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Capítulo 12: Convite

O convite forma ao qual Lady Jennifer se referia chegou alguns dias depois, em um envelope com letras cursivas e brilhantes. Ele nao tinha carimbos do correio e nem selos, o que me fez questionar como raios ele foi parar em cima do tapete da minha sala. Quer dizer, eu sabia que tinham passado ele por debaixo da porta. Era o que os carteiros faziam, mas o convite não tinha indicios de ter sido mandado pelos correios.

― Foi um mensageiro real, dã ― Seb satirizou enquanto jantávamos juntos num raro momento que ele não estava fazendo hora extra no café.

Eu olhei com suplício na direção dele e depois com mais suplício ainda na direção do envelope lacrado e intocado em cima do pequeno rack da nossa televisão. Eu não tinha tido nem sequer coragem de abri-lo.

― Era uma cerimônia de que mesmo? ― Seb perguntou de forma displicente, como se não tivesse feito perguntas semelhantes mil vezes deque a visita de Lady Jennifer no café.

― Cerimônia Extraordinária de Concessão de Título ― eu respondi, de má vontade e tentando dar ênfase em todas as letras maiúsculas daquela história.

Eu já tinha feito minhas pesquisas. Sir era um título de honra britânico, disso eu já sabia. Sua origem era dos tempos medievais, quando ele era dado para cavaleiros que serviam a nobreza. Quem não era cidadão britânico não podia usar o Sir antes do nome, mas continuava com esse título de Cavaleiro Honorário. Minhas pesquisas também me mostraram que eu era o mais novo indicado ao título, de toda história do Império Britânico. O título era meramente ilustrativo, digamo assim. Ele não me dava nada, além de uma medalhinha simbólica e a honra de ser um cavaleiro do Rei. A Cerimônia era considerada Extraordinária, pelo que eu entendi, porque normalmente ela só acontecia uma vez no ano, normalmente no mês de março.

Fiz todas essas pesquisas depois da conversa que tive com Lady Jennifer no café porque tive esperança de que esse conhecimento me desse forças e motivos para abrir o envelope, mas quando ele finalmente chegou, tudo que eu conseguia era ouvir na minha cabeça as palavras formalidades, imposição de título, cavaleiro real e ficar em completo pânico.

Seb assobiou baixinho e lentamente, em resposta ao que eu disse (que era uma Cerimônia Extraordinária de Concessão de Título, com todas essas maiúsculas). Meu estômago revirou e eu me senti bastante incapaz de continuar a comer minha maravilhosa janta naquela noite: um miojo.

― O que acontece se você simplesmente não for? ― Ele perguntou, sem se dar conta da minha indigestão.

― Não sei ― eu respondi, sendo sincero.

Parecia um caso sem precedente. Nas minhas pesquisas, soube de pessoas que devovleram o título recebdio de reis e rainhas do passado, normalmente por algum motivo de discordancia politica. Todavia, fui incapaz de encontrar um misero caso de alguém que nem tenha se dignado a ir na cerimônia de imposição de título ou nomeção. Ou seja lá como chamam.

― Espero que o que quer que tenha dentro daquele envelope tenha a opção de resposta negativa ― eu comentei, mais para mim mesmo do que para Seb.

Ele, por outro lado, começou a rir, cuspinho um pouco do seu próprio miojo sem querer. Demorou um tempo até ele tomar fôlego e conseguir me explicar que parece dessa desgraça toda tinha tanta graça para o jovem menino Sebastian.

― Não vai ter um RSVP (Répondez S'il Vous Plaît, expressão francesa que significa "Responda por favor", que normalmente vem em convites para eventos formais como casamentos ou grandes festas) em um convite do REI, Lucas ― ele disse, sacudindo a cabeça. ― Não é bem um convite, na verdade. É do REI.

― Eu sei, mas e daí? ― Eu respondi, um pouco irritado. ― Eu não sou súdito dele.

― Mas está morando em território dele ― Seb piscou, sacudindo o garfo vazio na minha direção. ― Mostre um pouco de gratidão, brasileiro!

― Ah, aí está ― eu ri, me levantando para jogar fora o resto do meu miojo. ― Sabia que a tão famosa xenofobia londrina ia aparecer cedo ou tarde...

― Vale lembrar que ela já apareceu muito antes ― Seb comentou, me encarando. ― Ou você acha que o namorado de Jenny achou que você era o assediador dela por que?

― Sequestrador ― eu corrigi. ― O sequestrador de Lady Jennifer.

Sebastian provavelmente não sabia o nome de James, ou nem lembrava. Deve ter sido esse o motivo pelo qual ele o chamou de "namorado de Jenny", mas eu fiquei incomodado mesmo assim. Primeiro que o ouvir chama-la de Jenny era muito estranho, já que ela era uma bendita Lady. Segundo porque eu preferia esquecer pelo máximo de tempo que eu pudesse que os dois eram um casal.

― Você entendeu meu ponto ― Seb continuou. ― Eu estou brincando, mas ele não estava.

― Mais um motivo para que eu nem abra esse envelope ― eu gesticulei em desdém. ― Um título concedido por uma realeza que, no início, achou que eu era um criminoso.

