Capítulo 7
Era humanamente impossível para Sam sorrir mais enquanto abraçava Derek.
Scott voltou com Liam são e salvo à casa do lago assim que Sam, Derek e Lydia descobriram a lista. Liam parecia bem em controle. Sam suspeitava que eles haviam tido um momento emocional de lobisomem juntos. Ele iria perguntar para Scott depois.
Mas Scott não voltou só com boas notícias. Claro, isso seria bom demais para eles. Scott voltou junto com Chris Argent, que havia lido as mensagens sobre sua irmã ter retornado dos mortos e tinha acabado de chegar da França. Ele ajudou Scott a recuperar Liam, e, no caminho da volta, eles haviam encontrado alguma coisa.
—Um corpo. —Scott disse. —Na estrada.
—Ali? —Stiles apontou para o lado de fora da janela. —Quem?
—Demarco. Aquele cara que vendia cerveja pra menores, sabe? Não é surpresa que ele estivesse aqui.
—Oh, não. —Lydia arregalou os olhos. —Eu o vi... Eu estava falando com ele... Eu devia ter voltado...
Sam colocou a mão no ombro da amiga, tentando consolá-la.
—Ele foi decapitado. —Chris falou, com uma voz grossa. —Do lado de fora de seu carro.
—Nós chamamos o seu pai. —Scott contou. —Ele e a polícia estão vindo.
—E nós não vamos nos dar mal por ter dado uma festa com bebida alcoólica para menores? —Sam se pronunciou.
Todo o tempo que eles tiveram antes da polícia chegar, foi gasto limpando cada vestígio da festa daquela casa. E, principalmente, cada vestígio do álcool. O Sr. Argent declarou que era melhor ele ir. Scott resolveu se esconder com Liam no porão até tudo ter acabado, afinal, ainda era lua cheia.
Quando as sirenes foram ouvidas, tudo já estava arrumado, ou pelo menos escondido. Os adolescentes saíram da casa. Do lado de fora, três carros da polícia estavam na estrada. Dois envolta do carro que devia ser de Demarco, e um vindo na direção da casa do lago.
Stiles abraçou o próprio corpo. Não tinha percebido até aquele momento o quão fria aquela noite estava. De longe, Sam viu seu pai descer de um dos carros e andar até onde devia estar o corpo. Teve que se controlar para não correr até ele.
—Sam! —O garoto escutou Parrish chamá-lo e olhou para o polícial, esse que acenou com a mão.
Sam deu um pequeno sorriso de volta, mas quando viu que Derek o olhava com uma expressão indescritível, desviou o olhar de Parrish.
Derek sorriu ao ver um discreto sorriso no rosto de Sam. O garoto tinha uma amizade com Parrish, mas não podia negar que achava o mesmo muito bonito.
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Depois de dar seu depoimento, Sam foi com seu pai e Stiles de volta à delegacia. Ah, e Derek também.
—Bom... —Noah encostou seu corpo na escrivaninha de seu escritório. —Agora podemos conversar.
Stiles e Sam se entreolharam, como se decidissem quem começava falando o quê.
O xerife tinha deixado o agente McCall responsável por tudo. Pelos dois corpos. Ele disse que o agente estava desesperado, e estava aceitando qualquer caso.
"—Ele está tentando ser útil por aqui ultimamente. Precisa de desculpas para poder ficar em Beacon Hills. —Noah explicou. —Ele tinha pegado o caso do massacre no hospital, mas todos nós aqui sabemos que esse é um caso que ele nunca vai resolver. Então ele está aceitando qualquer tipo de trabalho. Até lidar com a papelada. "
Stiles havia insistido que seu irmão devia ir com ele, para ajudar a contar os detalhes sobre a lista de morte. Sam tentou correr com a desculpa que Scott iria com seu irmão, mas Scott achou melhor ficar para cuidar de Liam - afinal, ainda era lua cheia.
—Eh... —Noah suspirou. —Eu nem sei por onde começar...
—O cara sem boca morreu? —Stiles perguntou.
—Tudo bem, vamos começar por aí. —Seu pai jogou a pasta na escrivaninha e apoiou o corpo nela. —Ele foi assassinado.
—Wow. —Stiles exclamou, ao mesmo tempo que Sam dizia:
—Que irônico. Foi o Peter, né?
—Foi. —Derek foi quem respondeu.
—Peter? —Stiles questionou.
—É. Essa vai ser uma longa conversa.
—Vai mesmo. —Sam levou a mão até o bolso, retirando um papel dali. Stiles reconheceu a lista que eles haviam impresso na casa do lago. —Também temos novidades.
—O que é isso? —Noah se aproximou, pegando a folha.
—Uma lista de morte.
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—Então... —Stiles fechou os olhos, tentando organizar os pensamentos. Tinha sido muita informação de uma vez só. —Os Walcott's foram os primeiros. Pelo menos os primeiros que soubemos. Quatro assassinatos. Sean, seu irmão e seus pais.
—Foram mortos pelo Mudo. —O xerife assentiu.
—O Mudo?
—É o nome de assassino profissional dele.
—Inteligente. Voltando: e então, o Mudo foi morto pelo Peter... Depois que ele tentou explodir o Derek com uma mina.
—Uma mina Claymore. —Derek acrescentou. —Que Parrish desativou.
Uma lembrança veio a cabeça de Sam: a vez que o Nogitsune fingiu ser ele e colocou uma bomba na delegacia.
Um frio percorreu a espinha do garoto.
Ele passou aquele dia todo observando seus amigos, sendo controlado. Passou o dia todo lutando, esperneando e gritando em sua cabeça, tentando se libertar, tentando impedir o plano do Nogitsune. Mas o Nogitsune apenas ria dele, se alimentando de seu desespero enquanto atuava e via todo o seu plano de desenrolar exatamente como ele havia planejado. Sam se lembrou de - apesar de todo o medo que sentia - se sentir admirado pela inteligência do monstro. Ver seus amigos caírem em seu plano e fazerem exatamente o que ele havia previsto, o deu uma estranha sensação de poder. Sam se lembrava de se sentir como um titereiro.
—Sam? —A voz de Derek o tirou de seus pensamentos.
O garoto engoliu em seco e balançou a cabeça, afastando aquelas lembranças. O Nogitsune estava preso. Ele não ia voltar. Sam não podia se deixar ser assombrado por ele para sempre.
—Depois veio o Demarco. —Ele voltou ao raciocínio antigo de Stiles. —Ele entregou um barril na festa na casa do lago da Lydia. E foi decapitado perto do carro. Scott encontrou ele
—Scott e o Sr. Argent. —Stiles acrescentou.
Derek endireitou as costas, interessado.
—O Argent está na cidade?
Sam franziu as sobrancelhas. Era incrível como Derek e Chris haviam passado de inimigos mortais para... Aliados? Algo assim?
—Ficamos surpresos também. —O garoto deu de ombros. —É uma lista de morte. Uma lista das criaturas sobrenaturais de Beacon Hills. E essa é só uma parte dela.
—Lista negra. —Corrigiu.
—Ninguém vai chamar assim, irmãozinho.
—Lista negra é um nome muito melhor.
—Claro. —Cruzou os braços. —Vamos dar um nome bonito para algo que quer nos matar.
O xerife limpou a garganta, chamando a atenção dos filhos de volta.
—Então essa é só uma parte da lista?
—Isso. —Sam quem respondeu. —O resto ainda precisa ser decodificado.
—Quem encontrou essa lista?
—Lydia e o Sam. —Stiles falou.
—Como?
—Eles a escreveram. —Houve uma pausa. —Na verdade, eles a transcreveram. Sem perceber. No caderno deles. Na aula de matemática.
—Banshee e... Oxinigam?
—Banshee. —Sam assentiu. —E pode me chamar de Guardião, é mais fácil.
—Maravilha. —Noah suspirou. —Certo, e o que são esses números ao lado dos nomes?
—Ainda não sabemos. —Sam admitiu.
—O código foi quebrado com uma palavra-chave. —Stiles disse.
Noah franziu a testa.
—Uma senha, você quer dizer?
—É. —O garoto assentiu. —Na verdade é um nome.
—Allison. —A voz de Sam ficou grossa de repente.
Um silêncio se instalou no escritório. Sam sentiu um peso em seu peito. Faziam algumas semanas desde o enterro de Allison. Ele podia ver o quanto o grupo se esforçava para cobrir o grande buraco que a garota havia deixado. Lydia e Kira eram praticamente inseparáveis na escola. Era bem óbvio que quem mais estava sofrendo com a perda era a ruiva. Lydia perder Allison era como Sam perder Stiles. Não há como se recuperar disso.
