(1570PALAVRAS)

— Mete uma música! —ele costumava acalmar com a música. — Sério que Owen trouxe a criança para o hospital ? Deve ser para ele ficar doente.

Dizia ela olhando para galeria, o bloco cirúrgico foi invadido pelo som do bebê a chorar.

— Mas falta muito ? Quer que eu espere aqui ou vá para sala de staff?

— Já estou a terminar Mark, eu já vou ter a sala de staff ! Ele nem devia andar nos corredores .. o que deu ao Owen dessa vez ? — desabafa ela enquanto o Mark, faz sinal que não sabia.

Ela  antes de abrir a porta respira fundo apesar de estar tudo em silêncio.

— Teve sorte ele foi beber café com a Teddy, pelo menos é o que acho ! — Cristina dá-lhe um sorriso fraco enquanto pega na mala do bebê.

Ela não diz nada, não queria mostrar que estava com uma crise no casamento apesar do Owen não facilitar as coisas.

— Obrigada dr sloan, agora se me der licença agradeço. — Sloan sai deixando ela sozinha, com uma fralda de pano tapa a cabeça do menino enquanto ele mama, mas a porta abre-se e o Owen entra. — Agradeço que não faça um escandalo agora, estamos no local de trabalho. — Ela pedia na esperança que ele não comece com os seus dramas.

— Essa criança precisa da mãe, foi a última vez que fez esse horário ! Enquanto ele não for para escola oficial.

— está a brincar comigo ? Só pode ! Você andou a beber ? Mas quem pensa que é?

— Sou seu marido. — Cristina levanta-se e arruma o peito dentro do sutiã antes de responder .

— Exatamente meu bem, você é meu marido mas não é meu dono! Então temos um sério problema! Casou-se com a pessoa errada ! — dizia ela com a voz calma.

O cérebro dela desligou-se quando o Owen começa a falar mais alto metade das coisas ela não entendeu, o que disse, preferiu assim.

— pois é! — ela segura a cabeça do bebê e tapa os ouvidos, para ele não ouvir as barbaridades que o pai dizia.— tem bom remédio arruma as suas coisas e saia de casa, você não tem a importância para mim, como tem a minha carreira, então você fica livre para arrumar uma "esposa" a sua altura.

Lá fora Teddy e Mark ouviam a discussão .

— Isso não funciona assim Cristina nos somos dois adultos, podemos falar acerca disso !

— Então ganha consciência, daquilo que falei. Fredy já dorme ! — ele mesmo com o bebê ao colo da um beijo nela.

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— Ela só necessita estar calada! — Dizia Teddy.

— Esses dois passam a vida a discutir... ! — Derek sai da  cirurgia e estranha ver os dois encostados a porta.

— Passa-se alguma coisa ?

—Ai Derek assustei-me ! — Teddy põe a mão no peito e suspira.

— É o Owen que tá dar espetáculo outra vez .

— Ele só está cansado, os dois estão! — os dois homens reviram os olhos quando vêem o Owen a sair !

Metendo o gorro na cabeça do menino adormecido. Sorri para os três, tentando disfarçar a discussão.

— Agora dorme a noite toda ! — ele sai sem falar mais nada.

Derek, aproveita que os outros dois dizem que vão descansar, já que o espetáculo tinha acabado e entra na sala.
Cristina estava a tirar um café e logo de seguida senta-se no computador para escrever num processo de um doente.

O médico tira um café e senta-se no sofá e tenta meter conversa, meio a medo visto que ela nem boa noite deu. A seis meses que não se viam praticamente.i

— Boa noite, noite calma pelo que vejo?! — Ele dá, um gole, mas ela estava tão distraída que só responde boa noite. — Deve ser difícil voltar aos turnos depois de tantos meses?

— Estou bem, ainda aguento um plantão de 24h. — Ela continua sem desviar o olhar do ecrã.

— Meredith já está cansada de estar em casa, louca para voltar! — Ele dá uma gargalhada.

— Sim, eu sei! Falei com ela anteontem. — Ela olha fixamente para ele.— precisa de alguma coisa ? É que tenho aqui tanto trabalho, para estar em conversa fiada.

O comportamento dela irritava profundamente ele, que tentava ser simpático, mas ela não autorizava, ela não deixava ninguém ultrapassar as muralhas que ela própria construirá e que eram demasiado, altas.

— Não é conversa fiada, só gostava de saber como estava? Acho que poderia baixar a guarda Yang, as pessoas perguntam aos amigos isso normalmente.

— Estou bem...! Satisfeito? — ela volta-se para o que estava a fazer, mas acaba por limpar os olhos com o cansaço.

— Afinal já não está tão habituada a fazer 24h, precisa de descansar a cabeça nem que seja uma hora.— ela revira os olhos e ele ri. — Ficando velha?

