Capítulo 30
Scott e Stiles estavam na clínica veterinária com Deaton. O veterinário lia o pergaminho que podia ajudá-los com o seu problema com o Nogitsune.
—Bom, se o meu japonês estiver em dia, aquilo está dizendo para mudar o corpo do hospedeiro. —Deaton disse. —Agora a pergunta é: como mudamos o corpo do Sam?
—Mas espera, por que temos que mudar o corpo do Sam? —Stiles perguntou confuso. —Ele é forte demais, pode lutar sozinho contra o Nogitsune. O único problema é que ele está fraco demais para fazer isso.
—Espera aí. —Deaton pediu, pensativo. —Como estão os olhos do Sam toda vez que ele tenta usar seus poderes?
—Estão vermelhos rubis, e a parte branca está preta. —Scott respondeu. —Foi do jeito que ficou quando a Jennifer trouxe o lado Oxinigam dele.
—É isso o que vamos usar. —Deaton declarou, fazendo os dois franzirem as sobrancelhas. —Quando o Sam voltou, ele era uma Cobra, um sobrenatural tão forte que tem veneno nas presas e no sangue. Esse lado dele é muito forte, e é esse lado que o Sam tem que usar para lutar contra o Nogitsune.
—Como assim? —Stiles questionou ainda confuso.
—Faz sentido. —Scott murmurou. —Naquele dia com a Jennifer, o Sam conseguiu se livrar do controle dela quando seus olhos ficaram no aspecto reptiliano.
—O Nogitsune está usando o lado Oxinigam para tomar o corpo de Sam para ele, e esse lado Oxinigam está ligado em força total, o que só beneficia somente o Nogitsune. —Deaton falou. —Precisamos dar força ao lado Cobra dele, e só vamos conseguir fazer isso se transformamos ele em lobisomem.
Nesse exatamente momento, Stiles abriu a boca, indignado e incrédulo. Ele se lembrou de quando Deucalion queria fazer a mesma coisa.
—Então você quer dizer que passamos por tudo aquilo para impedir o Deucalion de transformar o Sam em um lobisomem para agora transformamos ele em lobisomem? —Stiles indagou. —Não sei se vocês se lembram, mas isso pode fazer o Sam enlouquecer.
—A gente se lembra. —Deaton anunciou. —Mas a mordida agora vai fazer o efeito no Sam de uma adrenalina, vai fazer o coração dele disparar. Como o Nogitsune está o matando de dentro para fora, isso vai ajudar o Sam à ter a chance de lutar contra o Nogitsune, mas tem um problema. O Sam está muito fraco, então é capaz dele não resistir à mordida. Assim, vamos dar ao Nogitsune o que ele exatamente quer; o corpo do Sam.
—Então a única chance do Sam de finalmente se livrar do Nogitsune pode matá-lo? —Stiles perguntou em meio a um suspiro.
—Infelizmente, sim. —Deaton respondeu. —Mas isso pode ser a única chance de termos o Sam de volta, senão vamos perdê-lo para sempre.
Stiles suspirou novamente, sentindo uma enorme dor no coração ao pensar que podia perder seu irmão para sempre.
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—Dobre à direita no Gaffner Boulevard e siga por 100 metros. —A voz feminina do GPS disse para Lydia.
—Você pelo menos vai me contar onde estamos indo? —Aiden questionou, virando a cabeça para a ruiva, que mantinha os olhos na estrada e as mãos no volante o tempo todo.
—Preciso checar uma coisa. —Lydia respondeu, virando o volante à direita, como a voz do GPS havia dito. —Não precisa se preocupar com isso.
—Dobre à direita no Commerce Way e siga por 400 metros. —A voz do GPS mandou, e Lydia obedeceu prontamente.
—Na verdade eu estou preocupado por estarmos completamente perdidos. —Aiden bufou, fazendo a garota dar uma pequena risada.
—E por que você acha que estamos?
—Porque você acabou de virar a direita quatro vezes. —Falou. —E quatro direitas formam um círculo.
—Eu não virei. Virei? —Lydia franziu as sobrancelhas e suspirou. —Esse carro é novinho, o GPS devia está funcionando bem antes.
