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🐺Capítulo 1

Oi, oi! Essa postagem desorganizada é um oferecimento Halloween e promessas feitas mais com o emocional do que com o racional™ POR FAVOR LEIA OS AVISOS

Aliás, tô sumida do twitter como uma tentativa de conciliar as mil coisas da minha vida, mas o que acham da hashtag pra fic ser #vampirotristecomtesao ? Quem acompanhava meus stories escrevendo SUC no instagram sabe que Triste com Tesão da Pabllo é quase o hino do pobre Jimin (logo vocês descobrem por quê), então achei que fazia sentido.

Enfim, desculpa a loucura dessa postagem, mas espero que sirva de distração nessa apuração de votos que tá prestes a me matar do coração.

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!

»»🐺««

Andei dois passos para frente e o som característico de algo batendo no concreto voltou. Bem de levinho. Parei e ele parou. Respirei fundo, sem acreditar no que acontecia antes de sair correndo.

O som se intensificou.

Junto a ele, um resfolegar característico começou a fazer parte da cacofonia. Tão característico que eu sabia o que esperar quando desisti de correr e me virei para encarar o perseguidor. Não adiantava correr, aquela briga eu não ganharia.

E, ali, atrás de mim, estava um enorme lobo negro. O barulho de suas garras contra o concreto cessou quando aceitei minha derrota, pois ele se sentou como um cãozinho obediente. Sua respiração continuou um pouco entrecortada, a língua de fora. Pareceria adorável se não fossem seus profundos e ameaçadores olhos amarelos e o fato de, bem... ser um animal selvagem com 1,50m de altura.

Indiquei com o queixo um beco antes de entrar nele; ele compreendeu na hora e me seguiu. O barulho de suas garras batendo contra o concreto voltou a soar e, assim que estávamos fora de vista, empurrou meu quadril com sua cabeça gigantesca.

— O que você acha que tá fazendo, pulguento? — resmunguei ao não ter ninguém para ouvir que eu conversava com um animal. Não que um lobo daquele tamanho já não fosse estranheza o suficiente. — Acha que é um vira-lata qualquer pra sair desfilando por aí e achar que tá tudo bem? Você é enorme.

Eu estaria sendo até mesmo generoso se eu dissesse que o efeito do meu esporro foi nulo. Meu quadril foi empurrado pela cabeçorra mais uma vez, e o lobo preto deslizou seu corpo inteiro por mim até... até seu rabo ficar na minha frente.

— Você não pode ficar me seguindo assim! É muito suspeito. Me manda mensagem, faz alguma coisa de gente normal! — continuei contestando, mas sabia que a argumentação não era das melhores... Minha habilidade incrível de ignorar todas as mensagens dele tinha acabado de fazer aniversário de duas semaninhas.

Portanto, não foi surpresa quando ele continuou na minha frente, virando seu focinho para ganir pidão antes de balançar o rabo e enfatizar o que queria. Suspirei, porque eu não tinha opção.

Minhas mãos mergulharam na pelagem preta e espessa do lobo, começando a coçar o ponto estratégico: logo antes do rabo grosso que começou a bater de satisfação com o carinho. Ele nunca se cansava daquilo.

— Kook... — Suspirei, ainda com os dedos afundados em seus pelos. — Você não pode sair assim pela rua...

O lobo se afastou para me fitar diretamente e, apesar da expressão canina não demonstrar muita coisa, consegui sentir o tom de impaciência que exalava dela. Pisquei e já tinha um homem na minha frente.

Nu.

Pelado mesmo, do jeitinho que veio ao mundo.

— Pense nisso antes de ficar me ignorando, Ji! — ele reclamou enquanto eu tampava meus olhos. A vontade de abrir uma frestinha entre os dedos para poder admirar era muita, mas seria a maior chacota do mundo. — Que porra? Parece que nunca me viu sem roupa antes.

— Kook... Vivemos em uma coisa chamada sociedade e, dentro dessa tal sociedade, existem regras para manter a coexistência e convivência pacífica entre os humanos. Usar roupas é uma delas.

— Eu tava na forma de lobo, cê sabe. E não rola eu ficar carregando uma mochila nas costas, ia levantar suspeitas... — Ele provavelmente deu de ombros. Não vi, óbvio; tava no processo de tampar meus olhos depravados e até que dava certo daquela vez.

— Um lobo passeando no meio de uma cidade do interior em um continente que não tem lobos já levanta suspeitas o suficiente, Kook!

— Ji, toda semana alguém ressuscita a lenda do chupa-cu! Sério, acho que ninguém se preocupa com um cachorro super desenvolvido. Esses dias até me deram um resto de osso no açougue, já virei pet honorário da cidade!

— Tá bom! Então continua na forma de lobo, por que se transformou? Seu objetivo não era que eu coçasse sua bunda? Já tava fazendo isso!

— Cê que começou a falar um monte de abobrinha que precisei responder! Abre logo esses olhos, mó estranho falar com alguém de olhos tapados!

