Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6: Sonhando acordado (Sir)


A escassa luminosidade que passava por pesadas cortinas cor de creme me acordou. Eu fiquei deitado, enxergando aquela janela estranha. Daquele tamanho? Com cortinas cor de creme? Tinha alguma coisa errada. Meus olhos pesaram e eu pisquei lentamente, sentindo um pouco de dor na lateral do meu abdómen. Girei na cama, confuso. Fiquei mais confuso ainda quando vi que a cama era gigantesca, muito maior do que qualquer cama de casal que eu já tinha visto na minha existência.

Estreitei os olhos, tentando enxergar melhor o quarto em minha volta e entender onde eu estava. Claramente não era meu apartamento. Será que minha família tinha se mudado e eu não lembrava? Esfreguei os olhos, perturbado. Quando os reabri, lembrei que na verdade estava fazendo um intercâmbio. Na Inglaterra. As lembranças foram voltando lentamente: meu apartamento, mocacchino de caramelo, Seb... E Jenny. Saltei na cama, sentando-me com rapidez e sentindo meu abdómen reclamar da minha ansiedade.

Era difícil enxergar sem meus óculos, mas eu não fazia ideia de onde eles estavam. Meu corpo inteiro estava moído, como se eu tivesse sido atropelado por uma manada de elefantes. Ou como se eu fosse o Mufasa, de Rei Leão. A diferença era que, pelo jeito, eu tinha sobrevivido. Olhei para os lados, procurando minha armação. Um borrão preto em cima do que parecia ser uma mesa de cabeceira chamou minha atenção e eu estiquei minha mão, esbarrando num telefone fixo que também estava na mesinha no caminho, mas agarrei meus óculos com afinco.

Agora tudo estaria resolvido: enxergando eu saberia onde estava, né?

Não. A verdade é que mesmo enxergando tudo em HD, eu ainda não fazia ideia de que lugar era aquele. Levantei da cama, apoiando a mão na parte da minha barriga que doía. Parei no meio do quarto gigantesco, fazendo esforço para entender o que estava acontecendo. Forcei meu cérebro a reviver minhas lembranças. Eu tinha salvo uma menina, Jenny, de uma tentativa de sequestro e tinha ido parar na prisão. Sacudi a cabeça, sem acreditar que aquilo tinha mesmo acontecido e não era um sonho bizarro. A própria garota e seu pai apareceram na delegacia para me soltar. Droga! Ela não era simplesmente Jenny. Ela era Lady Jennifer. E não porque a mãe dela era fã de Orgulho e Preconceito, mas porque ela era a bosta da filha de um Duque.

Meu abdómen doeu de novo e eu puxei minha camisa para cima, ainda mais confuso. Aquela camisa nem era minha. Aquele pijama não era meu. Fiquei só mais horrorizado quando terminei puxar a camisa e vi minha pele completamente roxa em baixo dela. Meu bom Mankiw, pai da boa microeconomia, o que tinha acontecido? Meu cérebro me ofertou, naquele momento, a lembrança de que o Duque (meu bom Mankiw, socorro) tinha me feito ir ao hospital.

Aquele era o hospital?

Eu girei nos meus pés, sem ser capaz de acreditar que os quartos de hospital na Inglaterra fossem daquele jeito. Quer dizer, aquilo em volta da porta não era um batente de ouro? Ou, pelo menos, folheado a ouro? Eu engoli em seco, dando um passo para frente. Minhas roupas estavam dobradas em uma cadeira de uma escrivaninha e, bem ao lado, no chão, tinha uma caixa de papelão...

Com minhas coisas.

― Sem pânico, Lucas ― eu respirei fundo, tentando não surtar.

Abaixei-me ao lado da caixa, sentindo a dor voltar. Eram mesmo minhas coisas! Não tudo que tinha no meu apartamento, é claro. Alguém tinha colocado naquela caixa meus cadernos do curso, minha caneca favorita do Starbucks e um punhado dos livros que eu tinha pego emprestado na biblioteca do curso. Também tinha um montinho de roupas limpas. Eu peguei minha camisa do lanterna verde na mão, percebendo que eu estava tremendo.

Só podia ser um sonho bem do esquisito. Forcei-me a levantar, apoiando a mão no local da dor novamente. Se era um sonho, eu precisava lutar contra ele. Só que eu estava tão cansado. Exausto. Meu corpo estava realmente destruído, dolorido e – cheirei embaixo do meu braço para confirmar – fedido. Era o sonho mais realista que eu já tinha tido na vida! Não fazia ideia de como sair dele, com meu corpo pesado daquela forma.

Lembrei que minha mãe costumava jogar meu pai embaixo d'água toda vez que ele aparecia completamente bêbado em casa, sem saber seu nome e praticamente desacordado. De repente, tomar um banho no sonho teria a mesma função?

Girei no quarto de novo, confuso. Qual daquelas portas devia ser o banheiro? Será que eu tinha alguma chance de acertar ou meu cérebro ficaria trocando a porta de lugar? Tentando ser mais rápido que me inconsciente, dei um passo para frente e abri a primeira porta. De primeira! Toma essa, inconsciente!

O banheiro era maior do que todo meu apartamento alugado e dividido com Seb. Ele era tão grande, tão dourado e tão limpo que eu fiquei até com medo de entrar. Eu não fazia ideia de como meu cérebro estava sendo capaz de inventar um banheiro daquele jeito, porque eu realmente não tinha visto nada igual.

Entrei, tranquei a porta atrás de mim e me aproximei para ligar a água. Era uma banheira, mas tinha uma cortina plástica com tema creme - como a cortina do quarto - e tinha um chuveiro móvel, de forma que eu seria capaz de molhar minha cabeça direito. Esse era o objetivo do banho desde o princípio. Sem nem me preocupar em arrancar minhas roupas – já que era só um sonho maluco – me enfiei dentro da banheira e liguei a água.

Ela caiu gelada em cima de mim e eu gritei, aterrorizado.

Não era um sonho!

Desliguei a água e deslizei até o fundo da banheira, sentindo minha roupa encharcada grudar no meu corpo. O quê? Como podia não ser um sonho maluco? Onde eu estava, então? Já que claramente aquilo não era um hospital e nem uma maluquice do meu inconsciente? Eu corri os olhos pelo banheiro, buscando uma dica: qualquer dica.

Foi quando meus olhos avistaram a pilha de toalhas brancas empilhada em cima de um banco (sim, um banco no banheiro). Elas tinham alguma coisa bordada em dourado. Fiz força para conseguir me levantar da banheira, com toda aquela dor na beira do meu abdómen. Fui me arrastando na direção das toalhas, molhando tudo pelo caminho. Puxei uma, derrubando a pilha toda no chão.

Era um brasão.

Dizia "Família Darby" – Ducado de Heartshire.

Eu dei um passo para trás, escorregando no chão molhado no banheiro e quase dando de cara na pia. Contive minha queda no último segundo, agarrando-me a um toalheiro para toalhas usadas.

Cacete.

Olhei para cima, vendo meu reflexo acabado no espelho. Minha respiração estava entrecortada, meu coração disparado e meus olhos esbugalhados.

Eu estava na casa do Duque.

Por que eu estava na casa do Duque? Por que minhas coisas estavam na casa do Duque? Nada daquilo fazia sentido!

Ainda me apoiando na pia, tentei me estabilizar e andar na direção da porta. Precisava descobrir o que estava acontecendo o quanto antes! Todavia, minha roupa molhada agora estava pesada. Meu pijama foi escorregando para fora das minhas pernas de tal maneira que eu concluí que a única forma de eu conseguir descobrir o que estava acontecendo sem assustar a família nobre a ponto deles me mandarem de volta para a prisão era, simplesmente, tomar mesmo um banho.

Arranquei a roupa molhada, estendendo-a no banco do banheiro e torcendo para que aquilo fosse suficiente para secá-la até a hora que eu conseguisse ir embora daquele lugar. Liguei a água quente dessa vez e esperei o banheiro se encher com o vapor, antes de entrar. Foi só quando a água começou a me esquentar que eu percebi que ainda estava tremendo – naquele momento era difícil saber se de frio ou de pânico.

Meus músculos retesados agradeceram a água quente, mas continuaram doloridos. Nada doía mais que minha barriga, porém. Talvez apenas a minha cabeça, que trabalhava incessantemente para entender que raios estava acontecendo. Não conseguia entender, por mais que eu tentasse. Não existia nenhum axioma econômico capaz de solucionar aquelas circunstâncias.

Foi o banho que eu mais precisava tomar na vida, mas eu tentei fazê-lo ser o mais curto que eu conseguia. Eu tinha pressa. Enxuguei-me em uma das toalhas com o brasão bordado, tão incomodado que eu nem tive condições de secar meu cabelo. Simplesmente sacudi a cabeça de um lado para o outro, espalhando ainda mais água por todo cômodo. O serviçal que viesse arrumar o banheiro provavelmente acharia que eu era um completo maluco. Tentei deixar tudo minimamente arrumado antes de sair enrolado na toalha, mas a verdade é que estava mesmo um caos.

Antes de soltar a toalha e vestir uma das roupas que estava na caixa, certifiquei-me que a porta estava trancada: não estava. Girei a chave duas vezes, em pânico. Estava frio para cacete e agora eu estava molhando o chão do quarto. Com certeza eu não teria dinheiro para pagar o conserto, então me apressei para me vestir. Pendurei a toalha de volta no banheiro, esticada no toalheiro que minutos antes tinha salvado minha vida.

Meu celular não estava em lugar nenhum! Eu precisava falar com Seb. Se minhas coisas tinham ido parar no quarto, só podia ter dedo dele. Quem tinha entrado em contato? Como eles sabiam o telefone dele? Ou o meu endereço? Era tudo tão surreal que eu não sabia nem por onde começar a questionar.

Saí do quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Será que era indelicado sair andando pela mansão do Duque? Provavelmente. Eu não entendia muito de realeza e muito menos de regras de etiqueta, mas perambular por aí sem ser convidado parecia uma ideia ruim. Porém, era a única que eu tinha. Se ao menos eu conseguisse achar algum empregado! Eles deviam ter empregados, não é mesmo?

Parei no meio do corredor, olhando de um lado para o outro, sem saber qual caminho seguir. Fechei os olhos e cocei a cabeça, torcendo para que Mankiw fosse capaz de me mandar um sinal. No segundo seguinte, uma música começou a tocar. Piano. Eu não conhecia a música, mas considerei aquele o sinal que pedi e segui o som da música.

Passei uma porta, depois outra e mais uma. O corredor era gigantesco, com o pé direito alto e janelas maiores que a altura da minha casa no Brasil. A música vinha do quinto cômodo, que estava com a porta aberta. Eu girei nela mas, tomado pelo nervosismo de finalmente encontrar alguém, bati com meu braço no batente e fiz barulho.

Lady Jenny perdeu uma nota e olhou na minha direção, sobressaltada.

― Me desculpe ― eu pedi, intuitivamente, esticando as mãos para frente e parando no batente da porta.

Sua expressão de confusão me fez lembrar que eu precisava falar em inglês. Repeti meu pedido de desculpas, dessa vez no idioma certo. Ela assentiu, levantando-se do piano preto com cauda. A sala era tão ampla quanto o quarto onde eu estava, mas as janelas e cortinas estavam abertas, mostrando o sol do lado de fora.

― Eu que peço desculpas ― ela disse, com seu inglês de sotaque carregado. ― Minha prática acordou você?

― Não ― eu respondi, sem saber o que fazer.

― Por favor, entre ― ela gesticulou para que eu passasse no batente da porta. ― Fique a vontade.

Eu cruzei o batente, incerto. Precisava ser logo ela a primeira pessoa que eu encontrava? Ela tinha alguma coisa, né. Que eu não sabia explicar o que era. Talvez fosse a bochecha cheia de sardas ou os cílios compridos. Eu nunca tinha reparado nos cílios de alguém antes, mas eu conseguia ver os dela se encontrando quando ela piscava mesmo do outro lado do cômodo.

― Como está se sentindo? ― Ela questionou, sentando-se em uma poltrona.

― Melhor ― eu disse, sentando na outra. A calça jeans que eu vestia apertou meu abdomem dolorido, me fazendo soltar um gemido de dor.

― Não parece melhor ― ela riu, fazendo os cachos do seu cabelo sacudirem.

Eu cocei a cabeça, sem querer parecer um idiota, mas não vendo a menor alternativa. Foi justo ela que eu tinha encontrado e era justamente para ela que eu precisava perguntar o que tinha acontecido e porquê eu estava ali. Então, juntei toda minha coragem e fiz exatamente isso.

― Ah ― ela respondeu, baixando os olhos. ― Meu pai ― ela disse, olhando na minha direção novamente. ― Você o conheceu. O Duque. Está lembrado?

Assenti, em silêncio. Era possível não lembrar?

― Quando você teve alta do hospital, trouxemos você para cá ― ela encolheu os ombros, parecendo constrangida. ― Meu pai pediu para que os criados procurassem no seu celular algum contato e eles viram que um tal de Sebastian tinha ligado algumas vezes ― ela cruzou os tornozelos e apoiou as mãos nas coxas, como se fosse uma Lady. O que eu estava dizendo? Ela era uma Lady. ― Quando ele ligou novamente, meus criados informaram o que tinha acontecido e pediram um endereço para buscar alguns itens que Sebastian separou para você.

Eu pisquei, tentando entender. Por que eles não tinham me levado direto para casa? Eles tinham me dado alta do hospital sem que eu estivesse acordado? Franzi a testa, tentando recordar. Não. Não! Eu me lembrava de estar na limosine. Indo para casa. E então o Duque começou a falar de doenças... A falar de...

― Você teve uma hemorragia interna ― Jennifer completou meus pensamentos. ― Mas foi pequena e já está tudo bem ― ela disse, dando um sorriso que deveria ser reconfortante, mas eu era muito sensível para doenças. ― Só vai ficar um pouco dolorido na área por um tempinho.

― Mas por que vocês não me levaram para casa depois do hospital? ― Eu questionei, sem entender essa parte da história.

― Você desmaiou antes de conseguir dizer onde morava ― ela deu um sorrisinho sem dentes. ― Foi culpa do meu pai. Ele começou a falar sobre hemorragias e você foi ficando branco, branco, branco e bum.

Eu cobri meu rosto com a mão, tão constrangido que, se eu pudesse, nunca mais olharia para ela. O problema era que eu não tinha muita opção e que ela era muito difícil de ser ignorada com aqueles cílios gigantescos.

― Tudo bem ― ela riu alto, percebendo minha vergonha. ― Eu também passava mal toda vez que meu pai começava a falar de doença. Ele é médico, sabe? E professor. Não consegue ficar quieto quando o assunto é medicina...

A história só piorava, agora que os espaços vazios da minha mente estavam sendo preenchidos. Mas nada daquilo explicava porque tinham pego tanta coisa na minha casa. Meus cadernos do curso? Livros? Diversas mudas de roupa? Não fazia sentido. Eu precisava ir para casa o quanto antes, voltar para minha rotina e para meu trabalho. O que será que tinha sido feito da bicicleta que eu dirigia? Precisava tentar resolver isso também.

― Lucas ― Jenny, quer dizer, Lady Jennifer chamou. Era esquisito ouvir meu nome com o sotaque dela, mas um pouco charmoso também. ― Eu preciso te falar uma coisa, sabe... ― Ela continuou e meu coração acelerou. Meu bom Mankiw, com certeza era notícia ruim. ― Meu pai, ele...

Sua frase foi interrompida por três batidas na porta. Nós dois viramos para ver quem batia e demos de cara com o mordomo. Quer dizer, sei lá, parecia o mordomo. Ele vestia roupas sociais e luvas brancas, tinha uma expressão séria no rosto e fez uma mesura quando viu Jenny. Quer dizer...

― Lady Jennifer ― ele disse. ― Senhor Lucas. Não sabia que já estava acordado.

― É, pois é ― eu respondi, sem graça. Qual era o protocolo? ― Oi.

― Vossa Alteza, o Duque, os aguarda para almoçar ― ele disse. ― Posso acompanhá-los?

― É claro ― Jennifer assentiu, levantando-se delicadamente. ― Vamos?

Provavelmente almoçar com o Duque era uma decisão tão ruim quanto ter me jogado no meio das árvores do Hyde Park para salvar uma desconhecida, mas eu concordaria com qualquer coisa que a desconhecida perguntasse batendo aqueles cílios.

― Sim ― eu disse, dando um sorriso. ― É claro.

--------------------------------

------------

Acompanhe a história de Lady Jenny toda quarta-feira no site Burn Book (link nos comentários).

  ------------ 

Quem é vivo sempre aparece e aqui estou eu! Eu avisei que colocaria a história em hiatus por algum tempo, devido a problemas pessoais. Postei isso aqui no meu perfil no Wattpad (então me segue para ficar por dentro de tudo) e também no meu grupo de leitoras no facebook (faça parte! Link nos comentários, mas o nome é Leitores da Clara Savelli).

Espero que vocês não tenham abandonado a história e nem ficado com raiva de mim. Esse mês foi mega complicado, mas enfim a transição pela qual eu estava passando foi feita e agora eu preciso aprender a lidar com uma nova realidade. Conto com vocês para me dar muito amor, compreensão e leituras! Rs. Prometo fazer o possível e o impossível para não atrasar mais nenhum capítulo, tá bem???

E fiquem tranquilos: o capítulo atrasado de Lady (que pareia com esse capítulo) vai sair no máximo até amanhã lá no Burn Book (link nos comentários e no meu perfil).

Outras informações:

1) Quem for do Rio: nesse sábado vou estar em um evento em Botafogo chamado FLIV! Estarei na mesa que fala sobre livros virtuais e vou adorar ver vocês por lá! Endereço: Rua São Clemente, 407

2) BIENAL DO RIO: eu vou e terei muitos brindes <3 Estarei com Mocassins e All Stars para vender por um precinho especial de Bienal com vários brindes de livros aqui do Wattpad, berro! Estarei lá TODOS OS DIAS, mas minhas sessões de autógrafo formais são nos dias 3, 5, 8 e 9 :) O evento do facebook tá aqui nos comentários, no meu perfil e qualquer coisa é só me pedir todas as infos por inbox!

OBRIGADA! E até terça, se Deus quiser!

Beijos,

Clara

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro