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13

O clima à mesa definitivamente não era o mais agradável, a travessa de sobremesa, um mousse de chocolate feito por Henry, se encontrava intacta no meio das cinco pessoas que desviavam o olhar um do outro. Charlotte batia as unhas na mesa em um ritmo lento, era para ser uma noite calma e festiva, afinal, comemoravam o novo trabalho de Jasper e consequentemente sua mudança para o próprio apartamento. A reta final da gravidez a estava deixando mais exausta e querendo que tudo aquilo passasse logo, a vontade de ver o rostinho de seu bebê e o ter nos braços ocupava espaço com o cansaço e a irritação. Principalmente quando tia Marta deveria ter ido embora.

Henry olhou para a esposa, sabia que ela estava tentando não iniciar uma discussão e agradecia aos céus por sua mãe ter feito um voto de silêncio enquanto sua tia estava na casa, ou tudo estaria mil vezes mais tenso. Notou quando Charlotte resolveu ignorar o comentário anterior de sua tia, nada mais do que uma simples alfinetada em sua mãe, mas que havia criado um clima tenso mesmo que não houvesse tido resposta.

A Hart esticou seu corpo para pegar um pedaço de mousse, Jasper soltou um audível suspiro de alívio e Henry se sentiu relaxar, tudo voltaria ao normal, mas não, sua tia com sua enorme boca tinha que falar algo.

- Acho que seria melhor você não comer doce.

O comentário acusativo foi recebido com uma simples arqueada de sobrancelhas por Charlotte, ela parou a colher no meio do caminho e virou o rosto na direção de tia Marta, pena que a senhora levou a atitude como um incentivo para continuar.

- Você acabou de completar nove meses, o bebê pode nascer a qualquer momento, é uma completa irresponsabilidade querer ter diabetes justo nesse momento.

- Tenho certeza de que posso comer um pouco de doce sem pensar que estou dando crack para o meu bebê. - a resposta seca não agradou em nada dona Marta, mas Siren abriu um sorriso orgulhoso para a nora.

- Eu só estou tentando cuidar do meu sobrinho-neto.

- Você fala como se eu não amasse meu filho. - acusou de forma dura.

Marta abriu um sorriso que deveria ser carinhoso, mas continha um toque de frieza. Henry se arrependeu na hora em ter aceitado que ela ficasse até o bebê nascer.

- Nunca falei que você não o amava, só que talvez você não esteja tão aberta à ajuda quanto afirma.

Charlotte largou a colher sobre a mesa, se encostou na cadeira de braços cruzados e lançou um olhar feroz à ela.

- Vamos falar a verdade agora, estou cansada de andar em círculos com você. - falou, em sua voz podia-se notar que ela já estava farta da mulher. - Estou na minha casa, tentando fazer o melhor pelos meus filhos e não estou com um pingo de paciência de ficar jogando meias palavras com você.

- Nunca pensei que estaria.

- Então me fale, oh, dona Marta, detentora de toda sabedoria. - ignorou a forma como o rosto dela se contorceu em desgosto e continuou. - Me fale o que estou fazendo de tão errado que fez a senhora sair do outro lado do país só pra me corrigir.

Jasper afastou um pouco a cadeira, estava com a sensação de que a qualquer momento tivesse que sair correndo. Henry resolveu não falar nada, aquela era uma luta de Charlotte e também sabia que tinha uma parcela de culpa por toda a situação, então a chance de tudo se virar contra ele era grande.

- Que bom que passamos tanto tempo juntas, agora vejo o que eu não conseguia enxergar antes em você. - falou, batendo os dedos na mesa e encarando Charlotte como se a visse pela primeira vez.

- E o que seria? Conte-me tudo, estou curiosa para saber sua tão preciosa opinião sobre mim. - levou a mão ao coração em uma falsa emoção, o que fez a outra inspirar ruidosamente em clara raiva.

- Já que quer tanto saber. - conseguiu abrir um sorriso forçado que foi retribuído na mesma intensidade. - Primeiro de tudo, não sabia o quão mal educada você podia ser.

- Somente com quem ultrapassa os limites. - deixou claro.