― Mas você não acha que seria incrível jogar na cara de James que agora você é um deles? ― Seb riu, mostrando que sabia muito bem qual era o nome do garoto, mas quis falar "namorado de Jenny" mesmo assim. ― Qual é o título dele mesmo?

― O pai dele é um Visconde ― eu respondi, fazendo esforço para me lembrar.

― Ou seja, no momento atual ele é um grande nada ― Seb comentou, dando um sorrisinho encorajador.

― Um nada que namora uma futura duquesa ― eu comentei.

― Mulheres não herdam os títulos ― Seb disse e eu esbugalhei os olhos, chocado. ― Porque além de xenófobos, somos machistas também.

― Entendi ― eu comentei, fazendo uma careta de aprovação sarcástica. ― Por que mesmo eu gostaria de ter um título de nobreza desse lugar?

― Eu achei que você amava a Inglaterra... ― Seb deixou no ar.

― Eu amo ― retruquei. ― Quer dizer amava...

Eu andei até o deck da televisão, esticando minha mão com bastante receio até o envelope brilhante. Seb acompanhou meus movimentos com atenção, como se meu processo de virar possuidor de um título de nobreza (ou não) fosse seu novo reality show favorito.

― Já pensou se você abre e não é nada disso? ― Ele riu da minha cara.

― Você acha que tem alguma chance de isso acontecer? ― Eu perguntei, olhando com outros olhos para o envelope.

Só tinha uma coisa que me aterrorizava mais do que a possibilidade de aquele ser um convite para cerimônia de Sir: aquele ser um convite para o baile de noivado de James e Lady Jennifer. Eu sacudi o envelope, tentando abanar aquele pensamento terrível da minha cabeça.

― Com essa gente louca, Lucas ― Sebastian deu de ombros. ― Nunca dá para saber.

Foi dúvida suficiente para me fazer abrir o envelope.

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Ainda que eu fosse muito bom em ignorar coisas que me deixam em pânico e tivesse diversos outros talentos, controlar o tempo ainda não era um deles. Por isso, os dias foram passando. Sebastian não me deixava esquecer a data. Eu ignorei e continuei me fazendo de morto. Quando falava com minha mãe, nem sequer mencionava o acontecimento. Todo dia eu acordava e, enquanto tomava café antes da aula, via o dia marcado em vermelho (por Seb, obviamente) no calendário da sozinha. Para piorar, o sacana ainda tinha puxado uma setinha e escrito "encontro com a gata 20h. Ps: vestimenta formal".

Quando eu me arrastei para fora da cama e para cozinha no dia 31 de Agosto, Sebastian estava surpreendentemente de pé e me esperando na porta da geladeira, segurando o convite entre os dedos. Eu parei na porta da minuscula cozinha, tentando entender como poderia tomar meu café com ele bloqueando todo meu caminho. Desgraça!

― Lucas ― ele chamou com tom sério. ― Você precisa ir nisso.

― Eu não preciso fazer nada ― respondi, contornando-o com dificuldade e abrindo a geladeira vazia. ― Na verdade, talvez precise fazer compras.

― Lucas ― Seb esticou a mão e fechou a geladeira. Eu pulei para trás, assustado, quase tendo o nariz decepado pela porta. ― Eu sei que você gosta dessa menina. Você precisa ir.

― Não sei do que você está falando ― eu retruquei, ignorando Seb como ignorava qualquer vestígio de sentimento. ― E, mesmo que soubesse, ela tem namorado.

― Dificilmente um beijo já é suficiente para decretar que é um namoro ― Seb retrucou, sacudindo o envelope na minha cara. ― Ela pode até ser realeza, mas esse não é mais o século XVIII, sabia?

― Dificilmente eu estou interessado ― eu respondi, cortando-o novamente e saindo da cozinha.

Nosso apartamento era minúsculo, mas nunca demorei tanto para conseguir alcançar a porta dele. Só queria fugir o mais rápido possível daquele interrogatório.

― Ei ― Sebastian chamou. Eu olhei, bem a tempo de conseguir me defender do envelope voador que ele jogou na minha direção. ― Pelo menos pensa no assunto.

O envelope bateu na ponta do meu dedo e caiu no chão. Eu me abaixei para pegar, ainda que não tivesse a menor chance de eu ficar pensando nesse assunto. Nem naquele dia, nem nunca mais.

― Tá bem, vou pensar ― eu menti, porque queria que ele calasse a boca.

Preferia passar o dia procurando por equilíbrios de Pareto do que pensando nessa loucura que era ser nomeado (ou não) Sir.

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Ninguém esperava, mas CHEGOU CAPÍTULO. E COM MÍDIA, AINDA!!!! Eu tô orgulhos de mim e só faço isso por vocês <3 

Espero que vocês tenham gostado do capítulo e estejam tão ansiosos quanto eu pra saber se Lucas vai ou não nessa condecoração aí...

Eu quero escrever um bônus de Lady Jenny para postar antes da semana que vem, mas não vou prometer porque está tudo bem ~caos~. Mandem boas vibes e deixem seus comentários, se vocês quiserem o bônus!! E ah: não esqueçam de compartilhar o livro por aí!!!! 

Obrigada!

Beijos grandes,

Clara

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