Capítulo 5
Sam se recusou a passar a noite inteira procurando Liam por Beacon Hills, pois tinha dever de casa para fazer.
Porém, no dia seguinte, não conseguiu fugir do seu irmão, esse que pegou o seu pulso e o arrastou para dentro do colégio.
—Ah não. —Sam resmungou enquanto era puxado pelos corredores lotados de alunos apressados da escola, à procura de Liam.
—Liam! —Stiles chamou. Eles finalmente encontraram o calouro.
Por sorte, Liam estava andando em um dos únicos corredores que estavam milagrosamente vazios. Quando o "talvez beta de Scott" parou de andar e percebeu Stiles e Sam ali, os garotos puderam ver o quanto o calouro estava assustado e desnorteado.
A primeira coisa que eles perceberam, era que havia um grande curativo no braço direito do garoto, no lugar em que Scott o mordeu.
Sam se sentiu mal pelo garoto. Liam apenas estava no lugar errado, na hora errada. E, agora, supondo que ele sobreviva, sua vida havia mudado para sempre. Liam praticamente tinha ganhado uma tonelada de problemas gratuitos.
Logo atrás de Liam, vinha Scott. Stiles e Sam concluíram que o calouro estava sendo seguido a algum tempo.
Scott aproveitou que Liam havia parado de andar e se aproximou rapidamente, praticamente deixando Liam encurralado entre os três.
—Nó precisamos conversar. —O McCall disse.
—Vocês precisam ficar longe de mim, okay? —O loiro praticamente gritou. —Vocês três.
—Pode só escutar um instante? —Scott levantou os braços, sinalizando para Liam se acalmar. —Por favor.
Stiles e Sam ficaram realmente surpresos quando o calouro concordou em ouvi-los. E, aparentemente, Scott também ficou, pois lançou um olhar surpreso para os irmãos. O tipo de olhar que dizia: "e agora, o que eu faço? ". Eles deram de ombros, respondendo com o seus melhores olhares de: " fala com ele, qualquer coisa ".
—Liam... —Scott começou. —Nós somos irmãos agora.
Houve um momento de silêncio.
—Ai, não. —Sam abaixou a cabeça, sentindo vergonha. Talvez Scott tenha levado muito a sério a parte do " qualquer coisa ".
—O quê? —Liam franziu a testa. —Do que você está falando? Nós acabamos de nos conhecer e você me mordeu.
—A mordida... —Scott continuou. —A mordida é um presente.
—Oh, Deus. —Stiles negou com a cabeça, sentindo suas bochechas literalmente queimarem naquele momento. —Scott, para. Por favor, só para. Você. —Apontou para Liam. —Nós estamos tentando te ajudar.
—Me sequestrando?
—Só para esclarecer: Scott te sequestrou. Okay? Eu e o Sami só ajudamos e incentivamos.
—Liam, eu já passei por isso antes. —Scott se pronunciou. —Algo está acontecendo com você. Algo grande.
O calouro negou com a cabeça.
—Nada está acontecendo comigo. —Ele arrancou o curativo em seu braço. —Nada.
Sam fez uma careta. Realmente não havia nada onde Scott o tinha mordido. Mas aquilo não era nem de longe um bom sinal. Liam se curou. Ele sobreviveu à mordida.
Enquanto o calouro dava meia volta e andava para longe dos três, Sam se virava para Scott com um sorriso no rosto.
—Meus parabéns. —Parabenizou, o que fez Scott ficar confuso. —Você agora é pai de um menino.
—Ah, sei não, Sami. Acho que ele tá mais para pai de pet. —Stiles entrou na brincadeira. —E é um cachorro.
—É, um cachorro que pode desmembrar alguém na lua cheia. —Sam acrescentou e os dois trocaram olhares cúmplices.
—Dá para vocês dois pararem de me zoar? —Scott pediu com a voz um pouco alarmada.
Os dois irmãos não conseguiram segurar e caíram na risada, fazendo Scott revirar os olhos.
★∻∹⋰⋰ ☆∻∹⋰⋰ ★∻∹⋰⋰ ☆∻∹⋰⋰★∻
—Uau. —Foi tudo o que Kira conseguiu falar.
Scott suspirou. Com sua visão periférica, conseguiu ver Sam constantemente olhando para os lados, se certificando de que não tinha mais ninguém ali além deles. O McCall não se lembrava de ver o amigo agitado daquele jeito em um longo tempo. Concluiu que essa situação toda com Liam realmente o estava preocupando.
Eles haviam esperado o primeiro intervalo para falar com as garotas. Estavam no estacionamento da escola, no meio de dois ônibus vazios, conversando no menor tom de voz possível.
Scott estava tentando se manter calmo. Naquele momento, ele era um misto de culpa, vergonha e desespero.
—É, uau. —Ele concordou. Sentiu a mão de Stiles apertar seu ombro levemente, lhe dando apoio.
—Vocês sabem que essa noite é lua cheia, não sabem? —Lydia perguntou.
—Aham. —Os três garotos responderam em uníssono.
—Ótimo. —Ela assentiu. —Ótimo, pelo menos vocês sabem.
—Já estamos até sentindo ela. —Sam disse. —Liam também deve estar. Nós sabemos como controlar, mais ou menos, mas ele? Ele vai ficar violento...