Obedeci, tenso. Usei toda minha força de vontade pra só encarar Jungkook dos ombros pra cima, mas a visão periférica das outras coisas não ajudava... Que bosta. Não que a visão "permitida" já não fosse o suficiente para me aquecer. O cabelo preto caindo nos olhos, redondos e ferozes emoldurando as íris ainda amarelas, a mandíbula bem marcada e aquele pescoço que...

Comecei a salivar.

— Ji, cê quer, não quer? — Tocou sua jugular bem marcada sem cerimônias e mordi meus lábios, cheio de desejo e fome. — Cê anda pálido esses dias... é porque não tá bebendo, né?

— Eu sou pálido. — Não chegava a ser mentira, mas sim, a observação foi acertada: consegui ficar mais branco do que o normal. Até tava usando uma base mais escura na pele pra dar meu tom normal e tentar disfarçar. — Tô comendo bife de fígado, tá tudo certo.

— Mas pra quê? Por que cê parou de beber do meu sangue do nada? — perguntou, não pela primeira vez aquele dia.

No momento em que eu tinha acordado, uma mensagem já enfeitava meu celular, questionando quando a gente ia se encontrar, porque eu estava acordando mais cedo pra evitar que andássemos juntos pra aula. Na escola, Jungkook tinha tentado de novo, mas logo corri pra minha sala, aproveitando o toque do sinal pra não dar resposta. E, enfim, ele estava ali, em uma espécie de perseguição sobrenatural, porque eu sempre desviava para algum lugar antes de ir pra casa. Morávamos literalmente do lado um do outro, então não dava pra fugir da conversa se eu voltasse direto.

— Eu... tô tentando uma pegada mais vegetariana, sabe?

— Ji... Fígado não é nada vegetariano — retrucou com facilidade, até porque era bem bosta mesmo. Eu ajudava muito o trabalho dele em me deixar sem argumentos.

— Hm...

— Cê sabe que sua melhor fonte de sangue e ferro sou eu, Ji! — ralhou. Por um instante, fraquejei e quase... nossa... quase olhei o pau e as coxas. Controle-se, Park Jimin! — É o de sempre. Eu recupero rápido e aí cê aproveita e dá um carinho em mim e...

— Tá bom, Kook... — Aceitei logo a derrota, por saber que não dava pra lutar contra. Pelo menos não sem achar uma desculpa razoável, o que não era mesmo o caso. Bem... E sabe-se lá se um dia eu conseguiria; era tudo bem combinado demais, há anos. Pelo menos fui capaz de fugir por duas semanas completas, era uma vitória. — Vai, vira um lobo pra gente voltar pra casa. Antes com um vira-lata super desenvolvido do que um doido pelado.

— Cê é um escroto — reclamou ele antes de tomar sua forma animal. Óbvio que pediu mais uma coçadinha na bunda antes da gente ir pra casa.

Jungkook era meu amigo desde o berço, literalmente. E também minha fonte de sangue, porque eu tinha essa inconveniência de precisar daquilo pra sobreviver... Ser um vampiro é um cu.

Vivíamos um arranjo bem funcional, estabelecido pelas nossas famílias desde tempos imemoriais. Eu sou de uma linhagem bem pura e igualmente inútil de vampiros; e ele, de lobisomens. Em um mundo moderno, onde a gente era obrigado a ter uma vida como se fôssemos humanos, aquele lado sobrenatural era muito mais inconveniente do que maneiro. Não adiantava eu ter super-força, se ela não me fazia passar nas provas de matemática.

Enfim, o esquema era simples: Jungkook me deixava sugar sangue dele, já que tinha uma recuperação muito rápida, e eu tirava as pulgas dele ou qualquer coisa bem inútil do gênero.

Sim, sempre fui o mais dependente daquela relação e era bem chato pensar que a troca não era equilibrada. Nossos pais viviam dizendo que a parte mais importante mesmo desse "acordo" era ter uma amizade pra chorar as desventuras de ser uma criatura sobrenatural no meio de uma vida pacata, mas tenho minhas dúvidas se o Kook precisava chorar qualquer coisa que fosse; ele conseguia equilibrar muito bem sua vida "humana" com a sobrenatural.

Mas apesar de eu não me sentir muito confortável nesses anos de amizade por sempre me achar inútil pro Kook, não foi a busca por independência que me fez enfim tomar coragem de evitá-lo. Querendo ou não, eu já tava acostumado com a rotina.

O problema era eu estar gostando demais de chupar o sangue dele. Muito mais do que apreciar uma simples refeição.

A cada dia, o pescoço dele ficava com um cheiro mais delicioso, e eu morria de vontade de lamber sua jugular muito antes de mordê-la e fazer o sangue jorrar. Meus pensamentos voavam, e eu queria provar da sua pele inteira. Afundar meu nariz lá para beber era simplesmente uma tortura.

Em resumo... eu tava morto de tesão.

E imagina se você ficasse de pau duro toda vez que fosse bater o pratão do almoço? Desagradável, né? Pois eu tava bem assim.

