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Martírio

One night, a few moons ago
I saw flecks of what could've been lights
But it might just have been you
Passing by unbeknownst to me

Rowan Whitethorn estava atrasado.

Isso era óbvio não somente pelas oito chamadas perdidas de sua chefe ou pelas mais de cinquenta mensagens de seus colegas no grupo de trabalho que tinha. Nem mesmo pelo seu cabelo despenteado ou pela sua camisa desabotoada. Rowan sabia estar extremamente atrasado pelo trânsito que paralisava as ruas de Adarlan.

A cidade era considerada como um ponto turístico, mas ainda assim, durante a semana, era pouquíssimo provável que as ruas se encontrassem paradas por qualquer motivo. Um pouco de trânsito era comum, esperado até, mas não o tipo de trânsito que o fazia ficar quarenta minutos parado no mesmo lugar.

Não, isso era outra coisa. Um problema. Um problema que, pelo teor das mensagens que agora lia, ele deveria estar resolvendo neste exato momento. Merda.

Merda, merda, merda.

Rowan queria passar com o carro por cima da moto que estava impedindo que ele fizesse uma curva para a direita. Queria bater sua cabeça contra o volante por ter alterado seus despertadores para o fim de semana e esquecido de ligá-los de volta. Queria ter super poderes para estalar os dedos e imediatamente ser teletransportado para a cena do crime.

A cena do crime que paralisava o trânsito. A cena do crime brutal e horripilante que ele deveria estar investigando neste exato momento. Inferno.

Sua torrente de pensamentos raivosos foram interrompidos por uma ligação de Fenrys. Ah, como ele queria passar com o carro por cima da moto que estava plantada em sua frente.

Suspirando e sabendo que não tinha exatamente nada melhor para fazer no momento, atendeu a chamada de seu melhor amigo.

– Cara, onde você tá? A Maeve está querendo te comer vivo por não ter chegado ainda. Esse caso está completamente bizarro e a gente precisa que você analise logo a cena do crime pra gente tirar o cadáver daqui. Está sendo uma missão impossível impedir os repórteres de tirarem fotos.

Seu colega e melhor amigo parou de falar ao telefone para responder algo que alguém tinha perguntado a ele. Ao longe, Rowan conseguiu ouvir uma sirene ressoando pelo telefone.

– Foi um assassinato muito estranho e saca só: o assassino deixou um bilhete para alguém. Não se identificou ou deixou mais nenhum vestígio, só um post-it azul escrito "Capturei esse antes de você, Gavião". O nome 'Gavião' está em letra maiuscula, então acreditamos que não é um apelido, mas sim um nome...

A voz de Fenrys fica abafada conforme os sentidos de Rowan começam a afogá-lo. Começam a jogá-lo no mar e fazer com que ele engasgue na areia.

Gavião.

Rowan conhecia esse nome. Tinha o escolhido e esculpido cada letra da palavras em sua primeira adaga: tão jovem e tão amedrontado, mas ainda contente por finalmente conseguir ver uma luz no fim do túnel.

Esse era o problema: Rowan sempre tivera sua moral muito bem definida, mas tinha um senso de justiça ainda mais elaborado.

Rowan Whitethorn era um policial. Tinha cursado direito na esperança de um dia se tornar delegado e tinha se esforçado para livrar as ruas de Adarlan de todo o mal que pudesse. Ele tinha trabalhado duro e entrado na sua atual divisão, sendo responsável pela análise dos delitos mais brutais que caíam no colo da delegacia.

Por outro lado, ele sabia como o sistema funcionava. Sabia que cada morte que analisava provavelmente acabaria como uma pasta trancada na sala de arquivos policial, nunca mais sendo vista ou estudada por alguém. Ele sabia muito bem, porque já tinha estado do outro lado da moeda quando seu pai faleceu: não teve nenhum consolo, nenhuma prisão, somente um corpo e uma vida inteira de luto.

Por essa razão, Rowan tinha decidido que faria a justiça acontecer. A polícia poderia nunca capturar e prender estupradores e assassinos, mas ele o faria. Ele faria com que essas pessoas se arrependessem de arruinar a vida de outras pessoas.

Então ele matava. Sim, Rowan era um vigilante, um justiceiro.