—Bom, talvez ele funcionasse se estivesse ligado. —Apontou.
—O quê? —Lydia sorriu em deboche, mas então seu olhar pousou sobre o aparelho GPS, que estava completamente desligado.
Houve um momento de silêncio no carro. Lydia olhava fixamente para o GPS, sentindo um frio em sua barriga. Estava acontecendo de novo. Ela estava ouvindo as vozes que a levavam para algum lugar. Sua garganta ficou seca. Para onde ela estava indo?
Levou o dedo rapidamente até o aparelho, apertando-o repetidas vezes para ligá-lo, como se isso fosse resolver o problema, mas isso só aumentou o tremor em suas mãos.
—Lydia? —Aiden franziu as sobrancelhas. —Você está bem?
—Eu preciso parar. —A respiração da garota ficou pesada. —Eu preciso parar agora mesmo!
Aiden arregalou os olhos quando a ruiva virou o volante com tudo, entrando em alta velocidade em um estacionamento de o que ele achava ser um mercado, mas isso não era importante. Ele tentou fazer com que ela parasse, mas Lydia continuou com o pé no acelerador, mudando de direção como se ela tivesse que ir em algum lugar específico daquele estacionamento.
—Lydia! —Aiden arregalou os olhos. Na direção que Lydia estava dirigindo, havia um corpo, alguns metros à frente, imóvel no chão. —Lydia, pare!
Dessa vez, a garota o ouviu e pisou com tudo no freio. Os dois desceram rapidamente e correram até o corpo. Aiden identificou o garoto no chão e parou, segurando Lydia para que ela não se aproximasse.
Era Sam. Deitado no meio do estacionamento. Completamente inconsciente e com a camisa manchada de sangue. Os dois se entreolharam. Era o Nogitsune.
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Lydia - junto com Aiden - havia levado Sam para a casa de Scott. Melissa estava lá e Deaton também, assim como Stiles.
—O sofá. —Scott disse. —Ponha ele no sofá.
Aiden apenas assentiu, ele e Scott levavam o corpo inconsciente de Sam até o sofá da sala dos McCall's. Eles o deixaram ali, jogado como uma boneca de pano. Quase parecia o verdadeiro Sam, porém sua aparência parecia que realmente era de uma pessoa que foi congelada. E é claro, todo o sangue.
—Gente, isso é loucura. —A voz de Melissa era rápida e assustada. —Ele precisa ir para o hospital.
—Mãe, lembra o que aconteceu da última vez que ele esteve no hospital? —Scott indagou.
Deaton levantou a barra da camisa de Sam, examinando o corte aparentemente profundo que ia de uma lateral de sua cintura até a outra.
—Isso ainda estar sagrando. —Franziu as sobrancelhas. —Na verdade, eu acho até que ele não estar se curando.
—Como isso é possível? —Aiden perguntou.
—Isso é muito ruim. —Scott comentou.
—Para nós, sim. —Deaton se afastou. —Para ele? É muito bom. Significa que o plano está funcionando.
—Sam? —Stiles chamou pegando o rosto do irmão entre as mãos e o sacudindo, mas o garoto não acordou. —Sami!
—Stiles, não tente acordar ele. —Deaton mandou. —Não sabemos quem está no controle agora.
—Se nós não vamos matá-lo, por que não o prendemos com grandes correntes, ou coisas assim? —Aiden cruzou os braços.
—Ainda bem que eu tive a mesma ideia. —Deaton abriu a bolsa que carregava e tirou de lá uma enorme corrente.
Scott e Aiden se aproximaram de Sam e segurando ele para que Deaton pudesse prendê-lo sem preocupação. O veterinário não perdeu tempo, começou a passar as correntes por volta do garoto, tomando cuidado para não prender Scott e Aiden também.
O Nogitsune abriu os olhos e agarrou a mão de Aiden, que segurava seu ombro, e com a outra mão, agarrou a garganta do mesmo com força. Aiden arregalou os olhos, tentando tirar a mão do garoto, mas o Nogitsune era mais forte do que parecia.
—Tira ele de mim! —Aiden tentou gritar.
Stiles e Scott pegaram o braço que Sam usava para estrangular Aiden e puxaram para trás com força, então Deaton aproveitou para terminar de acorrentá-lo no sofá.
