08
A pequena bebê de pele cor café, com finos fios escuros na delicada cabeça e olhos de cor avelã que brilhavam direcionados para as duas pessoas que a encaravam encantados, havia nascido há quase três dias e já tinha criado uma dor de cabeça para seus pais.
- Nunca vamos sair daqui.
- Talvez essa vá ser realmente nossa nova casa.
- Eu quero minha cama. - a mãe da pequena reclamou, antes de se afastar do berço e ir sentar na cama do hospital.
- Todos queremos.
Ela se afastou um pouco para que ele sentasse ao seu lado, encostou a cabeça em seu ombro e entrelaçou seus dedos apertando levemente sua mão.
- Ela precisa logo de um nome.
- Se você não descartasse todo nome que eu falo nós já estaríamos longe daqui.
- Olha querido, iria ajudar muito se você não sugerisse os nomes de suas ex namoradas ou que se parecessem com os nomes delas.
- Eu não faço por querer! - se defendeu sem jeito a fazendo afastar a cabeça e lhe encarar com um sorriso.
- Eu sei, você sempre foi meio idiota mesmo. - ignorou a expressão indignada que recebeu e retomou a sua antiga posição. - Vamos revisar nossos favoritos.
- Tudo bem. Temos Ella, Harriet, Nora e Emma.
Após quase 72 e duas horas eles finalmente chegaram à quatro nomes, o que foi difícil e exigiu grande paciência. Haviam decidido na noite anterior após mais uma invasão de sua família, ignoraram completamente a maioria das sugestões feitas e expulsaram a todos assim que a bebê começou a se irritar com todo o barulho ao seu redor. Seus pais ficaram extremamente agradecidos por isso.
Teriam se preparado melhor para toda a confusão se não estivessem no meio de outra. A clínica em que fizeram todo o acompanhamento da gravidez foi fechada após uma série de acusações envonvolvendo vendas de crianças, lavagem de dinheiro e extorsão terem sido confirmadas. O porém maior era que eles conheceram Oliver, a criança de rosto redondo que havia marcado seu passado sendo seu futuro. Sentiram o coração pesar quando a médica havia afirmado que era uma menina, eles não deveriam ter uma menina, não quando Oliver deveria ter sido o único.
Mas ali estava ela, e por mais que eles tivessem trilhado algum caminho diferente ao longo dos anos, ela havia chegado e definitivamente só bastou um olhar para ganhar todo o amor de seus pais. E também, o médico que os atendia havia afirmado veemente que eles teriam um menino, mas o diagnóstico errado foi para todas as outras pacientes por quem ele era responsável e ao fim de uma gravidez marcada por tudo isso, eles não tinham nenhum nome em mente, não até agora.
- Acho que já sei qual. - a mãe orgulhosa se afastou do abraço em que estava e caminhou em direção ao berço.
Pegou com cuidado a pequena que ainda estava acordada e a embalou calmamente.
- Então qual será? - ele perguntou, parando ao lado das duas e as envolvendo em um meio abraço.
- Harriet, sinto que ela vai ser uma grande pessoa, Hen.
- Disso não posso discordar, Char.
- Olá, minha pequena Harriet Bolton-Hart.
- Bem-vinda à um mundo insano com pessoas maravilhosas. - Henry acariciou o rosto macio da pequena, recebendo um pequeno sorriso em troca. - Só fique longe dos planos do seu tio Ray.
- Por favor fique longe. - Charlotte reiterou firmemente, escutando a risada de Henry ao seu lado.
Harriet começou a fechar seus olhos, lentamente caindo em um sono bem-vindo ao embalo de sua mãe. Dormiu sendo vigiada por seus pais orgulhos e aliviados por finalmente poderem voltar para casa.
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