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Charlotte e Henry resolveram levar as crianças para um show de uma dupla infantil que estava acontecendo em uma praça próxima a casa deles. A Bolton-Hart agradecia internamente por Henry ter tido essa ideia, era uma sexta a noite e eles estavam tentando se distrair da semana estressante que haviam tido. Faziam quase dois meses que Charlotte havia pedido demissão do laboratório, ainda teve que trabalhar quase trinta dias por conta do contrato que havia assinado, Karen também não facilitou sua saída, o que a deixou ainda mais irritada com sua ex chefe, mas finalmente tinha se libertado de tudo e agora tentava encontrar uma nova rotina com Henry.

Kenzie a ofereceu uma proposta de ajudá-la a direcionar uma nova academia de ciências que ela queria criar, Charlotte amou a ideia e agora as duas estavam em constante contato para concretizar o sonho da Bell. A princípio a Hart achou bem estranho ela querer abrir o local ali, mas Kenzie afirmou que uma cidade mais calma seria perfeita para que tivessem mais espaço e pudessem ajudar quem estava longe dos grandes centros e consequentemente dos grandes locais onde se produziam ciência.

- Quem é aquela? - Henry perguntou, apontando para uma mulher alta que conversava com seus filhos.

Os dois estavam sentados em um banco próximo do pequeno palco, Oliver e Harriet foram comprar algodão doce, tudo o que Charlotte precisava naquele momento era algo doce para aliviar o embrulho em seu estômago. Há uma semana vinha sentindo uma incômoda ânsia de vômito, atribuiu o sintoma a raiva que Karen ainda a estava fazendo passar.

- Eu não a conheço. - respondeu, notando com apreensão quando o enorme sorriso da ruiva, que não chegava até seus olhos, se desfez em uma expressão de choque.

Viu Harriet pegar a mão de Oliver e dar as costas para ela, os dois começaram a caminhar apressados para longe da ruiva que agora os encarava irritada. Sua filha parou à frente deles com uma expressão furiosa no rosto, Oliver olhava para baixo incomodado.

- O que houve, estrelinha?

Após Henry perguntar, Harriet inspirou profundamente e começou a contar olhando para Charlotte.

- O Oliver me chutou aí eu deu um beliscão nele, uma mulher louca apareceu e disse que eu não podia fazer isso ou ela ia contar pra mãe dele.

- Mas não doeu, mamãe, não doeu nada. - Oliver se apressou em afirmar, seus pais perceberam que ele não queria que eles brigassem com a irmã.

- Tudo bem, meu amor. - Charlotte o acalmou, em um tom maternal enquanto Henry o puxava para os seus braços. - Continue, querida.

- Eu falei pra ela que ele era meu irmãozinho e ela disse que era pra eu falar a verdade.

Charlotte sentiu a raiva tomar conta de seu corpo, levantou o olhar para procurar a mulher que havia deixado sua filha tão magoada, mas não a encontrou. Sentiu a mão de Harriet em seu braço e ao olhar para sua filha percebeu que naquele momento ela precisava mais dela ali.

- Tem mais, Ettie, conta pra mamãe. - a voz baixa de Oliver fez sua irmã o encarar irritada, mas ele logo se escondeu nos braços de seu pai.

- Harriet. - Charlotte chamou quando a criança desviou o olhar dela. Henry ao seu lado não sabia o que falar.

- Eu apontei pra vocês, então ela disse que isso fazia sentido. - recomeçou, com a voz baixa e levemente embargada. Charlotte segurou as mãos dela nas suas e a puxou para mais perto. - Ela falou pro Oliver que ele tinha sorte de ter nascido assim. - parou, inspirou fundo e continuou, agora olhando diretamente nos olhos de Charlotte. - Eu disse que ele com certeza tem sorte porque não vai passar a vida toda falando e pensando merda achando que tá certo.

Harriet não vacilou ao falar, no olhar estava uma determinação que encheu o coração de sua mãe de orgulho, o palavrão, que ela ainda iria descobrir onde ela havia aprendido, definitivamente não importava naquele momento. O pior medo de Charlotte era que seus filhos passassem por situações assim, se sentia impotente por não conseguir protegê-los do ódio do mundo. Era injusto, insano e irreal, mas ela não tinha o poder de mudar a mente distorcida do outro, infelizmente sabia que existiam pessoas que se recusavam a ver o quão erradas eram e tentariam de tudo para que a mudança não ocorresse. Só restava a ela nunca deixar de lutar, tanto pelos seus quanto por aqueles que não tem quem lute por eles.

- Minha garotinha linda. - não conseguiu conter as lágrimas quando a viu começar a chorar, sabia que ela deveria estar tentando ser forte, mas Harriet era apenas uma criança. - Eu sinto muito. - a puxou para os seus braços onde ela se encolheu, suas lágrimas quentes escorriam de seu rosto e encharcavam o suéter de Charlotte.

- Você não tem culpa, maman. - Oliver falou, em sua expressão ela notou que ele ainda não entendia o que realmente havia acontecido.

Henry se aproximou mais e junto com Oliver as abraçou. Com o coração doído ele também se sentia impotente, porém naquele momento e pelo resto de sua vida sabia que tanto ele quanto Charlotte iriam fazer o possível para que seus filhos sempre soubessem que apesar do que vissem ou vivenciassem, eles sempre teriam o maior amor do mundo quando voltassem para casa.

"[...] Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar."

Nelson Mandela, Livro "Long Walk to Freedom", 1995.

É uma luta diária, uma soma de pensamentos, atitudes e afirmações. Não se pode mudar o mundo em um dia, mas nunca teremos um final se não existir um começo.

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