Suicida
Recorro à minha imaginação
quando necessito voar e fugir de mim,
ao me sair pela boca ou pelos avessos
e me perder nos bosques gélidos do meu ser,
nas cavernas eternas da minha alma -
lugares em mim que nunca conheço.
Recorro à ilusão de ser um andarilho,
em que percorro caminhos mais íntimos
e me vejo distraído com as árvores, com as flores,
planícies e vales,
com os redemoinhos de sonhos que carrego sempre no bolso
e que de nada me valem.
Essa sensação abstrata de sentir todas as coisas,
de ser todas as coisas
e continuar vazio,
nesse universo infinito de estrelas mortas
e nebulosas suicidas.
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