Magma
Quando me dou conta de mim mesmo,
levo as mãos à cabeça como num desespero
porque sei em detalhes secretos como sou.
Sei dos abismos que há em mim, e que mergulho,
como se estivesse a fugir pelo caminho mais curto.
Sei das paisagens silenciosas, planícies esplêndidas,
relevos e depressões;
sei do equilíbrio que procuro na paz das árvores que imagino,
as suas sombras nostálgicas e contundentes
quando transbordo em vulcões e lágrimas quentes.
Estou no meio-dia
quando o sol se enraivece e me castiga
e as orações dos homens é um choramingo de palavras gastas e incompreensíveis.
Sei apenas que são lamentos
e que faço questão de não me comover;
que o sofrimento deles e o meu é o mesmo,
mas o direito de ebulir e me extinguir
somente a mim pertence.
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