Capítulo 2
Stiles abriu a porta do quarto de Sam e entrou no mesmo, e se sentou na cadeira dele que era virada para o computador do mesmo.
Sam dormia agarrado em um travesseiro, mas acordou ouvindo barulho de teclado.
—Ah, Stiles. —Ele resmungou colocando o travesseiro em cima do seu rosto. —Que horas são?
—Não reclama, você sabe que o meu computador tá no conserto. —Stiles o lembrou ainda mexendo no computador. —Bom dia, e está quase na hora da escola.
—Eu deveria te expulsar do meu quarto da pior maneira possível. —Sam comentou se sentando na cama.
—É, mas eu sei que você não faria isso.
—Não? —Sam perguntou risonho enquanto olhava para o irmão com os seus olhos reptilianos amostra.
—Eu não tenho medo de você, Sami. —Stiles avisou despreocupado. —Eu sei que você nunca me machucaria.
—Então eu tenho que mudar a minha tática. —Sam murmurou. —Me passa minha calça?
A calça jeans preta estava em cima de uma cômoda. Sam dormia com o seu pijama que era um conjunto de moletom na cor azul escura.
Stiles pegou a calça e jogou para seu irmão antes de voltar a olhar para o computador.
—Sam. —Seu pai chamou, mas logo olhou para o lado rapidamente ao ver o filho trocando de roupa. —Desculpe... Sami.
—Tudo bem. —O garoto riu, logo terminando de se vestir. —Pronto. —Avisou e Noah voltou a olhar para os filhos.
—Eu acho que perdi o costume de bater na porta antes de entrar nesse quarto. —O mais velho confessou.
—Tá tudo bem, pai. Stiles, você viu meu colar?
—Você o esqueceu lá no banheiro de baixo quando tomou banho nele ontem. —Stiles respondeu e Sam foi para o andar de baixo.
Sam nunca o tirava do pescoço sem ser para tomar banho e dormir, mas logo o colocava no pescoço de novo.
Era um colar de pingente de coração que sua mãe tinha o dado no seu aniversário de 10 anos, e desde então ele nunca tinha o tirado.
Logo ele voltou para seu quarto e foi para o banheiro para escovar os dentes.
—O que está fazendo? —Noah questionou para Stiles.
—Sabe quantos acidentes com cervos aconteceram no ano passado? 247 mil.
—Meu Deus, vai pra escola. —O Stilinski mandou sem paciência.
—Mas todos atravessando a rua. O de ontem estava correndo pro meio da rua. —Stiles continuou sem piscar.
—Eu não vou insistir.
—Ótimo. Sou imune a sua influência de toda forma.
—E que tal suborno? —Noah indagou.
—Você não pode pagar meu preço.
—Extorsão?
—Não tem nada contra mim.
—Ok... —Noah soltou um suspiro antes de retornar. —SAM! —Chamou puxando a cadeira de Stiles.
O mesmo começou a protestar, mas Noah o ignorou e continuou puxando a cadeira. E logo Stiles caiu no chão.
—Oi, pai. —Sam saiu do banheiro já arrumado e viu Stiles no chão.
—Leva o seu irmão para a escola. —Noah mandou apontando para Stiles antes de sair do quarto.
—Vem, irmãozinho. —Sam chamou indo até Stiles e o ajudando a se levantar.
Depois os dois pegaram suas mochilas e foram para os seus carros, logo dirigindo em direção à escola.
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Chegando na escola, Sam saiu do seu carro e viu Scott estacionando sua moto nova.
—Ai, ai, esse Scott. —Sam riu vendo Scott olhando para as duas motos ao seu lado, que eram bem mais modernas que a dele.
—Ele passa muita vergonha, por isso somos amigos dele. —Stiles comentou indo até o amigo com seu irmão.
Os dois encontraram Scott e foram para a escola. Scott falou sobre sua tatuagem e como queria pedir ajuda para Derek.
—Por que quer pedir ajuda pra ele? —Stiles perguntou.
—Ele tem um triskele tatuado nas costas. —Scott respondeu.
—Ô se tem. —Sam murmurou e Stiles o olhou com um olhar repreendido.
—Eu já mandei você parar com isso. Não pode achar o inimigo bonito.
—Ele não é meu inimigo, é seu. —Sam replicou. —Mas respondendo sua questão: é uma boa ideia, Scott.
—Mas será que ele não anda ocupado? —Stiles questionou se referindo aos cartazes de desaparecimento de Boyd e Erica.
—Isso é uma merda. —Sam comentou sentindo falta dos dois.
Os três ouviram o novo diretor falando e foram espiar, mas quando viram o novo diretor tirando uma espada debaixo da mesa - que era de Gerard - foram para a aula rapidamente.
Gerard Argent sempre dará arrepios em Sam.
Na primeira aula, Sam se sentou atrás de Lydia. Scott conseguiu trocar algumas palavras com Allison e a nova professora apareceu. Sam estranhamente não tinha ido com a sua cara, sentia algo estranho sempre que a olhava. Scott foi chamado pelo diretor e ele se retirou.
—Lydia. —Stiles chamou.
—Hm?
—Que isso? É do acidente? —Stiles indagou apontando para o curativo no tornozelo da ruiva.
—Não. —A ruiva negou voltando a olhar para a frente. —A Prada me mordeu.
—A sua cachorra?
—Não, minha bolsa de marca. —Lydia respondeu com deboche voltando a olhar para Stiles, e Sam colocou a mão na frente da boca para não rir. —Sim, minha cachorra.
—Gente, e se tiver algo acontecendo com os animais? —Stiles perguntou.
—Um cachorro, um cervo. —Sam comentou pensativo.
—Se foi um aviso? Como se algo ruim estivesse por vir?
—Como vocês dizem mesmo? Um é... —Lydia foi interrompida por um pássaro que bateu no vidro, deixando uma marca de sangue.
A professora Jennifer, se aproximou da janela e avistou vários pássaros vindo em direção à escola. E então ela se abaixou porque eles começaram a quebrar os vidros.
Eles pareciam apavorados, como o cervo.
Todos os alunos tentavam se defender ou se abaixarem. Sam protegeu Lydia e Stiles tentou proteger os dois. Quando terminou, Allison estava vendo como Lydia estava e Stiles tirava uma pena do cabelo de Sam.
—Ela parece apavorada. —Sam comentou olhando para a professora.
—Quem não está? —Stiles questionou.
—Você está bem? Tem um corte aí.
—Tô, mas agora temos que descobrir quem está causando isso.
—Eu sei. Vou ver se ela precisa de algo. —Sam andou até a professora e sorriu forçadamente. —Está tudo bem?
—Ah? Sim, sim. Obrigada, Sam. —A mulher agradeceu tocando no braço de Sam, fazendo o garoto sentir algo ruim, como se algo gritasse de raiva e sede de vingança. Ele se soltou urgentemente, fazendo a professora o olhar com confusão. —Tudo bem?
—Sim, só... Estou tonto. —Respondeu se afastando da mulher e pensando no que significava aquilo tudo que havia sentido.
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Depois de ser dispensados, encontraram Scott na casa dos Hale com Derek. Eles tinham salvado Isaac do hospital. O Lahey havia ido em busca de Boyd e Erica, mas não resultou em boa coisa. Stiles tinha contado sobre o acontecimento na escola.
—Você vai ficar bem, Lahey. —Sam sussurrou mexendo no cabelo loiro e logo se afastou da mesa que Isaac estava e se aproximou de Derek, Scott e Stiles. —Vai ajudar ele com a tatuagem?
—Vou, mas agora quero saber: qual é a importância? —Derek indagou à Scott.
—Sabe o significado da palavra "tatuagem"? —Scott perguntou.
—Marcar alguma coisa. —Stiles respondeu dando uma piscadela.
—É, mas em samoano significa" ferida aberta ". Eu sempre quis fazer uma tatuagem quando fizesse 18. Decidi fazer agora como um tipo de recompensa.
—Pelo o que? —Sam questionou se escorando numa parede.
—Por não ter ligado, nem mandado mensagem para a Allison o verão todo. —Scott contou. —Eu queria ligar, mas mesmo assim não fiz. Eu queria dar o espaço que ela quer. E é como...
—Uma ferida aberta. —Stiles completou.
—Isso. —Scott concordou.
—Bom, a dor vai ser a pior coisa que você já sentiu. —Derek avisou pegando um lança-chamas.
Sam ergueu as sobrancelhas e olhou para seu irmão, o vendo de boca aberta.
—Eu acho que essa é a nossa deixa, irmãozinho. —Disse pegando a mão de Stiles e tentando ir embora, mas Derek o segurou.
—Você vai segurá-lo. —Mesmo não querendo, Sam foi para trás de Scott e o segurou.
Derek acendeu o lança-chamas e colocou no braço de Scott, que gritou mostrando suas presas. Stiles foi para trás do McCall e ajudou Sam a segurá-lo.
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Scott havia desmaiado depois que tudo acabou. Derek olhou para a mesa onde Isaac estava inconsciente e Sam sentado.
