7.
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Se passou cerca de uma semana, eles se encontraram dois dias seguidos, sábado e domingo anteriores. Harry estava claramente mais radiante e passou a acompanhar Pansy e Theodore pela escola depois que percebeu que foram os primeiros a lhe dar abertura para uma amizade.
— Pans! Eu esqueci meu livro de poções com você? — Harry pergunta assim que entra no Salão Principal e avista a garota andando em direção a mesa deles. Ela olha para trás e espera ele lhe alcançar para terminar o caminho ao seu lado.
— Na verdade, você esqueceu na sua mesa. — ela responde, tirando da mochila o livro e retornaram a caminhar. — Você começou o trabalho de História da Magia?
— Por Salazar, não me lembra disso ainda! — respondeu com uma careta que a fez rir.
Eles se acomodaram de frente a Theodore que tinha um livro de poesia em mãos e mastigava algum doce. Pansy não negaria se alguém perguntasse que ela estava contente pelos status de ter o garoto de ouro na sua cola. E também não negaria se dissesse que ele Sonserino era definitivamente mais agradável do que antes.
— Vamos jantar Theo, pare com isso! — Pansy se inclinou para pegar os bombons de frente a ele, o garoto protestou mas a boca estava cheia e não conseguiu falar.
Harry gargalhou e aproveitou para puxar de suas mãos o livro de poesia. Os dois claramente implicando com o amigo, que fez uma careta emburrada para eles.
— Devolve Harry!
— Poesia! — Harry sorriu ao ler o título, logo olhou para o amigo lhe entregando de volta. — Me empresta depois?
— É do Draco, pede pra ele. — respondeu emburrado fazendo careta para Pans que fechava seus bombons para ele não comer tudo e ficar sem fome no jantar.
Harry procurou pelo loiro na mesa, percebendo que ele encarava a situação um pouco mais longe. O moreno sorriu para ele numa tentativa falha de tentar simpatia, mas Malfoy desviou o olhar e Potter suspirou.
Eles não estavam próximos mais, os professores não implicaram com esse fato pois perceberam Harry enturmado com Theodore e Pansy. Duas pessoas quais ele havia mencionado no dia que bateu a cabeça e ficou louco.
Harry queria falar com Draco, dizer que sentia falta do seu Draco e perguntar o que havia de errado ali que não podiam nem serem amigos. Mas Harry já sabia. O Potter daqui não simpatizava com o loiro, seria difícil reconquistar sua confiança. Mas havia prometido não ir atrás dele e não irá fazê-lo.
E o ego Sonserino de Harry estava ferido demais para tentar tão cedo.
•••
Era Domingo, o dia anterior foi prestativo, todos alteraram o que fizeram da última vez e aprenderam mais um pouco. Estavam um pouco cansados pelo segundo dia de treino dessa semana, foi quando Harry e os Weasleys tiveram uma ideia.
— Alunos do quinto ano pra cima, fiquem aqui porque precisamos conversar. Os demais, peço gentilmente que retornem para seus dormitórios, juntos para que ninguém volte sozinho. — Harry pediu em tom mais alto para todos no recinto ouvirem.
De contra gosto, os mais jovens saiam dando tchau para os mais próximos que eram mais velhos. Logo estavam todos fora e os demais buscaram o olhar de Harry, curiosos.
— Hora de bebermos! — Harry diz animado, apontando uma porta do outro lado da sala. — Sala Precisa, você é minha heroína!
Os mais festeiros comemoraram seguindo o moreno, os outros foram a contra gosto, apenas para não ficarem de fora caso algum assunto da Armada surgisse.
Ao entrarem no local, um ambiente com sofás e almofadas pelo tapete, junto de uma lareira e uma mesa com algumas bebidas. De imediato foram pegando copos e se ajeitando com seus colegas mais próximos.
Não demorou muito para que aos poucos a confraternização ficasse mais agitada, com conversas paralelas, cochichos e fofocas. Harry trocava assunto com os gêmeos Weasleys sobre as próximas aulas, os três seguravam copos com provavelmente cerveja amanteigada. Draco estava sentado em uma das namoradeiras ao lado de Pansy, que bebericava o copo olhando para o moreno também.
— Acha que ele fala a verdade? — Draco pergunta baixinho para a amiga. — Você tem falado com ele a semana toda. — ela não botou seu tom mais amargo na última fala.
— Ele também estava sob efeito da poção aquele dia, ele fala sério, Draco. E eu achava Harry um pouco chato, eu gosto desse novo Harry. Além de divertido e inteligente, também é tão bonito quanto o outro. — ela comenta, com um sorrisinho sacana.
