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CAPÍTULO 1

Eu estava começando a ter uma estranha queda por seres humanos.

E, merda, aquele maldito grupo de estudos não cooperou comigo. Por conta dele eu vou acabar chegando atrasada, coisa que a minha chefe deixou claro, tão claro quanto as letras garrafais em vermelho, grifado e negritado, do contrato poderiam ser.

Dia perfeito para a minha recém descoberta simpatia aflorar e eu começar a conseguir entrar em uma conversa de verdade com meus colegas de turma.

Para ser sincera, não tinha tentado tanto assim ter um maior contato com eles. Acho que minha cara de desespero para o trabalho, que eu não fazia ideia de por onde começar, contou para terem pena de mim e se juntado para me ajudar.

No final, ao contrário do que imaginei, eles foram receptivos e bem bons de conversa. Resultado: acabei me embananando no horário.

Abro o GPS, checo a hora e percebo com um leve alívio que uma das minhas opções não existe mais: não dá para voltar para casa, trocar de roupa, e conseguir chegar a tempo na casa da família Jung.

Eu realmente devo ter alguma ascendência em gêmeos. É deles a coisa da indecisão, não é?

Ótimo, agora eu estou devaneando na pior hora para isso. Deve ser defeito de algum outro signo.

Voltando ao assunto principal, o alívio se deve ao fato de que simplesmente não posso ter opções, é proibido para pessoas indecisas. Sempre levo a pior na hora das escolhas.

Sem a possibilidade de voltar para a casa, me resta outro problema: não posso ir dar aulas com uma camiseta branca de alcinhas. Apesar de não ser cláusula contratual para dispensa, por aqui é quase uma blasfêmia usar roupa decotada na região dos seios, o que me deixa bem encucada, já que as saias, minha gente, elas são curtas até para os padrões tupiniquins.

Essa lógica nunca vai me atingir.

É o problema — quantos problemas, não? — de brasileiro, que acha que algum dia passou frio no Brasil, e descobre morando em outro país as famosas temperaturas abaixo de zero.

Neve e frio o tempo todo só são bons quando... Eu sinceramente já nem tenho essa resposta. Adoro o inverno, mas tudo tem limite e uma hora o corpo humano começa a reclamar graus positivos, de preferência ali perto dos vinte.

E então a primavera vem destruindo todas as minhas expectativas de um calorzinho. Até que em um belo dia da estação, Deus resolve atender aos meus pedidos e permitir que o clima dê uma melhorada.

É nesse momento que o cérebro dá pane total e manda a etiqueta coreana para o ralo.

Olhando ao redor eu busco opções viáveis para remediar a situação, mais conhecidas como lojas de roupas mais próximas, já pensando em o que fazer sem o maior salário que recebo se meu cérebro, ou a má localização, não colaborarem.

Antes de dar o próximo passo, sou bloqueada por algo sólido.

Perco o equilíbrio, deixo cair os livros que carrego em meus braços e vejo o mundo em câmera lenta ao sentir todo o meu peso sendo levado ao solo enquanto tateio desajeitadamente pelo ar à procura de um apoio inexistente.

Fecho os olhos esperando o impacto, que não vem.

— Senhorita. Pode abrir os olhos. — Uma voz grave soa muito perto.

Tão perto quanto o ar quente que toca o meu rosto, ou os braços firmes envolvendo minhas costas e o que eu imagino que seja uma perna tocando a lateral da minha coxa.

Abro um olho e então o outro, minha visão custa a focar. Os pixels se organizam formando a imagem do que penso ser um rosto masculino logo acima de mim e quase volto ao chão.

Mas pela misericórdia meu salvador somente tira as mãos de mim quando percebe que estou perfeitamente estabilizada.

Com vergonha demais para encará-lo, foco no negro de sua camisa e nada mais. Não há possibilidades de olhar para o moço depois disso sem assumir a linda cor de um tomate maduro.

Disfarço checando meu corpo à procura de qualquer sinal de machucado, mas estou bem.

— Me desculpa. — Endireito a coluna usando meu coreano mais formal. — Eu estava distraída e...

Meu Deus.

O Olimpo desceu bem na minha frente e é para glorificar de pé, igreja.

— Não tem do que se desculpar. — Ele sorri respondendo com aquela voz profunda que eu quase posso ver envolver as palavras e é quando escuto o impacto do meu celular no chão.

Meu Deus, Mina, quem faz isso?

Mas é um verdadeiro milagre que eu não esteja lá, estatelada na calçada, junto do aparelho.

— Eu estava distraído conversando com meu amigo. — Aponta para o rapaz ao seu lado. Não o vejo, mas sei que ele ri de mim. Eu faria o mesmo, sem ressentimentos. — Também é culpa minha.

Um gato, e, meu Deus, que gato, comeu minha língua. A risada do amigo sobe alguns tons.