Deaton riu de lado enquanto via o Nogitsune olhar confuso para as correntes, sem conseguir quebrá-las.
—Correntes banhadas em Cintra. —Sam falou. —Mandou bem.
Aiden rugiu para ele, sentindo sua garganta protestar. Sam apenas sorriu para ele.
—Sabe quando dizem que gêmeos sentem quando o outro está com dor? —Seu sorriso aumentou. —Você também não perdeu esse talento, perdeu? —Ele fez uma pausa, vendo a expressão confusa de Aiden. —Oh, eu espero que não. Você vai precisar dele.
Todos na sala se entreolharam, percebendo a ameaça na voz do garoto.
—Certo, vou te dar uma pequena dica. —Sam informou. —Ethan está na escola.
Aiden lançou um olhar para Scott, como se perguntasse o que deveria fazer.
—Vai! —O McCall mandou.
Sam ria e acompanhava com a cabeça Aiden saindo correndo da casa, como se o medo o divertisse.
—Espero que ele chegue a tempo. —Se virou para Scott. —Eu gosto dos gêmeos. Temperamento curto. Compulsões homicidias. São muito mais divertidos do que vocês tentando salvar o mundo todos os dias.
—Doutor, você trouxe algo para prender o corpo dele. —Melissa cruzou os braços. —Tem algo para a boca dele?
—Sim, eu tenho.
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—Quanto tempo você acha que nós temos? —Scott questionou a Deaton. Alguns minutos haviam se passado, e seu amigo ainda estava jogado no sofá da sala naquela mesma posição, porém agora, com uma fita adesiva presa tapando sua boca.
—Eu gostaria de saber. —O veterinário admitiu. —Mas se não pensarmos em algo rápido, vamos ter que encontrar um lugar melhor para mantê-lo. Acho que estamos todos subestimando o perigo aqui. Ele pode estar acorrentado, mas ainda parece que ele tem todos nós na palma de sua mão.
—E ele também tem o Sami na mão dele. —Stiles resmungou irritado. —O que é Cintra?
—É uma planta muito bonita que cresce no lugar em que um Oxinigam morreu. —Deaton respondeu. —Ela enfraquece os Oxinigans, mas tenho medo dela fazendo o Sam ficar mais fraco ainda.
—Então, o que fazemos? —Lydia indagou. —Vamos transformá-lo em lobisomem e salvar ele?
—Calma, Lydia. —Stiles pediu alarmado. —Se esqueceu? Isso pode matá-lo.
—Eu nunca fiz isso. —Scott disse. —E eu não vou fazer pela primeira vez se isso custar a vida do nosso melhor amigo.
Eles e Scott se encararam por um tempo, até que Stiles abaixou o olhar, suspirando. Aquela era a última coisa que ele queria que acontecesse; perder o seu irmão.
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Melissa tentava não pensar no que estava fazendo. Tentava não pensar que quem estava na sua frente era Sam, um garoto que era praticamente seu filho, e que havia sido tomado por um monstro. Um monstro que não pensaria muito antes de matá-la.
Colocou em sua cabeça que aquele era só mais um paciente normal. Uma pessoa aleatória com um corte gigante em sua barriga. Tudo o que ela tinha que fazer era enfaixar. Simples.
Até que ela ouviu o garoto fungar. Seu instinto materno falou mais alto e ela voltou seu olhar para o garoto, que tinha lágrimas nos olhos e olhava para Melissa como se pedisse ajuda.
—Sami? —Por um momento, Melissa reconheceu o garoto que ela havia tomado conta por anos, que havia praticamente adotado como um dos seus filhos.
O garoto assentiu. Melissa retirou a fita de sua boca com cuidado, vendo uma lágrima escorrer pelo rosto do garoto. Aquela pequena atuação durou pouco, o Nogitsune balançou a cabeça em desaprovação.
—Sério, Melissa? —Zombou. —Eu derrubei uma lágrima, é só o que é preciso? Vamos, você não pode desmoronar tão fácil assim. Como você vai aguentar quando Scott souber da verdade?
—O quê? —Ela ergueu as sobrancelhas, se sentindo frustrada por ter caído em mais um daqueles truques.