Hormônios, de fato, devem ser criação do Belzebu. Combinados com uma virgindade de dar dó e pornografia em qualquer canto, corrompem sua mente de um jeito que não dá pra existir direito. Todas as últimas vezes que fui ao quarto do Jungkook na intenção de beber o sangue dele pra, então, dar carinho na sua forma pulguenta enquanto a gente assistia a alguma série idiota, eu saía correndo muito antes de poder fazer a minha parte — bem inútil, sempre bom lembrar! — do acordo.

A sequência é assim: ele sentava no chão, com as costas apoiadas na cama dele; aí eu sentava ao lado e me inclinava pro pescoço, né? Até aí, tudo o mesmo que a gente tinha feito nesses dezoito anos de vida. Só que apareceu uma nova etapa: minha cabeça já vai pensando em como seria se eu sentasse no colo dele, agarrasse aquele cabelo gostoso e macio — aposto que deixou crescer pra dar mais vontade de agarrar! — e beijasse de início ao fim o pescoço forte e cheiroso antes de cravar meus dentinhos e... meu pau já ficava vergonhosamente duro, a própria Torre de Pisa; igualmente torto também.

Como eu ia esconder uma ereção? Eu não sabia. Por isso, saía correndo.

Mas bem, lá estava eu, seguindo obedientemente um cachorro enorme que, apesar de chamar a atenção, não espantava a população de Busan. Até que ser do interior tinha alguns lados positivos; a gente é meio simplista e é muito mais divertido fofocar sobre um OVNI misterioso que só o velho do bar da esquina viu, do que sobre um cachorro gigante que tava lá pra todo mundo ver. Não tinha emoção em algo que não era misterioso.

Fui direto pra casa dele, no ritual de sempre, tirando o fato de que Jungkook em geral voltava da escola em sua forma humana, mas decidiu me perseguir como lobo daquela vez. Joguei minha mochila no canto da porta da casa e tirei meus tênis enquanto Jungkook reaparecia pelado e quase me matava do coração.

Completamente alheio à tortura psicológica que fazia, ele saltitou alegremente pra cozinha e enfiou no microondas um almoço que seus pais deixavam pronto — um pratão de pedreiro típico de lobisomens — antes de começar a subir a escada pro seu quarto. E que ódio, até a bunda dele era bonita. As costas também, ambas cobertas de pelos.

— Cê não vem? — ele se virou ainda nos primeiros degraus pra me perguntar. Assenti e abaixei a cabeça, seguindo-o à contragosto.

Na moral... Ser conduzido por um cara pelado até o quarto dele era de foder. O pior é que, de fato, não era como se eu não conhecesse o corpo do Jungkook. Desde criança, ele e roupas são inimigos por causa da inconveniência durante as transformações, então eu que tinha ou que ficar levando as cuecas dele na mochila ou que aturar o doido peladão mesmo.

Mas antes eu não ficava com vontade de sentar nele, claro. Esse era o grande problema.

Chegamos no seu quarto e, na impossibilidade de sentar no colo dele, sentei no chão, apoiando minhas costas contra sua cama enquanto ele vestia uma samba-canção amarela com estampas de banana o que, por algum motivo, ele achou ser roupa o suficiente. Logo sentou ao meu lado e salivei. De fome, porque fazia duas semanas que eu não tomava sangue e tava começando a ficar com tonturas algumas vezes por dia; e de tesão, porque Jungkook era gostoso demais. O caminhão da puberdade sobrenatural o atropelou com força demais e puf! Do nada foi do meu amigo de infância fofo pro adulto gostoso de capa de revista? Belzebu era ruim mesmo, sempre testava a carne.

Ligou a TV do quarto — no canal do boi, sabe-se lá por quê — pra ter algum entretenimento enquanto eu almoçava. Tímido, me aproximei do pescoço dele, esperando algum tipo de reação, tipo uma permissão, sei lá.

Mas ela não viria, é claro. E não tinha nenhum motivo para que ele reagisse, já que aquela literalmente era nossa rotina há anos. Sabe quando você visita tanto a casa de alguém que começa a pegar água na geladeira sem pedir permissão? Era aquilo, em resumo. Só eu que tava surtando porque uma nova faceta foi incluída no processo, por mim, unilateralmente: aquele maldito tesão.

Respirei fundo e afundei em seu pescoço, com a impressão de que quanto mais eu hesitasse, mais estranho ficaria. Afundei meu caninos já pontiagudos na pele macia e bronzeada, ouvindo Jungkook resmungar como de praxe pelo incômodo. Mas daquela vez, seu tom rouco reverberou no meu corpo inteirinho.

Foco, Park Jimin. Sangue. Só pensa no sangue.

Logo o gosto salgado de seu suor foi sobrepujado pelo férrico do sangue, e meu corpo inteiro derreteu ao sentir aquele sabor depois de tanto tempo. Como sempre, ele vertia forte e quente; lobisomens eram sempre abundantes, e me senti em um rodízio. Chupei por mais tempo do que o normal, movido pela fome cavalar, até o fluxo diminuir um pouco. Para finalizar, lambi seu pescoço, limpando qualquer filete de sangue que tivesse fugido de meus lábios antes de me afastar.