—Ainda melhor. —Lydia murmurou.
—... Não vai nem precisar esperar anoitecer. Qualquer um que irritar ele... —Sam ergueu três dedos e desenhou três linhas em sua própria garganta. —E não vai demorar muito para...
—Sam. —Stiles o interrompeu. —Já estamos com uma imagem bem clara na cabeça. Muito obrigado.
Sam se calou ao ver que aquilo não estava servindo de muita ajuda, então olhou para seu irmão com um olhar que dizia: "me desculpa".
Depois Stiles sugeriu um plano de anestesiar Liam com clorofórmio e jogá-lo no lago. Malia e Sam apoiaram a ideia, mas Scott recusou a mesma.
Então Lydia sugeriu de levá-lo para a casa do lago junto com eles essa noite, o que não era uma má ideia, já que além do porão onde Malia ficava, também tinha a casa dos barcos onde tinha vigas para poder prender Liam.
—Bom, já que bolamos um plano muito rápido, eu vou para aula. —Sam declarou, já começando se afastar de todos.
—Espera aí, Sami. Ainda precisamos de um plano para conseguir levá-lo até lá. —Stiles tentou falar, mas Sam o ignorou.
Sam iria para a sua aula de física, mas recebeu uma ligação de Derek o pedido para ir até o loft urgentemente. Então Sam rapidamente foi para lá, e Derek e Peter contaram que o Hale mais velho quase foi morto pelo " assassino sem boca ".
—Como você deixou que aquele cara quase te matasse? —Sam questionou de braços cruzados.
—Em minha defesa, ele entrou aqui sem fazer barulho e me atacou quando eu estava desprevenido. —Peter se defendeu. Ele estava sem camisa e com uma mancha preta no meio do peito.
—Tá perdendo o jeito, hein, tio Peter. —Sam zombou, fazendo Peter olhá-lo mortalmente. —Mas o assassino estava aqui para matar o Derek, sabemos por quê?
—Claro, o Derek é insuportável. —Peter respondeu, fazendo o Hale mais novo revirar os olhos.
—Sam, eu posso falar com você à sós por uns minutinhos? —Derek indagou e Sam concordou.
Então os dois subiram e foram para o quarto de Derek. Peter negou com a cabeça, Derek tinha que aceitar que Sam era seu primo.
—Você tá bem? —Derek perguntou, fazendo Sam franzir as sobrancelhas. —O Stiles me contou que você estava passando mal.
—É, mas agora eu estou bem. —Sam o tranquilizou. —E o mal-estar passou do nada, assim como apareceu.
—Estranho. —Derek murmurou, só agora percebendo o quanto Sam parecia diferente.
—É, mas a minha preocupação agora é com esse assassino. —Sam disse. —E por que ele quer matar você e tentou matar o Peter?
—Eu não sei. —Derek respondeu, indo até sua cômoda e pegando um objeto. Logo voltando para perto de Sam. —Mas que tal você me ajudar a descobrir o que é isso?
Derek jogou o objeto na cama e Sam percebeu que era o seu caderno de matemática.
—Por que você tá com o meu caderno de matemática? —Sam questionou, apontando para o mesmo. —Mais importante, como você conseguiu ele?
—O Peter trouxe ele e me deu. —Derek explicou, fazendo Sam ficar incrédulo.
—Ah, que legal. —Resmungou enquanto revirava os olhos, visivelmente irritado com aquilo.
—Será que você pode me explicar o que é isso? —Derek apontou para o caderno e Sam viu que o mesmo estava aberto numa página cheia de números, letras e símbolos estranhos.
—Nossa. —Ele murmurou, chegando mais perto do caderno. —O que é isso?
—Não sei, foi você que escreveu, então você que tinha que saber. —Derek deu de ombros.
—Você tá certo, mas eu não me lembro de ter escrito isso. —Sam falou. —É um código que dar a uma lista.
—Como você sabe disso? —Derek indagou e Sam percebeu que estava acontecendo de novo, ele estava dizendo coisas que ele não devia saber.
—Eu não sei, foi somente uma sugestão. —Mentiu, mas então escutou sussurros sobre aquele código. —Mas é realmente um código, e eu acho que sei como decifrá-lo, mas eu não tô com cabeça pra isso agora.
Sam fechou o caderno e se sentou na cama, suspirando logo em seguida. Derek se sentou ao lado dele e pegou uma de suas mãos.
—Hoje é lua cheia. —Derek o lembrou.
—Eu sei. —Sam suspirou novamente, começando a brincar com os dedos de Derek inconscientemente.
—Tá com medo de passar por sua primeira lua cheia? —Derek perguntou com um pequeno sorriso no rosto, achando aquela atitude de Sam fofa.
—Não. —Sam negou. —Tô mais para preocupado, mas sei que posso passar por ela.
—Se você quiser, eu posso passar a noite com você. —Derek disse e Sam apertou a mão dele.
—Obrigado, Derek. —Sam agradeceu, o olhando e o dando um pequeno sorriso.
Derek retribuiu o sorriso e se aproximou de Sam para dar um selinho no mesmo, e depois o abraçou de lado, deixando Sam descansar a cabeça no seu peito enquanto acariciava seu braço com a mão.
•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro