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Teacher for a Season

Escrito por : Solzinho_louco & lollipopcin

Um dia.

Um dia fazia que o verão havia começado e a família de Ha Yoon já tinha planos, mesmo não sendo novidade.

A família tinha um tipo de tradição para ser cumprida em todos os verões: se mudar para a casa de praia até que as férias acabassem. Todos estavam animados. Todos ... Menos Ha Yoon, que odeia essa estação mais do que os latidos noturnos dos cachorros da vizinha.

Ela estava em seu quarto, jogada na cama, ouvindo música em seu notebook e aproveitando o que poderia ser considerado a oitava maravilha do mundo: o ar condicionado. Mesmo com a porta fechada e a música, ainda era possível ouvir o barulho do resto da família na cozinha.
Não demorou muito para que sua mãe aparecesse em sua porta lhe chamando para o almoço, e mesmo ela negando estar com fome, foi praticamente arrastada até a sala de jantar.

— Olha só quem saiu do quarto! – seu pai diz sorrindo e sentando com um prato cheio de comida a sua frente.

— A vampira anti-verão – sua irmã mais nova disse rindo. Ha Yoon apenas ignorou a risada acompanhada pela de sua mãe e sua irmã mais velha.

Ha Yoon era a do meio de suas irmãs, desde pequena ela fora a esquisita em sua casa. A única filha que prefere a neve do que a praia, a única filha que já teve um mal desempenho na escola, a única filha que usa moletom no shopping, a única filha... Enfim, a única que sempre era o motivo dos debates no jantar.
A verdade é que Ha Yoon não gosta de muitas coisas, coisas que, por incrível que pareça, sua família inteira gosta.

— Estou tão animada.. – Misoo, a mais velha das três que namora um descendente de japonêses chamado Steven, disse, também sentando com seu prato.
Sua mãe colocou um prato em sua frente e o serviu com cuidado mesmo a garota recusando várias e várias vezes.

— Mal posso esperar para nadar no mar – Ryeon diz desta vez, recebendo um aceno de concordância dos outros.

— Aaah...- Misoo suspira — A areia quente, o sol aquecendo o mar frio, limonada...

— Credo – Ha Yoon faz careta — Água salgada, câncer de pele, queimadura de sol, ardência nos olhos e pele, intoxicação alimentar, leptospirose, suor, areia no bumbum, homens de sunga... – ela finge um desmaio — Existe algo pior do que tudo isso? Oh! Existe... Tudo isso em um só lugar... Não, não... Tudo isso ao mesmo tempo!

— Não é tão ruim assim filha. Tenta. Só dessa vez, aproveita um pouquinho, olha o lado bom do verão! A gente te ajuda, não é?  - A mãe diz olhando para todos com o olhar que se alguém negasse provavelmente não estaria vivo para a viagem durante a madrugada.

— Claro.

— É! Com certeza!

— Nós vamos fazer algumas coisas diferentes! Quem sabe você goste! - As irmãs começaram a dar ideias tentando animá-la.

— Vamos filha! Dê uma chance para o verão! Não pode ser tão ruim assim! - O pai diz com a intenção de motivá-la um pouco.

—  Ok, vou dar uma chance dessa vez. Não deve ser tão ruim assim, né? - Disse e todos se animaram em volta da mesa com a esperança que esse seria um verão de paz, finalmente.

[...

— Vocês tinham razão - começou assim que todos se sentaram na areia em frente ao mar logo depois do café da manhã — Não é tão ruim como eu dizia.

— Viu só? E olha que ainda nem começou! - Sua mãe disse com um sorriso grande.

— É bem pior mãe! Pelo amor de Deus, eu não sabia que era possível ter tanta areia entre meus dedinhos do pé! SOCORRO!

— Eu desisto - disse a irmã mais velha se levantando e correndo para seu primeiro mergulho do dia.

— Acho que todos desistimos - Disse o pai ainda sorrindo pela situação — Vem amor, nada que você fizer vai mudar o fato de que nossa filha odeia a melhor estação do ano.

— Aish! - A mãe bufa se levantando enquanto Ha Yoon coloca o fone e abre um livro.

Esta era um dos raros bons momentos que o verão trazia à ela. Ler sentindo o vento voar em seus cabelos, estar debaixo de uma sombra fresca, e ouvir ao fundo do fone as ondas do mar trazia certa paz pra seu interior.

