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Capítulo 5

POV Brunna

Assim que chegou, Brunna falou com os pais e logo se juntou a Jasmine, a viagem havia sido longa... Na manhã seguinte, a loira acordou bem disposta e ao observar a filha dormindo ao seu lado, o coração sentiu uma paz inigualável... Elas estavam em casa, de onde não deveriam ter saído.

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Brunno: - Bom dia! - Cumprimentou a irmã com um largo sorriso no rosto ao vê-la descer as escadas com Jasmine em seu colo. - Oi princesinha do titio, que saudades! -  Beijou o rosto da menor que corou. 

Brunna: - Oi Brunno, saudades também... - Respirou fundo e conteve as lágrimas. - Você está tão bonito, mais forte...

Brunno: - Eu estou malhando, sabe como é né, vida de solteiros importam. - Sorriu.

Brunna: - Depois quero saber detalhe por detalhe desse divórcio viu. - Assentiu.

Ao chegar na copa, uma mesa de café da manhã de hotel estava montada... Esse era o jeito de Jorge e Mirian dizerem que estavam mais do que felizes com a volta de Brunna e Jasmine.

Jasmine: - Uallllll. - Arregalou os olhos. - Que fome! - Arrancou sorrisos dos presentes.

Jorge: - O vovô está muito feliz com a sua chegada e promete te paparicar um montão. - Sorriu ao ver a neta devorar a mesa com os olhos.

Brunna: - Ai ai ai, já estou vendo que todo o meu trabalho para que Jasmine não seja uma criança mimada, vai por água abaixo!

Mia: - Não chame a nossa atenção Brunna, ficamos longe de vocês por muito tempo, agora é normal querer aproveitar que voltaram... - Sorriu. - Vai que você resolva ir embora de novo.

Brunna: - Essa ideia inexiste Mia, desta vez venho pra ficar, a única coisa que provavelmente quero fazer, é vender meu apartamento em São Paulo para comprar um aqui.

Jorge: - Não vejo motivo, a casa é grande e tanto você como Jasmine, tem seus quartos...

Mia: - Quero enfatizar que mesmo querendo se ver livre de nós, não vamos permitir que saia desta casa pra ir pagar aluguel ou algo do tipo.

Jorge: - Exatamente!

Brunna: - Se acalmem ok? - Fez sinal com as mãos. - Eu não vou sair por agora, mais quero sim ter o meu cantinho.

Brunno: - Eu também pensei assim, mais agora já mudei de ideia...

Brunna: - É que eu já provei a liberdade de morar sozinha. - Sentou-se na mesa de café. - Amarei meus momentos aqui, mais confesso que sentirei falta de passar a tarde toda vendo Netflix sem precisar me preocupar com almoço em família ou algo do tipo.

Mia: - Simples, quando quiser se ver livre de nós, feche a sua porta!

Brunna: - Ai Mia, que drama... - Levantou-se e foi beijar a mais velha. 

Mia: - Como quer que eu me sinta, vocês acabaram de chegar e pelo visto vão nos abandonar! - Lamentou.

Jorge: - Repense ok? Daremos toda a privacidade que precisar, quanto a isso não precisa se preocupar.

Brunno: - Eu só saio daqui casado de novo.

Brunna: - Você é um encostado! - Mostrou a língua e recebeu um dedo do meio em resposta.

Jorge: - Brunno, não respeita a sua sobrinha?

Brunno: - Desculpe papai. - Corou.

Jorge: - Então Brunna, podemos contar que vai considerar a possibilidade de ficar por aqui?

Brunna: - Ok, vamos ficar! - Se deu por vencida.

Mia: - Graças a Deus! - Levantou as mãos para o céu. 

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Após o café descontraído, Brunno e a irmã aproveitaram para passar o resto da manhã na piscina com Jasmine.

Brunno: - E como ela está?

Brunna: - Melhor do que eu esperava, porém com prazo certo para o tormento voltar. - Suspirou derrotada. - Daqui 2 meses ela vai iniciar um novo protocolo de medicação, pra ganhar mais tempo até a quimioterapia.

Brunno: - É surreal não conseguir fazer nada pra ela ficar bem...

Brunna: - Também me sinto impotente, queria me colocar em seu lugar, e tirar todas as dores que ela venha a sofrer com essa maldita doença.

Brunno: - Nem me fala... - Olhou firme para a irmã e percebeu que lágrimas rolavam por seu rosto. - Queria tirar toda essa angustia que sei que sente...

Brunna: - Só de estar aqui, parece que as coisas se ajeitam aos poucos... - Sorriu. - Eu pensei muito durante a viagem, e acho que nunca deveria ter ido tão longe.

Brunno: - Sério? - Estranhou a postura da loira.

Brunna: - Sim, vocês estão aqui, os meus amigos e a outra família da Jas!

Brunno: - É... - Engoliu seco. - Sobre isso, o que pretende fazer a respeito? Vai mesmo abrir o jogo pra Ludmilla.

