
Beijinhos de luz, amo vocês, e até dia 16/09 às 19:00!
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