—Quando ele descobrir por que o pai dele realmente foi embora? Você sabe que ele ouviu por acaso, não é? —Houve um momento de silêncio. Sam sorriu. —Oh, você não tinha ideia.
Melissa permaneceu em silêncio, a raiva bem clara em seu rosto.
—Chamou o Stilinski logo depois que aconteceu. —Ele continuou. —Não contou ao Scott, mas contou ao xerife. E Sam soube, como ele sempre sabe de tudo. Mas quer saber por que ele não falou para o Scott? Porque ele sabia... Que Scott nunca te perdoaria. Ele sabia o quanto ele te odiaria.
—Esse não é você, Sami. —Melissa balançou a cabeça, tentando fingir que não estava abalada pelas palavras do garoto.
—Agora é. —Sam sorriu. —E parem com isso, o Sam não existe mais. Ele se foi, e agora só sobrou eu.
A enfermeira colocou a fita de volta na boca do garoto, encerrando a conversa.
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Depois Scott decidiu ligar para Peter, pois Derek não estava atendendo o celular. Mesmo não querendo que Peter ficasse perto de Sam depois de ter descoberto que o dois eram pai e filho, Lydia tinha que admitir que o Hale era o único que podia saber o que fazer.
—Você estão certos. —Peter falou enquanto analisava o garoto acorrentado no sofá. —Ele tá muito fraco, podia ser que não aguente à mordida de lobisomem.
—Não acha que daria certo? —Scott perguntou.
—Talvez possamos acionar o verdadeiro Sam de outro jeito. —Peter murmurou, sustentando o olhar de desprezo que Sam lhe lançava. —Podemos desenterrá-lo de dentro do seu subconsciente.
—Como? —Deaton deu um passo para frente.
Peter agarrou o pulso de Scott e o apertou, fazendo-o mostrar as garras para todos na sala.
—Vamos entrar na cabeça dele.
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—Okay, então: —Peter respirou fundo. —Scott vai tentar penetrar na mente doente do maligno Sam do mal e tentar encontrar o doce e gentil Sam normal, e guiá-lo de volta das profundezas de seu próprio subconsciente. —Ele fez uma pausa, se certificando de que todos na sala haviam entendido o plano. —Mas ele não vai fazer isso sozinho.
—Como assim? —Scott questionou.
—Alguém precisa ir com você. —O olhar de Peter caiu sobre Lydia e Stiles, assim como o de todos na sala.
—Por que nós? —O Stilinski arregalou os olhos.
—Que tal o fato da Lydia ser uma Banshee e ter poderes que ninguém realmente entende aqui. —Peter bufou. —E você é o irmão do Sam, é o que mais tem uma conexão profunda com ele.
—Por que está nos ajudando? —Scott cruzou os braços. —Você quer algo em troca?
—Sim, e isso é com você. —Peter respondeu olhando para Lydia, que o puxou para uma área mais afastada dos outros.
Não demorou muito e ela voltou. Scott pensou um pouco antes de andar até ficar atrás de Sam, que permanência sem expressão no sofá, esteve completamente sem reação a conversa toda. O McCall respirou fundo, precisou de um pouco de coragem antes de encostar as garras na nuca de um dos seus melhores amigos. Lydia e Stiles se sentaram lado a lado, e Scott encostou as garras na nuca deles também.
—O que fazemos quando o encontrarmos? —Scott indagou à Peter.
—Vocês vão ter que guiá-lo para fora de algum jeito. —Peter respondeu. —Tentem devolver a ele o controle da mente, do corpo.
—Você pode explicar o "de algum jeito"? —Stiles bufou, tenso. —Não parece muito específico no momento.
—Improvisem. —Peter deu de ombros.
—E se isso for mais um truque? —Scott perguntou.
—Quando é que vocês vão começar a confiar em mim? —Peter riu, levemente indignado.
—Estou falando dele. —O McCall apontou para Sam com a cabeça.
—Scott. —Deaton chamou. —Estamos ficando sem tempo.
Depois de tomar coragem, Scott entrou na mente de Sam com Lydia e Stiles. Primeiro eles se viram em uma maca, presos. Porém, depois de se soltarem - graças à Scott -, acabaram sendo separados.
Stiles se viu num corredor com portas dos dois lados, e ele andou até a última que ficava de frente para ele, diferente das outras que ficavam de lado.
Ele abriu a porta e viu um lago. Ele franziu as sobrancelhas quando percebeu que a água balançava, como se alguém tivesse entrado nela recentemente.
—Sam! —Ele gritou com os olhos arregalados, então não pensou duas vezes antes de pular na água.
Stiles nadou até chegar em Sam, que estava no fundo do lago. Após isso, Stiles levou seu irmão para fora da água.
Já estando fora da mesma, Stiles se sentou no chão e puxou Sam para o seu colo. A pele de Sam estava ressecada e cheia de veias negras, e ele não respirava e nem acordava.
—Sam! —Stiles chamou, sentindo as lágrimas começarem a se formar. —Sami? —Chorou enquanto passava a mão pelo rosto do mesmo. —Você não está mais aqui, não é?
Uma porta apareceu na frente do lago e se abriu sozinha, Stiles deixou Sam no chão com delicadeza e foi até a mesma.
Ao passar pela porta, Stiles se viu em uma sala branca com Scott e Lydia.
Sam estava jogando um jogo com o Nogitsune em cima do Nemeton. Lydia deu a idéia de Scott uivar, já que Sam era de seu bando, e assim ele fez.
Sam olhou para eles e sorriu, então foi aí que Scott e Lydia entenderam a mesma coisa que Stiles tinha entendido; Sam não estava mais ali.
—Não vou devolvê-lo. —Uma voz ecoou de trás deles e eles se viraram, vendo Sam. Então a sala ficou escura e cheia de rachaduras na parede. —Ele é forte demais, importante demais. Não vou devolvê-lo agora que estou tão perto de concluir o meu plano.
Então todos escutaram um grito muito alto ecoando pelo local, e ninguém precisou dizer em voz alta quem era, pois todo mundo já sabia.
—Sam! —Stiles gritou antes de sair correndo dali. Ele iria tentar salvar o seu irmão.
—Podem procurá-lo por todo o lugar, ele não está mais aqui. —Sam avisou. —Vocês chegaram tarde demais, ele é meu agora. Ele se foi, e quanto antes vocês aceitarem isso, vai ser melhor para vocês. Agora saíam daqui.
—Espera...
—Saía daqui! —Sam gritou, o que interrompeu Scott. O grito foi tão forte que expulsou os três da mente de Sam.
Os três voltaram para o mundo real e Sam deu um forte solavanco, o que acabou quebrando as correntes.
Ele se levantou do sofá e tirou a fita adesiva da sua boca, mas quando foi dar um passo para frente, suas pernas falharam e ele quase caiu no chão. Era difícil controlar um corpo que estava morrendo aos poucos.
Stiles e Scott aproveitaram isso para segurá-lo, proibindo que ele fugisse novamente.
—Sam, por favor, para. —Stiles pediu enquanto segurava o seu irmão por trás.
Scott - que estava na frente - viu quando Sam sorriu para ele. Em um golpe rápido, Sam chutou Scott para longe.
—Sami. —Stiles chamou tentando segurá-lo sozinho, mas Sam pegou seu braço e o levou até a boca, o mordendo.
Stiles gritou, e Sam aproveitou para jogá-lo longe. Sam se virou para todos e viu eles em posições defensivas.
—Querem saber? Eu causei disso. —Ele ergueu as duas mãos e apertou elas em um formato de punho, fazendo todos desmaiarem.
Lydia olhou ao redor apavorada, vendo que Sam tinha deixado somente ela acordada. Sam começou a se aproximar dela, que se encolheu na parede.
—O que você vai fazer comigo? —Ela questionou, desistindo de correr ao ver que não tinha para onde ela ir.
—Vai depende do quanto você está disposta a colaborar comigo, querida. —Sam respondeu, parando à centímetros dela.
Quando todos acordaram, viram que Sam tinha sumido e levado Lydia com ele. Stiles olhou para o seu pulso, onde estava a mordida de Sam. Na sua cabeça, só passava a lembrança de Deaton dizendo que as Cobras tinham um veneno mortal nas presas e no sangue.
•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.
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