Mas o pescoço do Jungkook tinha ficado tão grosso... tão forte, tão cheiroso. A vontade era de continuar lambendo pra sempre. E aí provar as outras partes do corpo e... Controle-se, Park Jimin.

Afastei meu rosto do seu pescoço. E percebi, vitorioso, que não tinha ficado de pau duro. Alguma vitória tinha que vir depois de tantas derrotas!

— Você tava com fome mesmo... — Jungkook comentou, impressionado, tocando os machucados ainda abertos causados pelas minhas presas. Iriam cicatrizar logo, porque o processo de cura dele era muito rápido, mas sempre me batia uma culpa. — Quase fiquei sem sangue!

— Desculpa... — murmurei e baixei o rosto. Sempre que eu me alimentava era dominado pelo furor de sangue (uma euforia ridícula que vampiros têm quando sentem o cheiro de sangue e nos transforma em uma máquina descontrolada de beber) e não percebia até onde ia. Acho que eu tinha bebido mais do que o normal e nem me toquei.

— É brincadeira, Ji! Não precisa ficar com essa cara de cu, parece até que nunca fez uma ceia inteira no meu pescoço. — Ele riu e virou-se na minha direção, ainda mais lindo com aquele sorriso no rosto. Eu não ia aguentar, Jungkook era lindo demais. — Mas nossa, cê se lambuzou todo mesmo.

Aproximou-se de mim e levou a mão até meu queixo, apoiando-a lá enquanto tocava meus lábios com o polegar. Eu já estava pronto pra Belzebu me levar. Jungkook parecia muito concentrado limpando minha boca e fiquei mais quente ainda com a visão.

— Que desperdício de sangue. — Riu mais uma vez, mostrando a quantidade que tinha limpado em seu dedo.

Lambi meus lábios, tentando capturar qualquer vestígio antes de passar as costas da mão neles pra garantir. Jungkook ainda me encarava divertido e continuou com a mão levantada, sem ter onde limpá-la. Sim, consegui controlar o impulso de lamber.

Mas minha mente... já tinha ido embora. Já tava no maravilhoso mundo de Park Tarado Jimin e, nesse mundo, eu já chupava o dedo de Jungkook (pra ajudá-lo a limpar, claro), demonstrando o que eu poderia fazer em outros lugares... e subindo no colo dele, agarrando seus cabelos com uma mão e sentindo a pele macia e quente das suas costas com outra e...

Puta que pariu, eu tava de pau duro. De novo.

— Kook! Lembrei de um negócio super urgente que eu tenho que fazer! — Tentei inventar uma desculpa pra sair correndo antes que ele notasse, mas eu era péssimo nisso. Dobrei meus joelhos contra o peito.

— O quê? Posso tentar te ajudar — respondeu, todo tranquilo. É claro que ele tava tranquilo, Jimin! Vocês são amigos desde sempre!

— Eu... preciso fazer sozinho. — Mais uma vez, minha mentira foi tão patética que dava vontade de chorar. Eu detestava ser um péssimo mentiroso. Jungkook tombou a cabeça, confuso, e o jeito que os cabelos macios cobriram os olhos quase me matou do coração. — Questão de vida ou morte!

— Exame de urina? — arriscou. Fiquei impressionado com o raciocínio. De fato, juntando minha vergonha suprema, um assunto urgente de vida ou morte e eu precisar fazer sozinho, parecia uma boa suposição.

— Não! — respondi pelo impulso do desespero e quis me jogar da janela do quarto dele. Era só eu dizer que sim! Jungkook me deu a desculpa perfeita e eu fugi dela! Não é possível, ser burro que nem uma porta deve ser alguma outra habilidade de vampiro.

— De fezes, então? — Me deu outra chance e, dessa vez, consegui me aproveitar dela, assentindo veementemente com a cabeça, sem pensar muito bem

— Ah, tá. Vai lá. — Voltou a assistir o canal do boi, desinteressado. — Depois me conta como é.

— É... cagar e colocar num pote? — respondi, confuso. Na verdade, eu não cagava, mas isso fica pra depois.

— Deve ser, mas sei lá, vai que tem algo a mais. — Ele deu de ombros, ainda olhando a TV. Aquele pareceu o momento perfeito e me levantei rápido, antes que ele pudesse ver meu pau ainda duro. — Eu nunca fiz nenhum exame, cê sabe... Saúde perfeita de lobisomem e tudo mais.

— Verdade... tem isso — concordei, já mais tranquilo porque tinha conseguido chegar até a porta dele. — Eu tenho que fazer às vezes pra ver se não tô com anemia.

— Mas isso não é exame de sangue? — perguntou e, porra, era mesmo. Exame de fezes era pra ver o quê? Provavelmente alguma coisa da barriga.

— Uhum... o de fezes é porque eu tava com o intestino meio estranho e o médico pediu... — Tentei enrolar alguma coisa, Jungkook me olhou preocupado. Espero que seja preocupado mesmo, e não por ter percebido minha mentira.

— Vish... Melhoras, Ji. Qualquer coisa é só chamar.

— Valeu. Não esquece seu almoço no microondas. — Lembrei ele que ficou de pé em um pulo. Quis me xingar. Eu tava quase escapando!

— Verdade! — Espreguiçou-se, fazendo seus músculos moverem e esticarem de uma forma hipnotizante; babei mais um pouco no meu amigo, que nem o maldito tarado que eu era. — Ah, Ji, amanhã a gente tem um amistoso com um outro colégio depois da aula. Cê tem algum plano? Que, se não, a gente volta junto depois dele.

— Hm... Vou ter que ver, te respondo amanhã.

Como não queria que ele chegasse perto demais e tivesse chance de perceber o quão excitado eu tava; saí correndo escada abaixo, calcei meu tênis na pressa, joguei a mochila nas costas e capotei pra fora da porta da frente. Jungkook com certeza deve ter achado que eu tava passando mal ou algo do tipo, mas eu não sabia mais o que fazer, era lamentável.

Cheguei em casa já me trancando no banheiro, desesperado para apagar as evidências da minha fraqueza por Jungkook. Era muito triste a forma como, desde que eu comecei a reparar nele, não tive uma punheta pacífica. Sempre vinha um puta remorso depois no estilo "porra... é meu amigo de infância".

E eu não sabia o que fazer, porque eu não podia tentar me afastar dele porque não só Jungkook não deixava acontecer, como capaz de eu passar mal de anemia. Meu melhor amigo de infância ficar menos gostoso também não parecia uma opção, porque a cada dia ele ficava mais, como que para garantir que eu não me acostumasse.

Saí do banheiro e enterrei minha cara no travesseiro da cama. O dia seguinte seria mais um dia de luta.

-🧛-

Eu tava sentado na arquibancada, assistindo ao jogo. Mais cedo, Jungkook tinha lançado um "cê vai torcer por mim, né?", e como que eu diria não? Apesar de ser apenas um amistoso, a arquibancada estava cheia, não só dos nossos alunos, quanto de outros colégios — que juravam por Belzebu estarem bem disfarçados. Do meu lado, tava um grupo bem empolgado de garotas.

O motivo?

Jeon Jungkook, obviamente.

Ao contrário de mim, ele sabia equilibrar com perfeição seus poderes sobrenaturais, de forma a parecer um humano muito talentoso e forte, não um lobisomem com força descomunal. Dessa forma, ele virou o ás do time de vôlei do colégio assim que entrou, lá no primeiro ano, e, no terceiro, também era o capitão e grande celebridade.

Suspirei ao vê-lo mandar a bola pra cima e pular exatamente no limite que um ser humano habilidoso alcança ao sacar. A bola chegou com tanta força ao outro lado que nem o líbero do time oponente conseguiu chegar perto. Aquilo se repetiu várias vezes, o placar do nosso time aumentava sem dificuldade.

Era o chamado saque sobrenatural de Jeon Jungkook. Mal sabiam eles que era sobrenatural mesmo.

Por um milagre, os adversários conseguiram devolver uma hora, apesar de ter sido uma bola muito fácil pro time do nosso colégio. Suspirei quando vi o levantador mandar o último toque da bola para Jungkook.

E ele pulou, a postura perfeita. Os fios que se soltaram do rabo de cavalo tavam grudados no suor do rosto de um jeito ridiculamente sensual. Bateu na bola tão forte e tão rápido que, em suma, só ouvimos o barulho alto dela acertando o chão. O outro time também.

— Nossa, olha essa cortada que ele deu na bola... — comentou uma menina do grupinho ao meu lado, com olhos presos em Jungkook. Eu não podia julgar, tava na mesma situação.

— Tão forte... Pensei que a bola fosse explodir — murmurou outra.

— Se eu estivesse do outro lado da quadra, só sairia correndo, deve doer ter que defender uma bola dessas — a terceira acrescentou.

— Eu só queria ser a bola... — a última, quieta até então, suspirou.

— Por quê, Yerim? Sei que a bola tá sempre perto do Jungkook, mas deve doer pra caralho, eu preferiria ser a toalha — perguntou a segunda, inocente demais. As outras duas só suspiraram e voltaram a prestar atenção no jogo.

— Queria levar um tapão desses na minha... — A tal de Yerim foi interrompida pelas outras amigas, revoltadas com a possibilidade dela macular a bebê do grupo.

Bunda... completei em meus pensamentos, achando a proposta de um tapão no rabo tão tentadora quanto a garota. A mão do Jungkook era bem grande, imagina... Foco, Park Jimin, vai dar errado de novo.

O nosso time — Felinos de Busan, o qual ironicamente o capitão era um canino —, ganhou a partida logo depois, fácil como tirar doce de quimera — elas não têm polegares opositores. Claro que grande parte da vitória poderia ser explicada por Jungkook, mas o resto do time mandava bem também. Eu não sabia opinar muito porque os meus conhecimentos de vôlei e dos membros do time vinham apenas do Jungkook, claro.