—O nome dela quebrou um terço da lista. —Stiles falou, com um pesar em sua voz. —Nós achamos que ainda tem duas outras senhas.
—Que nos darão o resto dos nomes. —Sam completou.
—Certo. —Noah assentiu, suspirando. Sam e Stiles perceberam o quão exausto seu pai parecia. —E como conseguimos as senhas?
—Do mesmo jeito que conseguimos o código. —Stiles deu de ombros. —Lydia e Sam.
—Temos que esperar até temos alguma inspiração sobrenatural. —Sam disse.
—Maravilha. —O xerife bufou, examinando o papel em suas mãos. —Você não sabia sobre Demarco, Sam? Que ele era um lobisomem?
—Não tinha ideia.
—E você, Derek?
Derek negou com a cabeça.
—E esses dois outros nomes na lista? Carrie Hudson, Kayleen Bettcher e Elias Town. São lobisomens também?
—Não sabemos. —Stiles falou. —Deaton disse que o Nemeton atrairia criaturas aqui. Nós meio que o reativamos, lembra? Pra salvar você, a Melissa e o Sr. Argent da morte? Quando vocês foram sequestrados para serem sacrifício humano?
—Lembro, lembro. —O xerife bufou. —Ele disse que ia atrair as criaturas aqui para Beacon Hills? Ou no condado de Beacon? A população de Beacon Hills está abaixo de trinta mil...
—E só diminui.
—Mas se estivermos falando do condado de Beacon, então há quase quinhentas mil pessoas. —Suspirou. —Olha, de quantos lobisomens, Banshees, Kitsunes, Nogitsune, Kanimas, Wendigos, Oni, o que seja, estamos falando? E o que acontece se a próxima chave não liberar doze nomes, mas 100?
—Tem um limite. —Sam se pronunciou depois de muito tempo em silêncio.
Todas as cabeças se voltaram pra ele, com expressões confusas.
—Por causa dos números. —Explicou. Deu dois passos até a mesa do seu pai, pegando a lista de morte de cima dela. Olhou para os lados, só parando quando encontrou uma caneta ao lado de alguns papéis. Se curvou sobre a mesa, escrevendo ao lado dos nomes na lista.
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SEAN WALCOTT 250 K
DAVID WALCOTT 250 K
MICHAEL WALCOTT 250 K
CHRISTINA WALCOTT 250 K
LYDIA MARTIN 20 M
SCOTT MCCALL 25 M
DEMARCO MONTANA 250 K
DEREK HALE 15 M
CARRIE HUDSON 500 K
KAYLEEN BETTCHER 250 K
KIRA YUKIMURA 6 M
ELIAS TOWN 250 K
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—Os números são o valor. —Sam mostrou a lista para os outros. —São quanto vale cada cabeça.
—Tão inteligente. —Stiles sorriu, admirado. —Bem pensado.
—Uau. —Sam exclamou, pegando a lista nas mãos. —Scott vale vinte e cinco milhões?
—Nem pense nisso, Sam. —Stiles pediu ao ver a cara que Sam estava fazendo.
—O que? —Sam indagou, se virando para o seu irmão com uma expressão confusa. —Mas eu não disse nada.
—Mas a sua cara disse. —Stiles retrucou. —Mas você não vai fazer isso?
—Por que não? —Sam perguntou confuso. —O Scott vale vinte e cinco milhões e o Derek vale quinze milhões, são quarenta milhões de dólares.
—Teria coragem de me matar? —Derek questionou, cruzando os braços e olhando para o garoto.
—Não só você, o Scott também. —Sam respondeu. —Além disso, a Kira vale seis milhões e a Lydia vinte milhões, somando tudo dá sessenta e seis milhões de dólares. Eu vou ser a pessoa mais rica do mundo.
—Sam! —Stiles o repreendeu.
—Tá bom, eu não vou matar ninguém. —Sam bufou, mas logo murmurou. —Ainda.
O xerife limpou a garganta, chamando a atenção dos seus filhos, esses que pararam de discutir.
—Os números. —Stiles voltou para o assunto original. —Nós achamos que, quando decodificarmos todos os nomes, a soma dos números será 117.
—Cento e dezessete? —Sam arregalou os olhos, se virando para Derek. —Oh! Os cento e dezessete milhões que foram roubados do cofre. Está sendo usado para financiar assassinatos. Isso é brilhante.
