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❁ capítulo 22 - Vida que segue .


(1865palavras)


Os dois sabiam que os problemas tinham sido eles a arranjar, mas só restava enfrentar,  a muito tempo que  deixou de ser uma simples curtição e passado a uma paixão avassaladora que nenhum dos dois conseguia explicar. 

— Não é uma questão de problemas não acabarem, fugir nunca foi solução para ninguém ! —  ela devolve o selinho a ele. — está na hora de ir, preciso descansar !  Preciso de pensar ! Tenho algumas semanas para resolver a minha vida e ir para Zurique !

— Sempre vai ? Pensei que.. — ela manda ele calar .

— Você, pode ir comigo!  Você, é um ótimo cirurgião, de certeza que arranjaram lá algum hospital... Eu sei que foi o Richard que arranjou para mim, mas você com o seu currículo arranja facilmente.

— Eles estão a espera do Owen...

— Derek, para com dramas, eles estão a espera de mim, o Owen ia sem trabalho!

Derek, fica a pensar, ir assim sem certezas de nada, nunca tinha trabalhado na Europa, e se não conseguisse ? Para Cristina, seria uma tremenda desilusão!

— Sei que você e orgulhoso, eu também seria, mas ... Pensa, longe disso tudo... — dizia ela olhar para ele.

— Está bem, eu conheço médicos na Suiça, vou ver como está em termos de trabalho, também não quero ficar longe de vocês... E eu sou bom no que faço... — ele beija ela . — Vou falar com o owen amanhã.

— É sim,  não só nos cérebros. — Diz ela dando um sorriso .— Mas agora vai embora, o menino precisa de descansar!

Derek, mesmo contra vontade obedece, o pouco que conhecia da Cristina, sabia que ela não ia autorizar ele a dormir lá, mesmo que essa fosse a vontade dos dois, os beijos que trocaram dizia isso.

Quando chegou ao carro ainda pensou ir a polícia apresentar queixa.

"Bater a uma mulher é a maior cobardia que um homem pode fazer, mas preciso centrar-me no Fredy" , ele sorria quando punha o carro em marcha, "Ele é perfeito! Vai ser um grande neurocirurgião, pior é Cristina aceitar, isso!" A gargalhada que ele deu, a muitos anos não ria, porque as mentiras consumiam tudo dele.

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Já Mark, tentava livrar-se do Owen que não fazia questão de ir embora, então ele resolve ligar para amiga dele, a Teddy era a melhor opção até agora .

=> Teddy, preciso que venha a minha casa buscar o Owen!

Ela responde prontamente, ele não quis aprofundar a questão, respondendo a mensagem dela dizendo, que é grave.

"Eu juro que não tenho nada haver com isso, mas tou envolvido até o pescoço." — pensa ele enquanto, vai se sentar junto ao Owen que estava numa depressão profunda.

Teddy, até chegou rápido, veio com um fato de treino e um casaco, Mark empurra ela e tenta explicar o que aconteceu.

— Cristina, traiu ele com o Derek! — Dizia ele tão rápido que Teddy desata a rir a pensar que era brincadeira.— É sério Altman, Frederick não é filho dele! É do Derek!

— Não posso ? Sério mesmo ? Cristina saltou a cerca ? Com o Derek? — ela fica a olhar para o amigo, vai andando passinho em passinho até chegar nele estica a sua mão e dá um abraço.— vamos falar Owen, vamos para minha casa e falamos .

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A noite não foi fácil para nenhum dos três, apesar de tudo o Derek foi o que dormiu melhor, mesmo que amanhã fosse falar com o Owen, o alívio que ele sentia, era enorme.

Já por Cristina, só pensava em abandonar Seattle, mas o receio que o Owen não permitir era tão grande!

"Devia ter abandonado isso assim que pude, Richard tinha razão ! Sinto que não vou conseguir ir para Zurique. " — Os pensamentos invadiam a mente dela, que rodava na cama sem arranjar uma forma confortável para dormir !

Quando finalmente acaba por adormecer, Frederick aparece ao seu lado com o peluche na mão.

— O papá não dormiu em casa ?

— Não fred, ele não dormiu, talvez não durma mais! Não fica triste, nós vamos arranjar um solução, ok? — Ele começa a chorar.— Um rapaz não chora !

— chora sim, o papá diz que quando estamos tistes podemos, chorar !

— Triste! Mas tens que habituar a ideia de seres filho de pais separado!— Ela esqueceu-se que falava com uma criança que só para o mês que vem fazia três anos.— O teu pai agora arranjara outra familia, e terá outros filhos... — Ela nem acaba de falar o menino começa a chorar compulsivamente.

— Ele bem disse que eu não era filho dele... O papá não gosta de mim porque fui atopelado... Foi sem querer! — Ela pega o filho ao colo da festinhas na cabeça meio a medo, não estava habituada a esse contato com o menino, normalmente o Owen fazia isso.

Aliás o Owen fazia tudo, desde o banho a alimentação, depois que ele deixou de mamar e mesmo quando era altura da amamentação, havia alturas que Cristina adormecia e Owen pegava no bebê e ajeitava o seio da esposa para que Frederick mama-se, visto que inicialmente o instinto maternal ainda, não estava aprimorado!

"Ele tem direito a estar chateado comigo, mas o menino não tem culpa. Ele é um monstro!"

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Derek, descobre onde está o marido traído e vai até a casa de Teddy, que evita ao máximo a entrada dele, mas ele ignora o pedido dela e da um pequeno empurrão entrando na casa dela, chamando pelo nome do Owen !

— Owen ! — ele aparece saindo do quarto, já vestido.— Temos que falar !

Ele solta um gargalhada achando inacreditável que, Derek acha-se no direito de falar seja o que fosse.