— Ainda assim. — É sério mesmo que minha voz vai ficar rouca justo nesse momento? Meu corpo está me traindo na cara dura. — Perdão. — Baixo o olhar lembrando do aparelho e também vagamente de ter algo em meus braços antes do deslize.

— Me deixe ajudar.

Ele se abaixa catando tudo e eu acabo só pegando meu celular mesmo.

— Aqui. — Me estende os livros que eu pego sem graça.

S-E-M G-R-A-Ç-A! Eu, Mina, sem graça. Era só essa que me faltava.

— Mais uma vez, me perdoe.

— Não tem problema nenhum. — Seus olhos quase desaparecerem com o sorriso.

O efeito em mim é imediato. Minhas pernas viram gelatina e meu estômago dá um triplo mortal carpado.

Eye smile, aegyo sal, sorriso de olho, não importa o nome ou a língua, ele deu um novo significado a cada uma dessas expressões.

Passa tempo demais antes que eu consiga formular uma resposta sã, e a verdade verdadeira é que só acordei do transe depois de ouvir alguém coçar a garganta.

— En – en. — Gaguejo, escuto mais uma risada. Já deu de zoar com a miséria da moça aqui. — Então, 'tá' tudo certo. Obrigada.

Me curvo em reverência algumas vezes e me viro para sair. A porta da cafeteria, onde tudo aconteceu, se abre absorvendo aquela voz grave.

Dois passos e já estou reconsiderando voltar e tomar um café.

Mas antes de obedecer meu cérebro, algo me chama a atenção: uma banca geek com camisas de diversas estampas, todas convenientemente de manga e a poucos metros.

Pego a primeira que encontro. Ela tem um imenso "ttebayo" na frente, a adolescente dentro de mim sorri nostálgica.

Pago saindo apressada. Preciso de um lugar para me trocar, e olha, olha se não é coisa de Deus, bem ao estilo Edson e Hudson de ser, a cafeteria — sim, aquela cafeteria! — a não mais que quatro metros de mim.

Presa entre o fogo na bunda e o bom senso, eu discuto com meu cérebro sobre entrar ou não. Chegamos ao consenso cuidadoso de que disfarçadamente passarei na frente e se o cara do eye smile lindo estiver lá, então eu...

A quem eu quero enganar? É lógico que eu vou entrar, ou não seria eu, Mina.

Elimino a parte do disfarce, já que eu não sei fazer nada que exija tal habilidade e, reunindo a dignidade que me resta, só entro pela porta me dirigindo ao caixa e pego meu café.

Não quero envolver qualquer tipo de divindade nessa confusão em que me coloquei.

Ciente de que estou aqui por meus próprios atos desavergonhados, sentada na mesa logo atrás da dele, o moço do eye smile, olhando para a nuca mais fofa que já vi na vida e tremendo igual vara verde, só consigo visualizar um gigante ponto de exclamação.

Pela primeira vez na vida, eu realmente não faço a mínima ideia do que fazer.

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Eye smile designa a forma de lua crescente que os olhos tomam ao sorrir. Sorrir com os olhos.

Aegyo sal: nome dado na Coréia do Sul a bolsinhas de gordura abaixo dos olhos que em algumas pessoas aparecem naturalmente ao sorrir.

Ttebayo é uma expressão utilizada constantemente pelo personagem Naruto no anime de mesmo nome.

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Nota da Autora:

Heey, babes.

Comecemo!

E aí, me contem. O que acharam? O que vocês imaginam que a migle Mina vai fazer agora?

Não esqueçam do voto, por favor. Isso ajuda demais a migle aqui.

A VanessaRasfaski me diz que toda vez que lê Mina só lembra de "Mina, seus cabelo é da hora...". kkkkkk Mas eu juro que adoro o nome.

Tenho algumas explicações de referências e também sobre a Coréia, que pode ser um pouco desconhecida para alguns de vocês, e algumas coisas podem causar estranheza:

- O título do capítulo é um trocadilho com a música "You Smile, I Smile" do Justin Bieber.

- Eyesmile é a palavra em inglês utilizada para significar o sorriso dos olhos, e, além de achá-la fofa (não sei porque mas a tradução não me basta, acho que a palavra eyesmile me traz o significado mais real e fofo), sua pronúncia soa exatamente da mesma forma que "I Smile".

- Diferentemente do Brasil, na Coreia do Sul há diferenças entre discurso formal e informal. Você somente fala informalmente com alguém, digamos, se a pessoa permitir ou se for alguém muito chegado. Por isso a Mina falou em tom formal com o rapaz que não a deixou cair.

- Na Coréia do Sul ombros e ombros são meio supervalorizados, é sexy mostrá-los. Por isso e desespero da Mina de chegar na casa dos alunos de camiseta de alcinha.

- Alguém pegou a referência do "ttebayo"? Pufavosinho, digam que sim. rs


Então, até o próximo.

Espero de coração que tenham gostado.

Ah.. por sinal, a Mina tá assim antes do incidente com o café, ó:

Beijinhos =*

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