♡ Capítulo 05 ♡
Não era se espantar todos aqueles olhares sobre mim, ou melhor, sobre Samuel que andava ao meu lado, com um sorriso alegre estampado no rosto. Mas não minto, toda aquela atenção estava me incomodando, ainda mais, porque eu recebia apenas olhares ferozes e intimidadores.
— Mia? Está tudo bem? — Samuel parou a caminhada e pegou na minha mão, o que aumentou mais ainda o clima pesado sobre nós.
— Nada. — me soltei dele e continuei caminhando, deixando-o para trás.
— Mia!
Ele veio atrás de mim, acelerei o passo e sem perceber, vou de encontro as costas de alguém.
— Ei, me desculpa. — pedi, alisando a minha testa dolorida.
— Você está bem? — o cara virou-se pra mim. Ele tirou a franja do olho e arrumou o cabelo escuro e ondulado, curtinho que lhe dava um ar de rockeiro.
— Estou. Eu acho.
— Que bom... você é nova, certo?
— Sim. Me chamo Milena. Prazer. — estiquei a mão para cumprimenta-lo. Ele olhou pra ela e depois pra mim, confuso. Continuei sorrindo, disfarçando o incômodo que senti.
— Prazer, sou Nathaniel. — no final, sorrimos e pude notar que ele tinha covinhas fofas e simpáticas.
— Mia. Você está bem?
Samuel apareceu e me avaliou da cabeça aos pés, preocupado. Acho que nem notou a presença do Nathaniel que franziu o cenho, ao ver Samuel me avaliando. Eu o afastei de mim, constrangida com toda aquela atenção.
— Olá, professor.
Samuel olhou para Nathaniel e o ignorou. Nathaniel se afastou, dando um tchau com a mão e eu tentei segui-lo.
— Eu estou bem, Sam. Acalme-se!
— Tome cuidado! Poderia ter se machucado.
— Eu não sou criança. Me deixe!
— Você não tem aula pra ensinar, professor ?
Rodrigo apareceu do nada e eu quase saltei pra trás com a aparição dele. Samuel e ele se entre-olharam e eu senti de longe o clima estranho entre os dois.
— Ela é nova e precisa de alguém para acompanha-la.
— Eu faço isso.
Arregalei os olhos, intrigada. Rodrigo me odeia e quer me ajudar? Estranho, hein.
Samuel fechou a cara, parecia ter ficado irritado. Ele me deu uma última olhada e seguiu em frente, sem antes esbarrar no ombro do irmão e lhe lançar um olhar fulminante. Logo ele sumiu, entrando em uma das salas aberta e fechou, batendo a porta.
— Oque deu nele? — balbuciei.
— Fique longe do meu irmão. Se não... — Rodrigo me ameaçou. Tremi por dentro, mas não iria abaixar a cabeça agora.
— Seu irmão só quis me ajudar e outra, você não é nada meu pra me dar ordens. Faço o que quiser e quando eu quiser. Licença. — passei por ele, de cabeça erguida, mas sou puxada pelo braço, encostando no armário. Rodrigo aproxima seu rosto bem ao meu e engulo em seco.
— Não se aproxime do meu irmão. Você entendeu? — ele repetiu devagar. — Você não o conhece e é melhor que não conheça.
— Eu… — ele me deu as costas e foi embora.
Queria saber qual o problema desse povo? Será que foi boa ideia eu ter vindo para cá? Não imaginava que logo no primeiro dia eu teria problemas. Mas Deus pediu para eu continuar firme e crendo nEle e é o que vou fazer.
Caminhei pelos corredores da universidade, tentando encontrar minha sala. Já devo estar atrasada, mas explicarei ao professor o motivo. Espero que ele entenda.
— Sabia que estava perdida. — Nathaniel apareceu, com um sorriso no rosto. — Quer ajuda, madame?
— Eu? Madame? Nem hoje e nem nunca. — Sorri. — Mas aceito a ajuda.
Em alguns minutos, eu já estava de frente à minha sala, respirando profundamente, porque talvez, iria levar uma bronca bem dada do professor. Mas… fazer oque, né? A culpa não era 100% minha, mas eu tinha que assumi-la, como se fosse.
Nathaniel encostou-se no batente da porta e me ficou me observando com um olhar divertido.
— Oque foi?
— Você está tremendo. — olhei para minha mão e era verdade, eu estava trêmula.
— Quer ajuda?
— Não. Sei me virar sozinha.
— Mas você está me atrapalhando.
Franzi o cenho. Se eu estava atrapalhando, porque ele ainda estava aqui?