—Sam? —Derek chamou, ao ver que o garoto assumiu uma expressão pensativa. —Você tá bem? O quê que foi?
—Eu tô bem, só tô fazendo algumas contas. —Sam respondeu. —O Scott vale vinte e cinco milhões porque é um Alfa Genuíno, que são extremamente raros. A Lydia vale vinte milhões porque é uma Banshee, que também são muito raras e muito perigosas. Kira vale seis milhões porque é uma Kitsune, que são bem raros fora do Japão. O Derek vale quinze milhões porque é mais difícil matar ele do que uma barata. Enquanto a mim? Eu tenho três criaturas sobrenaturais dentro do meu corpo, quanto deve valer um Trí-hibrido? Ou seja lá como se falar.
—Eu tenho uma pergunta melhor, quanto deve valer um Oxinigam? O ser sobrenatural mais raro do mundo? Chegando a ser mais raro que as Fênix, Anjos e Anjos da Guarda, que são muito raros. —Derek indagou, fazendo Sam engolir em seco.
Logo se despediram do xerife e saíram da delegacia. Quando estavam do lado de fora, Sam sentiu a mão de Derek na sua, entrelaçando seus dedos.
—Você trabalhando com o meu pai. —Disse enquanto andavam até o carro. —Por essa eu não esperava.
—Somos dois. —O Hale admitiu. —Eu achei que seu pai me odiava.
—Por que ele te odiaria?
—Ah... Bom, Derek é uns dez anos mais velho que você, ele já foi um procurado da polícia e é misterioso e bem intimidador. —Stiles entrou na conversa. —Tem vários motivos na verdade.
—Obrigado, irmãozinho. —Sam bufou. —Mas eu não me lembro de perguntar pra você, então...
—E eu não sou dez anos mais velho que ele. —Derek pareceu ofendido.
—Ninguém sabe a sua idade, Derek. —Stiles revirou os olhos, pegando seu celular em seu bolso. —Eu vou ligar pro Scott, acho que ele ainda está na casa do lago.
—A Lydia está com o carro. —Sam falou. —Ela pode dar carona pra todo mundo depois, mas liga pra ele pra confirmar.
Stiles assentiu, levando o celular até a orelha.
Sam se virou para o Hale, abraçando sua cintura. Imediatamente enterrou o rosto na curva de seu ombro, sorrindo. Os braços de Derek o envolveram de volta, de uma maneira acolhedora.
—O que aconteceu na festa? —Perguntou, baixo o suficiente apenas para Sam ouvir.
—Como assim? —O garoto murmurou de volta.
—O que você não contou ao seu pai?
—Oh. —Sam se afastou um pouco. —Liam.
—Liam?
—É uma longa história. —Suspirou. —Scott vai precisar da sua ajuda.
—Com o quê?
Sam estava prestes a responder quando Stiles gritou:
—Eu falei com ele. —Andou até os dois. —Ele vai ficar na casa do lago até Liam parar de querer matar a qualquer um que vê pela frente por causa da lua cheia. Eu posso ir para casa. Vamos?
Houve um silêncio. Sam se virou para o Hale, que tinha os olhos arregalados.
—Surpresa!
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—Chegamos. —Derek disse, estacionando na frente do apartamento de Peter.
Derek viu o garoto jogar seu corpo contra o acento, suspirando de cansaço. Eles haviam acabado de deixar Stiles em casa, depois que os adolescentes explicaram tudo para Derek sobre o novo beta da alcateia. O Hale estava certo de que aquilo ainda os daria muita dor de cabeça. Havia levado tanto tempo para que não tivessem que se preocupar mais com a lua cheia. Agora, estava tudo de volta. Eles teriam que ensinar Liam a se controlar.
Derek se virou para o garoto. Tinha alguma coisa o incomodando, ele podia sentir, desde quando estavam na casa do lago.
Levou sua mão até a do garoto, apertando-a.
—Tudo bem? —Questionou gentilmente.
—Estou bem. —Sam mentiu. —Só estou cansado.
Derek assentiu. Ele se perguntou se Sam sabia que ele o deixava esconder as coisas e mentir para ele.
—Quer ir para o loft comigo? —Indagou, atraindo a atenção do garoto para ele. —Se você quiser, pode passar a noite.
—Tudo bem. —Sam deu de ombros, voltando a olhar para a janela. —Eu quero.
Derek ligou o carro novamente e dirigiu até seu loft, onde assim que entraram, decidiu satisfazer a sua curiosidade.
—O que aconteceu com você? —Perguntou e Sam se virou para ele. —Você está um pouco estranho. Diferente.
—Ah, algumas coisas simplesmente pararem de existir dentro de mim. —Sam deu de ombros novamente. —Então estou me acostumando com isso.
—E que coisas são essas?
—Emoções, sensações, sentimentos. —Sam murmurou, olhando ao redor por algum motivo.
Derek voltou a relembrar a cena que aconteceu na delegacia, e também lembrou do que Deaton disse. Sam agora era um Espírito da Morte.
—Sam? Você realmente estava falando sério quando disse aquelas coisas na delegacia? —Questionou, vendo o garoto franzir o cenho. —Sobre nos matar para ganhar dinheiro?
—Claro que não. —Sam negou, com os braços cruzados. —Foi só uma brincadeira. Aliás, esqueci de te perguntar, você fala espanhol?
—Oh. —Derek revirou os olhos, sorrindo. Assunto completamente aleatório. —Sim, eu falo espanhol.
—Por que nunca contou isso?
—Nunca pareceu importante. —Deu de ombros.
—Mas é claro que é! Fala em espanhol comigo.
—Por quê? Você fala espanhol, por acaso?
—Vai logo, Derek. Eu quero ouvir você falar em espanhol.
—Por quê?
—Porque eu imagino que seja muito sexy. —Sam sorriu, o que fez Derek revirar os olhos.
—Tu eres la persona más molesta que he conocido. —O Hale sorriu de lado.
Sam cerrou os olhos. Derek sorriu, achando que o garoto tinha reagido daquele jeito pois não tinha entendido.
—Y eres la persona más gruñona que he conocido. —Sam replicou e foi a vez de Derek de cerrar os olhos.
—Você sabe falar espanhol? —Derek indagou, surpreso.
—Claro que sim. —Sam respondeu, sorrindo. —Eu sempre fui fascinado por outras línguas, então aprendi várias.
—Você é um pestinha mesmo, hein. —Derek comentou risonho, avançando em Sam e agarrando sua cintura, o erguendo e o carregando em seu ombro até o seu quarto.
Sam riu durante o percurso inteiro. Quando Derek chegou no seu quarto, jogou Sam na cama e subiu em cima dele, o beijando profundamente.
Derek separou seus lábios dos de Sam e levou suas mãos até a barra da camisa do garoto.
—Posso? —Perguntou e Sam assentiu com a cabeça, então Derek tirou a camisa dele e depois a sua.
Os dois voltaram a se beijar, mas Derek percebeu que Sam parecia um pouco tenso.
—Sam? —Derek chamou baixinho, fazendo o garoto o encarar. —Está tudo bem? Você está tenso.
—É que faz muito tempo que eu não faço... Você sabe o que. —Sam explicou. —Mas eu tô bem. E você pode continuar.
Derek beijou os lábios do garoto com delicadeza e passou a beijar o pescoço dele para ver se isso o ajudasse a relaxar. Funcionou, pois Sam começou a relaxar e corresponder aos toques dos lábios de Derek no seu pescoço com gemidos.
—Você quer isso? —Derek questionou após se afastar e levar suas mãos até o botão da calça de Sam.
Sam estava com seus pensamentos tão nas nuvens que a única coisa que conseguia fazer era assentir com a cabeça.
Derek abriu o botão e o zíper da calça de Sam, logo tirando a mesma junto com a cueca do garoto. O Hale olhou para o garoto para ver sua reação, Sam estava com os olhos fechados e com a boca entreaberta, e também estava com a respiração ofegante.
Sabendo que aquela era uma boa reação, Derek contornou a cabeça do membro do garoto com os lábios antes de colocá-lo inteiro na boca, sentindo o gosto do pré-gozo do mesmo. Sam se surpreendeu com a ação imediata e arqueou as costas, sentindo uma sensação estranha. Podia fazer muito tempo que ele não fazia aquilo, mas ele não se lembrava que a sensação era tão estranha assim.
—Tem algum problema? —Derek indagou após se afastar do membro do garoto.
—Tem. —Sam concordou com uma careta, se apoiando nos cotovelos para encarar Derek. —Eu não me lembro dessa sensação ser tão estranha.
—Você só deve estar tenso ainda. —Derek sugeriu dando de ombros, mas Sam ficou pensativo.
Derek juntou seus lábios com os do garoto novamente, o que tirou o mesmo dos seus pensamentos. Derek tirou sua calça junto com a cueca e se lembrou da vez que pegou Stiles conversando com Scott e Sam sobre ainda ser virgem, Sam não tinha se pronunciado naquele dia, mas como Derek acabou de ouvi-lo dizer duas vezes que não fazia aquilo há muito tempo, podia chegar na conclusão que Sam não era virgem.
Derek esticou a mão até o criado-mudo e abriu a última gaveta, tirando um tubo de lubrificante dali. Tirou a tampa e colocou um pouco do líquido em seus dedos. Lentamente, ele desceu as mãos até as nádegas do garoto. Encostou um de seus dedos em sua entrada, circulando-a devagar e espalhando o líquido por ali. Ele continuou rodeando a entrada do garoto, causando arrepios no mesmo. Até que ele parou e forçou sua passagem, parando quando sentiu Sam se retrair.
—O que foi? —Derek perguntou, examinando atentamente a expressão do garoto.
—Se for para continuar com essa sensação estranha, acho melhor a gente pular essa parte. —Sam falou.
Derek tirou seu dedo de dentro do garoto e pegou o tubo de lubrificante novamente, colocando uma grande quantidade em seu pênis. Derek voltou a beijá-lo, enquanto isso, suas mãos ajeitaram seu pênis na entrada do garoto, logo começando a forçar.
A única reação que Sam mostrou foi um pequeno remexo na cama. O garoto achou que iria sentir dor por fazer muito tempo que não fazia aquilo, mas não sentiu nada.
O Hale juntou seus lábios novamente, enquanto ia lentamente introduzindo o resto de seu membro. Ele gemeu alto quando seus quadris se tocaram, já Sam só soltou um pequeno suspiro, como se não estivesse sentido nada, o que era a mais pura verdade.
Sam não conseguia explicar, mas não estava sentindo nada. Nem prazer e nem emoção, muito menos estava com a respiração ofegante. Ele só sentia uma enorme sensação estranha, nada a mais.
Derek também estava estranhando aquilo, mas sorriu quando começou a ouvir alguns suspiros de prazer vindos do garoto.
—Derek! —O garoto gritou quando o Hale atingiu sua próstata, finalmente tinha sentido alguma coisa. —Oh Deus. De novo.
—O que você quer? Me diga o que você quer. —O tom do Hale era duro. Oh, aquilo era uma ordem.
—Mais... —Arfou. —Mais rápido...
Derek não pensou duas vezes antes de acelerar os movimentos, fazendo o garoto revirar os olhos de tanto prazer. Demorou, mas agora Sam conseguia sentir prazer, e começou a gemer por causa daquilo.
Sam não conseguia nem pensar quando Derek atingia aquele ponto dentro de si. E o Hale adorava isso, adorava o jeito como Sam gemia, como ele gritava. Então passou a estocar naquele ponto repetidamente, cada vez mais forte e mais rápido, enchendo o quarto com os gemidos de ambos.
Sam sentiu uma pressão no fim de seu abdômen, e soube que ia gozar a qualquer momento. O Hale aumentou os movimentos das estocadas, fazendo Sam gozar em segundos.
Ao sentir as paredes de Sam apertarem seu membro, Derek não pode se conter e começou a estocar o mais rápido que pode, rugindo alto quando finalmente gozou também. Suas presas e garras apareceram, rasgando o lençol ao lado da cabeça de Sam. Seu corpo caiu sobre o do garoto, enterrando seu rosto na curva de seu pescoço.
Derek olhou para Sam, vendo que seus olhos castanhos deram lugar a uma mistura entre as cores: vermelho-sangue, verde e azul escuro. Sua íris ficaram finas e o branco dos seus olhos ficaram negros. O Hale não conseguia dizer em qual tonalidade os olhos de Sam ficavam mais bonitos, mas admitia que gostava do jeito que eles ficavam ultimamente.
Derek voltou a beijá-lo enquanto se retirava delicadamente de dentro do garoto. O Hale caiu ao lado do garoto, o puxando para se deitar em seu peito e beijando o topo de sua cabeça. Não demorou muito para os dois caírem no sono.
•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.
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