Suas ações eram questionáveis, mas ninguém podia questionar seus resultados. Ninguém podia questionar forma que a criminalidade havia diminuído desde que ele tinha passado a eliminar estupradores notórios e assassinos crueis.

Ele era um justiceiro, mas não era hipócrita. Só matava as pessoas que mereciam morrer.

Só matava aqueles que tinham arruinado a vida de famílias inteiras e ainda sorriam, sabendo que a polícia nunca chegaria até eles. Sabendo que a justiça era feita de política, e que sempre era possível comprar uma ficha limpa.

Rowan queria vomitar. Queria vomitar no capacete do motoqueiro da sua frente para que ele saísse da porra do caminho e deixasse ele dirigir ate o seu martírio. Até o seu presente.

"Capturei esse antes de você, Gavião".

Não era a primeira vez que Rowan se deparava com esses bilhetes, mas era a primeira vez que a polícia os recolhia antes dele.

Inferno. Rowan provavelmente tinha uma gaveta cheia desses bilhetes coloridos deixados por uma certa assassina com quem tinha desenvolvido uma espécie de parceria.

Celaena Sardothien.

Ele não tinha muitas informações: sabia que ela era alguns anos mais jovem do que ele e sabia como se chamava, mas não havia encontrado ninguém com o seu nome quando varreu os arquivos digitais de Adarlan na delegacia.

Sabia que ela era loira e que usava uma máscara prateada sempre que deslizava sua adaga pela garganta de alguém, mas só.

Eles nunca haviam se encontrado pessoalmente, não. O que faziam era um jogo de gato e rato: tinham uma lista compartilhada de criminosos da cidade e competiam para ver quem conseguia acabar primeiro com a vida de cada um dos vagabundos. A ideia havia sido de Celaena, obviamente, que anotou suas próximas mortes nas costas de um abusador para que Rowan a pudesse encontrar.

A garota era brutal, mas de um jeito enlouquecedor. Céus, Rowan era louco para encontrar com ela pelo menos uma vez, mas nunca havia dado certo.

Após esse dia, seus caminhos continuaram se encontrando. Ele deixava bilhetes sóbrios para ela, sempre em papeis brancos e redigidos com caneta preta em uma caligrafia completamente diferente da dele. Ela, por sua vez, já havia até mesmo colado uma fita roxa brilhante em um dos seus bilhetes.

Discrição definitivamente não era o forte de Celaena.

- Rowan, você tá aí?

- Oi Fenrys, desculpa. O trânsito está completamente parado, uma loucura. Eu me distraí. O que você estava dizendo?

- Que, pela análise feita, estão estimando que o assassino seja um homem em seus 35 anos.

Ou uma mulher competitiva de 20 e poucos anos, isso sim.

- Qual foi a forma da morte?

- Garganta cortada, o cara engasgou com o próprio sangue. As mãos deles estavam amarradas atrás das costas, assim como as pernas. Ele morreu ajoelhado, mas ainda não conseguimos saber se estava sob o efeito de algum entorpecente.

Não estava, não era o estilo de Celaena. Ela geralmente prezava por mortes rápidas, não fazendo o tipo "sádica".

Se o homem estava amarrado, o que era muito incomum para o estilo de Celaena, Rowan poderia adivinhar sua identidade: Rourke Farran, um assassino de aluguel que tinha sequestrado e assassinado um amigo de infância da assassina.

Ele também estava na sua lista, mas ela havia sido mais rápida. Tudo bem, essa morte era direito dela. Se tinha alguém que merecia ter o acalento da justiça finalmente sendo feita, era Celaena.

Ele sabia que não era moralmente correto e sabia que Celaena compartilhava do mesmo pensamento. Não eram idiotas e sabiam de todas as implicações que suas "competições" traziam, mas concordavam em uma coisa: a justiça precisava ser feita. As famílias mereciam um acalento, ainda que os culpados não apodrecessem por anos atrás das grades.

- Cara, você não acordou direito né? Eu tô falando com você, porra.

- Desculpa Fenrys, eu acho que eu ainda não acordei mesmo. To atrasado pra cacete. O que você estava dizendo?

- Só vem pra cá logo antes que a Maeve coma o seu fígado. Quero que você dê uma olhada nesse bilhete.

Ah, Rowan ia dar. Com certeza.

Life is emotionally abusive
And time can't stop me quite like you did
And my flight was awful, thanks for asking
I'm unglued, thanks to you

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