Comemoraram ao vencer, preenchendo o ginásio com gritos e, depois, Jungkook se virou na minha direção, dando um sorriso largo e lindo seguido de uma piscadinha de olho e uma mímica estranha que interpretei como um aviso de que ele ia tomar um banho antes de ir pra casa. As garotas do meu lado quase morreram com o sorriso e a piscadinha, porque parecia ser na direção delas o suficiente, e, de novo, empatizei com o surto.

O time agradeceu à torcida e aos adversários antes de sair da quadra em direção ao vestiário. Fiquei lá, esperando na arquibancada e a assistindo esvaziar aos poucos até receber uma mensagem do Jungkook no celular, pedindo pra eu ir ao vestiário.

Obedeci, tentando me prestar ao papel de amigo de infância e tudo mais. Por dentro, rezava pra que ele já tivesse terminado de tomar o banho dele e estivesse vestido como uma pessoa normal. Mas claro que aquela era uma vã esperança da minha parte.

— Desculpa, cabei ficando por último, o treinador queria falar umas coisas comigo pra próxima reunião do time e sobrei... — disse Jungkook quando cheguei ao vestiário, mexendo em sua bolsa esportiva no auge de beleza de um capitão e ás do time de vôlei.

Para minha sorte — note a ironia sendo construída aqui —, ele nem pelado tava. Ele aproveitou para se despir na minha frente e, sinceramente, se eu tinha achado até então que o simples fato de Jungkook ser o ícone da nudez era uma tortura, era só porque eu nunca tinha visto a forma das roupas irem embora.

Sério, eu tinha virado um tarado mesmo, porque o jeito que ele tirou a blusa não pareceu normal. Pareceu lento, sensual, delicioso e... puta merda! Será que eu tava salivando tanto por aquele pulguento maldito que criei uma câmera lenta dentro da minha própria cabeça?

— Ah, sim... Coisa de capitão, né? — respondi, engolindo em seco. Seu cabelo e seu rosto tavam encharcados pelo esforço físico, aquilo eu já tinha visto; mas o suor fazendo reluzir os músculos fortes de seu peito, a pele bronzeada, o caminho de pelos do abdômen para a bermuda... Ele não demorou para tirar a bermuda, então afastei o olhar. Não bem um show de naturalidade, mas achava ser pior ainda se eu ficasse o encarando como se estivesse enfeitiçado... por uma piroca.

— Pois é, jurei que ia ser menos trabalhoso. Aí chamei cê aqui pra ficar brigando comigo se eu demorar pra tomar banho, em vez de esperar sozinho. — Deu uma risadinha leve e entrou na baia de um dos chuveiros arregaçados do colégio, que jogavam a água mais pros lados do que pra baixo. Não que eu estivesse observando a água, claro.

— Obrigado pela consideração — falei e, com um último suspiro, parei de encarar a bunda malhada (e agora molhada pelo banho também) dele e sentei no banco metálico, ao lado da bolsa, de costas pro Jungkook, graças a Belzebu. Não dava pra aguentar aquele tipo de tortura, a carne era fraca demais.

Fiquei lá, encarando a privada suja na minha frente como se minha vida dependesse daquilo, ouvindo a água do chuveiro bater no chão junto a um cantarolar do Jungkook. Tava tudo certo. Se eu ficasse de pau duro com ele cantarolando, era porque não tinha mais salvação pra mim.

Tava dando certo, por Belzebu.

— Ji... Esqueci meu sabonete, cê pega na bolsa pra mim? — Jungkook pediu pouco tempo depois, interrompendo minha tentativa de estabelecer uma amizade verdadeira com a privada suja, a única que poderia me afastar da avalanche de tesão sentida pelo meu amigo de infância. — Tá em uma bolsinha na parte do zíper grandão.

— Tá — concordei. Abri a bolsa (novinha e ainda desconhecida por mim) e achei a necessaire (antiga e que eu tava mais que acostumado). Abri a necessaire, já até imaginando onde taria o potinho do sabonete: bem ao lado da caixinha das escovas de dentes.

E tava lá mesmo, aquele lado de Jungkook não tinha mudado durante aquele tempo distantes (como se duas semanas fossem suficientes para mudar alguém). O problema foi um artefato inédito que encontrei lá no meio.

Uma camisinha.

Fiquei quieto. Não pensei demais sobre aquilo e nem sobre o que eu tava sentindo. Apenas abri a caixinha do sabonete — era o favorito do Jungkook, tinha cheirinho de limão siciliano — e o peguei. Sim, Jungkook era gostoso e cheiroso.

— Vou jogar, fica esperto! — ameacei, com uma vontade louca de acertar a cabeça dele, só de vingança por tar me fazendo passar por mais variações de tortura.

— Credo, Ji, é sabonete! Vai escorregar da minha mão — reclamou, em um tom de voz meio manhoso. — Larga de ser preguiçoso e traz até aqui!