Era como que se por um instante, não fosse um verão ou qualquer outra estação. Era sua própria estação. SUA programação favorita e o principal, sua caixinha de suco de uva bem gelada ao lado, para completar a viagem perfeita pelos versos das poesias de seu livro.

Uma pena que isso nunca durava muito. Já que sua família além de amante do calor, aventuras no meio do mato e do mar, também seguia com uma esperança imutável de que um dia ela milagrosamente iria de bom grado para todos as programações que inventavam enquanto passavam as férias ali.

— Vamos Ha Yoon! Você tá igual uma velha, credo!

— Verdade! Vamos, você está a manhã toda dentro desse quarto. Pelo menos leia lá fora! Desse jeito era melhor ter ficado em casa!

— Olha que incrível! É exatamente isso que eu queria fazer!

— Af você é adotada!

— Sem Sombra de dúvidas!

— Gente eu não vou escalar um morro cheio de mato! Desistam!

— Mãe, o que que a gente faz com ela?

— Deixem ela garotas. Vocês conhecem sua irmã, ela é fraquinha demais para conseguir fazer isso com a gente!

— Ótima tentativa mãe, mas eu não vou ir. Vou atrasar vocês e não vou parar de reclamar até chegarmos em casa, a senhora sabe disso - falou se levantando da cama — Mas fiquem tranquilos, eu estou indo ler ali na praia, qualquer coisa me liguem! - disse já saindo antes que alguém viesse tentar convencê-la de novo.

Enquanto sua família se aprontava para o passeio, ela aproveitou para pegar um guarda-sol no porta malas e arrastou uma toalha para baixo do mesmo. A praia não estava cheia, na verdade, havia poucas pessoas, mas estavam longe dali. Ha Yoon suspirou satisfeita e se aconchegou para poder ler, enquanto terminava seu suco de uva, que era seu favorito, mas o último gole estava difícil de sair, já que o canudinho não alcançava o fundo da caixinha.

— Canudinho inútil! – ela diz jogando ele na areia, cerca de um metro a sua frente, e voltando a ler.
Ha Yoon estava distraída enquanto lia, tão distraída que nem percebeu o par de pés a sua frente.

— Vai deixar aquilo ali? – ela escuta uma voz masculina dizer e estremece. Aquele garoto havia surgido do além?

— O que disse? – Ela pergunta confusa observando aquele estranho de braços cruzados, bermuda, camisa de praia – que era brega, mas até que lhe caia bem – e pés descalços.

— Eu perguntei se vai deixar aquilo ali! – ele diz apontando para o canudo na areia.

— Aaah – ela ri — Eu ia... A não ser que você seja da Vigilância sanitária né..

— Não preciso ser da vigilância sanitária pra saber que não devo jogar Canudinhos em qualquer lugar, principalmente na praia né... Sabe quanto tempo aquilo demora pra se decompor?

— É...

— Quinhentos anos! Isso quer dizer que você vai ter filho, neto e tataraneto, mas aquele canudo ainda vai estar aqui, acabando com o meio ambiente, prejudicando os animais, sujando a nossa praia... Sem falar que é uma tremenda falta de educação da sua parte, sua mãe não te ensinou que não se deve jogar lixo no chão?

— Ãn...

— Você por acaso tem noção dos males que isso pode causar? Acho que não né! Já ouviu falar em reciclagem? Também acho que não. Eu não posso acreditar que uma garota da sua idade ainda faz esse tipo de coisa... Nem crianças faz isso hoje em dia.

Há Yoon revirou os olhos. Aquele garoto nunca mais ia parar de falar? Quanto drama!

— Tá, tá bom "sabe-tudo"... Como você sabe que aquele canudo é meu?

— Está na frente da sua cadeira e você tem uma caixinha de suco, ninguém bebe suco de caixinha direto da caixinha.

— Aha! Então quando você toma suco de caixinha você também usa canudinho!

— E quem disse que eu tomo? Mesmo se tomasse eu colocaria na lixeira certa, onde está escrito "plástico"

— Ah claro, com certeza você faria Isso. – ela diz suspirando entediada e levanta para pegar o canudo. — Satisfeito?

— Sim, obrigado. Onde vai colocar?

— Na caixinha?

— Me dá! – ele diz pegando o objeto — Não confio em você.

— Se as pessoas não confiam em mim nem pra jogar um canudo no lixo... Acho que tô meio mal hein, mas tanto faz, minha família não confia em mim só porque eu odeio o verão...

— Espera... Você odeia o verão? – ele pergunta com deboche — Qual o seu problema com a mãe natureza?

— Eu não odeio a natureza tá, só essa estação. Ela é horrível! Por vários motivos...

— Eu mal te conheço e já tenho vários motivos pra não gostar de você...

— Olha aqui, eu nem sei seu nome tá  "senhor surtado pela natureza", você não tem o direito de me dar lição de moral não. Você não me conhece e nem sabe nada sobre mim...

— Aish, me poupe ... Já fiz minha parte por aqui – ele diz começando a caminhar.

— Grosso! – ela diz alto e volta a sua leitura. — Garoto louco hein..

— Você ME chamou de grosso?  - pergunta parando e virando para encará-la — Ok. Você está na minha cidade, fica jogando lixos por aí, onde EU moro, e eu que sou o grosso, louco e mal educado? Você precisa rever seus conceitos mocinha assassina da mãe natureza!

— Eu sou o que?

— ASSASSINA!

— Pelo amor de Deus! Isso é só um canudo. Não quer dizer que eu vou fazer disso daqui um lixão!

— SÓ um canudo? Como é que você tem coragem?! Vem comigo! - ele toca em seus ombros e começa a empurrá-la para fora da praia.

— Ei seu esquisito! Me larga! Eu não posso sair assim com você. Nem te conheço, e minhas coisas estão todas ali - disse apontando para os pertences.

— Eu tenho mais motivos para não confiar em você do que você em mim! - falou cruzando os braços — Pode me chamar de JB. Pega as suas coisas e vamos.

— Vamos? Você tá achando o que garoto?

— Acho que você precisa ver que não são só canudos! Relaxa, sua presença aqui é mais perigosa do que o lugar que eu vou te levar.

— Por que minha presença aqui seria perigosa?

— Estar aqui não é perigoso! Você que é o perigo!

— Aish! Se eu for com você terei paz?

— Como uma pessoa como você consegue querer paz? - ele a encara de maneira desacreditada.

— Ok, ok. Você tem sorte de que além de assassina eu não tenho juízo algum. Espera aí que eu vou guardar minhas coisas e vou com você!

— Não.

— Não?

— É, eu não acredito em você! Você vai me deixar esperando o dia todo.

— Aish, eu não vou te levar pra minha casa.

— E eu nem quero! Deus me livre! Vai que você tenta me matar também.

— Ha ha ha. Muito engraçado.

— Vamos, eu levo o guarda-sol e você pega essa toalha junto com o livro. Simples.

— Ok, né. Espero não me arrepender disso.

— Mais fácil eu me arrepender de andar como alguém como você - ele diz alto andando na frente enquanto ela corria para o alcançar.

Caminharam por não mais que 10 minutos até que Ha Yoon percebeu uma placa grande no fim da rua sem saída.

"Centro Biológico Marinho Goo Hara"
"Entrada permitida apenas para pessoas autorizadas"

— Parou por quê?

— Eu não posso entrar – falou apontando para a placa.

— Por quê? Pra isso você precisa de autorização? Uau, que incrível! – disse debochado.

— Aish, você é insuportável!

— E também não sei o seu nome.

— Assassina – disse revirando os olhos debochando irritada.

— Ainda bem que assume, agora vem! – falou puxando-a pelo centro até chegarem em uma sala.

— Hum...que cheirinho bom de álcool-gel, que lugar é esse?

— Esse, senhorita Assassina, é a sala de controle de Resíduos... ih olha lá, acabou de chegar mais... – ele diz apontando para a parede de vidro enorme que havia na lateral da sala.

Era um lugar organizado, com alguns computadores que mostravam imagens da praia e de alguns aquários. Através do vidro, Ha Yoon se aproximou e pode ver o que JB mostrava. Era um grande mecanismo que separava lixo, entre eles garrafas, embalagens, talheres descartáveis e muito mais..
Ela ficou horrorizada ao pensar que aquilo tudo vinha da praia.

— O que é tudo isso?

— Tudo isso é o que encontramos no nosso mar e na nossa praia. Pelo simples fato de que pessoas pensaram, assim como você, que apenas um lixinho não acabaria resultando em um lixão.

— Mas lá na placa dizia "Centro Biológico Marinho" porque se dão o trabalho de fazer a coleta de lixo também?