- Limites criados por você. - apontou, e Henry sentiu seu corpo tensionar pelo tom que ela usou. - Segundo, sua forma de criar minha amada sobrinha só vai ensina-la o que é errado. Não se cria uma criança deixando que ela escolha o que quer. Outro dia ela foi pra escola vestida com capacete espacial e um... um macacão estranho!

- Ela só queria um pouco de sossego. - a defendeu. - E se mostrar para Harriet que ela pode expressar o que sente de todas as formas, que é livre para se divertir e ser autora de suas próprias decisões é ser uma péssima mãe, então eu continuarei sendo. - deu de ombros indiferente.

- Você a deixa fazer o que quiser. A parede do quarto dela é toda riscada, ela escolhe o que come e só tem dois anos. - continuou, fazendo Charlotte soltar uma risada seca antes de afirmar.

- Não vou forçar minha filha a comer e a parede que você tanto reclama é a que é lavável. Ela é só uma criança, você quer que eu faça o quê?

- Imponha limites!

Pelo visto aquela era uma conversa que elas já haviam tido e Henry percebeu que Charlotte devia ter deixado de fora várias situações que envolveram sua tia. Olhando para ela, que expressava descrença pelo assunto que já deveriam ter discutido tantas vezes, soube que sua esposa o havia poupado de ter que compartilhar do que ela sentia por tia Marta.

- Eu não vou bater nela!

- Não é espancar, é só...

- Por que eu estou discutindo a criação da minha filha com você novamente? Já disse e repito, não se meta na forma que eu e Henry escolhemos para educa-la. - ordenou em um tom gélido que não a impediu de falar.

- Como se você soubesse o que significa educação.

- Oh, Pode ter a plena certeza de que você ainda não me viu perder a educação.

Henry sabia que deveria tomar uma atitude, mesmo que detestasse machucar alguém com quem ele se importava, estava pelo visto fazendo isso sem querer. Deixou que a situação fosse longe de mais.

- Meu sobrinho merece mais, desde que te conheci sempre soube que em algum momento você iria se revelar. - disse, apontando irritada para ela. - O pior é que quem paga o preço é ele e as crianças!

- Você não vai falar assim com ela. - seu tom foi cortante e sério.

- Por favor, Prudence. Você sabe que eu te amo, mas como vai ser quando essa criança nascer? Você trabalhando aqui e cuidando delas enquanto ela viaja pelo mundo fingindo se importar?

- Tia, pela consideração que tenho pela senhora, por favor, por favor, pare de falar. - pediu suplicante, não queria que o relacionamento deles se desgastasse ao ponto de não ter mais volta.

- Não posso permitir que você se afunde em uma vida dessas e eu não mova um dedo para ajudar.

- Ajudar merda nenhuma, você quer destruir o relacionamento dele e eu não vou permitir! - Siren gritou indignada, levantando-se da cadeira e batendo as mãos na mesa.

- Como se você entendesse de um bom espaço familiar. Ignorou seus filhos durante anos e-

- Não ouse falar mais nada. - ordenou, quase se jogando para cima dela. - Eu sei que errei em muitos momentos, mas tento compensa-los todos os dias. - afirmou, com a voz embargada, mas sem tirar os olhos dela.

Henry apertou de leve a mão de sua mãe e a viu se acalmar um pouco.

- Siren, querida, eu sei como criar um ser humano respeitável e educado. Já tive-

- Ninguém liga pros seus trezentos filhos! - foi a vez de Jasper gritar, Marta abriu a boca sem reação. - Eu pensava que eles eram mais insuportáveis que você, mas pelo visto eles tiveram muito bem a quem puxar.

- Você nem deveria estar aqui, esse é um assunto de família. - seu tom frio vez Henry rir.

- Família, família. Sabe ao menos o que significa essa palavra? O Jasper é mil vezes mais família para mim do que você. - afirmou, retribuindo o olhar agradecido de seu amigo.

- O tanto que já fiz por você. - lembrou, o olhando decepcionada.

- E eu lhe agradeço imensamente, você fez muito por mim e pela Piper, e eu te amo por isso, tia. Mas não vou permitir que você ataque a mulher que amo desse jeito na minha frente ou em qualquer outra circunstância.

- Você fala que me ama e quer que eu vá embora? - perguntou chocada.

- Amar não significa abaixar a cabeça e ter que aceitar tudo o que o outro faz. - afirmou decidido.

- Muito bem. - falou, levantado-se calmamente da mesa. - Desejo o melhor para vocês e que quando se arrependerem de terem me atacado dessa maneira tão cruel, e sei que vão, saibam que vou estar de braços abertos. - disse, se virando para sair da cozinha, mas antes parando para lançar um olhar duro para Henry. - Como sempre.

- Vou ficar de olho para que ela não roube nada. - Siren disse, seguindo para o quarto onde a prima estava hospedada.

- Char, você está bem?

- Estou, Jasper. Só enormemente cansada. - admitiu, se inclinando contra a cadeira depois de puxar outra para apoiar seus pés.

Soltou um alto som de alívio quando pôde descansar melhor, distraidamente começou a traçar círculos no topo da barriga com a mão direita. Henry se aproximou e apoiou a testa no ombro da Hart.

- Desculpa, deveria ter pedido para ela ir embora há dias, mas ela começou a chorar e eu-

- Eu sei, entendo seu lado. - o interrompeu, com os olhos fechados e a certeza de que a última coisa que queria fazer era brigar.

Ele teria o troco depois, afinal eles haviam conversado e decidido que o melhor era dona Marta ir embora, mas no último minuto ele deu para trás. Se Charlotte soubesse que iria ser a bruxa no fim de tudo, com toda a certeza teria mandando ela embora antes, bem antes.

- Eu não. Definitivamente não entendo o seu lado. - afirmou o homem do outro lado da mesa fazendo Charlotte rir.

- Jasper. - Henry o encarou incrédulo, o amigo deu de ombros despreocupado.

- Ué, essa mulher é uma louca controladora e pra piorar tem muitos ciúmes do Henry.- pontuou, pegando um pouco do mousse e se levantando. - Tava na cara que ela não ia aguentar mais um segundo calada.

- Até que você tem razão. - o Hart teve que admitir.

- Óbvio que sim. Eu sempre tenho. - Jasper afirmou convencido antes de se retirar da cozinha.

Assim que ficaram a sós Henry apoiou o queixo no ombro de Charlotte e a lançou um olhar arrependido.

- Desculpa, de novo.

- Você não precisa pedir desculpa. - declarou, apoiando sua testa na dele enquanto Henry cobria a mão dela, que estava sobre a barriga, com a sua.

- Preciso sim, a última coisa que você precisava era passar esses últimos meses sob mais estresse.

- Família é complicada. - falou em um tom de voz baixo.

- Família não, parentes sim. - corrigiu suavemente, mas rapidamente a imagem de Piper veio a sua mente. - Mas família também é.

- Só o que quero agora é comer todo esse mousse. - declarou, esticando as mãos para que ele pegasse a travessa. Henry a entregou e Charlotte apoiou delicadamente sobre a barriga. Quando finalmente conseguiu levar o doce à boca, lembrou de algo que deveria dizer. - Sabe, quase te joguei um vaso quando me você contou que ela iria ficar mais alguns dias, desculpa por isso.

- Você jogou uma xícara em mim, com pires e tudo. - a lembrou, estreitando os olhos em sua direção a vendo ficar um pouco sem jeito.

- Mas não joguei o vaso. - apontou em sua defesa. - Sorte que você tem o campo de proteção.

Henry riu da tentativa dela de mostrar que não havia sido nada de mais.

- Será que algum deles dois vai ter algum poder? - perguntou curioso, mas notou que ela ficou meio tensa.

- Não sei, isso me preocupa às vezes.

- Então vamos falar de outra coisa. - propôs, só queria que Charlotte relaxasse, o que talvez fosse impossível até o bebê nascer.

- Querido, não estou a fim de conversar. - falou sincera, o encarando em um claro pedido.

- Então só vou ficar aqui ao seu lado te vendo comer. - afirmou, apoiando o cotovelo na mesa e o queixo no punho fechado. A encarou com um enomre sorriso que fez Charlotte soltar uma pequena gargalhada.

- Você é muito estranho.

- Seu estranho, de papel assinado e tudo. - a lembrou divertido.

- Ainda não sei porque disse sim. - falou em um falso tom de arrependimento.

- Plano de saúde. - proferiu as três palavras que a faziam ficar envergonhada e rendiam ao Hart boas gargalhadas.

- Idiota. - resmungou, o observando rir de sua reação.

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