Brunna: - Sim. - Respirou fundo. - Não vai ser nada fácil, ainda mais nessas circunstancias...

Brunno: - Entendi... E o Caio, aceitou numa boa?

Brunna: - Claro que não, ele é egoísta demais pra entender que a Jasmine é a minha prioridade.

Brunno: - Que pena... Eu fiquei tão feliz que vocês engataram um romance!

Brunna: - Pois é mais um erro para o meu caderninho. - Falou séria. - Caio foi um bom amigo, porém não consigo dizer o mesmo no que diz respeito ao tempo que namoramos. - Atraiu a atenção do irmão. - Ele é machista, homofóbico, insensato e extremamente agressivo quando quer.

Brunno: - Isso é sério? - Arregalou os olhos com a afirmação da loira. - Eu sempre achei que ele era um cara bacana, por isso comemorei quando soube do namoro.

Brunna: - Agradeci pelo tempo em que estivemos juntos, mais não posso dizer que tenho boas lembranças... - Balançou a cabeça negativamente. - A insegurança dele em relação a Ludmilla foi desgastante... Na verdade eu nem sei como consegui levar isso por 2 anos.

Brunno: - Entendi...

Brunna: - É que eu sempre esperei uma melhora e por consideração a toda amizade que ele teve por mim quando se mudou pra São Paulo, acabei relevando muitas coisas... 

Brunno: - Certo... - Deu de ombros. - Sendo assim, só posso dizer que estou aliviado por estar livre desse encosto. - Abraçou a irmã de lado e lhe fez um carinho.

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Mais tarde, Brunna, Mia e Jasmine decidiram dar uma volta no Shopping da Barra... Como a loira veio as pressas, algumas coisas haviam ficado em São Paulo e não daria tempo de esperar chegar pois eram urgentes. 

Mia: - Já comprou tudo? - Olhou para a filha que estava cheia de sacolas nas mãos.

Brunna: - Sim Mia, esses remédios são preventivos, porém muito importantes. - Olhou a sua frente e viu a filha admirar uma loja de brinquedos. 

Mia: - Meu amor, quer algum desses? - Apontou para a vitrine. 

Jasmine: - Essa Barbie é linda vovó!

Mia: - Então vamos comprar, será meu presente de casa nova. - Piscou e entrou na loja com a neta, ignorando a cara de desaprovação de Brunna.

A loira ficou do lado de fora e resolveu mexer no celular para se distrair.

Whatsapp on

Grupo - Panelinha

Brunna: - Oie, já cheguei viu!

Juliana: - Uhuuuuu, quando vamos bebemorar o seu retorno?

Brunna: - Podemos marcar algo no fim de semana...

Paty: - Eu topo!

Mário Jorge: - Mais tarde eu vou aí pra ver vocês!

Juliana: - Eu também!

Emilly: - Eu também!

Paty: - Oxi, se vai todo mundo, eu é que não ficarei de fora!

Brunna: - Estou no shopping com minha mãe e a Jasmine, assim que chegar em casa aviso vocês, pode ser?

Patty: - Fecho!

Mário Jorge: - Ok!

Brunna: - Até mais, bjs!

Whatsapp off

Brunna percebeu a demora da dupla e entrou na loja para procura-las.

Brunna: - Nossa, achei que tinham raptado vocês... - Encontrou-as no caixa.

Mia: - É que a Jas ficou em dúvida se pegava a sereia ou a surpresa.

Brunna: - Surpresa?

Mia: - É... A Barbie que se revela na água!

Brunna: - Ahhhh...

Enquanto saíam da loja, Jasmine largou o pacote no chão e saiu correndo, indo de encontro a uma certa negra que estava distraída comprando uma casquinha de sorvete!

Mia: - Ferrou!

POV Ludmilla

Após muita insistência de Silvana, Ludmilla resolveu acompanhar a mãe até o Shopping... Segundo a matriarca, ela precisava passar um tempo com a filha e nada melhor do que ir às compras!

Silvana: - Ludmilla, mal chegamos e você já quer comer besteira.

Ludmilla: - Mãe, uma paradinha pra tomar um sorvetinho não vai nos atrasar em nada, foi tu mesma que disse que era um passeio relaxante...

Silvana: - Está bem, o meu é de baunilha.

Ludmilla: - Ué? Achei que não fosse querer.

Silvana: - Mudei de ideia, está muito calor. - Se abanou com as mãos. 

Enquanto Ludmilla fazia o pagamento no quiosque do Mc Donalds, ela percebeu alguém correndo em sua direção e se assustou quando a pequena menina, parou em sua frente, totalmente ofegante e lhe cumprimentou da maneira mais surpreende possível.

Jasmine: - Oi mamãe Lud!

Ludmilla: - O que disse? - Franziu o cenho e se abaixou para falar com a menor.

Jasmine: - Olá mamãe Lud, você é ainda mais bonita pessoalmente! - Agarrou a negra com tanta força que a deixou totalmente sem ação.

Ludmilla: - Ei... - Pegou Jasmine no colo e olhou em seus olhos. - Você está sozinha aqui? Onde está sua mamãe?