— Você é burra assim ou se faz? Caso não tenha percebido, nosso trabalho aqui é garantir o bem-estar e qualidade de vida para os animais, se deixarmos todo esse lixo lá... Isso nunca seria possível.

— O que são aqueles aquários? – ela pergunta apontando para um dos monitores.

— São para animais que precisam de tratamento e observação, resgatamos eles e depois quando ficam bem, levamos de volta.

— Isso é bem legal...

— É mesmo, quer ver algo?

— O que?

— Vem comigo – ele diz indicando a saída e caminha por um corredor extenso.
Ha Yoon o segue observando o local que parecia deserto. JB abriu uma outra porta, mas atrás dessa havia uma área aberta com tanques que pareciam piscinas infantis.

— O nome dele é Min, é uma tartaruga marinha. Tem muita energia aliás – JB diz joelhando e apontando para um dos tanques. Ha Yoon notou que todos os tanques estavam vazios, apenas aquele continha o tartaruga. Ela também abaixou para vê-lo e sorriu.

— Não sabia que Tartarugas podiam ser macho.

— Então talvez você também ache que tubarões não possam ser fêmea...

— É estranho, mas afinal, o que ele faz aqui?

— Ele teve um probleminha com uma sacola plástica que boiava na superfície, então precisava de observação, mas ele já bem.

— Que bom. Você trabalha aqui?

— Tipo isso, é mais um voluntariado.

— Ah, entendo. Então você é um defensor dessa área?

— Sou, é claro. Na minha opinião todos que vem aqui deveriam ser.

— Entendo.

— Bom, podemos voltar a praia se quiser mesmo ir embora...ou..

— Ou o que?

— Ou eu posso te apresentar a melhor barraquinha de camarão de toda a praia.

— Você me trás aqui e depois vai comer camarão? Isso soa quase desumano.. – ela faz careta enquanto ele gargalha.

Ha Yoon pôde finalmente notar como ele era bonito, com seus cabelos castanhos escuros um pouco abaixo de seus olhos, e seus olhos.. eles eram intensos, mas seu sorriso o fazia parecer mais fofo do que sexy..

JB continua caminhando sem fazer qualquer comentário.

— Então você está me chamando para ir comer com você uh – ela ri — Pra quem tava me chamando de assassina...

— Eu ainda não confio em você, não pense que mudei de idéia.

— É, mas você está me convidando mesmo assim, e nem sabe meu nome...

— Tudo bem – ele para de repente — Qual o seu nome?

— De verdade? – ele assente — Ha Yoon.. e o seu é JB mesmo?

— Obviamente não né – ele revira os olhos voltando a andar.

— É a minha casa! – ela diz apontando — Podemos deixar o guarda-sol dos meus pais lá antes de irmos... E eu aproveito pra pegar um chapéu esse sol tá me queimando...

— Guarda-Sol.. é.. – ele diz olhando ao redor.

— Cadê o guarda-sol?

— Ele... Está em algum lugar.. eu não sei...

— ESTAVA COM VOCÊ!

— EU SEI NÃO PRECISA GRITAR!

— Ah, não acredito nisso... – ela diz com desgosto — Então você tem mais motivos pra não confiar em mim do que eu em você não é?

— É só um guarda-sol...

— SE NÃO FOSSE VOCÊ EU AINDA ESTARIA COM ELE LENDO NUMA BOA!

— Tá mas se não fosse eu você ia estragar a natureza..

— Eu não ligo! Você vai encontrar. – ela diz apontando o indicador para ele e o mesmo faz careta — Espera aqui que eu já volto... Porcaria de areia...- ela diz caminhando até a casa para  deixar seu livro e toalha lá. Aproveitou para pegar um chapéuzinho branco que ela havia comprado no shopping, já que provavelmente seus pais a fariam sair no sol.

Quando ela voltou JB estava sentado na calçada e olhava para o calçadão, onde passava poucas pessoas. A brisa leve balançava seus cabelos em um movimento suave e Ha Yoon pode admira-lo antes que seu pé afundasse quase que totalmente na areia.

— Argh, ODEIO ESSE LUGAR – ela diz alto o bastante para chamar a atenção dele, que agora estava de pé e ria de sua cara — TA RINDO DO QUE? – ela corre em sua direção e o mesmo foge de si rindo ainda mais – Moleque! 

Quando ele se recompôs e ela desistiu de pegá-lo eles já estavam afastados de sua casa. Ela olhou ao redor e viu que JB sorria olhando para algo.

