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Somos como um cordeiro sendo levado ao abate

Morrigan mergulhou o pincel na lata de tinta verde claro, a escolha feita por June estava relacionada à esperança de que a filha nascesse em um mundo melhor.

O som suave do pincel contra a parede e o modo como a tinta cobriu a parede branca acalmavam Morrigan em um momento tão delicado. June estava ao lado de Morrigan, ela tinha um rolo de pintura em mãos, cobrindo as últimas marcas brancas com movimentos largos, firmes e delicados.

— Acha que ela vai gostar do verde? — June perguntou, com um olhar esperançoso.

— Com certeza. — Morrigan respondeu. — É uma cor muito bonita e diferente, com um significado bonito. Verde é a cor da esperança, não é?

— Bem lembrado.

O silêncio voltou a se instalar entre elas, confortável, mas carregado com o peso do momento que Morrigan odiava desde que Finnick foi sorteado para os jogos nove anos atrás.

— June, acha que algum dia vamos conseguir proteger o Hunter, a Mia e a, não nascida Morgan dos jogos? — Morrigan perguntou e June parou de pintar para olhar a irmã.

— Eu espero que sim. — June disse. — Perdemos demais para os jogos, eu não sei o que faria se o Hunter um dia fosse sorteado…não sei se sobreviveria sem o meu filho.

— Eu ainda tenho medo…tenho medo de um dia precisar pisar na arena de novo. — Morrigan admitiu.

— Eu tenho o mesmo medo, Mor. — June disse pegando a mão livre da irmã. — Não posso te perder também.

Morrigan olhou para o pincel em suas mãos e voltou a pintar, June fez o mesmo. As duas continuaram a pintar a parede, passando uma segunda camada de tinta quando Morrigan começou a chorar de forma copiosa, largando o pincel no chão ao lado de seu corpo.

— Ei, o que foi? — June perguntou se ajoelhando ao lado da irmã, mas Morrigan negou com a cabeça. — Pode me contar qualquer coisa, Mor…

— Eu sei, é que…isso me machuca tanto. — Morrigan disse olhando para a irmã. — Não quero te chatear com meus problemas.

— Morrigan você é minha irmã, seus problemas nunca vão ser uma chateação para mim. — June disse pegando a mão de Morrigan.

— Se lembra da primeira vez que Finnick e eu fomos para a Capital? Logo que eu completei dezesseis anos? — Morrigan perguntou e June assentiu. — O presidente Snow fez uma troca comigo.

— Uma troca?

— A segurança de vocês em troca da minha obediência e serviços. — Morrigan disse olhando para suas mãos, ela sentia vergonha por estar falando sobre isso em voz alta.

— Morrigan…

— É meio que um esquema de prostituição. — Morrigan falou de uma vez. — Eu não queria, mas ele ameaçou todos vocês e em todas vezes que eu pensei em acabar com isso, ele ameaçou matar o Hunter, a Mia e eu…eu não podia arriscar a vida de qualquer um de vocês.

June ficou em silêncio por um momento, processando as palavras da irmã. Uma sensação de frio percorreu seu corpo, ao saber que a irmã passava por aquela situação apenas e unicamente para proteger a todos da família. June não disse nada, ela não conseguiu encontrar palavras para dizer à irmã, por isso apenas abraçou a mesma chorou baixinho até que finalmente encontrou algo para dizer a irmã mais nova.

— Eu fico feliz em saber que meus filhos tem uma tia tão forte como você. — June disse secando as lágrimas de Morrigan. — Mas como sua irmã mais velha eu me sinto mal por não ser eu a pessoa que protege você.

— Certos sacrifícios valem a pena. — Morrigan disse dando um sorriso fraco.

— O Finnick também tem que fazer isso? — June perguntou e Morrigan assentiu.

— Na mesma noite em que recebemos essa ótima proposta, eu e o Finnick dormimos juntos. — Morrigan contou. — Eu não queria que minha primeira vez fosse com algum velho e eu sentisse repulsa em lembrar desse momento.

— Então pediu que ele fosse o seu primeiro. — June concluiu dando um pequeno sorriso. — Ele é apaixonado por você desde os doze anos, isso deve ter sido o ponto alto da vida dele.

— Eu só fui perceber depois. — Morrigan falou sorrindo. — Demorei pra entender o que sentia por ele e demorei pra perceber o que ele sentia por mim.

— Sendo sincera, você é uma tapada por isso.

— June!

— Sempre foi bem óbvio que ele gostava de você. — June disse e Morrigan negou com a cabeça. — Que menino chama a melhor amiga de “Minha Morrigan” em rede nacional sem gostar dela?

— Ele fez aquilo por conta dos jogos.

— Não foi não. — June disse sorrindo. — Lembra aquela vez que o Rowan tentou te beijar à força quando vocês tinham treze anos?

— Lembro.

— Finnick bateu nele e disse: “Se você encostar na minha Morrigan de novo, eu acabo com você.” — June falou imitando a voz de Finnick.

— Tá, isso é a cara dele. — Morrigan disse suspirando. — Acho que ele cansou de me esperar. As coisas entre a gente são complicadas.

— Só você acha isso. — June rebateu.

— Tem a Annie…o Finnick gosta muito dela.

— Mas ele ama você! — June disse enfática. — Até o Theo sabe disso.

— Sei mesmo! — Theo gritou do corredor.

— Para de ouvir a conversa dos outros, fofoqueiro! — Morrigan gritou distraindo de volta para o cunhado e ele riu.

Mais tarde, toda a família de Morrigan estava reunida na sala de estar da casa dos pais da garota. Morrigan estava desenhando junto de Hunter e Mia, seus sobrinhos, enquanto esperavam pelo programa noturno.

O programa começou e o assunto era Peeta Mellark e Katniss Everdeen, os vencedores do ano anterior. Caesar Flickerman estava falando diante de uma plateia em frente ao Centro de Treinamento, com informações sobre as núpcias do casal da última edição. Ele apresentou Cinna, estilista de Katniss, e depois de uma breve conversa a atenção se voltou para uma enorme tela, onde passavam imagens de Katniss e Peeta.

— Vamos fazer Katniss Everdeen vestir-se com estilo em sua cerimônia de casamento! — Caesar gritou para a multidão. A família de Morrigan já estava pronta para se servir da sobremesa do jantar e desligar a televisão quando Caesar pediu que todos continuassem ligados no programa.— Isso aí, esse ano será o aniversário de setenta e cinco anos dos Jogos Vorazes, e isso significa que é o ano do nosso terceiro Massacre Quaternário!

— Ainda faltam meses, porque estão falando sobre isso agora? — June perguntou confusa.

— Sabem de alguma coisa? — Kian perguntou a Finnick e Morrigan.

— Não. — os dois responderam.

— Deve ser só a leitura do cartão. — Ariane tranquilizou os mais novos.

O hino começou a tocar e a figura do presidente Snow fez o corpo de Morrigan se arrepiar com o sentimento de nojo e raiva. Junto dele está um jovem vestindo um terno branco, segurando uma caixa de madeira. Assim que o hino acabou o presidente começou a falar, lembrando a todos dos Dias Escuros, quando nasceram os Jogos Vorazes. E contou que a cada vinte e cinco anos uma versão glorificada dos Jogos seria feita com o intuito de refrescar a memória daqueles que foram mortos pela rebelião dos distritos.

— Querem doce? — Morrigan perguntou para os sobrinhos, que assentiram.

— Traz pra mim também. — June pediu e Morrigan assentiu se levantando do chão.

Morrigan se dirigiu para a cozinha e pegou uma bandeja e começou a ajeitar os pratinhos com pedaço de bolo, havia separado um pedaço para cada um na sala.

— E agora nós temos a honra de realizar o terceiro Massacre Quaternário. — O presidente disse

– E agora nós temos a honra de realizar o terceiro Massacre Quaternário – diz o presidente.

Morrigan pega a bandeja em mãos e começa a caminhar de volta para a sala com calma.

— No aniversário de setenta e cinco anos, para que os rebeldes não se esqueçam de que até mesmo o mais forte dentre eles não pode superar o poder da Capital, o tributo masculino e o tributo feminino serão coletados a partir do rol de vitoriosos vivos.

Assim que as palavras de Snow terminaram de serem pronunciadas, a bandeja que estava nas mãos de Morrigan foi de encontro ao chão, fazendo um barulho alto. Todos se mantiveram sentados, em estado de choque pela notícia que haviam acabado de receber.

Morrigan olhou para Finnick e então olhou para sua avó, uma vitoriosa viva. As chances de uma das Flanagan ser sorteada era maior do que em qualquer outra colheita, mesmo tendo Annie Cresta no sorteio, Morrigan sabia que ela tinha duas vezes mais chance de ser a sorteada. Morrigan não deixaria que sua avó pisasse na arena novamente.

🗡🔱

O tempo que se seguiu até a colheita foi torturante. Ir à cidade era horrível, todos os olhares de pena e tristeza direcionados aos Vitoriosos do Distrito os deixavam ansiosos para que aquilo acabasse.

Morrigan estava ajudando seu pai a comprar os ingredientes para o jantar pré-colheita que seria feito naquela noite. Morrigan estava escolhendo os temperos ao lado do mais velho, ambos em silêncio, ambos sem conseguir esboçar um sorriso. Todos do Distrito conhecem Morrigan, muitos daqueles comerciantes tinham a garota como uma filha, muitos deles eram extremamente amigos de seu pai e sua mãe, aquilo era torturante para todos e Morrigan recebeu muitos apertos no ombro enquanto caminhava pelo centro.

— Acha que a mamãe vai querer fazer uma torta de limão? — Morrigan perguntou ao pai enquanto caminhavam até a venda de frutas.

— Ela disse que vai fazer, pode escolher os limões enquanto pego as bolachas? — Dean pediu e Morrigan assentiu.

Morrigan não passou o dia com sua família, ela preferiu vê-los no jantar e passar o resto do dia na praia, observando o mar sozinha. Mas em certo momento, Finnick se sentou ao lado da garota e beijou o ombro exposto da mesma.

— Não fica ansiosa, podemos não ser sorteados. — Finnick disse e Morrigan o olhou.

— Se o nome da minha avó for sorteado, eu vou me voluntariar. — Morrigan disse. — E você sabe como a vovó é…se chamarem a Annie, a vovó, provavelmente, vai se voluntariar.

— E isso leva você a se voluntariar. — Finnick concluiu.

— Se acontecer de você ir com a minha avó…

— Eu daria minha vida por ela.

— Eu não ia pedir isso.

— Faço o mesmo por você. — Finnick disse e Morrigan suspirou.

— Não quero isso. — Morrigan falou. — Vamos sair vivos e juntos. Posso sair sendo odiada, mas não vou sair dos jogos com outro cadáver.

— Vai dar tudo certo…o Distrito se uniu à rebelião. — Finnick disse e Morrigan se virou para ele.

— Estão contra a Capital?

— Estão. — Finnick respondeu.

O jantar daquela noite foi silencioso e pesaroso. Naquele ano as coisas eram diferentes para a família, eles teriam três pessoas sendo sorteadas em um número muito pequeno de nomes, as chances eram de cinquenta por cento, o que tornava o medo maior comparado a chance de dez por cento de ser sorteado nos jogos convencionais.

O dia da colheita amanheceu nublado e com o mar agitado. A população do Distrito 04 estava reunida na praça, em silêncio. Morrigan chegou com sua família e abraçou todos eles antes de ir para uma pequena área cercada junto de sua avó. Morrigan sentiu um aperto no coração com o choro de sua sobrinha de quatro anos, Mia, ela sempre fora apegada a Morrigan e chorava porque queria ficar com a tia. Hunter abraçava o pescoço de seu pai e se mantinha com o rosto escondido, mas Morrigan sabia que ele chorava com a possibilidade de Morrigan, Mags ou Finnick irem para os jogos.

— Elowyn… — Morrigan murmurou e olhou para Seth. — Você sabia? — ela perguntou sem som.

— Claro que sabia. — Seth respondeu piscando para Morrigan e ela reprimiu um sorriso.

Mags apertou a mão da neta e apontou para Elowyn no palanque.

— Ela foi minha mentora junto do Seth. Vai gostar dela. — Morrigan disse sorrindo para a avó.

— Ela não é como os outros da Capital? — Annie perguntou.

— Não, ela é melhor que eles. — Morrigan respondeu dando um sorriso para Morrigan. — Estamos em boas mãos.

— Confio em você. — Annie disse e Morrigan apertou a mão da mesma.

— Bom dia a todos! — Elowyn disse sorrindo, mas Morrigan notou o sorriso vacilando ao ver Seth junto de Finnick. — Bom, vamos ao sorteio. Primeiro as damas!

As mãos de Elowyn tremiam enquanto ela mexia nos três papéis presentes no aquário redondo. Assim que ela retirou o papel, Morrigan prendeu a respiração, nervosa, ansiosa e com medo.

— Mags Flanagan! — Elowyn disse no microfone.

Mags se levantou sorrindo e olhou para Annie abraçando a mesma, depois se voltou para Morrigan e a abraçou.

— Eu me voluntario! — Morrigan disse olhando para Elowyn.

Mags negou com a cabeça para a neta e Morrigan tocou em seu coração e depois levou a mão ao coração da avó.

— Não posso perder a senhora. — Morrigan disse. — Eu te amo, vovó.

Morrigan saiu da área cercada e seguiu para o palco. Ela subiu as escadas, segurando a barra de seu vestido azul claro. Elowyn olhou para Morrigan com um olhar triste, porém orgulhoso.

— Agora os rapazes. — Elowyn disse com a voz trêmula. Ela mexeu nos papéis diversas vezes e fechou os olhos quando puxou um papel. — Finnick Odair.

Os olhos de Morrigan seguiram Finnick enquanto ele caminhava até o palco e subia no mesmo. Após isso, eles são imediatamente levados para o interior do Edifício da Justiça para se encontrarem com o chefe dos Pacificadores, Hans, que os estava esperando.

— Procedimento novo. — Hans disse sério.

Ele os levou até a porta dos fundos, onde foram colocados em um carro que os levou até a estação ferroviária. Daquela vez não havia câmeras na plataforma e nenhuma multidão. Elowyn e Seth aparecem logo depois sendo escoltados e todos entram no trem. O trem começou a andar e Morrigan engoliu em seco observando o Distrito 04 sumir de vista.

Oi gente, como vcs estão?

Mais um capítulo pra vcs, perdão a demora, mas agr as atualizações vem normalmente.

Capítulo um pouquinho menos alegre, mas eu ainda vou trazer um momento Finnick e Morrigan!

Espero que tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de favoritar e comentar ao longo dele.

Bjs, Ana!!

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