— Você está me impedindo de entrar na sala e assistir a aula.
Demorei uns segundos pra raciocinar e quando entendi, abri a boca, surpresa.
— Vamos. — Nathaniel nem se explicou, ele pegou na minha mão e abriu a porta, me puxando para dentro da sala. Fiquei mais espantada, quando vi Samuel escrevendo na lousa e me lançando um olhar curioso, ao me ver com outra pessoa que não era seu irmão.
— Senhor Everdeen. O que está fazendo segurando a mão de uma aluna? — Samuel ficou sério e eu não gostei.
— Estou ajudando, professor. Ela é nova e estava perdida no meio do corredor.
— Aonde está Rodrigo, Milena?
— Ele... bem… me deixou.
Samuel piscou, irritado. Deu um longo suspiro e pediu para sentarmos.
— Ele é sempre assim? — Sussurro para Nathaniel que coloca a mão na boca, disfarçando uma risada.
— Não… só quando falam do irmão.
— Porque?
— Logo, logo vai saber. Prefiro não falar nada, meu melhor amigo me mata. — ele riu.
— Você tem um melhor amigo?
— Tenho. Ele é legal. Capitão do time de hóquei da universidade. Às vezes, é um grande idiota, mas a gente releva. Amigos são pra isso.
— E deixa eu adivinhar? Você é o vocalista líder de uma banda de rock e tem um milhão de garotas aos seus pés?
Nathaniel deu uma gargalhada tão alta que chamou a atenção da sala toda, Samuel o deu um sermão e eu me encolhi no lugar, envergonhada.
— Sou líder vocalista, sim. Mas não de uma banda de rock, mas sim do grupo de jovens da minha igreja.
— Sério!? Você é cristão? — Nathaniel admitiu e eu não consegui esconder a minha felicidade. — Que incrível! Eu também sou, além de ser filha de pastor.
— Então é melhor eu me afastar, antes que seu pai descubra e eu entre numa enrascada. — dei um tapa no braço dele. Ele deu de ombros.
— Bobo. Meu pai tem cara de bravo, mas é um amor.
— Se for divertido como você, pode até ser.
Senti minhas bochecas esquentar.
— Você ficou vermelha. Que fofo!
Desviei o olhar para o outro lado, evitando contato visual com ele. Meu coração acelerou tanto que pensei que iria sair pela boca. Detesto quando isso acontece.
— Não pode me evitar a aula toda.
— Posso tentar.
— Desse jeito eu vou compor uma música de rejeição. Me sinto rejeitado por você. — olhei para ele e estava com uma cara pidona. Sorri.
— Psiu! Você fala demais. Vamos estudar.
O sinal tocou bem na hora.
— Estudar oque?
Começamos a rir, mas notei que havia cochichos na sala e que algumas meninas suspiravam. Olhei e nem sinal de Samuel, mas quase pulei da cadeira ao ver Rodrigo entrando e vindo na minha direção.
— Está tudo bem? — Nathaniel pegou na minha mão e eu me esquivei dele.
— Rodrigo...
Nos olhamos e ele desviou o olhar. Pude sentir o desprezo dele por mim e por um momento, minhas pernas fraquejaram.
— Vamos, Nathaniel.
— Rodrigo, estou acompanhado hoje.
— Por ela? Nathaniel, vamos logo.
“Por ela?” Quem esse cara pensa que é pra me desprezar desse jeito?
— Eu não vou. Vou acompanhar a Mia. Você...vá sozinho. — Nathaniel pegou na minha mão e me puxou para longe de Rodrigo, antes de sair, consegui dar uma última olhada nele e ele não estava com uma cara feliz.
Nathaniel me puxou para longe, andamos por corredores, até finalmente entrarmos em uma sala de música. Ele me mostrou um lugar pra sentar e ficou de frente pra mim, colocando um violão e começando a tocar.
Hoje conheci
Uma garota especial
Ela mexeu comigo
De um jeito sobrenatural
Seu sorriso me alegra
Seu jeito me faz bem
Quero ser seu amigo
Só eu e ela e mais ninguém
Milena, Mia minha
Aceita ser minha amiga?
Eita Deus... o que está acontecendo?
♡ Desculpa a demora, lindezas. Vida corrida é um saco. Mas vou terminar o livro, não se preocupem! E então? O que acharam desse jeito do Samuel? O que acham que aconteceu entre ele e Rodrigo? e o fofo do Nathaniel, lindo, né? Pois é! Não esqueçam de votar, comentar e compartilhar com os amigos!
Toda Honra e Glória sejam do Pai, Filho e Espírito Santo! Beijos. ❤
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