— Vem, vamos! – ele diz voltando a correr.

— Só o que me faltava ..  – diz seguindo ele em um ritmo mais desacelerado.

O mesmo só parou quando chegaram a uma barraca de madeira, no meio da praia. Havia algumas mesinhas em volta e algumas pessoas estavam por ali tomando sol. Ha Yoon o vê cumprimentando o senhor que estava lá dentro e hesita um pouco em se aproximar, mas quando ela o faz é notada rapidamente pelo moço.

— Oh! Entendi porque resolveu aparecer, trouxe a namorada né? – ele pergunta rindo e JB coça o pescoço sem jeito.

— É... A gente não é namorado não... 

— Na verdade, ela é só uma mocinha que encontrei jogando lixo na praia – JB diz e ri junto com o mais velho.

— Ah, então você trás bastante mocinhas assassinas da mãe natureza aqui não? – ela pergunta com os braços cruzados e o mesmo para de rir imediatamente, diferente do senhorzinho, que ri ainda mais.

— Esse garoto? Ninguém nunca viu ele com uma garota, todas as meninas da praia tem uma opinião um tanto negativa sobre ele... 

— Patricinhas... – JB resmunga e Ha Yoon faz careta.

— Ele é assim mesmo, sempre ocupado com suas aventuras... Acaba nem dando bola para as garotas bonitas.

— E porque eu daria? Deus me livre ficar ouvindo elas reclamando o tempo todo. Inclusive essa aí odeia o verão – ele aponta com o nariz e Ha Yoon revira os olhos. 

— Mas então ela não conhece as coisas boa dessa estação, trate de ensinar a ela como você ensina sobre os cuidados com o mar. – dessa vez é JB quem faz careta com a idéia. — Toma mocinha, um belo espetinho de camarão para você e ... Um para você – ele diz entregando os espetinhos para os dois e em seguida serve dois copos com refrigerante.

JB sentou em uma mesinhas e começou a comer enquanto observava o movimento. Ha Yoon hesitou em provar aquilo, mas quando o fez estava realmente muito bom, bem que ele havia falado que era o melhor da praia, mesmo que ela não tivesse provado outros. Ela pegou seu copo e viu o mais velho fazer sinal para que ela se sentasse com JB em sua mesa. Ele sorriu e ela suspirou obedecendo.

— Então... Você vem aqui com muita frequência? – ela pergunta de repente e recebe sua atenção.

— Durante as férias de verão sim...

— Eu sempre venho aqui no verão, por que será que eu nunca te vi?

— Eu não sei... não é porque você estava com medo de sujar seus pés de areia? 

— Tem razão – ela ri lembrando de ficar o dia todo em seu quarto e ele faz careta pensando em como ela era igual a muitas garotas dali. — Você mora aqui certo?

— Sim, você não? 

— Moro longe daqui, na verdade, bem longe. Da algumas horas de viagem...

— Entendo...

— De qualquer forma eu não conseguiria morar aqui... Não neva! 

— Isso nunca me fez falta, mas entendo, já que você odeia verão certo?

— Como pode.. o calor é insuportável, os insetos estão a mil, você não consegue dormir direito... O verão é tão.. perturbador.

— Deixa eu ver – ele finge pensar — Frio de doer, muitas roupas incômodas, resfriado, neve pra fechar a passagem, não dá pra sair de carro porque derrapa, várias tempestades.. o inverno sim é perturbador, mas não passamos por isso aqui, pelo menos não de forma muito rígida.

— Chocolate quente, cobertores quentinhos, aproximação entre as pessoas, brincadeira na neve, o inverno faz com que você queira se aquecer e isso faz com que você se sinta bem porque você não aquece só seu corpo, também aquece a alma... 

— Uau, isso foi legal – ele sorri.

— A primavera tem as flores, o outono tem a queda das folhas e isso tem toda uma beleza... Mas o verão.. ele não tem nada.

— Ei! O verão é libertador, é a época de se soltar, de se refrescar. Como você disse, é insuportável ficar em casa nesse calor, então a gente sai para aproveitar, para se aventurar, verão é a estação que te expulsa de casa você só tem que ver isso de forma positiva e fazer aquilo que você gosta. Inclusive pode acabar arrumando vários amigos...

— Mas...

— Se você parasse de reclamar tanto e começasse a ver as coisas de uma forma um pouco mais positiva... Tente ver alguma vantagem nisso tudo.. 