—Você está bem? —Derek indagou se aproximando do garoto e parando na sua frente.
—Estou ótimo. —Forçou um sorriso. —Da próxima vez que quiser torturar meu amigo, não se esqueça de me chamar. Eu ainda não completei minha cota de experiências traumáticas desse ano.
—Desculpe por isso. —Derek pediu sinceramente. —Eu precisava de alguém pra segurar ele.
—Tudo bem. —Sam o encarou por um momento. —Foi assim quando você fez a sua?
—Foi pior. —Derek deu um meio sorriso e Sam abriu a boca, chocado com aquilo.
—Quem te ajudou?
—Um amigo.
—Ah, você tem amigos? —O garoto provocou.
—Eu tinha.
Um silêncio desagradável se instalou no lugar e Sam lambeu os lábios enquanto fazia uma careta.
—Você adora fazer isso, né? —Sam perguntou e Derek sorriu. —Deixar o clima tenso, né?
—Foi você que começou.
—Eu? —Sam questionou incrédulo, mas sorrindo. —Foi você que se aproximou de mim. Eu estava aqui quietinho.
Os dois sorriram, mas ficaram sérios quando Scott pulou na cadeira, olhando para os lados de modo assustado. Olhou para seu braço recentemente tatuado e sorriu.
—Funcionou! —Falou como se fosse a melhor coisa do mundo.
—É, parabéns. —Stiles revirou os olhos enquanto o McCall analisava o braço maravilhado.
—Obrigado pela ajuda, Derek.
Derek acenou com a cabeça e Scott se levantou, pronto para ir embora. Derek se afastou e Sam desceu da mesa, logo indo atrás de Scott e Stiles.
—Parece permanente agora. —Stiles comentou olhando para a tatuagem.
—Ótimo. —Scott sorriu. —Eu precisava de uma coisa permanente. Depois de tudo o que aconteceu com a gente... Tudo muda tão rápido, tudo é tão... Efêmero.
—Tá estudando pras provas, né?
—É.
—Legal.
Scott sorriu e abriu a porta, saindo da casa. Stiles e Sam estavam bem atrás dele, mas Sam parou no meio do caminho para encarar a porta. Ela estava pintada de vermelho, recentemente pintada de vermelho. A casa estava toda queimada, caindo aos pedaços, por que Derek se importaria em pintar a porta?
—Você pintou a porta. —Sam disse alto para Derek ouvir. —Por que pintou a porta?
—Vá para casa, Sam. —Derek se aproximou, ele parecia estar escondendo seu nervosismo.
—E por que só de um lado? —Sam o ignorou.
Scott parou ao lado do amigo e sacou as garras. Arranhou a porta superficialmente, retirando a tinta dali. Derek protestou, mas Scott já tinha percebido que o Hale escondia alguma coisa. Com suas garras, Scott arranhou toda a extensão da porta, retirando a tinta e revelando um desenho pintado na porta. Era estranho, como um triskele, só que triangular.
—O cervo ontem... —Scott falou, sua mente trabalhando e tentando juntar todos os fatos. —E os pássaros na escola... É como quando eu fui mordido. Como quando eu fui atacado pelo o Alfa. —Ele olhou para Derek e percebeu que havia descoberto. —Mas são muitos animais agindo estranho para um Alfa só. Quantos são?
Derek respirou fundo, como se estivesse decidindo se os contava ou não.
—Derek, quantos são? —Sam repetiu a pergunta de Scott com firmeza. Derek levantou os olhos e o encarou por um tempo até responder.
—Uma alcatéia. —Ele disse, sem tirar os olhos dos de Sam. —Uma alcatéia de alfas.
—Todos eles? —Scott indagou.
—Sim, eu ouvi falar em um líder, ele se chama Deucalion. Eles estão com Boyd e Erica. Eu, Peter e Isaac estávamos tentando encontrar eles nesse verão.
—E caso os encontre? Como vai lidar com uma alcatéia de alfas? —Sam perguntou de braços cruzados.
—Com toda a ajuda que eu consegui encontrar. —Derek respondeu.
Scott, Stiles e Sam se entreolharam. Sam suspirou. É claro que ajudaria Derek. Sempre que precisasse.
—Cadê ela? —Uma quarta voz foi ouvida na casa, a voz de Isaac. Havia se sentado e olhava para os lados, confuso. —Cadê a garota?
Derek olhou para os garotos, e depois de volta para Isaac.
—Que garota?
Sam bufou com indignação, sempre tinha algo para estragar seus dias.
•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.
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