18 -
Nós somos os caçadores? Ou somos as presas?
— Senhoras e senhores, está aberta a septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes! — A voz do locutor oficial dos Jogos Vorazes tirou todos os tributos de seus próprios pensamentos.
Tinham menos de um minuto até o gongo soar e todos ficarem livres para sair de suas bases. Morrigan localizou finas faixas de pedra irradiando do círculo central da Cornucópia. Notou também que tinha uma dessas faixas para cada par de tributos. Doze raios para vinte e quatro tributos. Katniss olhou para Morrigan, se sentindo aliviada de dividir sua faixa de água e terra com a garota de mechas azuis, sabia que ao menos teria alguma chance de sobreviver por mais de cinco minutos com ela como dupla de espaço.
Morrigan respirou fundo e soube que a água era salgada apenas pelo cheiro familiar da mesma, ela observou enquanto Katniss constata isso molhando a mão, a levando até a boca em seguida. A água era limpa, tinha a mesma cor da água das praias e as águas, ao menos no Distrito 04, eram limpas. Assim que o gongo soou, Morrigan pulou na água, sendo seguida por Katniss, nadando a distância com rapidez e facilidade absurdas. Ao chegar na faixa de areia da Cornucópia, Morrigan corre até as armas, pega sua lança de duas pontas e o tridente de Finnick, jogando a arma para ele a tempo de se livrar de um golpe com facas.
Morrigan virou para trás a tempo de ver Finnick e Katniss em posição de ataque, um contra o outro. Finnick tinha um sorriso no rosto, mas seus músculos estavam enriquecidos e preparados para atacar, se não fosse Katniss ali, o tridente já teria feito sua primeira vítima.
— Também sabe nadar. — Finnick disse. — Onde foi que aprendeu isso no Distrito 12?
— A gente tem uma banheira bem grande lá em casa. — Katniss respondeu.
— Deve ter mesmo. Gosta da arena? — Morrigan perguntou.
— Não. Eles devem ter construído isso aqui especialmente para vocês. — Katniss disse e Morrigan sentiu a ponta de amargura na voz da garota.
Morrigan se concentrou em procurar por Peeta, olhando ao redor com atenção. Mas seus ouvidos ainda prestavam atenção na conversa de Finnick e Katniss.
— Que sorte sermos aliados, não é? — Finnick disse sorrindo, Morrigan não via seu rosto, mas sabia pelo modo como falou.
Finnick mostrou a pulseira de ouro maciço com adornos em forma de chamas em seu pulso para Katniss.
— Achou ele? — Finnick perguntou para Morrigan.
— Não.
— Abaixa! — Finnick ordena com uma voz tão poderosa, diferente de seu costumeiro ronronar sedutor, que Morrigan notou Katniss obedecer na hora, assim como ela se afastou dele para não ser atingida pelo cabo do tridente.
O tridente de Finnick voou por cima da cabeça de Katniss e ouviu-se um doentio som de impacto quando a arma atingiu seu alvo. O tributo masculino do Distrito 05. Finnick tirou o tridente do peito do homem e olhou para Katniss.
— Nunca confie em ninguém do 1 ou do 2. — Finnick disse e Katniss olhou para Morrigan, bem atrás de Finnick, que vasculhava a água.
— Quem ela está procurando? — Katniss perguntou.
— Peeta. — Morrigan disse. — O que tem por aí, Katniss?
Katniss se virou para olhar a pilha de coisas a tempo de ver Enobaria e Gloss alcançando a terra.
— Alguma coisa útil? — Finnick gritou.
— Armas! — Katniss gritou de volta. — Só armas!
— A mesma coisa aqui. — Finnick confirmou. — Pegue o que quiser e vamos embora daqui!
Katniss atirou uma flecha em Enobaria, que se aproximou perigosamente, mas ela estava esperando o tiro e mergulhou de volta na água antes de ser atingida pelo projétil. Gloss não é tão rápido, e com um aviso de Morrigan, Katniss meteu uma flecha em sua panturrilha enquanto mergulhava nas ondas.
— Morrigan, à sua direita! — Finnick gritou e ela olhou na direção de Brutus, que corria na direção deles.
