Charlotte se jogou ao lado de Henry no sofá da sala, caixas abertas ou fechadas, objetos espalhados esperando um local adequado e alguns já arrumados se encontravam por toda a casa. Eles estavam dando uma pausa da mudança, o cansaço finalmente os abateu e ficar discutindo por horas o melhor local para cada coisa não era o melhor passatempo.

- E se colocássemos essa TV no quarto de hóspedes e trouxermos a de lá pra cá?

- Não comece, Hart. Já falei que essa é bem maior do que a outra e não ligo se a Piper quer uma TV grande quando vier nos visitar. Se ela quer tanto uma que compre a dela. - deu o assunto totalmente por encerrado, o vendo levantar as mãos em rendição e tentar impedir o riso. - A irmã é sua.

- Mas ela te adotou. - lembrou, passando um braço pelo ombro dela e com o outro a puxando pela cintura para mais perto.

Charlotte passou suas pernas por cima das dele e se aconchegou ainda mais no Hart. Soltando um suspiro cansado comentou.

- Sinto que vamos ser felizes aqui.

- Quero que tudo seja perfeito.

- Você sabe que isso é impossível, o fato de nós acabarmos de discutir por conta dos panos de prato é uma prova disso. - afirmou rindo, o que o fez encara-la de forma divertida.

- Eu só queria um pouco de xadrez nessa casa.

- Meu amor. - começou, segurando o rosto dele com as duas mãos. - De xadrez já basta sua imensidão de roupas, as quais eu não consigo me livrar. - confessou o deixando surpreso.

- Charlotte Bolton, nunca esperaria isso de você. - declarou em um falso tom de irritação.

- Você não sabe da metade do que eu sou capaz. - disse, em um tom de voz provocativo enquanto colocava seus braços ao redor do pescoço dele.

- Dystopia foi uma grande prova.

- Mas em Dystopia você quis as vilãs.

- Foi sem querer! - falou defensivo.

Rindo, ela se afastou um pouco.

- Acho que precisamos terminar tudo isso. - disse, apontando para as inúmeras caixas espalhadas pelo ambiente.

- Talvez, mas acho que precisamos fazer algo antes. - falou, com um sorriso no rosto que a fez desconfiar.

- O que-

Não conseguiu terminar a frase já que Henry a pegou no colo em estilo nupcial a fazendo se agarrar ao pescoço dele pelo susto.

- Temos quantos quartos nessa casa?

- Dois, fora os outros cômodos. - respondeu, confusa pelo rumo da conversa.

- Então temos muito o que fazer durante o resto do dia. - disse simples, com um enorme sorriso no rosto que se alargou quando Charlotte caiu em realização e soltou uma alta gargalhada.

- Você definitivamente não existe.

E com o riso dela ecoando pelas paredes, eles seguiram para seu quarto.