Suor escorria pelas laterais do seu corpo, nascendo de suas têmporas e escorrendo até seu pescoço, parando apenas quando encontrava o começo da sua camiseta. De cima do palco, jisung escutava os berros da multidão, incentivando o garoto a continuar com seus versos bem elaborados e sintonia contagiante. Ele estava a todo vapor.

Quando tudo aquilo acabou, estava suado e ofegante, ainda eletrizado pela energia caótica da multidão enlouquecida. Precisava descansar. Foi encaminhado até o camarim reservado apenas para ele, ficando surpreso quando deu de cara com seungmin sentado sobre o sofá de couro sintético marrom. As pernas do garoto estavam cruzados em cima do estofado, sua postura esguia deixava Jisung hipnotizado. Ele parecia uma pintura a óleo que não combinava com nada ao redor. Uma tela branca e bonita, apenas a espera de alguém habilidoso o bastante para cobri-la de cores e preenchê-la.

O han trancou a porta e caminhou apressado até o garoto, se livrando da jaqueta no meio do caminho. Ele agarrou seungmin pelos braços, puxando o mais novo para seu colo enquanto ele parecia desesperado na mesma intensidade que o garoto com feição semelhante a um esquilo. O loiro ainda estava agitado pelo show, seu corpo ainda quente e entusiasmado. Com suas mãos ele vagou pelas costas do maior, invadindo a camisa azulada que vestia e tocando sua pele alva e intocada, descendo em linha reta pelas curvas bonitas do torso do kim até chegar na cintura fina e bonita, apertando seus dedos cheios de anéis na carne macia, agarrando com possessividade enquanto o menino ofegava contra sua boca.

Seungmin derretia perante as mãos quentes e calejadas de jisung. Sentia cada pequena célula do seu corpo almejar o han, querê-lo mais de perto, com mais intensidade, na mesma vibração e na mesma sintonia.

Quando se encontravam, nem mesmo tinham tempo para conversar, era como se o desejo carnal não permitisse. Seungmin sempre aparecia nos shows de jisung, sempre estava lá no fundo observando ele com os olhos brilhando em luxúria, seu corpo pedindo para ser tocado e maltratado pelas mesmas mãos que apertavam o microfone com força enquanto ele cantava com toda sua força de vontade, se entregando totalmente ao momento. O ruivo gostava de jisung por isso, ele era intenso e aproveitava cada nova experiência como se fosse seu último suspiro.

Jisung podia ser um completo viciado em heroína e anfetamina, mas os lábios de seungmin tinham um gosto especial, algo mais viciante que todas as drogas que já usou. Era doce como LSD e deixava o garoto letárgico como quetamina. Só precisou que ele provasse uma vez dos lábios do kim que ele se tornou um completo viciado, um dependente que precisava de seungmin para viver.

Não lembrava bem de como conheceu o ruivinho de aparência frágil e corpo atraente, mas lembrava de como sua língua se enroscou no piercing que ele possuía no mamilo, e como ele gemeu totalmente entregue quando essa mesma jóia foi puxada devagar pelos dentes do menor. Ele sabia que seungmin era diferente de tudo que já provou, e aquilo só tornava as coisas melhores. Seungmin era novo, como uma droga recém inventada e jisung era o sortudo que podia provar dela o quanto quiser. Podia mergulhar e se afogar nas curvas do ruivo, viver para sempre dependendo unicamente dele e do seu gosto doce e viciante.

— temos vinte minutos.

Ambos os garotos sabiam que era mais que o suficiente.