— Uma flecha em dez segundos. — Morrigan pediu para Katniss.
Seu cinto está desatado e esticado entre suas mãos como uma espécie de escudo. Katniss atirou sua flecha e Morrigan aproveitou a distração de se defender da mesma para enfiar sua lança entre as costelas dele, puxando a arma de volta com com a mesma rapidez que teve para atingi-lo. Brutus caiu na água em meio a um urro de dor.
— Vamos dar o fora daqui. — Katniss disse.
Essa última altercação deu a Enobaria e Gloss tempo para alcançar a Cornucópia. E no momento em que Morrigan seguiu o olhar de Katniss, ela viu Peeta ainda em sua base. Katniss sai dali com Finnick e Morrigan a seguindo, como se soubessem seus próximos passos. Assim que Morrigan nota Katniss começando a se desfazer de suas armas, ela toca o ombro da garota e nega com a cabeça.
— Sou mais rápida. — Morrigan disse girando sua lança, fazendo as duas pontas afiadas da mesma sumirem dentro da haste de metal central.
— Eu consigo. — Katniss insistiu e Finnick deixou todas suas armas caírem, ao mesmo tempo em que Morrigan largou sua lança no chão.
— É melhor não se exceder nos exercícios na condição em que você se encontra. — Finnick disse, se abaixando para acariciar o abdome de Katniss.
— Me deem cobertura. — Morrigan fala antes de pular na água sem aviso em um mergulho perfeito.
Em questão de segundos Morrigan alcançou Peeta, que se assustou com a presença repentina da garota.
— Sou tão assustadora assim? — Morrigan perguntou rindo.
— A situação, na verdade. — Peeta disse, vendo o broche de Katniss.
— Vamos, precisamos ir. — Morrigan disse e Peeta pareceu receoso, mas pulou na água mesmo assim. — Sabe nadar?
— Não muito bem. — Peeta disse e Morrigan o abraçou de lado.
Morrigan e Peeta nadaram juntos até a areia e Katniss foi obrigada a concordar que Morrigan era, de fato, mais rápida que qualquer um nadando.
— Oi, de novo. — Peeta disse dando um beijo em Katniss. — Temos aliados.
— Temos, sim. Exatamente como Haymitch queria. — Katniss respondeu.
— A gente fez acordo com mais alguém?
— Mais ninguém, eu acho. — Katniss disse enquanto Morrigan prendia seu cinto novamente com ajuda de Finnick.
— Bom, precisamos de apresentações formais? — Finnick disse brincando.
— Acredito que não. — Katniss disse.
— Katniss a queria de aliada desde o primeiro dia — Peeta disse para Morrigan, que sorriu.
— Katniss possui uma notável capacidade para fazer bons julgamentos. — Finnick disse entregando a lança para Morrigan.
— Os cintos nos fazem boiar. — Morrigan observou apontando para Beetee. — Você precisa dar um impulso para frente, mas eles não vão deixar você se afogar.
Katniss deu um arco para Peeta, uma aljava de flechas e uma faca, deixando o resto consigo. Em seguida, os quatro correm para fora da Cornucópia. No local onde termina a areia, uma floresta com árvores altas começa a surgir. Não, não exatamente uma floresta. Pelo menos, não o tipo de floresta que Morrigan conhecia e estava acostumada.
A maioria das árvores é desconhecida por Morrigan, mas ela e Finnick, vez ou outra, comentavam com Katniss e Peeta sobre alguma árvore pertencente à vegetação de seu Distrito e suas propriedades. A terra era muito preta e esponjosa, obscurecida por emaranhados de trepadeiras com flores coloridas, que estavam encantando Morrigan com sua beleza particular. Apesar do sol forte e brilhante, o ar era morno e pesado de tanta umidade, o que deixava os tributos com sensação de estarem sempre molhados. O fino tecido azul dos macacões faz com que a água do mar evapore facilmente, mas naquela altura, ele já começava a grudar em seus corpos por conta do suor.
— Ah, quase me esqueci com toda a agitação da Cornucópia. — Morrigan disse de repente em um momento em que descansavam sentados em algumas raízes. — Acho que isso é seu.
— Meu broche…achei que tivesse perdido. — Katniss disse enquanto Morrigan o prendia em seu macacão com o mesmo cuidado que tinha com Prim.
— Achei ele caído no chão, prendi no meu macacão para não perder. — Morrigan disse com um sorrisinho. — É muito bonito.
— É, acho que foi uma boa aquisição. — Katniss disse e Morrigan assentiu.
— Foi mesmo.
— Porque usa as mechas coloridas? — Katniss perguntou e Morrigan sorriu tocando a ponta do cabelo.
— Foi ideia do meu estilista, Jasper, na minha edição dos Jogos. — Morrigan disse. — Eu tinha quinze anos e precisava de algo que me marcasse mais que os outros. Ter meu irmão na arena comigo já era o bastante para mim, mas quando vi já estava com o cabelo colorido.
— Sinto muito pelo seu irmão. — Katniss disse baixo.
— Eu também.
— Não sei o que seria de mim sem a Prim. — Katniss comentou e Morrigan riu baixo.
— Vocês irmãos mais velhos sempre falam isso. — Morrigan disse rindo e Katniss sorriu. — Quem escolheu o nome dela? Foi você?
— Não, foi minha mãe. — Katniss disse e Morrigan assentiu. — E o seu nome? Foi seu irmão?
— Foram os três, na verdade. Killian, June e Logan gostavam muito de histórias e minha avó adorava contar essas histórias. Um dia ela contou sobre uma deusa chamada Morrigan, deusa da morte ou coisa assim. — Morrigan respondeu sorrindo enquanto juntava algumas folhas e plantas. — A outra opção deles era Flora.
— Não acho que combina com Flora. — Katniss disse e Morrigan concordou. — Morrigan é um nome forte, acho que faz jus à você.
— Digo o mesmo sobre você, Katniss.
Peeta foi na frente, cortando a densa vegetação com sua faca longa. Morrigan e Katniss estavam no meio, com Finnick por último. A caminhada era árdua e não demorou muito até que o grupo começasse a ficar sem fôlego. Mas, Peeta e Katniss haviam treinado intensamente, Morrigan e Finnick treinam desde os dezesseis anos e possuem um físico incrivelmente bom. Eles apenas pararam a caminhada quando Finnick solicitou uma parada por conta da gravidez de Katniss.
Morrigan parou ao lado de Katniss e as duas olharam na direção da Cornucópia, vendo o solo ficar vermelho, como se sangrasse. A água possuía estrias purpúreas. Corpos estavam jogados no chão, mas àquela distância, era impossível dizer quem estava vivo e quem estava morto. Morrigan desceu de onde estava e se aproximou de Peeta, observando com cautela as folhas que ele havia pego para separá-las por utilidade.
A movimentação de Katniss e Finnick atraiu a atenção de Peeta e Morrigan, fazendo a risada baixa dos dois se silenciar abruptamente.
— O que está acontecendo lá embaixo, Katniss? Estão todos de mãos dadas? Fizeram votos de não violência? Jogaram as armas no mar em desafio à Capital? — Finnick perguntou.
— Não. — Katniss respondeu.
— Não. — Finnick repetiu. — Porque seja lá o que tenha acontecido no passado, agora é mais do que o passado. E ninguém nessa arena foi vitorioso por acaso. — ele olha para Peeta por um instante. — Talvez com exceção de Peeta e Morrigan.
De fato, Morrigan e Peeta eram as pessoas mais bondosas daquela arena. Era claro para todos que Morrigan ganhou porque seu irmão deu a vida por ela, da mesma forma que era claro que Peeta havia ganhado apenas por Katniss ter desafiado os Idealizadores. Todos sabiam que Morrigan morreria no lugar do irmão, e todos sabiam que Peeta teria morrido para que Katniss sobrevivesse. E por mais mortífera que Morrigan fosse, se ela tivesse como evitar qualquer morte, ela evitaria, os outros não pensariam duas vezes antes de matá-la. As pessoas naquela arena não foram coroadas por conta da compaixão.
Morrigan sabia que Finnick estava calculando os movimentos de Katniss. Analisando se deveria bloquear o ataque dela ou atacá-la. Dava para sentir que ambos acabaram de encontrar uma solução para o impasse silencioso entre eles quando Morrigan colocou a lança armada entre os dois com uma expressão irredutível, determinada e doce ao mesmo tempo.