— Não consigo ver nenhuma.

— Por exemplo, você não ia poder comer esse espetinho e tomar esse refrigerante geladinho se fosse inverno, porque estaria tão frio que isso aqui nem sequer abriria... Se quiser posso te mostrar mais coisas, mas com uma condição...

— Qual ? 

— Não fique reclamando de tudo o tempo todo. – ele diz e da de ombros terminando seu espetinho.

— Fechado, se eu não gostar... Você vai ter que passar o inverno lá na minha cidade e.. eu vou te guiar por lá.

— Fechado.. mas eu vou conseguir.

— Veremos, mas não pense que eu esqueci que você perdeu meu guarda-sol.

— Está lá no Centro, eu te devolvo amanhã. – ele diz e ela assente se levantando e jogando seu palitinho no lixo. — Boa garota.. – ele sorri e ela apenas revira os olhos.

— Para onde vamos? Espero que não me arraste para o meio do mato do nada! Fugi da minha família hoje exatamente para isso!

— E quanto a parte de nada de reclamações? Aish tô quase me arrependendo disso!

— Ok, ok. Você ganhou. Parei!

(...)

— Não, não, não, não!! Eu não parei! Meu Deus do céu! Socorroo!! Alguém me tira daqui pelo amor de Deus! Olha só, eu não vou fazer isso! Meu pai eu vou morrer! — Ha Yoon começou a entrar em desespero assim que caiu a ficha que estava num barco em alto mar com roupas de mergulho enquanto JB tentava a acalmar e controlar o riso ao mesmo tempo.

— Olha pra mim, calma. Você não vai se arrepender, eu juro! Por isso perguntei se você sabia nadar.

— Já ouviu falar naquele ditado que só quem sabe nadar morre afogado?

— Isso não tem muito sentido, você não acha?

— Claro que tem sentido! Quem não sabe nadar não entra no mar no meio do nada! JB a gente vai morrer! — continuou falando em desespero fazendo o garoto rir — Tudo bem! Você ganhou! O verão com certeza é a melhor estação! Eu nunca mais vou jogar canudinhos dos meus sucos de uva na praia!

— Ha Yoon é só um mergulho! Calma. A gente não vai morrer e você vai me agradecer o resto da sua vida por isso!

— O que que eu tenho na cabeça de estar no meio do nada com um cara que eu nunca vi na vida? Deus me perdoa por isso, mas me livra! — Ignorou o comentário do rapaz e desatou a orar por misericórdia.

— Ha Yoon, se acalma... Não é como se fosse o fim do mundo, finge que está em uma piscina, afinal você gosta de piscinas né? Como aprendeu a nadar? — Começou a mudar um pouco o assunto para acalmá-la.

— Meu pai que me ensinou... Como eu já disse, nós todos os anos viajamos para cá, e ficamos todo o verão.

— Então sua família comprou a casa quando você era muito nova ainda?

— Meus pais são naturais daqui, desde quando namoravam diziam que um dia comprariam e viveriam naquela casa. Mesmo depois de se mudarem para Seul o sonho continuou, juntaram dinheiro e conseguiram comprar.

— Ah entendi... Então parte da sua família é da cidade. Interessante, você teve algum acidente na água para não gostar disso? É por isso que não gosta do verão?

— Não, eu aprendi a nadar porque meus pais colocavam a gente na água o tempo todo e como criança era legal estar em família catando conchinhas na praia, até que perdeu a graça, a areia no pé começou a irritar mais que o normal e o calor excessivo sempre causava estresse.

— Nossa você é insuportável! — Falou e tentou empurrar a garota para o mar, mas acabou caindo ao invés dela.

— Sou insuportável, mas não sou burra! — Balbuciou gargalhando do garoto que boiava na água, mas quando virou de costas escorregou e acabou caindo em alto mar também.

— Burra pode não ser, mas desastrada... — JB começou rindo e ela revirou os olhos sabendo o quão ridícula tinha acabado de ser. Parecia que todas as divindades estavam do lado dele, o que de tudo, não era mentira.

Assim que finalmente iniciou o mergulho e teve a chance de enxergar a vida que vivia debaixo d'água, acabou se esquecendo de todo o medo que a fez demorar tanto para chegar até ali. Seus olhos se encantavam com a mistura de cores vibrantes e toda a diversidade que encontrava em poucos instantes ali. O azul do mar que dava fundo a toda aquela vida brilhava e fazia da passagem um momento mágico.