— Pulguento folgado! — resmunguei, mas aceitei minha derrota. Eu me levantei e dei a volta no banco até o chuveiro dele.

E era óbvio, óbvio, ÓBVIO!!! que não tinha como dar certo, puta merda! Assim que me virei, já dei de cara com Jungkook me encarando com uma expressão de puro deboche e satisfação em ter me feito levantar essa minha bunda preguiçosa do banco.

O problema era que, por mais que eu tivesse mais do que acostumado com aquela expressão, ela junto dos cabelos negros longos e molhados grudados no rosto, dos caminhos que a água fazia no corpo nu e nos pelos e... Ai, que corpo delicioso, nem sei como descrever melhor. Era um corpo que pedia por uma sentada, sabe? Daquela vez, não consegui evitar de olhar para as outras partes dele também, mas quis morrer quando percebi. Eu era um tarado sujo e horrível.

Enfim, tava difícil a situação.

Vesti a minha melhor expressão de revolta pra tentar apagar o brilho de "pelo ódio de Belzebu, Kook, só uma chupadinha, só uma sentadinha" do meu olhar. Ele abriu a mão pra receber o sabonete e enterrei ele lá com força, cheio de ódio e tesão reprimido.

— Ai! — resmungou e vestiu um biquinho manhoso. — Cê tem que parar de esquecer que tem essa força bizarra. Pensei que cê fosse um morcego, não um cavalo.

— Para de chorar, pulguento, não é como se algo desse tipo fosse te machucar! — Tentei me afastar, mas ele segurou minha mão com a sua, o toque escorregadio e gelado pela ducha.

É por isso que Deus não existe. Ele não permitiria essas coisas. Belzebu, por sua vez... Eu o xingaria com todas as minhas forças!

— Mas dói mesmo assim! — contestou e me puxou um pouco pra mais perto, mas não perto o bastante para que eu me molhasse. — Devia ter te deixado desmaiar de anemia, seu escroto! Quero ver cê ter forças sobrando pra isso.

— Que pulguento lamentável... Só tem forças pra me contestar se for quando eu tiver fraco de fome — provoquei, sabe-se lá por quê. Eu não era do tipo que provocava muito. Muito menos o Jungkook, porque a retaliação dele costumava ser mil vezes pior. E porque se só nos provocássemos o tempo todo, os dezoito anos de convivência teriam sido mais difíceis ainda.

— Que mentira, consigo te peitar até logo depois daquela ceia que cê fez ontem no meu pescoço — devolveu, mas soltou a minha mão para levar a sua pra perto do meu rosto. — Mas dessa vez quero uma compensação! Um beijinho pra sarar onde você fez doer.

— Nem fodendo que eu vou beijar a mão de um cara pelado, viadagem tem limites!

— E cê é viado? — ele perguntou, rindo.

Foi claramente na brincadeira.

E eu fiquei quietíssimo, incapaz de disfarçar.

Jungkook ficou me encarando por mais uns longos segundos, apenas o barulho da água batendo no chão marcava presença. Eu quis morrer, de verdade. Por que eu não tinha conseguido lançar um "viado? Eu? Viado, você diz? Veado não é aquele bicho com chifres? Você me chama de morcego, mas acho que podemos sair um dia pra caçar um veado, tipo nossos pais, será que existe no nosso continente"?

Qualquer coisa era melhor que aquele silêncio que atestava com todos os certificados possíveis o fato de eu ser um grande viadão. Eu me sentia como um gado marcado com um "selo homossexual" no rabo.

E eu era um viado em um vestiário com um homem pelado. Que merda. Puta merda. Jungkook com certeza pediria pra eu meter o pé dali. Com educação, claro, quando ele não era implicante, era bastante educado, mas...

A mão grande que pediu um beijinho buscou minhas bochechas, apertando-as. E eu, que tinha virado o rosto até então, encarei-o de volta, encontrando um sorrisão gentil.

Que droga, ele era um tesão e fofinho ao mesmo tempo. A morte doeria menos.

— Que jeito inesperado de contar sua orientação sexual pra mim, Ji... — brincou, e quase desmontei. Jungkook não achou estranho. — Só vou terminar o banho e a gente conversa, calma.

Concordei e voltei a sentar no banco e a encarar minha amiga privada. Claro que eu não me ajudei e dei uma última olhada — sem querer — no Jungkook esfregando seu corpo maravilhoso. Meu coração ainda estava na garganta. Tudo tinha passado rápida e tranquilamente, mas mesmo assim meu corpo parecia até sem forças de tanto nervosismo.

Quase que tudo deu errado.

Ouvi o chuveiro ser fechado. E os passos de Jungkook até sua bolsa. De canto de olho, vi-o pegar a toalha, a cueca e uma bermuda. Continuei olhando fixamente pra privada, mesmo sabendo que ele já tava vestido, assistindo de canto de olho a ele guardar os pequenos frascos de xampu, condicionador e aquele maldito sabonete. Pegou a camisinha, e eu gelei.

— Quer uma camisinha aí? — ele perguntou como quem não quer nada. Nada além de alugar um triplex na minha cabeça, claro.

— Pra quê?

— Sei lá, fazer balão, enfiar o braço, qualquer coisa. — Deu de ombros e sentou-se ao meu lado, encarando a privada com o mesmo afinco que eu. — Tá sobrando. Meus pais todo dia me dão uma nova, como se eu fosse uma máquina de transar só porque tenho dezoito.

— Então você já transa? — acabei perguntando. Sim, eu me arrependi quase que imediatamente.

Jungkook riu.

— Não, mas até que tenho curiosidade — respondeu com certa leveza. — Cê não?

Fiquei quieto. Não tinha muito como eu responder que tava doido de vontade de transar com ele.

— Se você tem curiosidade, devia ir atrás. Tinha uma menina do meu lado na arquibancada que parecia mais do que pronta... — respondi, para ignorar a pergunta dele melhor. Tentei dar de ombros, torcendo com todas minhas forças para que tivesse sido convincente. Jungkook riu baixinho.

— Você acha que sou hétero?

— Você não é atraído por garotas?

— Também — respondeu, e ficamos em silêncio mais uma vez. Foi ele quem o quebrou: — É por isso, Ji?

— O quê?

— Que cê ficou meio afastado nos últimos dias? Ficou com medo que eu não aceitasse sua orientação sexual?

— Ah... — murmurei e encarei as mãos que entrelacei no meu colo. Eu não conseguia falar nada.

— Relaxa, Ji, cê não precisa falar nada. — Puxou meus ombros para um abraço caloroso. Jungkook era sempre tão quentinho... — Quando eu percebi que me sentia atraído por garotos, também fiquei cheio de medo, sabe? Me afastei dos meninos do time e escondo até hoje com medo deles me tratarem diferente por causa disso. Imagina no vestiário... Eles acharem que tô olhando pra eles e tudo mais?

Assenti com a cabeça, ouvindo com atenção. Eu me sentia daquele jeito, mas era diferente. Muito. Eu não era amigável como Jungkook para ter medo de que outras pessoas me enxergassem com outros olhos. Eu tinha medo de que ele me enxergasse com outros olhos, até porque eu, de fato, desejava-o. Jeon Jungkook. Meu amigo de infância. Nenhum outro me atraía. A confissão da minha orientação sexual era a metade do caminho para Jungkook perceber que eu tava doido por ele.

E o que aconteceria se ele percebesse? Cada vez parecia mais impossível ele gostar de mim de volta e seria horrível. Seria desconfortável beber sangue e, o pior de tudo... eu não poderia mais ser um amigo tão próximo dele.

Bem, se fôssemos realmente próximos. Minha amizade com o Jungkook era um pouco estranha. Apesar de estarmos juntos desde sempre, não sei se eu poderia chamá-lo de melhor amigo, porque tem muita coisa que não contávamos um pro outro. Passávamos muito tempo juntos, mas quietos. Nós não sabíamos nem a orientação sexual um do outro...

Mesmo assim, era a única amizade que eu tinha. Eu não conseguia me aproximar de humanos. Desde pequeno, sempre que eu tentava brincar com algumas crianças, acabava sendo temido por elas. Só Jungkook tava lá, e só Jungkook ficou.

E eu não sabia o que fazer sem Jungkook... Era realmente uma merda colossal eu sentir tesão por ele. Eu daria de tudo pra conseguir substituir a cara dele por um cantor pop bonitinho das paradas. Imagina um photoshop automático toda vez que eu começasse a fantasiar? Seria tudo.

— Na verdade, eu tenho que te agradecer, porque apesar de não ter te contado, cê foi o único que eu não fiquei meio receoso de chegar perto, Ji... — ele contou e, em vez de feliz, eu me senti mais destruído ainda. — Meu olhar pra você não vai mudar, não vou achar coisas erradas sobre coisas que cê não sente. Sempre vou ouvir primeiro, tá?

Eu era um amigo de Jungkook. O amigo de infância dele. Eu era seu ponto de segurança, não podia ficar o desejando daquele jeito. Ele me apertou ainda mais aquele abraço gostoso, e tentei não respirar fundo demais porque seu cheiro também me inebriava.

E Jungkook, que jurava ter me libertado do medo de ser mal compreendido pelos meus olhares, apenas me enclausurou mais. Porque, da minha parte, eles carregavam todas as minhas intenções, desejos e anseios.

»»🐺««

Bem, promessa feita é promessa paga! Gostaram do capítulo?

Não sei se consigo comentar muita coisa por aqui porque tô real mto nervosa com o resultado das eleições frente à tentativa de golpe absurdo vivida pelo nordeste. Muito obrigada a todo mundo que votou para tirar esse monstro do poder.

Beijinhos de luz e a gente se encontra por aqui de novo fevereiro do ano que vem! (e se vc pulou os avisos, leu o capítulo e se frustrou com a demora, não venha reclamar, por favor. É muito desgastante lidar gente mimada e arrogante; o mundo não gira ao redor do umbigo de ninguém. Obrigada.)

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