— Quantos estão mortos mesmo? — Peeta perguntou se aproximando e ficando onde antes a lança estava.
— É difícil dizer. — Katniss respondeu. — Pelo menos seis, eu acho. E eles ainda estão lutando.
— Vamos seguir em frente. A gente precisa achar água. — Morrigan disse guardando as plantas.
— É melhor a gente achar isso logo. — Finnick disse, concordando com Morrigan. — A gente precisa estar escondido quando os outros vierem nos caçar à noite.
A ausência de água intensifica a sede de todos. Todos se mantém atentos enquanto continuam a jornada morro acima, mas sem nenhuma sorte. Depois de mais ou menos um quilômetro, Morrigan aponta para frente, indicando o fim da linha das árvores e todos presumem ter alcançado o cume da montanha.
— De repente teremos mais sorte do outro lado. Talvez a gente ache uma fonte ou algo
assim. — Katniss sugeriu.
Mas ela sabia que não havia outro lado. Katniss esquadrinhava o caminho com olhos atentos. Morrigan notou que ela olhava fixamente para algo a frente deles, mas antes que tivesse tempo de perguntar o que ela havia visto, um zunido agudo foi ouvido e Peeta foi lançado para trás, rechaçado pelo campo de força, fazendo Morrigan cair no chão com o susto. Katniss correu até onde Peeta estava caído.
— Peeta?
Havia um leve odor de cabelo queimado. Katniss o chamou novamente, sacudindo-o ligeiramente, mas ele não reagiu. Os dedos de Katniss tocaram os lábios do garoto e não havia respiração. Ela colocou o ouvido no peito de Peeta na esperança de ouvir algo, mas não ouviu nada.
— Peeta! — Katniss gritou. Sacudindo ele com mais força, o coração havia parado. — Peeta!
Finnick deixou seu tridente com Morrigan e empurrou Katniss para o lado.
— Deixe-me tentar. — Finnick disse tocando seus dedos em pontos do pescoço de Peeta, percorrendo os ossos em suas costelas e coluna. Em seguida, ele fecha as narinas de Peeta.
— Não! — Katniss gritou, se jogando em cima de Finnick. Morrigan se aproximou e puxou Katniss para perto de si, a abraçando por trás como sua irmã tantas vezes havia feito durante suas crises de choro.
Katniss se debatia nos braços de Morrigan, parando apenas quando Finnick iniciou uma respiração boca a boca em Peeta, observando a cena com estranheza. O peito de Peeta subia e descia com a ajuda de Finnick. Morrigan alivia o aperto no abraço e se aproxima de Finnick e Peeta. Finnick e Morrigan trocam algumas palavras e então a garota abre um pouco o macacão de Peeta e coloca as mãos sobre o peito do mesmo, fazendo massagem cardíaca no mesmo. A respiração boca a boca e a massagem cardíaca foram intercaladas até que Peeta tossiu ligeiramente, Morrigan we Finnick se sentaram no chão. Katniss deixou seu arco cair no chão e grudou seu corpo ao de Peeta.
— Peeta? — Katniss disse suavemente.
— Cuidado. — Peeta diz fracamente. — Tem um campo de força lá na frente. — Katniss riu fraco. — Deve ser bem mais forte do que aquele do terraço do Centro de Treinamento. Mas estou bem. Só um pouco abalado.
— Você estava morto! Seu coração parou! — Katniss disse esperada.
— Acho melhor ficarmos um pouco aqui. — Morrigan sugeriu. — Peeta precisa descansar.
— Eu estou bem.
— Não, Morrigan está certa. É melhor pararmos por aqui e descansar. — Katniss insistiu e só então Peeta concordou.
Katniss chorava de soluçar e Peeta olhava para ela preocupado.
– Ela está bem, são só os hormônios dela. — Finnick disse e Morrigan assentiu para Peeta, mas ele ainda parecia preocupado.
— Relaxa, Peeta, a gravidez causa essas coisas mesmo. — Morrigan disse tocando o ombro dele.