— Eu? Eu não tenho nada para falar contigo, alias você como tem o desplante de vir aqui tentar falar seja o que for ?

— Vamos falar como pessoas adultas, eu sei que deves estar magoado, mas acredite mesmo que seja difícil, foi mais forte que nós !— Derek tenta chegar perto.— Mas o que me trás aqui não é, a traição, é sim o menino !

— O que tem o Fred? — Owen segura-se a porta para, não perder a cabeça e bater nele. — você é muito cara de pau, não é?

Derek ignorava a forma agressiva que Owen falava.

— Eu acredito que esteja confuso, chateado , mas temos que falar!— implorava ele para que o Owen ouvisse.— Sobretudo, não é fugir que resolvemos as coisas ... — Owen aponta o dedo e vai chegando perto do Derek, Teddy coloca a sua mão em cima do ombro do próprio para acalmar.

— Confuso? — pergunta Owen revoltado.— Eu estou destruído por dentro, Não há nada para falar sobre o meu filho. Sai daqui! — Teddy sussurra ao ouvido dele, para que tenha calma.

— Tente ouvir, nós sabemos que erramos, nós somos humanos Owen, humanos erróneos! E eu não arrependo-me lamento! Não vim aqui pedir desculpa, apesar de a reação que você teve com Cristina não fosse a melhor, bater a uma mulher ? Nem eu fiz isso e você sabe que eu já estive na sua posição! — para surpresa da Teddy, ela não fazia ideia que Owen tinha agredido a Cristina.— Às coisas podiam ser de resolução fácil bastaria eu fazer queixa de si! Todo mundo sabe a forma absurda que você trata a sua mulher.— Derek da um passo para trás.— Ou melhor a sua ex mulher!

— Que eu trato a minha mulher ?  Bati sim e bateria de novo se fosse necessário! O que ela me fez, não se faz nem a um cão! — Owen da um murro na porta, enquanto a voz do Derek se levanta.

— Não se bate a uma mulher!  Mas não venho aqui discutir isso ... Eu venho falar do meu filho!  Temos que falar seriamente sobre ele.

Owen começa a ficar vermelho com a raiva que estava a sentir, com a conversa do Derek.

— Não há nada para falar, eu se tiver que falar falo com a Cristina, além do mais isso ainda tem que ser provado em tribunal. —  Ele começa andar de um lado para outro.— Mesmo... oiça bem Shepherd, mesmo que seja pai biológico, eu sou o pai dele, um bom pai, nenhum tribunal vai querer saber de DNA nesse caso ! — Derek cruza os braços.

— Pare de ser egocêntrico narcisista, nenhum tribunal vai dar razão, a um doido como você, és um perigo para o menino.viu-se no acidente, mas eu não vim aqui para discutir e nem  estou a impedir de ver o Fred, estou a tentar resolver isso da melhor maneira para ele. — ele se afasta ao ver que o Owen estava a sair do controle.— Mesmo assim, eu e Cristina mais o NOSSO filho, temos o direito de ser felizes. Nós vamos libertar vocês e vamos os três para Zurique ! Você e Meredith, não necessitam olhar mais para nossa cara, eu só tenho pena que você não entenda que nós, não controlamos aquilo que sentimos . — Owen agarra Derek pelo colarinho do seu casaco, tentando bater-lhe.

— Owen ! — gritava Teddy tentando separar o amigo do Derek. — Não Shepherd você não tem direito a nada, o Owen pode ser esquentado mas eu não admito que você venha a minha casa armado em macho latino, dono de uma verdade que não existe! — Owen solta Derek após amiga começar a defender ele.— Ele irá resolver com a única pessoa que tem que resolver, que é a Cristina ! Não você ! Você não é nada a essa criança ! Por isso sai daqui ! — Derek não consegue responder a ela e sai do apartamento, enquanto, ela abraça o amigo. — É um idiota! Vais tentar acalmar e amanhã falas com a Cristina mas com calma sem voltares a bater a ela ... Aliás Owen ! Agrediste ela ? — Diz ela indignada com ele.

— Foi só um estalo! Perdi a cabeça!— Teddy cerra os lábios e diz não com a cabeça.

Owen não esperou pelo dia seguinte, era final da tarde, Teddy conseguia observar o medo a atravessar o rosto dele, ele temia que, ela conseguisse tirar o seu filho, ainda estava tudo muito a quente, ele solta-se da Teddy e sai de casa dela , ela mantém a sua cara fechada, achava que era cedo para ele falar, mas também não podia impedir, ele deixou o carro e foi a pé, para  esfriar os seus pensamentos, a vontade era muita em resolver as coisas.

Caminhava para a casa que antes era o seu lar, o seu espaço, quando  o vazio tão profundo invade o seu peito, causando um aperto tão forte, as lágrimas preencheram o azul do olhos dele, os pensamentos eram angustiantes, ele pensará ir ao farol de Seattle, e acabar com a dor que estava sentindo.

A traição que sofrerá nem se lembrava mais, mas sim o roubar do filho atormentava, ele não ia suportar.
Um menino passa ao seu lado com a idade aproximada de 7anos com Spider men na mão, quando lembrou-se das alturas que brincava com Frederick no chão mesmo que a Cristina, reclama-se das brincadeiras idiotas e que só faziam o filho ser infantil, era o momento de pai e filho!

Ele sairá da casa sem levar a chaves, o que deixava apreensivo com o que podia encontrar, mas ele tomará a decisão e estava sereno nesse aspeto, toca a campainha, não demorando muito para que Cristina abrisse e a voz de Frederick soasse ao longe gritando por ele.

— Podemos falar, Cristina?

░▒▓█ continua █▓▒░

 

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