Brunna: - Aqui!

Ludmilla reconheceu aquela voz, mesmo que se passassem 20 anos, ela jamais esqueceria do timbre da mulher que mais amou na vida...

Ludmilla: - Brunna? - Franziu o cenho e aos poucos foi deixando Jasmine no chão. 

Jasmine: - Mamãe, olha só quem eu encontrei! - Falou com um enorme sorriso no rosto.

Brunna: - Oi meu amor, nunca mais saia correndo deste jeito! - Olhou a menor abraçar suas pernas e tentou não encarar Ludmilla, que estava completamente paralisada a poucos metros de si.

Um mix de sentimentos... Era exatamente assim que o coração de Ludmilla se encontrava naquele exato momento... Havia uma criança, linda por sinal, com olhos e lábios marcantes, muito parecida com Brunna, mais com traços ligeiramente seus... Aquilo não poderia ser real, ela havia lhe chamado de mamãe, como se lhe conhecesse bem e soubesse quem é... Mais e esta criança? Quem de fato seria?

Silvana: - Ludmilla que demor... - Paralisou quando percebeu o estado de sua filha, com os olhos completamente marejados, encarando ninguém mais ninguém menos que a mulher que a abandonou. - Você! - Arregalou os olhos. - Você voltou...

Jasmine: - Quem é ela mamãe? - Olhou para Silvana e deu um breve sorriso.

Brunna permanecia sem conseguir dizer muita coisa, o impacto daquele encontro estava lhe causando sensações que ela gostaria de ter esquecido... O frio na barriga, a dor no coração e a angústia tomaram conta de seu corpo e Ludmilla não estava diferente, a negra parecia ter perdido o ar, era o reencontro do amor, com novas camadas bem dramáticas, mais ainda assim, havia amor.

Ludmilla: - Pequena, venha aqui. - Se abaixou e esticou os braços para a menor que prontamente a atendeu... Para Jasmine, Ludmilla não era uma completa desconhecida, pelo contrário, a presença da negra era frequente em sua vida, mesmo que nunca tivessem tido contato.

Jasmine: - Oi... - Sorriu largo. 

Ludmilla: - Do que foi mesmo que me chamou? - Olhou para a menor com uma ternura jamais sentida antes.

Jasmine: - De mamãe! - Respondeu simples.

Silvana: - O que? - Franziu o cenho e encarou Mia que preferia se jogar em qualquer buraco do que sustentar aquele olhar.

Ludmilla: - Deixa eu ver uma coisa... - Parou pra pensar. - Será que eu adivinho o seu nome?

Jasmine: - Será? - Entrou na brincadeira que a negra estava propondo.

Ludmilla: - Seria Jasmine? - Esse era o nome que ela e Brunna escolheriam caso tivessem uma filha.

Jasmine: - Simmmm! - Bateu palminhas. - Jasmine Gonçalves.

Ludmilla: - Certo... - Engoliu seco, pois um nó se formava em sua garganta... - Me responde mais uma coisa? 

Jasmine: - Claro mamãe!

Silvana: - Meu Deus do céu! - Se apoiou em uma mesa que havia por perto.

Ludmilla: - Quantos anos tem?

Jasmine: - Assim ohh. - Estendeu a mão inteira, demonstrando que tinha 5 aninhos.

Ludmilla: - Ahhh... - Olhou para Brunna que dessa vez retribuía o olhar, a loira estava emocionada com a interação entre Jasmine e Ludmilla. - Meu Deus... - Respirou fundo. - Topa dar uma volta comigo? - Falou sem pensar se teria a aprovação ou não.

Brunna: - Eu acho melhor.... - Foi interrompida.

Mia: - Deixa elas, vai ser bom pra Jas. - Pegou no braço de Brunna. - Ludmilla, posso contar que irá deixa-la em casa até as 21h?

Ludmilla: - Sim. - Levantou-se. - Embora não mereçam nenhum tipo de consideração de minha parte, eu não irei me igualar a vocês.

Brunna: - Precisamos conversar... - Falou quase que inaudível.

Ludmilla: - Não Brunna, você demorou 5 anos pra ter essa conversa, e certamente iria demorar mais se Jasmine não tivesse vindo até mim. - Deixou uma lágrima escapar. - Eu tinha urgência em te ver, mais agora acabou, eu não tenho mais pressa, na verdade eu preferia que voltasse a sumir. - Pegou a filha em seu colo e caminhou para longe da loira.

Silvana: - É o que estou pensando mesmo?

Brunna: - Sim... Jasmine é sua neta, minha filha com a Ludmilla.

Dito isso, Silvana saiu atrás da negra, sem dizer sequer uma palavra... 

***

Oieeee!

O encontro veio mais rápido que o esperado não é mesmo?

Votem, e me avisem dos erros!

E aí, o que acham que a Lud tem que fazer de agora em diante? O perdão vem fácil ou vai demorar um pouco? O jogo virou?

Comentemmmmmmmm!

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