O loiro desviou o olhar para ela e torceu o nariz em desgosto, antes de resmungar que ela era maluca e bebericar o próprio copo, sentindo o álcool arranhar sua garganta.
— Quem quer jogar Verdade ou Desafio? — George pergunta ao redor com um sorriso sacana, balançando o frasco de uma poção onde podiam ver o nome da mesma, veritasserum.
— Fiquem tranquilos, uma gotinha pra cada, essa é fraquinha, não vai durar muito mais tempo que o jogo. — Harry assegurou.
Alguns se ajeitaram com eles nas almofadas no chão. Quando Draco viu Pansy e seus amigos indo, levantou de imediato atrás deles, para garantir que não façam bobagens. Os mais tímidos continuaram sentados.
Fred colocou uma garrafa no centro da roda enquanto George distribuía a poção no copo dos participantes que pareciam animados. O primeiro giro foi feito por Astoria pela letra do seu nome ser a primeira do alfabeto, o bico parou em frente a Hermione. Um sorriso travesso cresceu nos lábios da morena.
— Verdade ou desafio, Granger?
— Verdade. — ela responde, a encarando.
— É verdade que você estava apaixonada pelo Potter no ano passado no torneio tribruxo e fez uma poção do amor para ele?
— Não. — ela respondeu logo, com uma cara emburrada para a garota. Girou a garrafa ligeiramente ofendida. O bico caiu em Harry. — Verdade ou desafio?
— Começarei leve. Verdade. — sorriu para ela.
— É verdade que você foi selecionado para a Sonserina e que tudo que tem nos contados foi realmente vivido por você? — ela não perderia essa chance.
— Sim, tudo é verdade. — ele responde honesto, os outro se olharam em leve preocupação. Era verdade. Então, onde estava o antigo Harry?
— Verdade ou desafio, Pans? — Harry pergunta para amiga, que sorri sacana no mesmo instante.
— Desafio, óbvio.
— Eu te desafio a beijar alguém dessa roda. — ele lançou de imediato, alguns soltaram sons de risadinhas e animação.
A garota, que tinha os cabelos maiores ultimamente batendo em seus ombros, se levantou e andou em direção a Potter, que deu uma gargalhada ao se dar conta, se ajeitando para receber ela em seu colo que não tardou em devorar seus lábios no mesmo instante, segurando em seu rosto enquanto ele alcançava sua cintura.
Os sons de surpresa logo foram para barulhos de aprovação e piadinhas. Mas alguém encarava a cena com ódio. Draco viu a situação com uma expressão séria de desagrado, seu interior se revirando sem ele entender por qual razão estava se sentindo com tanta raiva. Quando beijo cessou depois que George empurrou os dois para se soltarem dizendo que o fogo queimaria o recinto, o loiro abaixou a cabeça e encarou as mãos para não repararem na sua carranca.
Pansy retornou ao seu lugar com um sorriso vitorioso, girando a garrafa. Os Grifinorios se entreolhavam como se estivessem perguntando uns aos outros quem era aquele Harry tão cheio de si.
— Verdade ou Desafio, Weasley? — Pansy pergunta para Ronald que estava tão distraído que não tinha percebido a garrafa em sua direção.
— Verdade... — ele não aceitaria desafio de uma sonserina, principalmente de Parkinson.
— É verdade... que você acha um dos garotos dessa roda atraente? — Pansy pergunta maliciosa.
— Sim — mesmo que tentou não responder, sua língua formigou e a resposta saiu de imediato.
O rosto do garoto quase se camuflou em seus cabelos de tão vermelho que ele ficou, ainda mais com os risinhos de alguns deles. Weasley girou a garrafa rapidamente para deixar de ser o foco, sem olhar para seus amigos.
O jogo continuou e houve pelo menos mais dois beijos entre os alunos do quinto ano. Quando a garrafa parou em Harry novamente, ele sorriu animado para Fred Weasley.
— Desafio.
— Desafio você a ficar 7 minutos no céu com Malfoy, bem ali. — Fred apontou para outra porta no local.
— De onde surgem tantas portas aqui? — Blaise questiona indignado.
Malfoy franziu o cenho em desgosto e olhou para Fred.
— Eu não vou, o desafio é dele!
George começou a imitar o som que uma galinha faz, causando uma onda de risos e o ódio de Malfoy subindo por seu corpo, quase de imediato ele se levantou. Não suportava ser chamado de covarde, não pelas aquelas cabeças de aboboras.
Trombou no ombro de Harry que já se encontrava em pé, andando a passos furiosos para a porta em questão e entrando sem esperar o moreno.
Malditos Weasleys.
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