Ver tudo aquilo fez Ha Yoon lembrar até mesmo da mitologia grega enquanto JB rodeava os corais, impressionada com a quantidade de vida que estava bem a sua frente dizia para si mesma "O mar deveria ser de Afrodite, não de Poseidon".

Mesmo ainda não tendo visto praticamente nada, JB logo deu o aviso que eles precisavam subir, o que a deixou claramente desapontada. A vista era impecável, impagável e qualquer outro "im" que pudesse encontrar, mas saber que o instante já estava no fim foi de partir o coração. Mas prometeu para si que não deixaria de fazer isso. Seria como se lembrar da infância, onde orava todos os dias para que Deus a transformasse em uma sereia.

— Ok, isso foi incrível — abriu a boca só depois que já tinham chegado à praia e caminhavam na direção em que tinham se conhecido ainda na manhã daquele dia.

— Ufa! Até que enfim se pronunciou. Sabe como foi estranho dirigir um barco com uma pessoa muda bem do seu lado? Sua estranha! — falou e ela riu, estava tão encantada que nem tinha percebido o silêncio construído durante o caminho de volta.

— Desculpe-me senhor, estava procurando palavras para dissertar o quão maravilhoso foi o lugar que me levaste hoje!

— Não precisa falar como uma garota do século XIX. É só repetir isso aqui "Obrigada JB, hoje você deu sentido a minha vida por um instante" — Fingiu falar como uma garota e Ha Yoon começou a gargalhar sem saber se pela arrogância ou pela palhaçada que o mesmo carregava a todo instante.

— Prefiro morrer! De tudo, você tem o meu muito obrigado. Aposto que minha família me mataria se soubesse que eu nunca mergulhei com eles e fiz isso com um garoto que conheci no mesmo dia.

— Hm mais uma coisa para eu me gabar? Gostei! Quer dizer que para melhorar meu dia eu deveria expor isso para sua família? Nossa o dia não podia melhorar! — falou sorrindo quando eles avistaram a casa e ela colocou-se na frente dele.

— Não ouse fazer isso! Qualquer coisa que você fizer pode ser um motivo para se tornar um alvo deles, e é sério!

— Qualquer coisa tipo ficar com você de frente para mim e abaixar a cabeça assim para te ouvir melhor daí debaixo?

— Exatamente — falou batendo na cabeça dele que só riu e levantou o olhar.

— Então espero que sua família não seja essa ali na frente onde nós estávamos de manhã que não para de nos encarar desde que você ficou na minha frente.

— Ah meu Deus! Eu quero morrer! — falou se virando e vendo suas duas irmãs de braços cruzados enquanto sua mãe está sentada e o pai ao lado da fogueira. Todos encarando JB e ela sem no mínimo disfarçar.

— Não queira! — ele gargalhou tentando dar meia volta.

— Ah coitado de você! — disse puxando-o pela gola — você vai ter que aguentar isso comigo amado! Comigo! — falou e os dois caminharam para a direção dos outros quatro que não tiravam os olhos de tudo o que faziam.

Jantar. Era isso que eles estavam preparando ali, um jantar a luz do luar. Mas se depararam com algo muito mais interessante que isso. O cara com cara de surfista que andava ao lado de Ha Yoon.

Assim que chegou, JB não teve a opção de não ficar para o jantar.

— Então... Qual o seu nome? — a irmã mais nova pergunta curiosa depois que todos já tinham se tocado de que o garoto realmente estava ali.

— Im Jae Bum — falou e Ha Yoon o olhou sem entender, mas como resposta ele sorriu simples e cochichou "Eu disse que aquele não era meu nome".

— Então Jae Bum, o que você faz da vida? — O pai de Yoon começou o olhando suspeito.

— É mais um que odeia o verão? — a irmã mais velha pergunta.

— Afinal de contas, como vocês dois se conheceram — pergunta a mãe por fim deixando os rodeios de lado.

— Gente! — Yoon ia intrometer para que ele não respondesse mas o mesmo acenou pedindo para que ela deixasse.

— Eu trabalho em um centro biológico aqui perto, e bom... Eu sou biólogo. E claro que eu não odeio o verão! Pessoas que dizem não gostar do verão não tem coração! São completamente desprovidas do amor que ainda resta na Terra. — disse fazendo todos em volta sorrirem e voltarem a comer normalmente o peixe assado.