— você não tem nada melhor que fazer que irritar-me? Mas, sim, confesso, já ia para a cama! — fala ela espreguiçando.— Odeio dar-te razão! Mas não é idade, é o pequeno vitelo que tenho em casa, enfim!

— Vitelo? — Diz ele indignado!
— é verdade, oh meu caro, eu virei uma autêntica vaca-leiteira!
— Nunca vi ninguém referir-se ao filho dessa maneira!

Ela da, uma pequena gargalhada, normalmente chama o filho de pequeno vitelinho, já o Owen começou a chamar também.

— Ignore ! — Ela volta a escrever no computador, tentando manter a concentração que restava.

— Então e o seu casamento? lá fora estavam a dizer que estavam a discutir? Vocês estão bens ? 

Infelizmente o casamento já tinha visto melhores dias, eles só sabiam discutir, já não tinham sexo a praticamente duas semanas e para piorar a situação, ela voltou a trabalhar,
Owen não aceitava a distância de mãe e filho por ele a vida era um "amor e uma cabana"

— Cansaço, nem eu e nem ele dormimos durante seis meses  ! Então e você está contente de ser papá? — diz ela, levantando-se e sentando-se no sofá, finalmente baixando a guarda.

— Claro, quem não estaria ? — ela sorri.— Só não consigo ter muito tempo para ajudar ela nessa fase.

— Não consegue porque não quer, o Owen também é cirurgião e sempre esteve presente. — "até demais". — apesar da Meredith estar lá sempre, O Owen foi presente 80%, não foi mais porque não quis !

Derek, ajeita o cabelo e põe-se mais confortável no sofá.

— Cristina...— Ele da uma tossidela de nervoso.— isso vai parecer repetitivo mas, eu não consigo olhar para a cara dela quando fala de ti... Isso chama-se culpa...

— isso chama-se estupidez ! Foi chato mas acontece...

— Foi chato ? — Derek levanta-se ofendido. — sério que foi chato ?

— você está muito sensível, não foi chato nesse sentido, foi chato no outro sentido, mas acontece e não vou me culpabilizar a vida toda, por isso! Nós já falamos acerca disso Derek...

Ele fica incomodado em ter essa conversa porque, ela parecia tão fria em relação a isso, parecia que nada incomodava e, nada mesmo a incomodava ela conseguia rir e fazer se passar por uma boa amiga. 

— Foi um misto de emoções, você não ajuda muito sabia? Eu todo preocupado que você pudesse estar a sentir-se mal, mas quem fez figura de urso fui eu, até parece que me usou !

— Usei? Derek não estávamos num ponto de bebedeira que não soubéssemos o que estávamos a fazer, nós não somos crianças, se eu te usei você usou-me também. — Ela levanta-se para ir buscar água porque se sentiu incomodada. — Sempre soubemos que tínhamos mulher e marido, o caso entre nós foi só uma aventura, então não vale a pena falar mais disso! Eu acho que não! E... eu não quero mais falar disso! Agora vou dormir um pouco e não venha atrás de mim por favor! Para chato já tenho o meu marido!

— Entendo que não queira falar, mas ... —ele sorri para ela, que estava a espera para ir embora.— mas não acredito que seja verdade, essa é verdade que você quer transparecer, mesmo que o seu casamento esteja uma porcaria como acredito que esteja. — ele engole o nó que tem na garganta para que a voz não se perca.— você não sente culpa porque você gostou... —Cristina sorri mesmo que a noite não estivesse a correr bem.

— Eu acho que quem gostou foi você dr Shepherd! Agora vou descansar.  — Ela sai da sala, Derek ainda dá um passo para segurar-la, mas logo se arrepende e fica parado.

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Quando Meredith se levanta da cama para ir fazer o seu xixi habitual de grávida olha para roupa íntima e vê um corrimento acastanhado, não era altura para isso, ela só tinha 26 semanas de gestação, a pressão que tinha no baixo ventre também não era normal.

Ela ligou para a única pessoa que confiava e que queria ter junto.

— Cristina, acho que estou em trabalho de parto. — dizia ela com uma voz de medo.

Amiga acorda sobressaltada.

— Como assim? — Meredith explica todos os sintomas sentidos. — vou pedir para o Derek ir aí, mas chama uma ambulância, isso vou chamar uma ambulância é melhor que esperar um de nós.

— Calma Cristina, você vem buscar-me! Não quero que ninguém saiba até termos certeza, aliás não estou sozinha em casa...

Só que a amiga não queria essa responsabilidade, porque se lembrou do que se passou com o primeiro aborto dela, ela diz que sim, mas vai correr a procura do Derek, que se encontrava no refeitório.

— Desculpa, você precisa ir à casa, Meredith diz que está em trabalho de parto, mas queria confirmar sem te preocupar, mas eu achei melhor alertar, queres que vá ou vai você?— Dizia ela para o Derek deixando ele e o amigo com ar preocupado.

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