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22.

Kyle P.O.V.

Não me conti, toda aquela conversa tirou-me do sério. Levantei-me e fui em direção ao Cody, espetando-lhe um murro no meio da cara.

Meg – Cody! – Disse correndo para o agarrar. – Mas tu estás parvo Kyle?!

Eu – Eu estou parvo?! Eu é que estou parvo?! Tu és uma ingénua Megan! – O Austin e o Jake agarraram-me e puxaram-me para trás.

Meg P.O.V.

O que é que se passa aqui?! O Kyle deu um murro ao Cody e ainda me ofende?!

Kyle – Deixaste que esse gajo te fudesse e abusa-se de ti e tu estás aí na boa!

Eu – Espera, o que?!

Kyle – Não te faças de parva Megan! – Odeio quando ele me chama Megan, porque só o faz quando está zangado comigo. – Olha bem para o teu pescoço! Pareces uma puta vadia!

Cody – Oh, tu já vais ver quem é que é a puta vadia. – O Cody saiu de ao pé de mim e foi direito ao Kyle.

O Austin, a Sarah e a Madison tentaram segurar o Kyle enquanto eu, o Jake e a Alli tentávamos segurar o Cody mas foi inútil, eles já estavam os dois aos murros e os dois já sangravam.

Meg – Parem! Parem os dois! – Eles continuaram. – Cody, por mim. – Nem tentei chamar à razão do meu irmão porque ele está completamente fora de sério.

O Cody parou a briga e afastou-se, vindo ter comigo. Eles estavam os dois num estado horrível. Ambos sangravam da boca e do nariz e tinham várias nódoas negras.

Kyle – Pará de o defender Megan! Ele só te quer fuder, ainda não percebeste?! – Ele continuava a barafustar, tentando-se libertar do Austin e do Jake que agora o seguravam.

Cody – Tu estás a abusar! Eu amo-a! Eu quero cuidar dela e tê-la para mim, para sempre. – Apesar de toda aquela briga, o Cody fez-me sorrir com aquelas palavras.

Kyle – Eu bem estou a ver como é que tu cuidaste dela! Eu tinha-te avisado Simpson e tudo aquilo que tu fizeste foi comê-la!

Cody – Eu não a comi, não a fudi e também não abusei dela. Eu fiz amor com ela, que é bem diferente.

Kyle – Tu estás a pedir para apanhar palhaço! – Ele veio em direção ao Cody mais uma vez. O Jake e o Austin tentaram agarra-lo mas ele ia avançando. Eu pus-me à frente do Cody e deu um berro.

Eu – Pará Kyle, pára com isso! Não estás a ver o quão estupido estás a ser?! Eu não sou nenhuma criança! E também não sou ingénua, só para corrigir. Eu amo o Cody e ele também me ama a mim. Para além do mais, fui eu que quis. Fui eu que dei o primeiro passo, fui eu. Estás a ver todos este chupões que me fazem parecer uma puta vadia, como tu disseste? Cada um deles representa amor, união e prazer, e eu tenho orgulho neles por isso. Em vez de estares aí tão preocupada por nós termos feito sexo, devias estar feliz por eu ter um cavalheiro tão perfeito a cuidar de mim. Agora faz me um favor e não me dirijas mais a palavra ou andes comigo, as pessoas ainda podiam pensar mal de ti por estares com uma puta. – Peguei na mão do Cody. – Anda amor, vamos cuidar dessas feridas.

Eu e o Cody subimos e o Kyle não disse mais nada nem se mexeu. Vi que o resto do pessoal ficou lá a falar com ele, talvez para o chamar à razão mas para mim não há volta a dar. Ele agrediu o meu namorado, ofendeu-me e desrespeitou-me. Isso não são coisas dignas de um irmão.

Eu – Estás bem Cody? – Eu assentei-o na cama.

Cody – Estou amor, desculpa.

Eu – Está tudo bem, ele mereceu apanhar mas assim ficaste mais magoado.

Cody – Quando ele te chamou aqueles nomes que descontrolei-me, não admito que chamem isso à minha princesa.

Eu – Aw Cody, obrigada por me teres defendido. – Eu dei-lhe um beijinho na testa visto que ele escorria sangue da boca. – Agora espera aí um bocadinho que eu vou buscar a caixa de primeiros socorros, tu estás todo amassado.

Levantei-me e fui lá abaixo, passei pela sala e o resto do pessoal ainda ali estava mas eu ignorei-os e segui para a casa de banho desse piso que é onde guardamos a caixa de primeiros socorros. Peguei na caixa e voltei para cima.

Eu – Já cá estou amor. – Poisei a caixa na cama ao lado do Cody e tirei uma compressa. Fui à casa de banho molha-la em água e voltei. Sentei-me ao lado dele e comecei a limpar-lhe o sangue que tinha na cara. – Tu estás mesmo bem? Não queres ir a um centro de saúde? Tens imensas feridas e nodoas negras, incluindo o teu olho.

Cody – Isso passa mor, contigo a cuidar de mim vou ficar bom num instante. – Ele sorriu, o que fez mexer a ferida no lábio. – Au, au!

Eu – Fica quietinho que eu estou a cuidar de ti. – Dei-lhe um beijinho na bochecha visto que o lábio ainda tinha sangue.

Cody – Agora nem beijos na boca eu posso receber!

Eu – É para não te magoar!

Cody – Magoar? Os teus beijos até me punham logo bom.

Eu – Para de tentar “abusar” de mim outra vez. – Fiz aspas com os dedos e ambos rimos.

Continuei a cuidar dele. Desenfetei-lhe as feridas e coloquei pomada nas nodoas negras. Passamos o resto do dia na cama às caricias e a ver televisão, não queríamos ver ninguém mas todo o pessoal passou pelo nosso quarto para ver como estávamos, excepto o Kyle, claro. Se ele aparecesse lá quem lhe punha a cara negra era eu.

No final do dia jantamos todos juntos mas eu não olhei para a cara do Kyle, apesar de perceber que ele olhava constantemente para mim. Depois do jantar fomos todos ao cinema e as pessoas ficaram todos a olhar para mim e para o Cody visto que eu não tapei os chupões e o Cody foi com uma camisola de manga cava (no shopping não está frio) deixando muitos arranhões de fora. Tudo isto para provocar o Kyle claro. Dava para ver a expressão de raiva na cara dele mas não nos dirigiu uma palavra, ainda bem. E eu e o Cody caminhávamos orgulhosos de mãos dadas, só para lhe mostrar que não vamos esconder o nosso amor.

Vimos o filme e viemos para casa, eu e o Cody mal nos deitámos, adormecemos logo, estávamos muito estafados. Foram 3 dias sem descanso!

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