Morrigan e Finnick se olharam, tentando entender o que acontecia entre Katniss e Peeta, depois de alguns segundos em meio a uma conversa silenciosa, os dois riram levemente. Katniss e Peeta são uma versão mais complicada dos dois na adolescência.
— Como é que você está? — Finnick perguntou a Peeta. — Você acha que consegue seguir caminho?
— Não, ele precisa descansar. — Katniss insistiu antes de ver um brilho dourado na roupa de Finnick. — Esse é o seu símbolo?
— É sim. Você se importa de eu usar o seu tordo? Queria que a gente combinasse — Peeta disse e Morrigan sorriu de leve pelo olhou para Finnick.
— É claro que não me importo. — Katniss disse dando um pequeno sorriso.
— Quer dizer então que você quer montar acampamento aqui? — Finnick disse interrompendo o momento dos mais novos.
— Não acho que isso seja uma opção — Peeta respondeu. — Ficar aqui. Sem água. Sem proteção. Estou me sentindo bem, juro. Se a gente pudesse ir um pouquinho mais devagar, acho que não haveria problema. Ajudaria a cansarmos menos também.
— Mais devagar é melhor do que parado. — Finnick disse ajudando Peeta a se levantar enquanto Morrigan ajuda Katniss a se acalmar.
— Não está grávida de verdade, está? — Morrigan perguntou apenas mexendo a boca e Katniss a olhou antes de negar com a cabeça.
— Mas preciso fingir.
— E vamos. — Morrigan disse se oferecendo para ajudar Katniss.
— Obrigada.
— Vou na frente. — Katniss disse e Peeta abriu a boca para fazer uma objeção, mas se calou quando Finnick ergueu a mão.
— Não, deixe-a ir. — Finnick disse e Peeta franziu a testa para mim. — Você sabia que aquele campo de força estava lá, não sabia? Bem no último segundo você percebeu, não foi? Você começou a dar o alarme. — ele disse e Katniss balançou a cabeça em concordância.
— Como é que você sabia? — Morrigan perguntou.
— Não sei. É como se eu tivesse ouvido a coisa. Escutem. — Katniss disse e todos ficaram imóveis e em silêncio. Há o som de insetos, pássaros, a brisa na folhagem, mas nada que indicasse um campo de força.
— Não estou escutando nada. — Peeta disse.
— Mas tem um som, sim. — Katniss insistiu. — É parecido com o som da cerca no Distrito 12 quando a eletricidade está acionada, só que bem menos intenso. — todos escutam, agora com muita atenção. — Agora! Vocês não conseguem ouvir? Vem do local à direita de onde Peeta recebeu o choque.
— Também não estou ouvindo nada. — Finnick disse. — Mas se você está, por favor vá em frente.
— Que estranho. — Katniss disse balançando a cabeça de um lado para o outro, como se estivesse confusa. — Só consigo escutar pelo meu ouvido esquerdo.
— O que foi reconstruído pelos médicos? — Peeta perguntou.
— Isso. — Katniss disse, e em seguida deu de ombros. — Talvez eles tenham feito um trabalho melhor do que haviam imaginado. Vocês sabem como são essas coisas, às vezes escuto coisas engraçadas naquele lado. Coisas que vocês normalmente não achariam que possuem um som.
Morrigan reprimiu uma risada com a mentira que Katniss contava. A garota estava andando logo na frente de Peeta, para ajudá-lo caso precisasse, mesmo Finnick tendo pego um galho para que ele usasse de bengala. Eles andaram por longos minutos em silêncio, mas em uma parte do caminho, Morrigan começou a juntar algumas festinhas que ela conhecia por conta de sua avó, Peeta perguntou como ela sabia que as frutinhas não eram venenosas e ela explicou a ele que era uma fruta que ela sempre comia em casa, mas para saber se haviam envenenado elas ou não, precisariam prová-las.
Oi, gente, tudo bem??
Demorei, mas cheguei! Era pra esse capítulo ter saído no início de dezembro, mas eu esqueci de postar, perdão.
Certo, agr com as férias, vou atualizar muito mais pra vcs! Espero que não tenham desistido de mim e da fic.
Espero que tenham gostado do capítulo, não esqueçam de favoritar e comentar bastante.
Bjs, Ana!!
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