— Uau! Gostei dele! — O pai afirma para a filha sorrindo.

— Legal pai. Nós nos conhecemos hoje porque eu joguei um canudo na praia e ele começou a fazer um escândalo — Assim que disse isso à mãe engoliu rápido o que tinha na boca para falar.

— Sim! Eu vivo falando isso para ela, mas nunca me ouve! Pra falar a verdade, é difícil Yoon ouvir qualquer pessoa!

E assim desataram a falar da garota como se ela não estivesse mais ali. Mas não era de um jeito que ela se incomodava, no fim eram todas maneiras engraçadas de expressar a revolta que tinham por todas as coisas que ela fazia.

Quando terminaram de comer o a família devia entrar porque de manhã teriam uma aula de Surf, JB se despediu recebendo um convite para acompanha-los também enquanto Ha Yoon era intimada a isso.

— Bom... Eu deveria agradecer? — Ela começou a falar ainda sentada na praia depois que todos já haviam saído — Você acabou com minha imagem!

— Eu não preciso acabar com sua imagem, você faz isso sozinha — falou sorrindo e a garota revirou os olhos.

— Você é insuportável, mas sinto como se te conhecesse há séculos!

— Cara! Achei que só eu tinha essa impressão! Deve que nós éramos próximos na vida passada.

— Sim, e nós morávamos em um lugar frio!

— Com certeza, porque você morreu congelada e mesmo depois de reencarnar o coração continuou — falou e os dois riram juntos.

— Acho que meu professor da temporada é um piadista.

— Você ainda não viu nada assassina — disse enquanto se levantava — o verão ainda não acabou, e nosso trato permanece de pé! Mas como seu professor da temporada, tenho uma coisa para te dar, digamos que essa é a confirmação da matrícula.

— Uma camiseta branca escrita salve a mãe natureza? Esse é seu uniforme? — brincou e o garoto gargalhou.

— Não, mas essa é uma ótima ideia para a próxima turma! Toma... — Falou tirando o colar com pingente de tartaruga e a entregando.

— Um colar de tartaruga?

— Não, é uma água viva no pote. Não tá vendo garota?

— Delicado como um cavalo. Tô querendo saber o porquê disso garoto!

— Ahh sim... Primeiro isso é uma maldição. A partir de agora eu amaldiçoou você, e por onde quer que vá será verão! Claro que no inverno pode ser um verão com neve, na primavera um verão florido, mas sempre será verão! Você vai viver verões diferenciados — falou e a garota começou a rir.

— Droga, agora vou ter que odiar o ano todo e não só três meses! Mas se esse é o primeiro o outro seria o quê?

— Você não pode falar de ódio assim, hoje foi só o primeiro dia de aula! Vai que até o final você aprende a amar... Até parou de reclamar da areia nos pés...

— Você diz como se tivesse me dado outra opção. Mas se a maldição é o primeiro o outro seria o quê?

— Uma lembrança. Cuide da natureza Ha Yoon. Mesmo não gostando dela, embora eu acha isso um absurdo...A cada canudo que você jogar aqui, considere menos um coral que viu, menos uma tartaruguinha fofa e menos cada uma das coisas que vou te mostrar! Não se torne uma verdadeira assassina, por favor — falou e a garota sorriu em sua direção.

— Relaxa, já aprendi a lição! Não vou ser mais uma assassina. Estou curiosa para o que ainda vamos ver e se no primeiro dia de aula já estou ganhando mimos, estou curiosa sobre que deve ter no último!

— Acho que eu também... Assassina.

:)

Gostaríamos de agradecer a todos anjinhos que acompanharam nosso projeto até aqui (VOCÊS SÃO LINDIMAIS SÔ)

Espero que tenham amado Teacher for a Season como nós amamos escrevê-la. A história veio para aquelas que talvez não amem tanto o verão como as outras pessoas e achem que amores dessa estação são coisas rasas. Ao mesmo tempo queremos dizer que nessa temporada de festa, a única que costuma chorar é a natureza. Então, aproveitem o calor do verão mas não se esqueçam de cuidar das tartaruguinhas e de toda mãe natureza. 

(acho dificil terem a chance de encontrar um JB para ensinar que isso não pode ser feito, então aprende com a gente mesmo kkkkk)

Beijos, e até o próximo projeto!

lollipopcin & Solzinho_louco

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